A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 111
Que a verdade seja dita.


Notas iniciais do capítulo

* Lumus!
* Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.
Oi meu povo, estou de volta para vocês, como vocês estão? Estão bem? Saudáveis? Com saudades de mim? Eu estava morrendo de saudades de vocês.
Desculpem a demora para postar, esses meses foram bem corridos e doidos com a faculdade e emprego, mas finalmente consegui acabar o capítulo e estou postando.
Não tenho muito o que falar, só espero que gostem e aproveitem a leitura.
Boa leitura a todos.



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P. D. V. Carol

Hoje já era segunda-feira, no momento as aulas já tinham acabado e eu, os marotos e a Lily estávamos no jardim, embaixo na nossa árvore, o clima do dia foi bem gostoso, depois que voltamos ontem e as meninas ficarem me perguntando onde estávamos, eu falei que estávamos no esconderijo dos marotos e que era segredo, que eu não poderia falar, as meninas não gostaram disso e insistiram um pouco, mas depois desistiram.

Agora eu e os meninos e a Lily estávamos no jardim, comigo sentada na frente do Sirius, entre suas pernas e encostada nele, enquanto ele me abraçava pela cintura. Lily estava no nosso lado com o Jay com um braço em sua cintura, já Remo e Pedro estavam sentados na nossa frente. Pedro estava muito quieto e sério hoje, não sei o que aconteceu, e nem os meninos, então tínhamos tentando descontrair o ambiente contando umas piadas e mexendo um com o outro, mas depois de um tempo sem efeito ficamos sem assunto.

— Onde vocês estavam sábado? - Perguntou Lily de repente.

— Lily, eu já falei para você e as meninas sobre isso. - Falei a olhando.

— Eu sei, mas vocês sabem que podem me contar, não é? Sabem que pode confiar em mim. - Falou e nós, os marotos, trocamos olhares. - Eu sei que nem sempre fui legal com vocês, mas sempre guardei os segredos de vocês. - Falou e continuamos em silencio analisando se deveríamos contar. - Qual é? Estou curiosa. Me contém por favor. - Implorou Lily e isso nos fez rir.

Trocamos olhares e olhamos para o Jay, concordando com a cabeça, afinal, além de ser nossa amiga ela era namorada do Jay, sabíamos que podemos confiar nela, e que também mais cedo ou mais tarde ela descobriria nosso segredo.

— Está bem Lily, mas isso é totalmente restrito e só estamos te contando por que confiamos muito em você, sabemos que não usará isso contra nós, e porque você é o amor da minha vida. - Falou Jay fazendo Lily ficar da cor vermelha, mais que seu cabelo, e isso nos fez rir.

— Chega de melação Pontas. - Falou Six com uma careta, ele só estava mexendo com o Jay.

— Calado Poodle. - Falou Jay o olhando feio fazendo-nos rir. - Fica aí com a Carol vai. - Completou e o Six me deu um beijo na cabeça logo apoiando a sua cabeça na minha. - Então Lily, nós passamos o sábado na casa dos gritos.

— A de Hogsmeade? - Perguntou Lily e Jay concordou. - Como conseguiram sair e passar por Hogsmeade sem problema?

— Tem uma passagem aqui em Hogwarts direto para a casa dos gritos. - Explicou Remo.

— Sério? Onde? - Perguntou Lily surpresa.

— Embaixo do Salgueiro. - Respondi para ela.

— Ahhh. - Exclamou surpresa. - É para lá que vocês vão nas noites de lua cheia? - Perguntou e todos ficaram sem fala, como ela sabia?

— Como...? - Jay tentou formular uma pergunta, mas sem sucesso.

— Eu não sou boba, vi várias vezes a Carol saindo de noite do quarto, e junto com vocês, e é sempre lua cheia, e Remo sempre some nesse dia e no dia seguinte. - Falou Lily e olhou cada um e parou no Remo.

— Desde quando você sabe? - Perguntou Remo meio pálido.

