Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 27
Capítulo 26 - Vingança


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem? ^^
Primeiramente um feliz dia dos país para todos os país do mundo! Principalmente o meu, o de vocês, Poseidon, Zeus, todos os outros país divinos, Frederick Chase tbm claro, e porque não ao pai de toda essa saga que a gente tanto ama: Rick Riordan ♥
Aproveitem o domingo e boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329694/chapter/27

Ponto de vista de Percy

– Annabeth? - falei enquanto meu cérebro tentava se lembrar como é que se fazia pra respirar. Eu não esperava que fosse falar com ela de novo tão cedo, por isso o nervosismo tomou conta de mim. E o olhar arregalado de Leo me encarando naquele momento não estava melhorando as coisas.

– Sei que talvez eu seja a última pessoa com quem você quer falar agora - respondeu ela já sabendo que eu não conseguiria dizer mais nada. Queria dizer que ela estava enganada, que era sempre bom ouvir a voz dela, não importava o quanto eu estivesse bravo ou magoado, mas não fiz isso, obviamente - Mas peço que por favor não desligue até que eu tenha terminado de explicar o que houve. Não teria ligado se não fosse realmente importante...

E quando ela disse aquilo eu me toquei de que algo muito sério deveria mesmo ter acontecido. De outra forma Annabeth jamais teria me ligado. Não por ser orgulhosa e achar que estava com a razão no nossa briga. Não por querer me castigar por eu a ter abandonado. Apenas porque ela estava respeitando a minha vontade. Eu havia dito que precisava de um tempo e sabia que ela me daria todo o espaço que eu precisasse. Eu tinha percebido o grande arrependimento em seus olhos quando eu descobri sua mentira. Mas infelizmente ainda não havia conseguido perdoá-la, muito menos esquecer tudo o que aconteceu. De qualquer forma, ela devia ter no mínimo um bom motivo para ter me ligado, e meus instintos me diziam que não podia ser nada bom. Tentei então me focar nisso para não desligar o telefone e fugir dela novamente.

– Você provavelmente se lembra de quando eu bati a cabeça e fui parar no hospital, não é? - continuou Annabeth depois que eu continuei calado. É claro que eu me lembrava, tinha sido a experiência mais traumática de toda a minha vida - Pois bem, acho que descobri o motivo pelo qual a ambrósia não fez efeito em mim. Quíron disse que estou com uma doença divina...

– Espera - a interrompi finalmente reagindo conversa - Quíron te disse isso? Então você está no acampamento? - minha voz saiu mais indignada do que eu gostaria. Mas era inevitável ficar pensando o que é que ela tinha ido fazer lá.

– Sim, estou no acampamento - respondeu Annie com toda a paciência do mundo. Não devia estar sendo fácil pra ela também ter que falar comigo naquele momento - Vim para cá exatamente para perguntar a ele se sabia o que estava havendo comigo - explicou ela como se tivesse adivinhado a minha dúvida - Não acha estranho que tenhamos ficado tanto tempo sem ver sinal de monstro algum em Manhattan?

– Então você está dizendo que nós paramos de atrair monstros por causa de uma doença? Isso é loucura!

– Não é loucura, Percy, é a verdade - disse ela ligeiramente ofendida por eu estar desconfiando de sua história maluca. Mas afinal não era todo dia que alguém me contava algo tão improvável esperando que eu acreditasse logo de cara.

– Escuta aqui Perseu Jackson! - a voz que gritava comigo agora já não era de Annabeth. Levei alguns segundos para reconhecer de quem se tratava - Annabeth está dizendo a verdade e está tendo a boa vontade de te avisar. Então é bom que você acredite nela. Mas se quiser ficar com a dúvida e sofrer as consequências o problema é seu!

– Ahm, Thalia, é você?

