A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 66
Má influência


Notas iniciais do capítulo

Lumus!
Oi de novo minha gente, como está o começo de 2014? O meu está ótimo.
Então, me desculpem por demorar tanto para postar esse capítulo, mas com o natal e ano novo não tive tempo para pensar em como escrever o capítulo, eu sabia o que iria falar, mas não sabia como começar, então demorei. Desculpem-me.
Eu espero que vocês estejam gostando, e obrigado para as trés pessoas que comentaram, fiquei muito feliz com isso.
Espero que vocês gostem do capítulo. Boa leitura!



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P. D. V. Carol

Olha que legal, hoje não teria aula para o 5º ano, pois todos estavam conversando com os diretores das suas respeitáveis casas, hoje era dia de escolher a sua profissão. Bom, nesse exato momento eu estava indo para a sala da McGonagall, faltava 10 minutos para o meu horário de "reunião", se posso dizer assim. Os meninos tinham ido antes e agora eu não sei onde estavam.

Quando finalmente cheguei na porta faltava 10 segundos para ás 2 horas da tarde, que era o horário para eu estar lá. Bati na porta e escutei um entre. Entrei e a McGonagall me pediu para sentar na cadeira a sua frente. Me sentei e olhei para ela, que estava anotando alguma coisa numa folha.

– Bom, acho que vai ser rápido e fácil, assim como foi o dos outros meninos, os "Marotos". - Falou fazendo aspas com a mão e eu ri disso, e a Minerva sorriu. - O que você quer fazer?

– Desculpa desapontar-te, professora, mas eu não faço ideia. - Falei fazendo uma careta.

– Você não é a primeira, não se preocupe. Bom, pelas aulas que você faz, você poderia ser Aurora. - Falou olhando no papel.

– Pode tirar essa opção. - Falei já na hora.

– Por que? Você é ótima em Defesa Contra as Artes das Trevas, Poções, Transfiguração... - Começou empolgada.

– Esse não é o problema. É que um tio meu morreu sendo Auror, numa missão para capturar um comensal, a uns 11 anos, eu acho; então eu não gosto muito de... pensar nessa possibilidade.

– Entendo. - Falou e olhou na folha de novo. - Vejo que você faz Estudo dos Trouxas, gosta deles? Dos trouxas?

– Gosto, eu moro num bairro trouxa, então já estou acostumada com eles. - Falei dando de ombros.

– Poderia fazer a Comissão de Justificativas Dignas de Trouxa. - Falou me olhando.

– E o que eu devo fazer, exatamente, nesse setor do ministério? - Perguntei, tinha me interessado, e eu sabia que era no ministério.

– Bom, você vai ter que formular e distribuir as desculpas e justificativas em relação às manifestações mágicas para a comunidade trouxa.

– Então vou ter que escrever cartinhas pedindo desculpa por mostrar a magia para os trouxas? - Perguntei, pelo que entendi era isso.

– Provavelmente. Não sei bem o que esse departamento faz, quase ninguém pede para entrar, os que entram é um ou outro porque não tem vaga nos outros departamentos. - Explicou, nossa que vaga concorrida.

– E quanto eu tenho que tirar nos NOM's?

– Bom, a melhor nota possível, no minimo um aceitável em Estudos dos Trouxas. - Respondeu, e demos um sorriso uma para a outra.

– E precisa de outra matéria em especial? - Perguntei.

– Pelo que estou vendo, não. Mas vou pesquisar e qualquer coisa eu te falo.

–Ok, vou ficar com esse então. - Falei. "Mesmo não sendo um negocio" Pensei.

– Viu como foi rápido? - Perguntou sorrindo e escreveu alguma coisa numa folha, de novo.

– É. - Concordei e pensei numa coisa. - Professora, o que os meninos falaram sobre o trabalho? - Perguntei, eu estava curiosa.

– Bom... - Começou e suspirou. - Não sei se você vai gostar, mas eles ficaram com Auror, todos eles. O senhor Potter, Black, Lupin e Pettigrew. - Falou antes deu falar alguma coisa.

– Ok, até mais ver, professora. - Falei e levantei da cadeira.

– Até. - Falou sorrindo e fez um aceno com a cabeça.

Abri a porta e sai vendo que ainda não tinha nenhum aluno a espera na porta, sai calmamente da sala dela e andei pelos corredores, todos muitos silenciosos. Resolvi ir para a biblioteca, eu acho que vou acabar encontrando alguma coisa interessante lá, talvez o Remo ou a Lily estudando, como sempre.

Fui até a biblioteca e não encontrei ninguém, só alguns alunos do 5º ano fazendo lições, mas eram bem poucos. Andei pelas pratilheiras e não achei nenhuma seção que me chamasse a atenção, então resolvi ir para a sala comunal, talvez os meninos estivessem lá. Dei uma última olhada na biblioteca e realmente não tinha ninguém.