— Do quinto ano. - Respondeu Lily. - Eu não falei nada porque achei que você ia ficar desconfortável e que ninguém sabia, mas depois juntei os pontos e cheguei à conclusão que todos vocês sabiam, fiquei esperando você me contar. Você é um lobisomem, não é?

— Sou. Desculpa não te falar nada Lily, mas é um segredo que queria que ninguém soubesse, queria morrer com ele sozinho, mas eles descobriram. - Falou Remo se referindo a nós.

— E não deixaram você passar por isso sozinho. - Completou Lily e me olhou, ela me conhecia. - Remo. - Falou e colocou a mão no seu braço fazendo-o a olhar. - Saiba que pode contar comigo também para qualquer coisa, você é um grande amigo, e me importo com você.

— Obrigada Lily. - Falou Remo sorrindo agradecido e Lily lhe deu um abraço.

— Está bom, chega de agarração com minha namorada. - Falou Jay puxando Lily pela cintura fazendo todos rirem e ele logo roubou um selinho dela, ele só estava mexendo com os dois.

O resto do final da tarde continuou cheio de risadas com o Pedro quieto, mas ninguém estava mais se importando com isso, ele poderia estar sem animo, mas também não nos contou o que estava acontecendo, então deixamos quieto, talvez ele fale com os meninos depois.

Quando era mais ou menos 5 horas da tarde resolvemos entrar, Remo e Pedro foram para a Sala Comunal, Jay acompanhou a Lily até a biblioteca que ela queria pegar um livro para fazer a lição de Aritmância, mas acho que eles iam mesmo era namorar. O Six logo teve a mesma ideia e ficamos no 6º andar passeando de mão dadas.

O Six estava meio estranho hoje, ele ficou o tempo todo no meu lado, segurando minha mão, ou com a mão na minha cintura, segurando-a levemente, e parecia que estava sempre de mal humor enquanto andávamos nos corredores de uma aula para a outra olhando ao redor. Eu sentia que ele estava se segurando, e me escondendo alguma coisa.

— Six, está tudo bem? - Perguntei enquanto andávamos o olhando atentamente.

— Está sim, por que não estaria? - Respondeu me olhando tentando dar aquele sorriso que eu tanto amo, mas saiu meio murcho, e ele mexeu sua mão nervosamente, deu uma leve olhada para o lado antes de voltar a me olhar e depois olhar para a frente, ele estava me escondendo algo.

— Sirius... - Comecei a falar, mas ele me cortou.

— Eu estou bem, Carol. - Falou sem me olhar.

— Você quer realmente que eu acredite nisso? Está na cara que tem algo te incomodando e você não quer me falar. - Falei o olhando, e ele continuou olhando para a frente, seus músculos ficaram tensos e ele respirou fundo.

— Não tem nada. - Falou sombrio sem me olhar.

— Six. - Falei parando de andar e o parando para andar também. - Me conta.

— Não tem nada o que contar. - Falou-me olhando para baixo ainda virado para frente.

— Não mente para mim. - Falei e fui para a sua frente e levantei sua cabeça fazendo-o me olhar. - Me conta o que está te incomodando.

— Você não quer saber. - Respondeu com um brilho triste nos olhos.

— É claro que eu quero, senão não estaria perguntando. - Falei e fiz carinho na sua bochecha com meu polegar. Ele tombou a cabeça em direção a minha mão e fechou os olhos por um segundo, antes de voltar a me olhar, dessa vez tinha um brilho diferente no olhar, um que vi no sábado depois que acordei. - É por causa do meu pesadelo? - Perguntei e ele voltou a olhar para baixo. - Six...

— Não quero que aquilo se repita Carol, não te quero ver com medo de novo, e não quero ser o causador disso de novo. - Falou me olhando dessa vez.

— Você não... - Comecei, mas ele me cortou de novo.

— Eu sei que você falou que eu não fiz nada, mas eu também sei que eu fui o gatilho, e sei que sou um idiota que já fez muita bosta e sei que você pensa nisso. - Falou e foi a minha vez de abaixar o olhar. - Viu. - Falou tirando minha mão do seu rosto.

