A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 97
Do desastre à uma coisa boa!


Notas iniciais do capítulo

*Lumos!
* Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom!
Oi gente, eu sei que falei que não iria demorar para postas, mas cá estamos quase 3 meses depois, mas eu tenho um bom motivo... Não tenho um bom motivo. Bom, eu sabia o que iria colocar no capítulo inteiro, só que quando eu estava do meio para o final começaram as provas na escola e eu perdi totalmente a criatividade, então me desculpem do fundo do coração o atraso.
Vamos começar aos agradecimentos, agradeço a todos que leem, fico feliz e vocês me motivam a continuar e escrever cada vez melhor, juro. Também as lidas e os lidos que comentam, Ana Black Levesque, Caroline Halliwell Black, Ashley Weasley Potter, Mrs Horan, La Black, Pamymalvada, guicmit, Dragon, Thays e Marii Black.
Bom, vamos ao que interessa né? Ao capítulo.
Espero que gostem e boa leitura!



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P. D. V. Carol

Já estávamos no meio de Abril, tínhamos vencido o primeiro jogo da Copa de Quabribol contra a Corvinal (que foi no final de Março), e eu fiquei brincando com a Pat e o Hugo por isso, eles são tão viciados em Quadribol quanto eu, e o próximo jogo vai ser no final desse mês, daqui uma semana e meia e será contra a Lufa-Lufa.

Depois do que aconteceu entre mim e a Cronddly, não sei por que mais eu e o Régulo sempre nos encontramos em uma sala vazia para conversar, primeiro ele veio perguntar a minha história com a Cronddly e depois falar que adorou todas as senas que criamos contra ela, e que eu deveria ganhar um Oscar (eu disse, não disse?).

Nós conversamos sobre tudo, e ele sempre pergunta do Six, e eu falo com Six sobre o Régulo ele fica bravo e fala que não quer saber do irmão, o Six reclama das amizades do Régulo, o que eu também concordo, mas eu não posso o mandar acabar com as amizades, por que eu não mando nele, mas sempre falo para ele ter cuidado. Quando que esses dois vão se acertar?

Vamos falar de coisa boa, desde que eu fiz a pegadinha com a Cronddly ela não veio mais implicar comigo, praticamente não me olhava, e quando olhava seu olhar era de raiva e logo olhava para outro lugar, mas não falava nada. Eu poderia viver com seu olhar de ira para mim.

— Vai encontrar o Régulo hoje? – Perguntou Six quando estávamos saindo da ultima aula, hoje era sexta-feira, então estávamos esperando dar o horário para a aula de aparatação.

— Acho que não, não combinamos nada. – Respondi.

— Ainda não sei por que vocês se encontram tanto. – Resmungou Six.

— Por que somos amigos e queremos conversar. – Respondi revirando os olhos.

— E do que vocês ficam conversando? – Perguntou me olhando.

— Quer mesmo saber? – Perguntei e ele concordou com a cabeça. – Nós ficamos falando de você e de sua cabeça dura.

— O que? – Perguntou sem entender.

— É Sirius, eu não sei você, mas o Régulo ainda é seu irmão e se preocupa com você, mesmo você não querendo falar com ele. – Respondi.

Ele me olhou, e eu olhei para ele como se estivesse dizendo: “oi, acorda, vai falar com ele.”, e ele olhando o meu olhar bufou, e eu revirei os olhos, ele sendo o Six ”Gostosão” Black não daria o braço a torcer, nem pro seu irmão. Esquecemos o Régulo por hora, e começamos a conversar com o resto do pessoal que tínhamos acabado de encontra, enquanto a aula de aparatação não começava.

— Bom dia alunos. – Falou o professor de DCAT, junto com nosso “professor” do ministério, e o senhor Johnson que acenou com a cabeça.

O senhor Johnson era um homem um pouco mais velhos que meus pais, deveria ter um pouco mais de 50 anos, tinha cabelos pretos com alguns fios brancos, tinha 1.80, um corpo musculoso, mesmo não estando na adolescência, mas imagino que ele tenha arrasado muitos corações na época. Tinha olhos castanhos claros e que brilhavam de animação.

— Bom dia professores. – Responderam todos praticamente ao mesmo tempo, se colocando nos seus lugares, que era em frente a um lugar marcado com um X, onde tínhamos que aparatar exatamente no X.

— Já estão todos posicionados? – Perguntou e todos acenaram com a cabeça. – Podem começar, cuidado e paciência, isso leva tempo para aprender. Enquanto estão treinando o senhor Johnson ira supervisionar como de costume, e qualquer problema iremos ajudar. Podem começar.

Logo vi algumas pessoas começarem a tentar aparatar, algumas saiam do lugar, outras não, algumas iam parar mais longe do X outras mais perto, e simplesmente tinha algumas que estavam se concentrando, assim como eu. Olhei o X e fiquei falando comigo mesma que conseguiria ficar no X hoje sem falta.

Respirei fundo, girei meu corpo e senti a famosa fisgada no umbigo e no outro segundo eu estava a um metro de distancia para frente do X, comecei bem, na ultima aula eu parei a dois metros para o lado do X, quase ficando no X do Jay. Voltei ao meu lugar e tendei de novo, ficando bem no lado do X.

Tentei mais algumas vezes, dando um tempo para pensar e me concentrar no X, parei na frente do X, no lado de novo, na frente a um centímetro de distancia da ponta, até que eu parei na ponta do X, quase no centro. Olhei aquilo e sorri, estava conseguindo mais rápido que pensava, mas o Leandro já tinha me dado umas aulas ano passado, então eu estava com mais facilidade que os outros.

Voltei para o meu lugar e fiquei encarando o X durante um tempo, eu falava para mim mesma que iria ficar no centro do X. Respirei fundo mais uma vez, fechei os olhos e aparatei, quando abri olhei para baixo e vi que estava no centro. Voltei para onde deveria ficar e fiz mais três vezes, acertando todas, estava tão feliz.