Sai pensando no que a professora McGonagall tinha me falado, de tentar a vaga para Aurora, mas não sei bem se me sinto segura trabalhando naquele departamento, acho que iria ficar lembrando-me o tio Barry. Mas que eu adoraria capturar uns comensais desgraçados era verdade. Mas meus pensamentos foram cortados por uma voz masculina no corredor.

– Ali está ela. - Falou e quando me virei vi três meninos vindo na minha direção, um da Corvinal, o outro da Lufa-Lufa, e o último da Sonserina.

Enquanto eles andavam, percebi que eles não estavam com uma cara muito boa, e pareciam estar querendo ter uma conversa seria comigo, ou com outra pessoa, mas não tinha ninguém no corredor, só eu, e agora eles. Quando eles chegaram perto de mim o menino da Lufa-Lufa começou a falar:

– Oi, precisamos ter uma conversa com você. - Falou o mais gentil possível, mas os olhares dos outros dois não demostrou essa gentileza.

– Pode falar. - Falei seria, assim como os outros.

– Então, nós viemos falar que você é uma má influência no quadribol. - Falou o sonserino.

– Por quê? - Perguntei sem entender.

– Todas as crianças do 4º ano foram fazer o teste. - Informou o corvino. - E todas falaram que você tinha sido a inspiração delas. - Acabou a frase antes deu falar alguma coisa.

– Então a culpa de ver tantas crianças com carinhas tristes é sua. - Falou novamente o sonserino.

– A culpa não é minha se elas quiseram entrar no time. - Falei e continuei antes de alguns deles falar alguma coisa. - Eu fico honrada deles falarem isso, mas eu não virei para cada um e falei para eles tentarem fazer o teste. Eles foram por que quiseram.

– Isso não importa, tudo começou por sua culpa. - Falou o sonserino de novo, e virou para onde ele tinha vindo.

– Eu concordo um pouco com o que ele falou, até mais. - Falou o corvino e também virou para onde tinha vindo.

– Eu sei que a culpa não foi sua, eu só queria que você soubesse de todas as crianças nos testes, não era para ser assim, eu sei como são os Caldin. - Falou e piscou virando também para onde tinha vindo.

Olhei todos andarem pelo corredor e virei para as escodas novamente, que era para onde eu estava indo, eu ia para a sala comunal. Comecei a subir as escadas pensando no que aqueles meninos tinham falado. Eles tinham razão, a culpa é minha, por minha culpa as crianças estão fazendo os testes, mas eu não sei como posso parar isso.

Fiquei pensando numa solução para parar com isso, mas não achei nada. Quando eu estava quase chegando no 7º andar as escadas abriram dois caminhos, um para sala comunal (direita) e outro que dava para o escritório do professor Dumbledore (esquerda). Olhei de um lado para o outro e decidi ir para o lado do escritório do Dumbledore, aquilo tinha sido um sinal, só poderia ser um sinal.

Subi as escadas e andei pelos corredores que davam para o escritório do professor Dumbledore, que era um pouco longe das escadas. Quando eu finalmente cheguei na frente da gárgula que davam passagem para o escritório do Dumbledore, lembrei que eu não sabia a senha.

– Senha? - Perguntou a gárgula.

– Eu não sei. - Respondi.

– Desculpe, mas sem senha não entra. - Falou a gárgula.

Deixa eu ver, todas as vezes que eu vim para cá, a senha tinha a ver ou com doces ou com limão. Deixa eu pensar em alguma coisa com limão...

– Limonada. - Falei do nada.

– Não. - Respondeu a gárgula.

– Sorvete de limão.

– Não.

– Casca de limão.

– Negativo.

– Gotinhas de limão. - Falei, já estava ficando desesperada.

– Hu-hu. - Falou balançando a cabeça em forma negativa.

– Doces de limão.

– Na... - Falou e parou para pensar. - É, está certo, pode passar. - Falou e pulou para o lado, tinha perdido uns 5 á 10 minutos aqui.

Passei pela gárgula e subi as escadas que dava para o escritório do Dumbledore. Quando cheguei na porta parei para pensar, deveria mesmo entrar lá e falar com ele? Ele deve estar ocupado e tudo o mais. Então decidi voltar, mas na hora que eu ia virar as costas para ir embora a porta se abre e aparece o professor Dumbledore.

– Oh, Carol. O que faz ai? Entre, entre. - Falou me dando passagem e eu entrei, logo depois ele fechou a porta. - Vejo que você queria falar comigo, o que foi?

– Nada de mais... - Falei dando de ombro e ele de interrompeu quando eu ia continuar.