— É só... - Comecei a falar, mas parei, não queria falar para o Sirius minhas inseguranças e me mostrar fraca. - Eu só, não sei se estou... - Parei um pouco para pensar para achar a palavra, mas não consegui achar. - Pronta? Não é essa palavra que eu quero usar, mas não consigo pensar em outra. - Falei o olhando e ele me olhou triste. - Mas não é culpa sua, eu estaria assim se fosse outra pessoa também, é uma coisa minha. - Falei e coloquei minhas mãos no seu pescoço. - Você acredita em mim, não é?

— Acredito, mas... - Falou me olhando e eu o cortei.

— Se fosse algo com você eu te falaria. - Falei o olhando bem nos olhos.

— Essa é a única certeza que eu tenho. - Falou rindo e eu sorri marota.

— Então você não tem certeza dos meus sentimentos por você Sirius Black? - Perguntei o abraçando pelo pescoço nos aproximando um pouco.

— Será que tenho? E se você só estiver se aproveitando do meu corpinho gostoso? - Falou brincando e eu ri.

— Idiota. - Falei lhe dando um tapa no ombro e ele caiu na risada. - Six. - O chamei e assim que ele parou de rir o puxei para um beijo.

Trocamos um beijo calmo e romântico, passando confiança um para o outro, demostrando nossos sentimentos, não queria que ele pensasse que eu tinha alguma dúvida sobre nós ou insegurança, e porra, que saudade do beijo dele, fazia tanto tempo que não nos beijávamos assim que eu estava com abstinência, mesmo se ontem trocamos um beijo semelhante, eu ainda sentia falta desses beijos, parecia que fazia meses.

Paramos de nos beijar por uns segundos para recuperarmos um pouco de ar, mas o Six logo me puxou para outro beijo pela cintura que antes ele estava só segurando, colando nossos corpos, agora era um beijo mais urgente. Ele me apertava em seus braços enquanto eu enfiei minha mão na sua nuca entre seus cabelos e nossas línguas dançavam na boca um do outro. O Six tombou um pouco para frente me fazendo encurvar para trás e com isso percebi que estava perdendo as forças das pernas.

Paramos o beijo com falta de ar e ficamos com as testas coladas por um tempo até conseguimos controlar nossas respirações e então comecei a puxá-lo para uma sala.

— Vem. - Falei o puxando até a próxima sala.

— Caroline Caldin, o que está aprontando? -Perguntou rindo.

— Você vai ver. -Falei abrindo a porta o puxando para dentro.

Assim que entramos fechei a porta e segurando-o pela cintura fui o empurrando de costas até ele encostar em uma mesa e eu o fiz se sentar na beirada para ele ficar um pouco mais baixo e me posicionei entre suas pernas. Ele me olhou questionador e eu só sorri marota antes de colar nossos lábios ficando na ponta dos pés.

Dessa vez foi um beijo menos urgente, meio romântico, mas muito desejado por ambas as partes, ele logo colocou uma das mãos na minha cintura e a outra foi para minha nuca. Durante o beijo o Six fazia carinho na minha nuca, com seus dedos entre meus cabelos, e vez ou outra ele apertava um pouco minha cintura com sua mão, até que uma hora eu dei um aperto na sua cintura também e subir um pouco uma das mãos até sua barriga sentindo seu tanquinho.

No outro segundo o Six me empurrou ficando de pé e abraçou minha cintura me levantando e me colocando sentada na mesa que ele estava encostado, agora era ele entre minhas pernas e ele logo me puxou para outro beijo, agora intenso. A minha mão que estava na sua cintura subiu para sua nuca e a que estava na barriga foi para seu peitoral, eu logo agarrei sua camisa o puxando para mais perto, e como resposta ele fechou a mão na minha nuca, entre meus cabelos, mas sem puxar para machucar, e a outra mão entrou embaixo da minha saia e apertou minha coxa fortemente levantando-a um pouco e me fazendo soltar um leve gemido.