— Caldin. – Falou o senhor Johnson no meu lado e eu o olhei. – Muito bem, você é a primeira aluna que consegue ficar certinho no X. – Falou sorrindo para mim e eu sorri para ele. – Acho que é mal ou bem nesse caso, de Caldin isso, seus pais e seu irmão foram praticamente a mesma coisa. – Falou e eu o olhei sem entender. – Com seus pais eu estava começando no trabalho e vim como estagiário, e com seu irmão eu era professor também.

— Legal, não sabia disso. – Falei sorrindo para ele.

— Não sou muito importante. – Falou dando uma piscada e eu ri. – Pode ir por hoje, na próxima aula vou te dar mais alguns desafios. Seus pais e principalmente seu irmão vão ficar muito orgulhosos.

— Obrigada senhor Johnson, até a próxima aula. – Falei, peguei as minhas coisas e sai do Salão Principal (esqueci-me de mencionar, mas é lá que treinamos, por ser a maior sala que tem em Hogwarts).

Estava andando por alguns corredores, nem sei em que andar, mas no outro segundo eu fui puxada para uma sala e se eu não tivesse visto que era o Régulo um segundo antes de tirar a varinha do bolso, com certeza ele já estaria desmaiado no outro lado da sala.

— Que susto Régulo quase que jogo um feitiço em você. – Falei suspirando e ele riu.

— Desculpa, foi meio sem pensar, eu te vi e resolvi vir falar com você. – Falou me olhando e eu sorri.

— Tudo bem, mas na próxima tenta não me matar de susto. – Falei e rimos. – Então, como estão esses seus dias? – Perguntei sentando numa mesa e ele sentou-se à mesa da frente.

— Estão bem. – Falou, mas sabia que tinha mais alguma coisa.

— Me fala Régulo. – Pedi sim delongas.

— Não é nada de mais. – Falou me olhando, mas o olhei sem acreditar, ele é tão transparente quanto o Six nessas horas. – É só que... – Começou, mas parou e suspirou. – Eu não gosto das minhas amizades, elas são nojentas, mas eu sendo filho de quem sou, não posso recusar. – Falou e eu o olhei atentamente. – E também sinto falta do Sirius, ele e você são as únicas pessoas com quem eu posso falar principalmente o Sirius, ele é meu irmão, mas ele parou de falar comigo e tudo ficou pior. – Falou e abaixou a cabeça.

— Régulo. – Eu não fazia ideia do que falar então eu levantei e o abracei, o abracei forte. – Sirius também sente sua falta, só não admite nem para ele mesmo, aquele cabeça dura. – Falei no abraço e ele riu.

— Ele sempre foi assim, mas nunca ficamos muito tempo sem nos falar, então eu não tenho certeza se ele ainda gosta e se preocupa comigo. – Falou meio triste.

— Vai por mim, ele ainda gosta muito de você e se preocupa, do jeito dele, mas se preocupa. – Falei o olhando nos olhos e ele sorriu. – E se o Sirius continuar assim e você decidir não falar mais com ele, pode ter certeza que vou estar aqui para qualquer coisa.

— Obrigada Carol. – Falou sorrindo e eu o abracei de novo, é impressionante como eu consigo me dar bem com os Black’s homens, isso é carma só pode. – Você também pode sempre contar comigo, do meu jeito entranho e quieto, mas pode contar, eu sempre me preocupo com você. – Falou sorrindo e eu ri, então ele viu o anel no meu dedo. – Você usa o anel que te dei?

— A todo o momento. – Falei e o olhei. – Eu adoro esse anel.

— Achei a sua cara, por isso te dei, e ele combinou com o colar do Sirius. – Falou sorrindo.

— Até nisso vocês são parecidos. – Comentei e rimos. – Adoro os dois. Os Black’s dão os melhores presentes.

— Você já deve ter ganhado melhores. – Falou Régulo.

— Não tão importante para mim assim, o único que é tão importante quanto esses foi esse colar da minha avó. – Falei e mostrei o colar. – Que nem presente foi, eu roubei dela. – Falei rindo.

— É bonito. – Falou sorrindo. – Por que o meu presente é importante para você? O do Sirius eu entendo, mas o meu?

— Não sei ao certo dizer por que é importante. – Falei e sentei no seu lado. – Só sei que quando não estou com ele sinto falta de alguma coisa.

— Eu também me sinto assim. – Falou sorrindo e pegou um caderno do bolso, eu o tinha dado a ele em algum natal, e falei para que quando estivesse triste, entediado, com raiva ou qualquer outra coisa para ele escrever no caderno.

— É o caderno que eu te dei. – Falei sorrindo olhando o caderno na sua mão.

— Escrevo tudo que é importante nele para mim. – Falou sorrindo. – Mas eu também não sei explicar por que ele é tão importante.

— Acho que é um meio de lembrarmos que por mais que nossas casas sejam rivais, não nos importamos nem um pouco com isso. – Falei para ele.

— Pode ser isso mesmo. – Falou e passou o braço no meu ombro me abraçando, e eu passei o braço pelas suas costas o abraçando também. – Sirius não vai gostar de saber disso.

— Ele não tem que gostar, só aceitar. – Falei e era verdade.

— Ele vai me matar. – Falou Régulo rindo.

— Não vai, ele não poderia matar o irmão, e mesmo se ele tentar eu não vou deixar. – Falei sorrindo para ele, e ele sorriu para mim. – Acho melhor eu já ir, daqui a pouco acaba a aula.

— Aula de aparatação né? – Perguntou e eu concordei. – Afinal, por que saiu mais cedo?

— O professor me liberou quando consegui aparatar certinho. – Falei sorrindo.

— Muito bem senhorita Caldin. – Falou sorrindo, ele tinha o mesmo jeito de brincar do irmão.

— Muito obrigado senhor Black. – Falei do mesmo jeito e rimos. – Tchau Régulo, até outro dia. – Falei dando um beijo na sua bochecha e o abraçando.

— Até, qualquer coisa é só chamar. – Falou sorrindo.

— Você também. – Falei e sai da sala.

Aparentemente eu estava no terceiro andar, e quando eu estava descendo as escadas vi os Marotos e as meninas mais o Frank subindo as escadas. Subimos todos juntos para a Sala Comunal e ficamos conversando sobre qualquer coisa.

Uma semana depois...