– Nada é nada de mais. - Falou sorrindo. - Pode me falar o que está te incomodando.

– Ok. É que os capitães dos times de quadribol vieram me falar que eu era uma má influência no quadribol, pois varias crianças foram fazer o teste e todas falaram que eu era a sua inspiração. - Falei quase sem respirar.

– É, fiquei sabendo disso. Mas não se preocupe, todos sabemos que não é sua culpa. - Falou sorrindo.

– Na verdade, é sim. Comigo jogando o ano passado varias crianças acharam que conseguiam jogar no time também, então a culpa é minha. - Falei olhando para baixo.

– Olha... - Falou e levantou da sua cadeira para se sentar na cadeira ao meu lado. - Você não falou para cada uma que fez o teste irem fazer o teste, elas foram porque quiseram, quiseram tentar assim como a inspiração delas, quiseram arriscar. Você não pode se culpar por isso. - Falou colocando a mão no meu ombro.

– Mas professor, eu me sinto culpada vendo elas tentarem e não conseguirem uma vaga no time. Eu fico com remorso de ver as carinhas tristes delas. - Falei olhando no seu olho azul, atras dos seus famosos óculos de meia luas.

– Eu sei que você se sente culpada, mas não pode deixar isso te consumir. - Falou.

Fiquei pensando no que ele disse. Era verdade, eu não poderia deixar isso me consumir, mas eu não sabia o que fazer, eu sempre iria ficar com isso na cabeça, principalmente jogando quadribol. Sempre que eu jogasse quadribol iria lembrar disso. E acho que achei uma solução.

– O senhor tem ração, não posso deixar isso me consumir. Por isso acho melhor sair do time. - Falei olhando para ele.

– Não é isso que eu quis dizer. - Falou sorrindo gentilmente para mim. - E eu sei que você não quer fazer isso, você adora quadribol.

– Mas é a única forma que achei para acabar com isso. - Falei encolhendo os ombros.

– Carol, você entrou no time com 14 anos, o senhor Potter entrou com 13 anos, e foi um dos melhores apanhadores que já vi, e teve varias crianças do 3º ano que tentaram o teste, e nem por isso ele desistiu de jogar.

– Eu não sabia que isso tinha acontecido. - Falei olhando para ele.

– Mas aconteceu. E também eles não podem falar que é culpa sua, os alunos podem tentar o teste desdo 2º ano, para qualquer posição. - Falou com sua voz calma de sempre.

– Então você está me falando para não sair do time? - Perguntei meio confusa.

– Eu não disse isso. - falou sorrindo e eu suspirei desanimada. - Mas quer uma dica? Escute o seu coração, quase sempre ele tem razão. - Falou me olhando por cima do óculos de meia lua e voltou para a sua cadeira.

Fiquei pensando no que ele disse. Minha consciência estava falando para deixar tudo que seria melhor, mas meu coração estava berrando para eu continuar, eu amo quadribol. Ok, já me decidi, não vou entregar a minha vaga de artilheira assim tão fácil. Meu irmão tinha 15 anos quando entrou no time, e meu pai 16, mas isso não vem ao caso, o Jay entrou com 13, tenho os meus direitos, não entrei tão nova assim.

– Obrigado, tio Dumbly. O senhor me ajudou bastante. - Falei sorrindo, levantando da cabeira e indo até a porta.

– De nada. E se cuida. - Falou antes deu fechar a porta dando um sorriso.

Fui pensando em tudo o que o professor Dumbledore falou, e era tudo verdade. Os alunos podem entrar nos times dês dos 12 anos, e não é porque um bando de crianças estão falando que eu sou a sua inspiração que é culpa minha. Eu posso até ter sido a inspiração, ou a verdadeira razão deles criarem coragem e fazerem o teste, mas a culpa continua não sendo minha.

Andei pelos corredor até a sala comunal, por fora eu parecia pensativa, mas por dentro eu estava pensativa e com um sorriso. Quando finalmente cheguei na sala comunal, falei a senha para a mulher gorda e entrei, logo depois que o quadro se abriu.

Entrei e olhei pela sala, não tinha quase ninguém, então resolvi ir para o dormitório, já que não tinha nada aqui.

– Carol. - Chamou o Jay sentado num dos puffs no canto da sala.

– Ah, oi. Não tinha visto vocês. - Falei chegando perto deles e sentando no mesmo puff que o Jay, já que não tinha outro e ele me deu espaço.

– Como você não conseguiu ver tudo isso? - Perguntou Sirius apontando para ele mesmo.

Eu fiquei olhando para ele como se ele foce um retardado, e depois de 10 segundos os meninos começaram a rir.

– Do que vocês estão rindo? - Perguntou olhando para os meninos, mas eles não conseguiam responder de tando rir.