Ele puxou meu cabelo levemente tombando minha cabeça para trás e começou a beijar meu pescoço, as vezes sentia seus dentes passarem pela minha pele e um leve chupão, mas nada forte que fosse deixar marca, eu estava ofegante, estava com saudades dos beijos do Six, estava em transe, nem pensava direito.

Peguei a mão que estava na sua nuca e a direcionei para seu pescoço, e o distanciei o suficiente para colocar o dedão em seu queixo levantando sua cabeça e logo lhe dei 3 selinhos antes de seguir para seu pescoço, fazendo um caminho de beijos. Eu dava pequenos beijos em seu pescoço sentindo seu cheiro, seu perfume maravilhoso, eu estava hipnotizada por aquele cheiro.

— Caramba Carol. – Gemeu Six apertando suas mãos em volta da minha cintura e da minha coxa. – Como você quer que eu me controle fazendo isso? – Falou e eu soltei uma leve risada e lhe olhei.

— Desculpa, eu estava com saudades do seu beijo, não pensei direito. – Falei fazendo carinho na sua bochecha, seus lábios estavam vermelhos, eu nem imagino o meu estado, mas devo estar corada por sentir minhas bochechas quentes.

— Eu também estava. – Falou me dando um selinho e depois me olhando com aqueles olhos azuis brilhantes e aquele sorriso perfeito e eu lhe dei outro selinho.

Trocamos mais uns 4 selinhos, alguns mais demorados, antes de resolvermos ir para a sala comunal encontrar nossos amigos. Assim que chegamos na sala comunal só encontramos o Remo e o Pedro fazendo lição, então eu e o Six subimos para o quarto dele e ficamos deitados abraçados comigo contando as fofocas que as meninas me falavam.

Depois do jantar eu fui direto para meu quarto, queria tomar um banho para dormir, quem sabe ler ou desenhar, e foi isso que eu fiz, tomei um banho quente e relaxante e deitei na cama pegando um livro para ler, logo a Lily saiu no outro banheiro de pijama e com o cabelo num coque e também deitou na cama pegando um livro.

— Carol, posso te fazer uma pergunta? - Perguntou Lily depois de um tempo e eu a olhei por cima do livro.

— Claro Lily, o que foi? - Falei me sentando e deixando o livro de lado, ela fez a mesma coisa.

— Por que vocês foram para a casa dos gritos? Estavam planejando alguma pegadinha? – Perguntou Lily e eu fiquei sem saber o que falar, não sei se queria remoer aquilo novamente. – Porque não é lua cheia, então não foi por causa... do Remo ser lobisomem. – Falou a última parte num sussurro para ninguém conseguir ouvir por trás da porta.

— Não foi por causa disso mesmo, na verdade... – Falei e respirei fundo pegando coragem. – Os meninos estavam preocupados comigo dormindo mal, e pensaram em mudar um pouco o de ambiente.

— Entendi, e pelo jeito funcionou, está mais leve, descobriu o que estava acontecendo? – Perguntou Lily e eu concordei com a cabeça. – E o que era?

— Eu... – Parei para pensar como falar e passou um arrepio por todo meu corpo, então abaixei o olhar. – Eu acho que estava tendo pesadelos, com abuso. Não sei ao certo, mas na noite de sexta-feira tive um pesadelo e lembrei dele todo.

— Abuso? Sexual? – Perguntou Lily e eu concordei com a cabeça. – Meu Merlin Carol. – Falou e veio me abraçar, e mais uma vez senti o conforto de um ombro amigo. – Algum daqueles idiotas que deram em cima de você conseguiu fazer algo? – Perguntou com a voz meio raivosa e preocupada.

— Não conseguiram, nada mais que beijos, na verdade o Malfoy até tentou, mas consegui escapar dele, os outros tive só medo de alguns, pelo jeito que me olhavam. – Respondi sincera.