A aula de aparatação foi bem legal, já tinha muitos alunos conseguindo, entre eles estavam o Six, Jay e Remo e a Lily, Alice e o Frank dos meus amigos, então o professor estava nos dando outros testes e desafios, o que era muito legal. Já tinha acabado a aula e estava anoitecendo, e estávamos Six, Jay e eu no jardim ainda, não sei por que ficamos lá até agora, mas ficamos conversando.

Claro que todos os nossos amigos ficaram conversando com a gente depois da aula e acabei trocando de roupa antes de descer para o jardim com os meninos, não estava com vontade de ficar com o uniforme então eu coloquei uma roupa bem confortável para passar as horas (http://www.polyvore.com/roupa/set?id=188954871).

Eu e os meninos ficamos conversando sobre muitas coisas, mas nada de muito importante, mas como já estava escurecendo e daqui à uma hora seria o jantar, resolvemos voltar para o castelo, até por que estava começando a esfriar. Voltamos rindo e conversando até o Snape aparecer na nossa frente.

— Potter. – Falou e nos seus olhos tinha um brilho perigoso.

— Seboso, ficou com saudades? – Perguntou Six sorrindo maroto e eu revirei os olhos, o que o Snape queria agora?

— O que você quer Snape? – Perguntei o olhando, esse menino gosta de apanhar?

— Eu quero minha revanche Potter. – Respondeu minha pergunta, mas foi diretamente para o Jay, ele não tirava os olhos dele.

— Olha Snape, em outro momento eu adoraria bater em você, mas eu não estou afim hoje. – Respondeu Jay, eu sabia que ele estava fazendo isso pela Lily.

— Vai amarelar? – Perguntou Snape com seu sorriso sonserino.

— Não, vou te ignorar mesmo. – Respondeu Jay e passamos pelo Snape sem se importar.

Escutei Snape resmungando alguma coisa, provavelmente um palavrão, e já tirei minha varinha do bolso discretamente, sabia que Snape não era de desistir tão fácil.

— Sectumsempra. – Escutei o Snape falar.

— Protego. – Falei entrando na frente do Jay, aquele cretino tinha tentado acertar o Jay pelas costas.

Eu esperava que o feitiço tivesse dado certo, mas aparente não, pois logo depois apareceram vários cortes pelo meu corpo sangrando e causando muita dor, e cai no chão ainda sangrando. Mas que feitiço era aquele? Eu nunca ouvi falar e nem li em nenhum livro, e olha que eu já li muitos.

— Carol. – Escutei Jay e Six falarem e logo vi que eles estavam ajoelhados no meu lado, mas não consegui falar nada, eu estava começando a sangrar muito.

— Snape o que você fez? – Perguntou Jay com uma mistura de preocupação e raiva.

— Ela que entrou na frente. – Respondeu indiferente.

— Desfaz esse feitiço, desfaz agora. – Falou Six tão preocupado quanto o Jay.

— Não tem como. – Respondeu dando de ombro.

— Jay, vai buscar Madame Pomfrey, agora. – Falou Six desesperado e o Jay logo saiu correndo, eu estava gemendo de dor, mas não estava chorando, ainda. – Carol, aguenta firme. – Falou Six me olhando nos olhos.

Olhei para ele e vi o Snape nos olhando, eu não sei o que ele ainda estava fazendo aqui, já que não iria ajudar, e eu já estava toda cheia de sangue, acho que mais 10 minutos e eu morreria por falta de sangue e dor, que estava aumentando.

— Isso é tudo culpa sua Snape, quando isso acabar eu juro que eu vou te matar do pior jeito possível. – Falou Six de um jeito assassino, que até eu fiquei com medo de ser verdade.

— Sai daqui. – Falou Snape.

— Você pirou se acha que eu vou deixar a Carol sozinha com você depois disso. – Falou Six.

— Olha o Potter já está demorando de mais, acho que não convenceu Madame Pomfrey, então é melhor ajuda-lo se quer que a Caldin sobreviva. – Falou Snape se ajoelhando no meu lado, Six me olhou e eu concordei com a cabeça, pior do que agora não poderia ficar.

— Se alguma coisa acontecer com ela... – Começou Six, mas foi cortado pelo Snape.

— Você me mata, eu sei, anda logo Black. – Falou Snape e Six logo levantou saindo correndo atrás do Jay. – Você é muito idiota, entrar na frente de um feitiço assim. – Falou e começou a falar um feitiço que não entendi muito bem.

Enquanto ele falava o feitiço, o sangue que eu perdi, ou pelo menos parte dele, começou a voltar para o meu corpo, a dor foi passando e senti os cortes se fecharem, ainda sentia dor e fraqueza, mas eu sabia que sobreviveria.

— Obrigada. – Falei para o Snape baixinho.

— Não era para ser você. – Falou Snape tão frio quanto o gelo.

— Não poderia deixar você acertar o Jay. E mesmo que não era para me acertar, você não tinha obrigação de me ajudar. – Falei e ele me olhou sem emoção nenhuma. – Agora vai, se esconde.

— Por que você está fazendo isso? – Perguntou sem entender.

— Você me ajudou e eu te ajudo a não pegar detenção ou até mesmo uma expulsão, estamos quites, agora vai embora antes que Madame Pomfrey chegue. – Falei e ele não pensou duas vezes antes de sair correndo de se esconder. – Acho que você não é tão ruim assim. – Comentei para mim mesma sobre o Snape.

P. D. V. Six

Encontrei Jay e Madame Pomfrey nas escadas no primeiro andar, ela me olhou assustada quando viu um pouco de sangue na minha mão e na minha roupa, já que eu encostei-me à Carol, o Jay também estava com um pouco de sangue na roupa, mas nem dava para perceber que era de agora, parecia mais uma mancha. Madame Pomfrey logo saiu correndo na nossa frente, o que eu agradeci.

— Você deixou a Carol sozinha? – Perguntou James no meu lado.

— Ela pediu e por mais que eu não quisesse você estava demorando de mais. – Respondi.

— Demorei um pouco para convencer Madame Pomfrey. – Respondeu.