– As vezes o silencio vale mais de mil palavras. - Falei olhando para o Sirius sorrindo.

– Você tem que parar de dar lição de moral, isso irrita as vezes. - Falou Sirius revirando os olhos.

– E você poderia ficar quieto as vezes. Alguns comentários seus são desnecessários. - Falei olhando para ele séria.

– Nisso ela tem razão. - Falou Jay olhando para o Sirius. - Mas onde você estava até agora? - Perguntou olhando para mim.

– No escritório do Dumbledore. - Respondi olhando para ele.

– Por que? O que vocês aprontou? - Perguntou Remo.

– Nada, só fui falar com ele. - Falei quase revirando os olhos.

– Sobre? - Perguntou Sirius.

– Longa história. - Falei simplesmente.

– Temos tempo. - Falou Jay passando o braço no meu ombro.

– Ok. - Falei suspirando. - Vocês sabem que varias crianças do 4º ano tentaram o teste para quadribol e falaram que eu era a sua "inspiração". - Falei eles concordaram com a cabeça. - Então, os capitães dos times vieram me falar que eu era uma má influencia no quadribol.

– Que? Eles não podem falar isso. Não é culpa sua que elas foram fazer o teste porque viram você jogando o ano passado e criaram coragem para tentar. - Falou Jay.

– Eu sei, mas eles acham que a culpa é minha. - Falei olhando para ele. - Por isso fui falar com o Dumbledore, para saber o que ele achava.

– E o que ele disse? - Perguntou Pedro.

– Que eu não podia deixar essa culpa me consumir porque a culpa não era minha. - Respondi.

– E ele está certo. - Falou Sirius.

– Fala uma coisa que o Dumbledore não está certo? - Falei sorrindo e eles ficaram pensando. - Ainda bem que eu o escutei quando pensei em sair do time. - Sussurrei bem baixinho, achando que ninguém tinha escutado, mas me enganei.

– Você pensou em sair do time? - Falou Jay alto, para quase a sala comunal inteira escutar. - Como assim você pensou em sair do time? Você não vai sair do time, vai? - Falou e eu achei que ele iria surtar, por exemplo, me segurar pelos braços e me balançar para colocar os parafusos no lugar.

– Nem pensar, Caroline, você não vai sair do time por causa de uns chatos que ficam falando que tudo é culpa sua. - Falou Sirius quase pulando de onde estava.

– Vocês não deixam nem eu responder. - Falei antes de algum deles falar alguma coisa. - É, eu pensei em sair do time por causa das crianças. Mas o Dumbledore me aconselhou a seguir o meu coração, e ele estava gritando para ficar no time. - Falei antes deles falarem alguma coisa.

– Ufa! Nunca mais pense em sair do time, escutou? - Falou Jay me abraçando.

– Pode deixar, capitão. - Falei fazendo graça.

– Isso ai, escuta o capitão. - Falou ainda me abraçando, e eu só revirei os olhos.

Depois dele me soltar ele continuou com o braço no meu ombro. E quando olhei para ele, ele estava olhando para a janela estranho. Olhei para a janela e vi uma coruja parada lá, e a reconheci depois de 5 segundos, era a Liz, a coruja da Gina.

– Liz? - Perguntei ficando de pé e indo abrir a janela, abrindo-a para a coruja entrar.

Ela pousou no meu braço e se balançou, ela estava toda molhada. Olhei para fora e vi que estava chovendo. Nossa, não tinha reparado que estava chovendo.

– E ai, Liz? Já tomou seu banho na chuva? - Perguntei para a coruja e ela piou.

– De quem é essa coruja? - Perguntou Pedro.

– Da Gina. - Respondi e sentei no lado do Jay novamente. - Tem uma carta, não é? - Perguntei para a Liz e ela tirou uma carta de baixo das penas. - E você pode esperar essa chuva passar, escutou? - Falei olhando da carta para ela, e ela revirou os olhos.

Eu revirei os olhos porque ela revirou os olhos e abri a carta.

Oi Carolzinha linda no meu coraçãozinho pequenino...

– Ihhhh, começou a carta elogiando, lá vem bomba. - Comentei e voltei a ler a carta.

Antes de você achar que "lá vem bomba", não é nada disso. Na verdade não é nada de mais, eu só fiquei com vontade de fazer um agrado para a minha prima querida.
...

– O que sua dona está tramando? - Perguntei desconfiada para a Liz, que apenas olhou para a carta.