Eu olhava para Leo quando disse aquilo e notei como a cor foi sumindo de seu rosto até ele ficar quase totalmente branco. Graças aos meus bons reflexos e também ao meu instinto, previ que Leo tentaria pegar o telefone de mim naquele momento para tentar falar com a namorada ou pelo menos confirmar o paradeiro dela. Consegui me desviar do semideus, enquanto tentava explicar-lhe através de gestos de devia ficar quieto! Se as garotas soubessem que ele estava comigo, seria pior. Se Thalia não estivesse querendo ser encontrada ela deixaria o acampamento muito antes de conseguirmos chegar lá. Houve alguns barulhos na linha e percebi que Annabeth devia estar tentando recuperar o celular que lhe foi tirado. Aproveitei para tampar o fone com a mão e dizer para Leo que era melhor ele ficar quieto, ou então perderíamos a chance de encontrar sua amada. Por sorte ele concordou, não seria nada legal se um semideus bombado como ele resolvesse encrencar comigo. Eu não estava na minha melhor forma.

– Ahhh Percy, você ainda está ai? - perguntava Annie quando eu voltei a colocar o celular no ouvido.

– Sim, estou aqui. O que Thalia está fazendo ai com você?

– Bem é... Foi por causa dela que eu percebi que havia algo de errado. Fomos atacadas ontem no shopping - shopping? Legal, talvez Annabeth não estivesse tão mal com a minha partida quanto eu imaginava - Ela tinha vindo nos visitar ontem um pouco depois que você saiu... - ou talvez estivesse...

Com aquela última frase toda a nossa atuação foi por água abaixo. Não dava mais para fingir que éramos pessoas normais conversando ao telefone. Moramos juntos por mais de três meses e no dia anterior eu havia feito as malas e ido embora por que não sabia se podia mais confiar nela. Com certeza era algo que não dava para ignorar assim tão fácil. Senti a tensão entre nós, mesmo só através da linha telefônica. Eu não podia vê-la naquele momento, mas sabia que devia estar com o olhar baixo e as mãos suadas, como sempre acontecia quando ela ficava incomodada com alguma coisa. Mais uma vez eu quis confortá-la e dizer que havia sido muito difícil para mim deixá-la e que tudo ficaria bem. E mais uma vez não pude fazê-lo. O meu amor próprio falou mais alto. Ainda não era a hora de resolver nossa situação, eu ainda precisava de tempo para pensar e refletir sobre tudo.

– Bom, então imagino que você tenha me ligado porque eu também posso estar infectado por essa bactéria divina, ou o que quer que seja? - tentei voltar ao foco da conversa.

– Exatamente - a voz dela era quase um sussurro agora - Segundo Quíron, não tem como saber quem exatamente me passou a doença, pode ser qualquer um que esteve conosco nos últimos meses. A criatura que transmite esse vírus pode se camuflar entre os mortais. Se você puder vir, o pessoal da enfermaria pode fazer alguns testes em você. Já mandaram trazer uma dose extra do antídoto se for o caso de você precisar.

– Está bem, estarei ai o mais breve possível. E obrigada por se preocupar e me avisar...

– Percy, me preocupar com você é algo que não deixarei de fazer nunca - disse ela, levando as coisas para o lado mais emotivo. Infelizmente eu sentia que não era o melhor momento para aquilo.

– Está certo, nos vemos mais tarde então.

Acabei sendo meio direto e frio ao encerrar a ligação. Mas era melhor aquilo do que deixar que ela criasse uma falsa esperança em relação aquele reencontro. Eu estava indo ao acampamento meio-sangue por causa da possibilidade de eu estar doente também. O fato de Leo querer encontrar Thalia também contribuía um pouco. Em qualquer outra situação eu teria me recusado a ir. Por mais que no fundo eu estivesse morrendo e saudades de Annabeth, vê-la agora não estava nos meus planos. Só faria eu me sentir pior e não ajudaria em nada. Pelo contrário, podia estragar tudo de vez.

***

Black Jack aterrissou como se não tivesse peso algum no solo do acampamento meio-sangue. Leo e eu descemos num lugar da floresta onde não havia ninguém. O filho de Hefesto sugeriu que seria melhor se esconder e aparecer depois, para que Thalia não soubesse que viemos juntos. Eu discordei e tratei de convencê-lo de que era melhor aparecermos juntos de uma vez. Eu assumiria a responsabilidade de não ter contato que ele vinha comigo se fosse necessário. Mas antes de ir procurar Annabeth, Thalia e os outros semideuses, eu precisava devolver o Pégaso que havia “pegado emprestado”. O levei até os estábulos para me certificar de que chegaria em segurança. Não que eu não confiasse nele, mas não queria ser responsável se o cavalo alado sumisse e por algum motivo.