Nós três corremos para o jardim e logo chegamos onde a Carol estava, sozinha. Não acredito que o cretino no Snape a deixou sozinha, quando eu o encontrar vou tortura-lo do pior jeito possível que ele vai desejar morrer. Mas a boa noticia é que a Carol não estava mais perdendo sangue e estava respirando, obrigado Merlin.

— Meu Merlin, o que aconteceu com você? – Perguntou Madame Pomfrey no lado da Carol, que deu de ombros. – Me ajudem a leva-la para a Ala Hospitalar. – Falou nos olhando.

Logo peguei a Carol no colo, que gemeu um pouco de dor, o que me deixou preocupado, agora por que eu tenho que levar a Carol e a Madame Pomfrey não pode usar um feitiço? Tenho certeza que seria muito mais fácil.

— Six, você não pode falar para ninguém quem fez isso. – Sussurrou Carol para mim.

— O que? Por quê? – Perguntei sem entender.

— Por favor, só me escuta. – Falou e gemeu de dor. – Fala isso para o Jay também.

— Está bem. – Falei não queria ficar discutindo com a Carol agora, mas depois ela vai ter que me explicar tudo isso direitinho.

— Obrigada. – Falou dando um mini sorriso, aquele sorriso que adoro, e depois desmaiou aos meus braços, de novo.

Deu um beijo na sua testa e logo chegamos à Ala Hospitalar. Madame Pomfrey me mandou colocar a Carol em uma marca, coloquei-a lá e logo Madame Pomfrey fechou tudo para que não pudéssemos ver o que ela estava fazendo com a Carol. Eu estava apreensivo, era a segunda vez que via a Carol tão mal assim, na verdade a terceira.

A primeira foi quando o imbecil do Malfoy fez tudo aquilo com ela no quarto ano, e a segunda foi no dia em que ela foi praticamente pisoteada pela Cronddly e suas amigas e logo depois quase sendo morta por minha mãe, e eu odeio ver a Carol nesse estado e não poder fazer nada a não ser esperar.

— Você falou para Madame Pomfrey o que aconteceu? – Perguntei para o James lembrando o que a Carol tinha me pedido.

— Não, eu queria que ela fosse logo ver a Carol. – Respondeu olhando junto comigo a divisão que Madame Pomfrey colocou entre nós e a Carol.

— Que bom, não é para contar. – Falei o olhando.

— Por que não? – Perguntou sem entender.

— Eu também não sei; a Carol só falou para eu não falar nada, e pediu a mesma coisa de você. – Respondi.

— Está bem, para ela falar isso deve ter um motivo. – Falou Jay me olhando.

— E eu espero que seja bom, pois eu estou quase pulando em cima do Snape. – Falei baixo, afinal a Madame Pomfrey poderia ouvir.

— Somos dois. – Falou James e me olhou, eu estava super preocupado com a Carol. - Relaxa cara, a Carol é forte, vai sair dessa. – Falou e me deu um abraço.

— Eu sei que vai. – Falei sorrindo depois do abraço, pelos menos isso eu tinha certeza que aconteceria agora.

— Ai ai. – Falou Madame Pomfrey suspirando enquanto saia de perto da Carol, ela estava dormindo e estava com uma camisola branca e estava coberta pelo lençol (http://marcynonline.vteximg.com.br/arquivos/ids/235311/499074_camisola-marcyn_van_frente.jpg).

— Ela está bem Madame Pomfrey? – Perguntou James, já que eu fiquei sem falar olhando a Carol deitada, ela parecia um anjo daquele jeito, mas espera, foco Sirius.

— Vai ficar, ela perdeu muito sangue, vai ter que ficar um tempo aqui para descansar. – Respondeu sorrindo para nós. – Vocês podem ficar aqui o quanto quiser, não sei se ela acorda hoje, dei um remédio para dor á ela.

— Está bem. – Respondemos.

— E mais uma coisa, se ficarem, sem bagunça. – Falou sorrindo e nós respondemos com sorrisos marotos falando que não prometíamos nada, e ela riu. – Vocês sabem o que aconteceu?

— Não, não vimos nada, só vimos a Carol no chão sangrando. – Respondi, o que não era mentira.

— Está bem. – Falou e saiu da Ala Hospitalar, agora fazer o que eu não sei.

— Está quase na hora do jantar. – Falou James, mas eu não estava com nem um pouco de fome.

— Eu não vou sair daqui. – Falei para ele e sentei numa cadeira ao lado da cama da Carol.

— Você tem que comer alguma coisa, e se a Carol descobrir que você não comeu, ela te mata. – Falou James e eu ri, era verdade.

— Eu como alguma coisa depois. – Respondi e ele me olhou e logo olhou a Carol, ele estava tão preocupado quanto eu.

— O que foi que o Snape fez? – Perguntou sem entender.

— Quando? Antes ou depois de quase matar a Carol? – Respondi irritado.

— Nos dois. Eu nunca vi nenhum feitiço assim. – Falou e eu concordei, eu também nunca tinha visto. – E quando saímos ela estava sangrando para caramba, e quando voltamos ela estava bem.

— Eu também não sei, mas acho que a Carol tem a resposta. – Falei, só poderia ser por isso que ela não queria que falássemos quem foi que jogou o feitiço, mesmo sendo com o Snape ela se preocupa com as pessoas, e olha que ela estava quase morrendo.

— Tem razão. – Concordou e olhou o relógio. – Vou indo, conto para todos?

— Acho melhor, senão eles vão pirar quando descobrirem. – Falei e era verdade.

— Então eu vou indo. – Falou James e saiu da Ala Hospitalar.

Puxei a cadeira para mais perto da cama da Carol e peguei sua mão, olhando-a e fazendo carinho.

— Só você para quase me matar de preocupação. – Falei e vi um mini sorriso brotar no seu rosto.

P. D. V. Jay

Como o Snape pode jogar um feitiço em alguém pelas costadas? Ainda mais na Carol. Nem sei qual é o feitiço que ele usou, mas pelo jeito que eu vi a Carol não era coisa boa, se eu o ver de novo, pelo menos agora, eu acho que sou capaz de estrangular ele com as minhas próprias mãos, mesmo eu brigando com a Lily e com todos depois, acho que menos com o Almofadinhas, já que ele está mais irritado que eu.