Ok, na verdade é uma bomba, mas ao mesmo tempo não é. A "bomba" é que eu não aguento mais essa escola. Só tem patricinhas e mais patricinhas. E nem dá para namorar direito com um, porque eles são tão chatos que eu não aguento mais de uma semana. Queria tanto morar ai, estudar em Hogwarts, ficar com a Lily, a Lene, a Alice e a Dorcas. Além do Sirius, do James, do Remo e do Pedro, que alegravam o meu dia. Em falar neles, como eles estão? Estou com saudades de todos dai.

Mas voltando aqui. A uns dois, trés dias eu estava namorando um menino um ano mais velho que era super fofo. Sim, era. No primeiro dia que eu conheci ele, ele parecia simpático e fofo, então começamos a ficar. Depois de trés, quatro dias ele me pediu em namoro. Passou uma semana, ele continuou o mesmo. Na segunda semana ele já começou a ficar um pouco ciumento. Na terceira ele começou a discutir comigo por causa dos meus amigos. Na quarta ele me isolava de todos os meninos. Na quinta ele já não desgrudava mais de mim, e você sabe como isso me irrita, então terminei com ele.

Não sei o que ele achou, mas não ficou com uma cara muito boa e não olhou mais na minha cara depois disso. Acho que ele se recuperou bem, pois hoje mesmo já vi ele aos amassos com outra, nem sei quem era, mas parecia ter a minha idade. Mas tirando isso, está tudo normal.

E ai? Como vai as coisas? Me manda uma carta falando das novidades.

Beijos e abraços, G1n4

Acabei de ler e virei para a Liz, que estava limpando algumas das suas penas.

– Sua dona tem problemas mentáis. - Falei e ela piou, acho que concordando. - Ela só sabe escolher namorados estranhos. - Falei revirando os olhos.

– Ela está namorando de novo? - Perguntou Remo.

– Estava. Ela terminou com o menino á trés dias.

– Por quê? - Perguntou Sirius.

– O menino ficou um chato depois que eles começaram a namorar. Tipo, pelo que ela me disse, ele era fofo e gentil no começo, e depois virou um chato, possessivo.

– E qual o problema? - Perguntou James.

– Ela não gosta disso. Nem eu gosto disso. Na verdade eu acho que ninguém gosta disso. - Falei.

– Não é verdade. Já vi vários casais assim. O homem possessivo e a mulher achando isso maravilhoso. - Falou Sirius e eu fiquei pensando se ele tinha visto isso na família dele. A culpa não é minha, a família dele é louca.

– Em falar em mulher achando maravilhoso, e aquela menina que você pegou hoje? - Perguntou James olhando sorrindo para o Sirius.

– Não começa. - Falei apontando para o Sirius, que iria começar a falar.

– Mas eu não ia falar nada de mais. - Falou Sirius.

– Sirius, você já fez "aquilo" com outras meninas? - Perguntou Pedro falando "aquilo" com mais intensidade, e de um jeito que só os meninos entenderam.

– Claro! - Falou Sirius como se foce a coisa mais normal do mundo.

– Você já transou com outras meninas? - Perguntou Jay baixinho.

Eu apenas revirei os olhos, ultimamente eles só falam de meninas. Espera. Ele falou que o Sirius já transou?

– Como é que é? - Falei em uma voz um pouco alta, fazendo os quatro meninos me olharem, e perceberem que eu estava ali.

– Ferrou. - Escutei o Sirius sussurrar mais para ele mesmo do que para qualquer outro.

– É, ferrou mesmo. Como assim você não é mais virgem? Desde quando? Por que nunca me contou?...

– Espera, você não tinha falado para ela? - Perguntou Remo.

– Não, mas graças ao Pedro agora ela sabe. - Falou olhando para o Pedro mortalmente, que se escondeu.

– Não é culpa dele, é sua. Você que tinha que ter me falado. - Falei brava, eu estava quase pulando no pescoço do Sirius

– É que você é menina...

– E só por que sou menina não entendo? - Perguntei.

– Não é isso o que quis dizer. - Falou rapidamente.

– Então o que você quis dizer? - Falei cruzando os braços.

– Nada, eu não quis dizer nada. - Falou, e acho que ele estava apavorado.

– Não me convenceu. - Falei ficando de pé, e o Sirius logo saiu correndo para as escadas. - Volta aqui, Sirius Black. - Gritei e sai correndo atrás dele.

Ele subiu até o quarto deles e trancou a porta com a chave. Ele esqueceu que somos bruxos? Peguei a minha varinha e apontei para a porta, falando mentalmente o feitiço Alohomora, e a porta logo se abriu.

– Carol, pelo amor de Merlin, não me mata. - Falou Sirius atrás de um travesseiro.

– Não vou te matar. - Falei fechando a porta e escutei o Sirius suspirando. - Só te deixar em coma. - Falei e "pulei" em cima dele.

Ele perdeu o equilíbrio e caiu, e eu cai em cima dele.