— Alguém tentou algo para você reviver isso? – Perguntou seria.

— Não. – Falei sorrindo para ela para despreocupá-la. – Para ser sincera... – Parei para pensar nas palavras.

— Sirius. – Falou me olhando. – Eu sei que ele não te forcaria a nada, mas ele está envolvido, não é?

— É. – Falei suspirando. – Ele não fez nada, de verdade, mas você sabe como ele é.

— Galinha. – Falou e nós rimos.

— É. – Concordei rindo e logo paramos. – Eu fiquei insegura, porque nosso relacionamento está esquentando.

— Você tem dúvida de querer fazer? – Perguntou.

— Não, se for para acontecer, não confio em ninguém mais que para fazer do que com o Sirius. – Falei verdadeiramente. – Eu realmente quero dar esse passo com ele, mas não sei se já estou pronta para isso, e tenho medo do Sirius se enjoar de esperar, você sabe que ele pode ter qualquer uma daqui quando ele quiser, se ele estalar os dedos aparecem 10. – Falei frustrada e Lily concordou com a cabeça. – Também tenho medo de rolar e não ser bom, tanto para mim quanto para ele, eu não faço ideia do que fazer, e isso me deixa meio em pânico.

— Eu te entendo, você sabe que eu também não tenho nenhuma experiencia. Meu relacionamento com o Jay ainda está na fase de se conhecer, então está bem morninho, mas eu posso entender o seu receio. – Falou sorrindo para mim.

— Foi por isso que tudo voltou à tona. Essa insegurança, medo, questionamentos, foi muita coisa. – Falei.

— Eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso. – Falou e me abraçou, foi bom conversar com alguém que poderia entender meus medos e receios. – E eu tenho certeza de que o Sirius não te deixaria por uma bobagem dessa, ele é completamente apaixonado por você, dá para ver, assim como dá para ver que você é por ele, tenho certeza de que ele não seria tão babaca ao ponto de fazer isso, ele é um babaca, mas não a esse ponto. – Falou e caímos na gargalhada.

— Obrigada por me escutar Lily. – Falei e a abracei apertado.

— Sempre que quiser Carol, pode contar comigo. – Falou no abraço.

— Eu sei. – Falei e me afastei dela, logo coloquei minhas mãos nas suas bochechas e apertei. – Eu te amo ruiva esquentada. – Falei meio raivosa na voz, mas não estava brava, e acabei fazendo-a rir. – Essa conversa pode ficar entre a gente? Não quero falar para as outras meninas sobre isso, quero enterrar.

— Sem problema, daqui não sai. – Falou sorrindo e logo voltamos a ler nossos livros, agora eu estava sentindo mais um calorzinho amoroso no coração.

P. D. V. James

Já era umas 10 horas da noite, eu tinha acabado de tomar banho e estava deitado na cama pensando na minha ruiva, quando voltamos do jardim e fomos a biblioteca para a Lily pegar alguns livros para fazer a lição, na volta paramos em uma sala vazia para conversar e namorar um pouco, era muito bom ficar com a Lily, eu estou totalmente apaixonado por ela, e desconfio que já a amo.

— Que cara é essa Almofadinhas? Parece que comeu algo azedo. – Escutei Aluado falar me trazendo de volta a realidade. – Está com essa cara o dia inteiro. O que rolou?

— Não é nada. – Falou Almofadinhas suspirando.

— Qual é? Você pode nos contar. – Falei me sentando na cama olhando para ele. – Está sentindo falta de um chuco chuco? – Falei mexendo com ele.

— Cala a boca James, não é nada disso. – Falou irritado.

— Calma aí, eu estava brincando. – Falei surpreso pela sua agressividade. – O que está acontecendo?

— Esquece. – Falou Almofadinhas virando as costas para mim deitando de lado. – Não enchem meu saco.

— Sirius... Isso é por causa da Carol e o que aconteceu com ela? – Perguntou Aluado e como resposta recebemos um silêncio matador.