Enquanto seguia para o Salão Principal respirava fundo e tentava não pensar muito em como matar o Snape, pois se eu não me acalmasse quando eu o visse na mesa da Sonserina poderia pular no pescoço dele, e eu não estou com muita vontade de fazer isso, estou mais preocupado com a Carol.

Desci os quatro andares e cheguei ao Salão Principal, assim que pisei dentro do Salão Principal, olhei para a mesa da Sonserina, foi puro impulso de procurar o Ranhoso, mas infelizmente eu não o encontrei, ou felizmente, não sei ainda o que faria se o visse sentado calmamente na mesa da Sonserina comendo enquanto a Carol estava quase morrer ou bem mal na Ala Hospitalar e ele sentado como se nada tivesse acontecido.

Segui para perto dos meus amigos na mesa da Grifinória, no outro lado do Salão, e assim que sentei todos me olharam atentamente, eu não estava bem, ainda estava pensando na Carol e estava bem quieto.

— O que foi James? Você está tão quieto. – Falou Dorcas depois de algum tempo em silencio.

— Não é nada. – Respondi, como vou falar para eles o que aconteceu com a Carol?

— Cadê a Carol e o Sirius? – Perguntou Remo me olhando desconfiado, ele sabia que tinha acontecido alguma coisa.

— Estão andando por ai sozinhos? – Perguntou Lene e fez um sorriso malicioso, fazendo todos darem uma pequena risada.

— James, que sangue é esse na sua blusa? – Perguntou Lily, que estava no meu lado, vendo algumas manchas de sangue pequenas que estavam na minha blusa, acho que manchou quando eu dei aquele abraço de consolação no Sirius.

— Você saiu numa briga de novo? – Perguntou Alice me olhando preocupada.

— Não é nada disso. – Respondi.

— Então o que aconteceu? – Perguntou Frank, e todos já me olhavam querendo respostas.

— James, cadê o Sirius e a Carol? – Perguntou Lily quase desesperada.

— Fala logo James. – Falou Pedro e eu respirei fundo.

— Depois eu explico, não é bom falar disso agora. – Falei olhando o meu prato de comida.

— Como assim James? – Perguntou Lily agora brava.

— Conta logo onde eles estão. – Falou Remo.

— Eles estão na Ala Hospitalar, mas depois eu conto o que aconteceu detalhadamente para vocês. – Falei baixo e todos ficaram surpresos.

— James... – Começou Lily preocupada, mas eu a cortei a olhando nos olhos.

— Eu prometo contar tudo, mas depois. – Falei e ela ficou me olhando. – Eles estão bem, não se preocupe.

— Está bem, mas eu quero saber de tudo, tudo mesmo. – Falou quase me olhando brava.

— Vou contar. – Falei sorrindo e ela sorriu também.

Voltamos a comer quase conversando normalmente, mas todos ainda estavam meio preocupados com o que aconteceu com a Carol e o Sirius. Depois de todos comermos, saímos antes de todos e seguimos para a Ala Hospitalar comigo contando tudo que tinha acontecido, claro que escondendo a parte do Snape, eu prometi que não contaria nada.

Assim que chegamos vimos o Sirius sentado na cadeira ao lado da Carol, que dormia calmamente ou ainda estava desmaiada, não sei ao certo.

— Sirius ela está bem? E você? – Perguntou Alice quando chegamos perto da marca.

— Eu estou bem, a Carol também, mas vai ter que passar a semana aqui, aparentemente. – Respondeu Sirius.

— Foi tão grave assim? – Perguntou Dorcas preocupada.

— Não sabemos, acho que é por isso que Madame Pomfrey quer a Carol aqui. – Respondeu, e isso era verdade.

— Você não tem ideia de quem poderia ter feito isso? – Perguntou Lily.

— Não faço a mínima ideia, pelo que eu sei a Carol não estava tendo problema com ninguém ultimamente. – Respondeu Sirius.

— E ninguém nunca viu o feitiço. – Comentou Frank.

— Será que essa pessoa não inventou esse feitiço? – Perguntou Pedro.

— Quem inventaria um feitiço em Hogwarts? – Perguntou Lene.

— Acho difícil um professor, e um aluno teria que ser muito bom para criar um desse tipo. – Falou Remo.

— E com certeza demoraria um tempo até esse feitiço ficar pronto. – Completou Lily.

— Mas se a Carol não teve problema com ninguém ultimamente, quem poderia ser? – Perguntou Frank.

— Ela teve o problema com a Cronddly. – Falou Alice.

— E é muito antigo. – Falei, até que faria sentido ser a Cronddly.

— Não acho que a Cronddly poderia fazer isso, mesmo se ela quisesse, não acho que teria condições de criar um feitiço assim. – Falou Sirius.

— E se esse feitiço já existir, mas é pouco conhecido? – Perguntou Pedro.

— Faria mais sentido, mas onde algum aluno poderia ter essa informação? – Perguntei.

— Sessão reservada? – Sugeriu Dorcas.

— Não, eu já li praticamente todos aqueles livros e não aparece nenhum com um feitiço assim. – Respondeu Lily.

— Só resta acreditar que foi fora de Hogwarts que ele conseguiu. Mas aonde? – Falou Remo.

— Não tem uma livraria em Hogsmeade? – Perguntou Alice.

— Tem, mas acho difícil ter alguma coisa lá desse tipo, e Isaac provavelmente não deixaria um livro assim a mostra para ser vendido. – Falou Sirius.

— Você conhece o amigo da Carol? – Perguntou Lene para o Sirius.

— Claro, e ele parece uma boa pessoa. – Respondeu Sirius.

— Então estamos sem saída, pouco provável ser um aluno que inventou e não tem nenhum meio de ser achado um livro assim por aqui. – Falou Remo suspirando e todos concordaram, e ficamos em silencio desde então.

P. D. V. Carol

Meu corpo todo doía, parecia que eu tinha sido atropelada pelo Expresso de Hogwarts, caramba. A ultima coisa que eu lembro é de estar quase morrendo no jardim e falando alguma coisa com o Sirius sobre não contar á ninguém sobre o que o Snape fez, acho que acabei desmaiando depois que falei isso.