– Por que você não contou? - Falei batendo nele.

– É que você é menina. Achei que não iria gostar de saber disso.

– E você tinha razão, não gostei de saber disso. Mas eu merecia saber, achei que eu era sua amiga. - Falei batendo nele a cada dois segundos.

– Mais um motivo. Eu não consigo falar essas coisas para você, é estranho. - Falou segurando as minhas mãos.

– Posso fazer uma pergunta? - Falei e ele concordou com a cabeça.

– E aquele papo de contar tudo um para o outro?

– Ai, Carol. - Falou fazendo uma careta.

– Fala Sirius.

– Você não fala nada comigo.

– O que quer saber? - Perguntei e sai de cima dele, me sentando no chão. Eu sabia que eu iria me ferrar com essa pergunta.

– O que aconteceu exatamente no dia que o Malfoy te levou para a floresta? - Perguntou se sentando no meu lado. Eu disse que iria me ferrar.

– Ai, Sirius, é difícil falar isso.

– Tenta. Por favor. Dês daquele dia eu estou tentando entender. - Falou, e dava para ver que era verdade.

– Ok. - Falei suspirei e respirei fundo. - O Malfoy me agarrou na floresta. - Respondi abaixando a cabeça o máximo que consegui.

– Serio? - Perguntou surpreso.

– É. Por isso a mordida no pescoço. Eu tentei fugir e aquilo tinha sido a minha "punição". - Falei fazendo aspas com a mão.

– E por que você não falou antes? - Perguntou meio magoado, e meio querendo matar o Malfoy.

– Porque eu não queria que você e os meninos virassem assassinos. - Respondi sorrindo triste.

– Tá, nisso você tem razão. - Falou e me abraçou de lado. - E o que você quer saber?

– Quando você...? Você sabe. - Falei.

– Terceiro ano. Uma menina da Corvinal me agarrou, e aconteceu. - Falou dando de ombros.

– Mas velha?

– É. Ela era do quinto. Pelo que ela me falou era um desafio que ela fez com as amigas. Era só para me beijar e ir embora, só que acabou não sendo assim. Mas nós combinamos de não falar para ninguém, só para quem confiarmos de verdade.

– Humm. - Falei e fiquei pensando, como as pessoas fazem desafios estranhos. - Com quantas meninas você já transou?

– Quatro ou cinco. - Falou pensando.

– Quatro ou cinco? Meu Merlin, Sirius. - Falei olhando para ele.

– Ei, a culpa não é minha. As meninas que...

– Ok, já entendi. - Falei o cortando, não queria saber como as coisas acontecem com o Sirius.

Ele começou a rir e eu comecei a rir também.

– Posso fazer uma pergunta para você, Carol? - Perguntou Sirius e eu concordei. - Na verdade duas. Você gostou o beijo do Malfoy?

– Não, o beijo dele tinha gosto de mel, mas um mel azedo. Foi nojento. - Falei fazendo uma careta, e o Sirius deu uma risada curta.

– É bem a cara da Narcisa gostar de alguém assim. - Falou sorrindo. - Quando caras você já beijou?

– Que eu beijei ou que já encostei a minha boca na boca dele?

– Tem diferença?

– Tem. Por exemplo, o Malfoy eu não beijei, eu encostei a minha boca na dele forçada.

– É verdade, mas quem você beijou de verdade, querendo?

– Por enquanto, você e mais um menino, que foi meio sem pensar. E o Vane. - Falei corando.

– Você beijou o Vane? Ficou louca? - Falou me segurando pelo ombro e me balançando.

– Sirius, para. - Falei segurando o seu braço sorrindo. - Foi no passeio á Hogsmeade, que era uma armadinha do Malfoy, eu sabia disso, por isso o beijei, além dele ser bonitinho.

– Você é muito louca para deixar isso acontecer. - Falou sorrindo para mim.

– Você sabe que eu sei. - Falei sorrindo também.

Ficamos uns cinco segundos assim, eu segurando o braço dele e ele segurando o meu ombro. Olhei nos olhos dele e percebi o que tinha que fazer. Inclinei para a frente e o abracei. Acharam que eu ia beija-lo, néh? Pois eu já disse que somos só amigos, não adianta insistir. Ele também me abraçou e ficamos assim durante uns 5 segundos.

– Então, estamos entendidos? - Perguntou ainda me abraçando.

– Estamos. Mas na próxima vez fala. - Falei olhando para ele.

– Então se eu fazer aquilo hoje eu posso falar para você? - Perguntou sorrindo maroto.

– Pode, mas fala como se eu foce uma criança.

– Ok, vou contar tudo detalhadamente. - Falou sorrindo.

– Sirius! - Falei de modo repreensivo. - É para falar isso: Carol, aconteceu aquilo. Ou coisa parecida.