Foi depois de atravessarmos os campos de morango, ao contornarmos a arena de combate indo em direção aos chalés que eu a vi. Seus cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo no alto da cabeça. Seus olhos cinzentos reluziam sob os raios de sol. E eu me sentia um completo idiota por estar pensando tudo aquilo. A única vez que tinha ficado tão poético e dramático fora quando eu pensara que estava apaixonado por Silena. E nesse caso eu nem estava sendo eu mesmo. Era tudo culpa daquelas malditas mentiras. Por que Annabeth havia escondido tanta coisa de mim? Ela não imaginava o quanto isso iria me irritar? Sentia raiva e ao mesmo tempo saudade ao olhar pra ela de longe. Nada poderia me deixar mais frustrado do que querer abraçá-la naquele momento e não poder.

Mesmo com toda aquela paranoia, segui caminhando sem diminuir o passo em direção a ela. Leo entretanto, avançava com mais cautela. Ele analisava Thalia, como se quisesse decifrar como estava o humor da garota antes de se aproximar. A filha de Zeus foi a primeira a nos avistar, como se seu faro de caçadora não tivesse diminuído nenhum pouco desde que ela deixara o grupo de seguidoras de Ártemis. Eu quis rir, mas não me atrevi a tanto. Mesmo que a expressão da semideusa fosse impagável, eu tinha amor a minha vida. Nem quis me virar para ver como é que Leo estava naquele momento. Até mesmo porque segundos depois eu me esqueci completamente dos dois. Annabeth colocou os olhos mim e eu quase tropecei nos meus próprios pés. Pra acabar comigo ela ainda se atreveu a sorrir. Aquilo era jogo sujo. Já nem me lembrava qual era o motivo pelo qual eu tinha vindo ao acampamento.

– Percy! - exclamou uma saltitante Rachel me tirando do “transe Annabeth Chase” - O que faz aqui? - O susto que ela me dera foi tão grande que eu demorei alguns segundos para raciocinar e conseguir processar sua pergunta. Ainda assim eu não sabia se devia dizer o real motivo que me trouxera ali. Se Rachel não sabia é porque Annabeth não tinha contado a todo mundo, então decidi que também não ia falar nada sobre o assunto.

– É... estou acompanhando Leo - respondi enquanto dava uns tapinhas nas costas do meu amigo que ainda estava encarando Thalia de longe.

– Está? - disse o semideus sem entender. Eu lhe lancei um olhar de reprovação e bati um pouco mais forte em suas costas para que entendesse - Ahhh é... é claro! - corrigiu-se ele logo depois - Percy veio comigo procurar Thalia. Ele nem fazia ideia de que Annabeth estava aqui - censurei Leo com o olhar mais uma vez, ele estava exagerando demais na mentira - Bom, então deixa eu ir lá atrás dela, antes que escape de novo...

E lá se foi ele em direção a Thalia. Rachel o acompanhou com o olhar como se ele tivesse algum tipo de doença rara. Quando ela voltou a me olhar caiu na risada. Por sorte não questionou mais a razão de eu estar ali. Só começou a fazer mil perguntas sobre onde eu estive, como eu estava e etc. Eu prestava atenção a ruiva, mas ao mesmo tempo podia ver por minha visão periférica o que acontecia mais adiante. Thalia estava de braços cruzados e provavelmente de cara fechada enquanto Leo falava. Annabeth apenas continuava junto a eles, totalmente avulsa. Não queria estar na pele dela naquele momento. Rachel continuava falando sem parar e se contentava com eu estar apenas concordando com a cabeça e murmurando alguma coisa de vez em quando.

Eu seguia querendo prestar atenção ao que acontecia onde estavam Leo, Thalia e Annabeth, mas apenas desviava o olhar de Rachel de vez em quando para não dar muito na cara. Até que algo tomou totalmente a minha atenção fazendo com que eu deixasse a mortal totalmente no vácuo. Uma outra pessoa entrou em cena. Aquele garoto inconveniente e insuportável, como poderia me esquecer dele? Dean se aproximou de Annabeth por trás e segurou uma de suas mãos puxando para se virar para ele. Só aquele gesto já havia feito meu sangue ferver. Annabeth soltou a mão da dele e recuou levemente, mas deve ter feito isso apenas porque eu estava ali. Eu sabia que os dois ainda eram amigos, mesmo eu deixando claro o quando odiava o semideus.