— Quando tempo vocês acham que a Carol vai ter que ficar aqui? – Escutei o Pedro falar.

— No mínimo uma semana. – Respondeu Sirius.

— Bem provável, a Carol está horrível. – Falou Lene e eu ri por dentro.

— Adoro a sua sinceridade Lene. – Pensei alto e todos riram, e eu consegui abrir aos poucos os olhos, encontrando as meninas e os meninos na frente da minha cama.

— Fazer o que? Não gosto de mentir. – Falou Lene brincando e todos riram.

— Você está bem? – Perguntou Remo me olhando.

— Parece que fui atropelada pelo Expresso de Hogwarts, mas estou bem. – Falei sorrindo.

— Carol, o que aconteceu? – Perguntou Lily me olhando.

— Não sei. – Respondi para ela, eu não sabia o que falar, até por que eu ainda estou um pouco tonta com tudo o que aconteceu.

Tentei sentar um pouco, já que eu testava deitada, mas não foi uma boa ideia, meu corpo doeu mais do que antes, e eu tenho certeza que fiz uma careta.

— Fique parada, não pode se mexer tanto. – Falou Six me ajudando a me sentar um pouco.

— Você sabe como eu sou. – Falei para ele sorrindo marota.

— Sei sim, tem fogo no corpo inteiro, não consegue ficar parada. – Respondeu e todos riram.

— Madame Pomfrey vai te matar. – Falou Frank sorrindo divertido para mim enquanto os outros ainda riam.

— Já estou acostumada. – Falei dando de ombro.

— Vem cá, você entrou em alguma briga para sair assim? – Perguntou Dorcas.

— Não. – Respondi.

— Então por que te atacaram? – Perguntou Alice.

— Eu também não sei, e não faço ideia de quem é. –Menti, e eu odeio mentir.

— Deve ser alguém que se encheu das brincadeiras de vocês e queria mandar um recado. – Falou Lily me olhando brava.

— Pode ser. – Concordei dando de ombro, era bem provável vindo do Snape.

— Mas uma coisa é fazer pegadinhas, outra é quase matar a Carol. – Falou Jay que estava ao lado da Lily.

— E não estamos fazendo tantas pegadinhas. – Falou Six que estava no meu lado segurando a minha mão.

— Foi só uma ideia, não estou acusando ninguém. – Falou Lily tentando se defender, mas sabíamos que não era total verdade, ela ainda não gosta de fazermos pegadinhas.

— Acho melhor já irmos, se Madame Pomfrey chegar e nos ver aqui nessa baderna, vai nos matar. – Falou Alice.

— Concordo. – Falou Lene e logo todos foram embora, só sobrando os meninos.

— Contem o que realmente aconteceu. – Falou Remo olhando do Jay para o Six e depois para mim.

— Foi o Snape. – Respondeu Jay e ele parecia bravo.

— Como assim? – Perguntou Pedro.

— O Snape queria revanche com o Jay por tudo o que já aconteceu, mas o ignoramos, então ele jogou um feitiço no Jay pelas costas e eu fui tentar defender, mas não deu certo. – Respondi.

— Foi tudo muito rápido. – Falou Jay.

— É, e eu tenho vontade de torturar o Ranhoso por isso. – Falou Six, esse realmente estava estressado.

— Se acalma Six, deixa isso para lá. – Falei para ele que me olhou sem entender o porquê de eu estar falando isso.

— Snape jogou um feitiço? Qual? – Perguntou Remo.

— Era alguma coisa com Sectum. – Respondeu Jay.

— Sectumsempra. Pelo menos acho que é isso. – Completei.

— Já ouviu falar nesse feitiço Remo? – Perguntou Six.

— Nunca. – Respondeu.

— Eu acho que o Snape inventou esse feitiço. – Falou Pedro.

— Como o Seboso inventaria um feitiço assim? – Perguntou Six.

— Faz sentido, Snape queria acertar o Jay, e eles têm essa rixa desde sempre; Vocês sabem que Snape é esperto o suficiente para inventar um feitiço. – Falei olhando para o Six.

— Nisso temos que concordar, Snape não é flor que se cheire. – Concordou Remo.

— E se ele procurou no livro certo, pode muito bem ter trabalhado nesse feitiço há anos. – Falei.

— É bem a cara do Snape. – Falou Six bravo.

— Mas vocês acham que a Lily não saberia disso? – Perguntou Remo.

— Snape é esperto para esconder isso da Lily, e a Lily não estava muito interessada em conversar com o Snape sobre mim anos atrás. – Falou Jay, nisso ele tem razão. – Tudo isso por causa de umas briguinhas infantis. Desculpa-me Carol por fazer você passar por isso.

— Relaxa Jay, não foi culpa sua, faria isso 10 mil vezes se fosse preciso. – Falei sorrindo para ele.

— Não sei o que seria da gente sem você; só você mesmo para nos meter em encrenca e nos tirar de outras. – Falou Jay e me abraçou de leve.

— É o poder de Caroline Caldin. – Falou Six sorrindo.

— E claro não podemos esquecer de que ela conseguiu uma causa histórica. – Falou Remo e todos o olharam sem entender. – Ela colocou uma coleira no Sirius.

— Como vocês são idiotas. – Falou Six segurando a risada enquanto todos riram, eu chorava de rir, mas também de dor.

— Não me fazem rir, meu corpo dói inteiro. – Falei tentando parar de rir.

— Está bem, paramos. – Falou Remo e todos pararam de rir.

— Vem cá Carol, por que você falou para não contar para ninguém que foi o Snape? – Perguntou Six.

— E como do nada você estava melhor? – Perguntou Jay.

— Sobre isso... – Falei e respirei fundo. – O Snape me ajudou, então fizemos um acordo, já que ele me ajudou, eu não falava para ninguém o que aconteceu.

— O Snape te ajudou? Por quê? – Perguntou Six.

— Sim, eu não sei por que, mas acho que ele me ajudou porque era para ter acertado o Jay. – Respondi e todos me olharam em entender. – Acho que ele não é tão mal assim. – Completei baixo.

— Ele é mal sim, olha o que ele fez. – Falou Six, aparentemente ele escutou.