– Ok, Carol aconteceu aquilo. - Falou serio.

– Que? Por que não me falou antes? - Falei batendo nele de novo.

– É brincadeira. - Falou rindo.

– Bom mesmo, seu chato. - Falei rindo com ele. - Vou responder a carta da Gina. - Falei e levantei.

– Ok, até mais tarde.

– Até. - Respondi e sai do quarto.

Desci a escada do dormitório masculino e encontrei os meninos indo para as escadas.

– O que você fez com o Sirius? - Perguntou Jay.

– Nada de mais. - Respondi dando de ombros.

– Está tudo resolvido? - Perguntou Remo.

– Está. Vou responder a carta da Gina e já volto para o dormitório de vocês.

– Ok. - Falaram e cada um foi para um lado, eu para o meu dormitório e os meninos para o deles.

Entrei no meu quarto e vi a Liz brincando com a Liande, e ela estava fora da gaiola, a Liz aprendeu a abrir gaiolas, ainda bem que ela só abre a da família. Sentei na cama e comecei a escrever a carta. Escrevi que aqui estava tudo bem e que se ela quisesse poderia mudar lá para casa. Também falei que meninos são estranhos e que já vi vários casais brigando aqui em Hogwarts por causa disso. Falei sobre o Bob e que o Sirius tinha entrado para o time como batedor.

Também falei sobre coisas nada interessantes e mandei ela não fazer a Liz voar na chuva, já que aqui estava chovendo. Falei que também estávamos com saudades e mandei um abraço para ela e um beijo. Dei para a Liz e vi se estava chovendo e como não estava falei que ela podeira ir.

Enquanto via a Liz voando pela quase escuridão senti a Liande pousar no meu ombro. Depois da Liz sumir de vista coloquei a Liande de volta na gaiola e fui para o dormitório dos meninos. Cheguei lá e todos olharam para mim, Jay com raiva, Sirius meio que pedindo perdão, e Remo e Pedro normais.

– Você ficou louca? Como assim você beijou o Vane o ano passado? - Falou Jay ficando de pé e cruzando os braços na frente do corpo.

– Sério, Sirius? - Perguntei olhando para ele.

– Desculpa, eu estava pensando alto sobre isso e eles escutaram. - Respondeu.

– Não adianta desviar a atenção. - Falou Jay ainda com uma cara amarrada.

– Ok, eu beijei ele sim, eu sabia que era por causa da armadinha do Malfoy, e ele era bonitinho. - Falei cruzando os braços na frente do corpo igual ao Jay desafiando-o.

– E por que não falou para gente antes? - Perguntou Remo.

– Por que eu não sabia como contar. - Falei dando de ombros.

– Hum. - Falou Jay pensativo.

– Vocês querem saber mais o que da minha vida que eu não contei? - Perguntei me sentando no lado do Remo.

– Com quem foi o seu primeiro beijo? - Perguntou Pedro, que estava sentado no chão.

Olhei para o Sirius, que falava com o olha: faz o que você quiser, para o Jay que estava me encarando ainda bravo, e para o Remo, que não estava se impostando muito com o assunto.

– Não posso dizer. - Respondi.

– Mas a gente conhece? - Perguntou Jay, ainda mal humorado.

– Sim. - Respondi.

– Você já...? - Começou Pedro, e percebi que ele estava falando de sexo.

– Não, só vou fazer isso quando eu encontrar o cara certo. Não sou o Sirius. - Respondi e todos riram, até o Jay, mas esse logo fechou a cara e pareceu pensativo. - Que foi, James? - Perguntei, não gosto de ver ele com cara fechada.

– Que é que lembrei de uma coisa. - Falou e me olhou, e eu concordei para ele continuar. - Na noite que o Malfoy...

– Ai, de novo não. Você quer saber o que aconteceu, néh? - Perguntei e ele concordou. - Ok, o Malfoy fez tudo aquilo para ver como era o sabor da minha boca.

– QUE? - Gritou Jay e Remo.

– É. - Falei. - E isso é outra coisa que eu não conseguia falar.

– Então você beijou ele? - Perguntou Pedro.

– Não, ele bem que tentou fazer eu corresponder, mas bem na hora dei uma joelhada nele nas partes de baixo. - Falei sorrindo lembrando da sena.

– Ui. - Falaram todos os meninos fazendo uma careta e eu ri.

– Mas como você chegou toda suja da floresta? - Perguntou Sirius.

– Então, depois deu dar a joelhada nele sai correndo e ele começou a jogar um monte de feitiços em mim, então um me acertou e eu cai no chão.

– Qual? - Perguntou Jay.

– Crucio.

– Ele não fez isso. - Falaram todos de novo, era muito engraçado isso.

