Pirraça escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Fic escrita anos atras. Deem um desconto.



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Ele era o bobo da corte do rei, zombava da nobreza e insultava o clero, fazia magia que era considerada truque e acumulava inimigos.

O Príncipe olhou com ódio pra o bobo de seu pai. Jamais perdoaria aquele maldito comediante que humilhara ele e Lady Brithanny diante de toda a corte. Não era da conta de ninguém as amantes que tinha... muito menos do maldito bobo. O filho do rei observou o comediante levitar algumas bolas fazendo a nobreza aplaudir. Tinha consciência que aquilo não era nenhum truque. Havia algo de diferente com o bobo.

- Por mais que se tente, por mais que se faça, – cantava o comediante levitando a coroa do rei – ninguém sabe fazer mágicas como o bobo Pirraça!

- Feitiçaria. – sussurrou o príncipe malignamente.

**

Um vulto encapuzado entrou na cabana.

A velha senhora, encurvada pela idade, sorriu mesmo por detrás de tantas rugas. Os cabelos grisalhos e revoltos sacudiam enquanto ela andava. A idosa colocou um frasco na mesa e o vulto o pegou analisando. Sua mão branca era coberta de jóias.

- Tem certeza de que isso funciona? – rosnou.

- Com toda a certeza. – respondeu a velha – Basta uma gota e estará imune à magia por 24 horas.

O encapuzado tirou um dos anéis, colocando em cima da mesa, e partiu sem mais uma palavra. Ainda sorrindo, a bruxa pegou a joia e observou o rubi nela incrustado.

- Foi um prazer fazer negocio com você, sua alteza. – sussurrou.

**

Amarrado a um poste de madeira e cercado de palha, Pirraça estava desesperado. Tivera sua varinha quebrada e a magia com as mãos não fazia efeito com os guardas.

- O que eu fiz? – continuava a perguntar – Em nome de tudo o que é sagrado, o que eu fiz?

- Você me humilhou. – respondeu uma voz – Bruxo! Feiticeiro! Servo do Diabo!

- Vossa alteza? – perguntou o bobo reconhecendo a voz do príncipe.

O vulto se aproximou e retirou o capuz que lhe cobria a face. O herdeiro do rei sorriu sadicamente.

- Nem tente usar de suas artimanhas em mim. – falou – Bebi uma poção que me deixa imune à elas.

- Eu vou voltar! – rosnou o comediante – Juro pela minha alma que hei de voltar para assombrar-lhe.

- Estarei esperando. – ironizou o príncipe incendiando a palha.

**

Os séculos se passaram e a família real já se desesperava. O espírito do bobo Pirraça ainda assombrava o castelo. Inúmeros padres tentaram expulsar o fantasma, sem sucesso, até que ele chegou. O ruivo de olhos amendoados era um típico cavaleiro medieval. Pirraça não lhe deu atenção até notar que o homem olhava diretamente para ele.

- Pode me ver? – perguntou o poltergeist.

- Posso. – respondeu – Porque sou um bruxo, assim como você foi. Vim lhe pedir para deixar o castelo.

- Nunca! – gargalhou Pirraça – Enquanto houver sangue daquele bastardo assassino nesse castelo, eu vou assombrá-lo!

- Não entenda mal. – riu o cavaleiro – Só pedi por cortesia. Posso retirá-lo à força se necessário.

O poltergeist gargalhou de novo.

- Gostaria de vê-lo tentar. – desafiou.

O ruivo suspirou. Já esperava por isso.

Com extrema destreza e velocidade ele sacou a varinha e exclamou:

- Petrificus Totalus!

Pirraça caiu, duro como uma tábua, e o cavaleiro se aproximou.

- Sabe, eu não queria ter feito isso... Por que você ainda está aqui? Por que não seguiu em frente?

- Não posso partir enquanto houver sangue do meu assassino na terra.* – respondeu ele.

- A família real. – concluiu o cavaleio – Nesse caso, tenho uma proposta para você. Venha comigo para Hogwarts e fique lá. Nenhuma dinastia dura para sempre. Espere que os últimos descendentes de seu assassino morram e parta em paz.

- E o que eu ganho com isso? – rosnou Pirraça.

O ruivo sorriu e apontou para o corpo imobilizado do poltergeist.

- Sua liberdade. – respondeu.

- Eu vou assombrá-lo para o resto da vida. – avisou Pirraça – Você e seus descendentes...

- E os alunos de minha casa... Eu sei, eu sei... Já esperava por isso, mas lembre-se: somos bruxos. Podemos vê-lo, ouvi-lo e atingi-lo.

- Feito. Agora me solte. – ordenou o poltergeist.

- Só quando estivermos em Hogwarts. – respondeu o cavaleiro levitando-o com a ajuda da varinha.

- Hogwarts... – disse Pirraça – Já ouvi falar... A tal escola para bruxos...

- A propósito – disse o ruivo – sou Gryffindor, um dos fundadores.

- Pirraça. – apresentou-se o poltergeist.

**

Desde então Pirraça odeia os Gryffinfdors e faz questão de “assombrá-los”.


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever essa fic. Sempre me perguntei sobre o passado do Pirraça... Um belo dia a criatividade resolveu dar as caras e eis o resultado.
* Gente, eu sei que, quando estamos imobilizados por um Petrificus Totalus, não podemos falar, mas isso aqui é uma fic. Vamos fingir que, por já estar morto e ser um poltergeist, o Pirraça conseguiu falar, ok?
Beijos de Sapos de Chocolate.