— Se isso torna as pessoas más, somos tão maus quanto ele. – Respondi para ele e bocejei, estava ficando com sono, e ele bufou. – Não fique bravo, é só o que eu acho. Não estou falando que ele não é idiota por tentar fazer o que fez, mas ele não tinha nenhuma obrigação de me ajudar, só estou querendo dizer isso.

Six ficou me olhando enquanto eu me ajeitava, eu estava quase dormindo em pé agora, e quando me ajeitei ele respirou fundo e começou a mexer no meu cabelo.

— Está bem. – Falou sorrindo. – Mas agora dorme, você precisa descansar.

— Não precisa falar duas vezes. – Falei já com voz de sono e fechei os olhos. – Boa noite meninos, eu quero vocês na cama em uma hora, e se não tiverem eu vou saber, isso inclui você Sirius Black. – Falei e bocejei

— Ela estava quase morrendo em menos de uma hora atrás, e agora quer mandar em mim. – Falou Six abismado ainda mexendo no meu cabelo.

— Essa é minha obrigação seu chato, eu nasci para mandar em vocês. – Falei rindo um pouco e os meninos riram.

— Está fazendo um ótimo trabalho então. – Falou Remo.

— Obrigada. – Falei quase dormindo já.

— Boa noite Carol. – Falaram todos e eu dormi logo em seguida, sentindo um beijo na testa pelo Six.

Na tarde do outro dia...

— Então decidiu dar uma descansada de todos e não me avisou? – Escutei o Régulo falar da porta enquanto eu desenhava, ou tentava desenhar alguma coisa.

— Como se eu fosse vir para a Ala Hospitalar para fugir de todos, tenho esconderijos bem melhores. – Falei brincando e ele riu.

— Imagino. – Falou e sentou na cadeira ao lado da minha cama. – O que aconteceu para você vir visitar a nossa querida Madame Pomfrey?

— Eu não sei direito, jogaram um feitio em mim, acabei desmaiando e me trouxeram para cá. – Omiti alguns detalhes.

— Sabe que eu não acredito em você, eu te conheço, sei que está escondendo alguma coisa. – Falou me olhando nos olhos.

— Melhor deixar isso quieto, vai por mim. – Falei e encostei no seu ombro.

Meu corpo não doía tanto depois de uma bela noite de sono e vários cochilos durante o dia, acho que somando o tempo que eu fiquei acordada, deve ter dado no máximo duas horas, sendo que acordei ás 8h da manhã e agora são 3h da tarde.

— Só me fala quem foi. – Falou me olhando preocupado.

— Deixa quieto, eu já estou melhor, não se preocupe. – Falei sorrindo para ele.

— Você sabe que eu vou descobrir, não sabe? – Falou me olhando desafiador.

— Claro que eu sei, nessas horas você é pior que o Sirius. – Falei revirando os olhos e ele riu. – Acho que é mal de família.

— Deve ser. – Falou rindo e olhou o meu caderno que estava ao meu colo. – Posso ver? É seu caderno de desenhos?

— Claro. Ele é sim. – Respondi e lhe passei-o.

Fiquei um tempo vendo-o ver o caderno, em alguns desenhos ele ria, por que eram realmente engraçados, outros ele ficava um bom tempo observando, e acho que acabei dormindo, pois quando acordei senti o Régulo colocar o caderno no meu colo, sendo que ele era bem grande.

— Régulo? O que faz aqui? – Escutei o Six perguntar assim que a porta da Ala Hospitalar foi aberta.

Eu não conseguia ver a careta dos dois, meus olhos cismavam em ficar fechados e eu estava me matando para abri-lo.

— Oi Sirius. – Respondeu Régulo ainda no meu lado, e escutei passos se aproximando, imagino ser o Six. – Fiquei sabendo da Carol, revolvi vir vê-la. – Respondeu e Six resmungou. – Você tem algum problema com isso?

— Não, a Carol é sua amiga, e mesmo que eu tivesse não iria mudar nada. – Respondeu Six, que bom que ele sabe.

— Isso bem que é verdade, mas eu só queria saber mesmo, não quero causar intrigas. – Falou Régulo, quando vão pedir desculpas um para o outro? Esses dois são tão cabeças duras quanto... Eu não conheço ninguém mais cabeça dura que eles.

— Não se preocupe com isso. – Falou Six e tenho uma impressão de que ele estava sorrindo. – Faz muito tempo que ela está dormindo?

— Não sei quando ela dormiu, mas já faz mais de meia hora. – Respondeu Régulo, e ficaram em silencio durante um tempo. – Acho que já vou então.

— Não precisa ir embora por minha causa. – Falou Six.

— Não é por sua causa. – Falou Régulo e deu uma pausa. – Pelo menos não totalmente.

— Eu sei que você não quer ficar muito tempo no mesmo lugar que eu, eu até entendo. – Falou Six.

— Entende por que também não quer ficar? – Perguntou Régulo com a voz calma, mas eu sabia que ele estava nervoso pelo clima.

— Não. – Respondeu simplesmente Six.

— De qualquer jeito, acho melhor ir embora. – Falou Régulo e escutei passos se distanciando um pouco.

— Régulo. – Chamou Six e o Régulo parou, agora já conseguia ver um pouco a cena, estava conseguindo abrir os olhos. – Olhe, eu... – Falou e deu uma pausa respirando fundo. – Eu sei que não sou o melhor irmão do mundo, e sou cabeça quente, irresponsável, teimoso e muitas outras coisas que a Carol tem muita animação de me lembrar todos os dias. – Que bom que ele sabe que faço de proposito. – Mas você é meu irmão, então eu...

— Peço desculpas também, eu sei que você é tudo isso que falou e muito mais, pois sou igual, e eu não queria que toda essa estória com a mamãe nos separasse, mesmo você não aceitando a minha escolha. – Falou Régulo o olhando, finalmente estão se acertando?

— É, eu fico bastante irritado, mas sei que tem seus motivos e eu não posso te obrigar a fazer uma coisa que não quer, mas eu fico preocupado pensando em tudo que a mamãe fala na sua cabeça, e pelas suas amizades acho que está dando certo. – Falou Six irritado, por que ele tem que estragar tudo?