Não estava perto o bastante para escutar o que ele estava dizendo a ela, mas percebi que ele gesticulava bastante como se estivesse se explicando. Fiquei encarando os dois na cara dura. Annabeth estava visivelmente desconfortável com a situação e eu tinha quase certeza que era porque eu assistia a tudo. Ela deu uma leve olhada em minha direção e confirmou que eu não estava gostando nenhum pouco da cena. Imediatamente comecei a pensar que eu estava era fazendo um papelão de namorado ciumento. Quando na verdade eu nem devia estar ali. Devia é estar longe, muito longe, não me importando ou pelo menos fingindo que não me importava com nada daquilo. Peguei então na mão de Rachel e a puxei para sairmos dali. A garota não mostrou resistência alguma em seguir atrás de mim.

Senti os olhos, não só de Annabeth, mas de todos os presentes, nas minhas costas enquanto eu saía. Quando achei que já estávamos a uma distância segura, eu parei e me sentei sobre uma rocha em forma de banco. Rachel ficou calada de braços cruzados a minha frente sem dizer nada. Ela parecia saber que eu estava irritado e precisava recuperar o controle. Se não fizesse isso acabaria voltando lá e quebrando a cara daquele filho de Deméter metido a besta! Depois do que pareceu um tempo seguro para Rachel, ela voltou a falar comigo:

– Eu sinto muito que você tenha tido que presenciar aquela cena - começou ela como quem não quer nada - Ter que rever Annabeth logo depois que vocês terminaram e ainda mais com aquele insuportável do Dean... Por sorte você não estava aqui ontem à noite... - ela parou de falar de repente, como se tivesse acabado de perceber que falara demais.

– Por que diz isso? - perguntei voltando a ficar de pé - O que aconteceu aqui ontem à noite?

– Nada, Percy - desconversou ela - Você não ia querer saber...

– Ah eu vou querer saber sim! Com certeza vou! Seja uma boa amiga e me conte!?

– Promete que não vai ficar nervoso, nem vai tentar matar ninguém?

– Foi tão sério assim?

– Apenas prometa!

– Ok, prometo - não soei muito convincente, estava mais era curioso para saber o que havia acontecido.

– Ontem quando cheguei ao acampamento surpreendi Dean “atacando” Annabeth.

– Como assim atacando?

– Ele estava tentando agarrá-la a força, Percy. Só não conseguiu fazer nada porque eu cheguei e taquei uma pedra na cabeça dele - ela falou aquilo com toda a cautela do mundo, o que não serviu para amenizar a forma com que aquelas palavras me acertaram em cheio bem na boca do estômago.

Fiquei paralisado por alguns instantes até que meu corpo começou a voltar a reagir. E assim que eu senti minhas pernas novamente, sai correndo como um doido pela floresta. Tudo que eu pensava era em encontrar Dean e fatiá-lo em mil pedacinhos. Depois iria pessoalmente até o mundo inferior jogá-lo no tártaro. Era lá que um verme como ele deveria apodrecer por toda a eternidade. Ouvia ao longe alguns gritos de Rachel que vinha atrás de mim tentando me fazer parar. Mas a ignorei completamente. Quando alcancei o local onde havia visto Annabeth e Dean da última vez, já não havia ninguém lá. Rachel então me alcançou ofegante e se colocou a minha frente.

– Perseu Jackson, você prometeu! Não vai fazer nenhuma loucura! - ela exclamou parecendo irritada.

– Por que todo mundo gosta de me chamar pelo meu nome completo quando estão me dando bronca? - falei franzindo o cenho para ela.

– Acho que é para ver se você nos leva a sério! - resmungou ela - Olha, o que importa é que você precisa se acalmar. Ir atrás de Dean e fazer o que quer que você esteja querendo fazer com ele não irá resolver nada. Annabeth sabe se defender sozinha. Acredite em mim, se ela o quisesse manter longe, ela conseguiria.