– Fez, e ele com certeza é ou vai virar um comensal. Mas um bem ruim, ele não conseguiu controlar o Crucio por mais de 10 segundos. - Falei achando isso ridículo.

– Minha prima vai se casar com um comensal. - Falou Sirius abismado.

– Sirius, eu acho que ela sabe disso. - Falei para ele. - Sua prima Bellatrix também é uma comensal.

– Sério? Eu achei que ela não chegaria a esse ponto, mesmo sendo louca. Mas tudo bem que eu acho que minha mãe também é, ela só sabe falar que o Lord das Trevas é isso, o Lord das Trevas é aquilo. - Falou Sirius meio magoado, vamos dizer assim.

– Bom, vamos jantar? Já está na hora. - Falou Remo mudando de assunto.

Ele e o Pedro levantaram e saíram, eu levantei e fiquei olhando para o Sirius, que parecia não ter ouvido o que o Remo disse, e o Jay também ficou olhando o Sirius.

– Sirius. - Falou Jay no seu lado, mas ele nem se mexeu.

– Sirius. - Falei sentando no seu lado.

– Oi. - Falou saindo dos seus pensamentos.

– Estava sonhando acordado? - Perguntou Jay sorrindo.

– Não. - Falou Sirius despreocupado.

– Estava pensando na sua família, não é? - Perguntei e ele me olho, mas não disse nada. - Desculpa por ter falado que...

– Carol, é verdade, não precisa pedir desculpas. - Falou sorrindo.

– Mesmo assim, desculpa. - Falei e dei um beijo na sua bochecha.

Quando eu voltei só vi o James revirando os olhos e eu bufei.

– Você é pior que meu irmão. - Falei o olhando.

– Por quê? - Perguntou sem entender.

– Você tem ciúmes do seu amigo, meu irmão nunca iria sentir ciúmes de um amigo dele, eu acho.

– Ok, mas ele sabe que você beijou o Vane? - Perguntou com um sorriso desafiador.

– Não. Na verdade ele nem sabe que eu já beijei, nem a minha mãe sabe. Mas um dia eu conto para eles.

– Que exemplo. - Falou Jay.

– Sua mãe sabe que você fica pegando qualquer uma que aparece pela frente? - Perguntei e ele fez uma careta. - Pelo jeito nem o seu pai. Então não pode falar nada sobre isso. - Falei sorrindo.

– Cadê o Remo e o Pedro? - Perguntou Sirius.

– Já desceram para jantar. - Respondeu Jay.

– Então vamos descer também. - Falou Sirius e ele levantou com o Jay.

Andei até eles e me enfiei no meio dos dois.

– Eu não acredito que vocês ficam com ciúmes de mim. - Falei ainda não acreditando nisso.

– Carol, você é nossa amiga... - Começou o Sirius colocando o braço no meu ombro.

– Uma irmã. - Completou Jay colocando o braço no meu ombro também.

– Claro que nós vamos sentir ciúmes de você. - Terminou Sirius.

– Assim como você senti ciúmes da gente. - Falou Jay.

– Quem disse que eu sinto ciúmes de vocês? - Perguntei, e eles me olharam de modo repreensivo. - Ok, eu tenho ciúmes de vocês. - Falei sorrindo e corando.

– Admitiu. - Falaram os meninos juntos rindo.

– Eu não consigo mentir para vocês. - Falei sorrindo constrangida.

– É, mas... - Começou o Jay, mas eu já sabia o que ele iria falar.

– Eu não menti, eu escondi isso de vocês, não sabia como contar.
– E finalmente a verdadeira Caroline Caldin se soltou. - Falou Sirius sorrindo e começamos a rir.

E descemos assim, rindo e conversando abraçados até o salão principal. Quando chegamos no salão me soltei dos meninos, não queria ser morta por metade de Hogwarts feminina. Sim, só metade de Hogwarts feminina, a outra metade entendia que eu era amiga deles e que eu não tenho nada com eles e não é só porque metade de Hogwarts quer eles eu vou me distanciar.

Sentei junto com os meninos na mesa da Grifinória na frente do Remo e do Pedro, e começamos a comer rindo e se divertindo, coisa normal dos Marotos.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam da novidade do Sirius não ser mais virgem? E os meninos pirando quando descobriu que a Carol já tinha beijado? E a raiva escondida deles do Malfoy quando descobriram o que o ele tinha feito naquela noite terrível? E quem será o menino que a Carol beijou? Ela beijou trés. O Sirius, o Vane e o menino secreto, fazem sua apostas, vou adorar saber as suas opiniões.
Estou esperando os comentários de vocês, ouviram? Adoro lelos, de verdade. Até os comentários.
Beijos, Beijos, Beijos.
Nox.



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