— Eu também não gosto muito das amizades que mamãe me obriga a ter, mas também não me importo muito, eles não fazem minha cabeça e não são meus amigos de verdade. – Respondeu Régulo aparentemente cansado das suas amizades, como já me falou.

— Menos mal, fico feliz com isso. – Falou Six sorrindo e Régulo deu uma risada curta.

— Pelo amor de Merlin, se abracem logo. Se vocês não fossem irmão e o Six meu namorado eu já estava gritando se beijem. – Falei os olhando sorrindo, e eles riram também.

— Então você estava nos ouvindo esse tempo todo? – Perguntou Six me olhando, e Régulo veio ficar ao seu lado.

— Mas é claro. – Falei dando de ombro, e olhei de Six para Régulo e de Six de novo. – Não estou vendo o abraço.

— Temos que fazer isso mesmo? Já pedimos desculpas. – Falou Régulo sorrindo divertido.

— Tem sim, assim vocês aprender a não brigarem por coisa boba, e se brigarem de novo vão tem que se abraçar de novo, e na frente de Hogwarts inteira. – Respondi sorrindo marota e eles riram.

— Não tem como reverter a situação? – Perguntou Six e eu falei que não com a cabeça. – Está bem então, mas não contem a ninguém.

— Como se eu quisesse espalhar para todo mundo que eu te abracei. – Falou Régulo revirando os olhos.

— Você deveria querer, estará abraçando o cara mais bonito de Hogwarts. – Falou Six sorrindo maroto.

— Me poupe, você é só mais um, eu sou o mais bonito e não tem como negar. – Falou Régulo, eu estava rindo.

— Parem de enrolar. – Falei ainda rindo.

— Parece que não deu certo nossa enrolação. – Falou Six suspirando.

— Claro que não deu certo, você não fez direito, tinha que ser mais convincente quando se trata da Carol, ela te conhece há cinco anos. – Falou Régulo para o Six.

— Nisso ele tem razão, mas não vai se achando Régulo, você também não convenceu nada. – Falei e ele me olhou indignado.

— Poxa, depois de tudo que passamos Carol, você vem com essa? – Perguntou Régulo fingindo estar triste.

— Como é que é? – Perguntou Six enciumado, Régulo fez de proposito.

— Parem com isso e se abracem. – Falei revirando os olhos.

— Está bem, está bem. – Falaram e se abraçaram.

— Aleluia. – Falei alto, mas não alto o suficiente para chamar a atenção da Madame Pomfrey.

— Para de graça. – Falou Régulo rindo junto com o Six e eu comecei a rir também.

— Acho que já vou indo, vou deixar os pombinhos em paz e fazer as lições. – Falou Régulo depois de rirmos bastante.

— Nos agradecemos. – Falou Six brincando.

— Tchau Régulo, até outro dia. – Falei sorrindo para ele.

— Tchau. – Falou e me deu um beijo na bochecha ignorando a careta do Six. – Tchau Sirius.

— Tchau Régulo, se cuida, se precisar é só chamar. – Falou Six sorrindo para o irmão.

— Você também. – Falou Régulo e logo saiu da Ala Hospitalar.

— Então é assim? – Perguntou Six me olhando de braços cruzados.

— É assim o que? – Perguntei sem entender.

— Você faz isso depois de tudo que passamos? – Perguntou Sirius imitando muito ruim o Régulo, me fazendo rir.

— Para você ver. – Falei sorrindo e ele se sentou no meu lado na cama, passando o braço em baixo da minha cabeça. – E advinha de quem é a culpa disso?

— É minha já sei. – Respondeu e eu ri. – Está melhor hoje? Está rindo dessa vez.

— Estou sim, ainda dói um pouco, mas dá para aguentar para umas risadas. Sem contar que se eu fiquei acordada duas horas o dia inteiro foi muito. – Respondi e ele riu.

— E para um beijo? Dói? – Perguntou sorrindo maroto.

— Um beijo? – Falei e fingi pensar. – Acho que não consigo aguentar um beijo ainda.

— Você acha é? – Perguntou e levantou meu queixo, deixando nossos lábios a centímetros de distancia. – Que tal tirar a duvida?

— Meu acho não foi uma duvida. – Falei sorrindo marota.

— Hum. – Falou diminuindo mais a distancia.

— Siri... – Falei e ele me silenciou com o beijo.

Foi um beijo apaixonante, dava para ver que estava preocupado, mas ao mesmo tempo aliviado por me ver bem. A mão dele que estava com o braço em baixo do meu pescoço segurava meu ombro me puxando mais para si, e a outra mão estava na minha cintura, as minhas uma estava para me apoiar na cama e a outra estava sobre o peitoral dele.

Então ele me puxou pela cintura me fazendo ficar ainda mais em cima dele, e apertado a mesma, me fazendo rir durante o beijo e ele sorriu maroto. Então nos separamos por falta de ar e ele começou a beijar o meu pescoço.

— Six, diminui, Madame Pomfrey pode chegar a qualquer momento. – Falei tentando ainda recuperar o folego.

— Quando ela chegar eu paro. – Respondeu no meu pescoço.

— Se ela chegar e nos ver assim, ela não vai te deixar vir mais enquanto eu estiver aqui. – Falei sorrindo divertida.

— Aff. – Falou e se afastou um pouco. – Por que você tem sempre que ter a razão?

— Por que eu sou mais esperta e penso nas consequências. – Respondi sorrindo marota para ele.

— Estraga prazer. – Falou e eu ri, ele adorava fazer isso.

Arrumei-me de novo nele e ficamos conversando e rindo pelo resto da tarde, agora eu só não entendi por que os meninos não apareceram ainda, será que o Six falou alguma coisa? Quer saber, não quero saber, o Six pode ser bem estranho quando quer (que é sempre).


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Espero que sim.
Quanto tempo será que o Régulo e o Six vão ficar com a amizade? Os meninos devem ou não fazer alguma coisa com o Snape? Carol deve falar a verdade para as meninas ou não?
Me falem o que acham que deve acontecer, o que não deve acontecer e tudo o mais.
Até os comentários.
Beijos, beijinhos e beijão.
*Malfeito feito!
*Nox.



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