— A gente sabe que você ficou muito mexido... – Comecei a falar, mas o Almofadinhas me cortou falando alto, bravo e sentando na cama nos olhando.

— Eu estou pensando, só pensando beleza, podem me deixar em paz? – Perguntou som uma veia saltadora na testa.

— Pode nos contar o que está pensando. – Falou Aluado.

— Somos seus amigos Almofadinhas, só queremos seu bem. – Falei para ele. – Está pensando sobre a Carol e o que rolou na casa dos gritos não é?

— É. – Falou Almofadinhas mexendo no cabelo. – E sobre meu passado nada favorável.

— Tenho certeza que a Carol não se importa com isso. – Falou Aluado.

— É cara, a Carol te conhece a vida inteira. – Falei.

— Mas esse fato não a deixa se afetar menos sobre meu passado. – Falou Almofadinhas com pesar. – Tenho certeza que foi por isso que tudo aconteceu.

— Cara, você está se culpando por uma coisa que não foi culpa sua, você não tentou abusar da Carol, a culpa é de todos esses idiotas que se acham no direito de agarrar alguém sem a pessoa querer só porque são mais fortes. – Falei e lembrei do carinha que deu ideia na Lily e eu intervi e depois tentou agarrar a Carol, o que teria acontecido se eu não tivesse aparecido?

Eu sei que a Lily é forte, mas a Carol é igualmente forte e aconteceu o que aconteceu, não sei o que eu faria se fosse com a Lily, não sei o que fazer com a Carol, que é como uma irmã, eu consigo entender o Almofadinhas.

— Eu sei que está preocupado com ela, nós também estamos... – Falou Aluado, mas Almofadinhas o cortou.

— Mas eu sou o namorado, o namorado com uma bosta de passado por sinal. – Falou triste.

— Sei que o seu relacionamento com a Carol é muito maior que qualquer um aqui, mas não tem muito mais o que você fazer que nós, só podemos a apoiar e lhe dar força para superar isso. – Falou Aluado.

— E eu tenho certeza que a Carol ia ficar muito puta se ti visse assim, você sabe o quanto ela odeia que ficamos preocupados com ela. – Falei e ele deu uma leve risada pelo nariz concordando com a cabeça  e dando um sorriso de lado.

— A Carol gosta de você acima do seu passado pegador, ela te conhece por dentro, te conhece por inteiro, seus defeitos e suas qualidades, é claro que vez ou outra ela não fica feliz com seu passado e um monte de menina te olhando com desejo, mas ela escolheu ficar com você mesmo assim, isso é o que mais importa. – Falou Rabicho.

— É isso mesmo, Rabicho tem toda razão. – Falei e o Aluado concordou.

— Obrigado galera. – Falou Almofadinhas um pouco relaxado, eu sabia que ele não iria parar de pensar nisso, ele é muito cabeça dura.

— E o que você tem hoje Rabicho? Está cabisbaixo. – Perguntei o olhando.

— Não é nada, eu só... estou preocupado com as lições, elas estão complicadas. – Falou Rabicho olhando para baixo.

— A gente vai te ajudar Rabicho, não precisa esquentar a cabeça. – Falou Aluado reconfortando o Rabicho.

— Você tem dois nerd no grupo, além de duas mentes brilhantes, fica relaxado. – Falou Almofadinhas deitando na sua cama colocando as mãos atrás da cabeça e fechando os olhos.

— Está certo. – Falou Rabicho e deitou de lado, ficando de costas para mim e Aluado.

Nós dois trocamos olhares e demos de ombros, Aluado voltou a ler seu livro e eu a pensar na minha riuva.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram do capítulo? Espero que sim.
Não ficou um capítulo muito grande, mas espero que tenham gostado.
Vocês tem sugestões para os próximos capítulos? Podem deixar nos comentários.
Bom final de semana a todos e até o próximo capítulo.
Beijos, beijinhos e beijões.
* Malfeito feito.
* Nox.



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