My Sweet Hell escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 2
One - Keep Your Eyes Open


Notas iniciais do capítulo

aqui está o próximo *-* espero que gostem



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“Dear Devil,

They got me. But there’s no problem, until now. I can escape exactly when I want, the biggest problem is that I don’t really know where I am, so I’m afraid to can’t go back.

I’ve already made the man get asleep, but he’ll wake up in a few minutes. He didn’t hurt me, just injected a sedative. And I have to go away.

I’m waiting your answers. And don’t worry, I’m ok.

K917, sector 601-22-559, Houston, Texas

Cassandra Eccher, 94th grade, Special Agent

‘Peace after death does not exist’”

Ele só então percebeu o erro de ter caído no sono. Quando seus olhos finalmente abriram, a luz os cegava. Mas ele podia ver a garota assoprar as cinzas que seguiam sempre o rumo do sum, contrário ao vento. Seu corpo inteiro doía pelo tempo passado deitado no chão de cimento não acabado. Por causa da pancada, sua cabeça latejava, ou talvez pelos remédios pré saída, o que era mais provável.

Em volta, a construção que fora abandonada pela metade parecia querer desmoronar. As vigas que deviam sustentar o teto sobre eles pareciam frágeis demais e o metal da base das paredes estava enferrujado, exalando um forte odor de metal. “Um poço de doenças”, pensou, deixando uma nota mental para tomar bastante cuidado.

E não só com as doenças.

Ele levantou o rosto do chão e pôs a mão na bochecha, tentando aliviar a dor. Fechou os olhos, esperando que o mundo à sua frente parasse de girar.

A última coisa da qual ele se lembrava era de ter atirado o sonífero no monstro e de tê-lo levado até a construção mais próxima – a que estava. Depois disso, subiu diversos andares pela velha escada e a deixara no chão. Então fora atingido com força por uma de suas asas enquanto a prendia com a rede de cor esverdeada.

Ele se lembrava exatamente do rosto angelical da bela garota, os olhos castanhos encarando-o com fúria não podiam amedronta-lo. Não naquela forma. Mas era apenas uma ilusão. Ela realmente tinha o rosto mais belo que já vira, com os cabelos negros e lisos caindo sobre os ombros e a pele bronzeada de quem dedicara horas a fio para a estética, mas se vestia de modo vulgar e indecente. Suas asas eram curtas e cinza-escuras com leves espinhos nas pontas. E seus olhos. Seus olhos eram cheios de ódio e brilhavam de um modo obscuro que jamais será descrito com perfeição.

Não demorou muito para que ela o encarasse por detrás da rede que a prendia de modo asfixiante, suas íris tornando-se avermelhadas e o brilho ainda mais presente.

Seus lábios finos e vermelhos como a maçã envenenada se abriram levemente, emitindo uma risada doce. Aquilo parecia lhe fazer bem.

– Ah! – exclamou com a mesma risada sarcástica. – Acordou.

A voz que emitia era doce. Parecia acariciar os ouvidos do pobre homem, que se via à mercê de uma sereia, bela, mas maligna.

Ela piscou levemente com expressão cúmplice no olhar e virou-se de costas. Com um simples gesto, suas unhas cresceram à mais de 15 cm, impressionando o rapaz com a rapidez com a qual ela cortava a rede. Ela se deliciava com a situação.

Com enorme esforço, ele se pôs de quatro no chão, a cabeça anda latejando como nunca. Mas ele precisava impedir que ela fugisse. Levantou-se cambaleante, tentando manter o equilíbrio, sem cair. A dor pareceu aumentar. Ele levou a mão até a nuca e a afastou com um reflexo após a dor do toque. O sangue escorria em gotas pesadas e vermelhas por seu pescoço e costas até pingarem no cimento. Sentindo a terrível dor, apoiou-se na parede sem tinta, sujando-a de vermelho. Seus olhos desviaram para o chão cada vez mais sujo dos pingos rubros. Não avia tempo para a dor.

– Pretende mesmo fugir? – perguntou, mantendo a expressão tranquila. Queria testá-la.

A bela garota morena virou-se, arqueando uma sobrancelha. Não disse uma palavra, apenas se virou para completar sua tarefa.

“Maldita.”, pensou, “é esperta”.

Mal passara um segundo e ela estiva as asas, terminando de romper os filamentos que a prendiam no emaranhado da rede. Levantou-se, estranhando o fato de que ele não movera um único músculo para impedi-la.

Ele foi rápido. Atirou-se na direção da mulher, agarrando seu musculoso corpo por trás, segurando-a.

Ela foi forte. Prevendo parte dos movimentos do humano, esticou mais ainda sua asa direita, acertando-o e mais uma vez arremessando-o contra a parede, o que fez com que o enorme corte na cabeça fosse ainda mais aberto, causando dor insuportável no pobre homem.

Abaixou-se por um segundo e ele pode imaginar o fracasso que significaria sua fuga pela varanda da construção abandonada pela metade. Correu os olhos pelo quarto e avistei uma última esperança. Levantou-se dolorosamente, seguindo para a direção contrária a ela.

Ela se virou, confusa, até ver ele alcançar a pequena alavanca na parede. Puxou-a e o compartimento abriu, revelando a pistola, escondida ali desde o início da guerra, quando cada edifício, cada carro, cada pessoa carregava uma destas. Mas pelo menos podiam andar pelas ruas, sãos e salvos. Ele correu em sua direção enquanto ela se preparava novamente, apressada, em uma corrida mortal.

Ela pulou. Por causa da rapidez de seus movimentos, deixara para trás algumas imperfeições, saindo levemente desequilibrada. Dando mais uma chance para que ele acertasse novamente. Tudo pareceu estar em câmera lenta enquanto o dardo percorria sua trajetória até o anjo negro que se afastava.

Ele se posicionou na varanda. Era uma chance sem igual.

Mais alto, perto das primeiras nuvens que eram vistas, a garota caía em queda livre, as asas perdendo a força com velocidade surreal. Mas era o bastante para que seu peso permanecesse dentro dos limites dele. Posicionando corretamente, apesar da força do impacto, ele a segurou.

A garota encolheu-se completamente enquanto o fogo consumia suas asas curtas, impedindo-a de fugir novamente. Seus músculos se contraíam e ela deixava escapar um grito infernal de dor. E, mesmo depois de cada pena ser inteiramente consumida em chamas, ela gritava. Pois doía.

Ele a pôs no chão, onde ficou por quase uma hora, fraca, sentindo a dor queimar sua carne, mas, dessa vez, em silêncio absoluto. Ele apenas permaneceu ali, observando seu triunfo. Um anjo caído que seria levado até um lugar onde seria útil para a guerra. Mas ele não sabia da responsabilidade que adquirira.

Mas, de qualquer maneira, havia conseguido.


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Notas finais do capítulo

comentem, viu? beijos pra vcs coisas lindas ♥



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