– Está querendo dizer que ela deixou que ele tomasse essa liberdade? - não sabia como aquilo fazia as coisas ficarem melhor. Pelo contrário, me deixava ainda mais nervoso. Entretanto, se Annabeth também tivesse culpa na história, não haveria mesmo muito o que eu pudesse fazer.

– Não exatamente - falou Rachel não querendo tomar partido - Só acho que talvez ela não esteja lidando tão mal com o término de vocês - ela novamente mencionara aquela palavra, será que Annabeth tinha dito a ela que realmente havíamos terminado. Por que para mim, não havia ficado nada oficializado - Talvez ela já esteja pensando em seguir em frente, sei lá...

Eu estava muito confuso. Todas aquelas coisas que Rachel estava dizendo faziam sentido, mas ao mesmo tempo não eram o que eu esperava encontrar. Achava que encontraria Annabeth muito mais abatida depois que a havia deixado. Entretanto ela ligara para mim dizendo que precisava vir até o acampamento, mesmo com toda essa coisa do Dean acontecendo. No fim das contas realmente parecia que ela já estava aceitando que nós não estávamos mais juntos. Eu me recusava a aceitar isso. Ela devia era estar querendo me dar uma lição por tê-la abandonado. Só podia ser isso! Queria me ver arrependido e rastejando de volta para ela. Mas isso não iria acontecer! Se era assim que Annabeth queria jogar, então eu também não ia ficar atrás. Usaria das mesmas peças que ela, inclusive!

– Percy! - a voz de Quíron interrompeu meus planos malignos - Que bom que já chegou.

– Olá Quíron - respondi ainda com a cabeça envolta em pensamentos.

– Já foi até a enfermaria resolver... você sabe... aquele assunto? - Quíron tentou disfarçar por causa da presença de Rachel mas acabou tornando a situação ainda mais constrangedora pra mim. O que a humana iria pensar que havia de errado comigo?

– Ahhh sim, eu já estava indo para lá - respondi acanhado.

Logo em seguida pedi licença aos dois e sai de lá o mais rápido que pude. Resolvi ir de uma vez a enfermaria para saber logo se eu tinha ou não a tal doença. Por sorte o exame era simples. Eles tiraram uma pequena amostra do meu sangue e a levaram para análise. Cerca de dez minutos depois o enfermeiro voltou com os resultados. Felizmente eu não tinha nada. Quem quer que tenha passado o vírus, só entrara em contato com Annabeth. O que era estranho pois eu conhecia, ou pelo menos pensava que conhecia, todas as pessoas com quem ela convivia. Se bem que depois do que acontecera naquele dia e no anterior eu não me espantaria se descobrisse que ela não me apresentara todos os seus amigos realmente.

Deixei a enfermaria e fui indo em direção ao refeitório. Só agora eu me dera conta de que estava morrendo de fome. Se eu soubesse o que iria encontrar por lá, teria tomado um caminho totalmente diferente. Annabeth estava sentada na escada que levava ao pavilhão do refeitório e Dean estava ao seu lado. Mas aqueles dois não se desgrudavam mais? Senti a raiva novamente crescendo dentro de mim. Por que ela estava falando com ele depois do que ele fizera? Rachel provavelmente tinha razão, talvez ela não tivesse resistido tanto ao “ataque” do semideus. Se eu ainda tinha alguma dúvida do que planejava fazer, ela foi tirada naquele momento. Os dois precisavam de uma lição!

***

Foi durante a fogueira. Naquela noite, eu fizera questão de ficar até mais tarde no acampamento para botar em prática a minha vingança. Não iria ser o único a ficar sofrendo naquela história. Esperei até que todos estivessem sentados comodamente em torno do fogo. Me levantei e atravessei o grupo de semideuses onde Annabeth estava, só para ter certeza de que ela estava me vendo. Eu a evitara o dia todo, mesmo sabendo que ela estava me procurando. Não tinha nada mais a ser dito. Estava tudo muito claro para mim. Primeiro fora Dean, depois Nathan, e agora Dean de novo. Ela sabia que eu morria de ciúmes e mesmo assim insistia em ser “amiguinha” deles. Pois agora ela iria ter o troco!

Cheguei perto das garotas do chalé de Afrodite. Estendi a mão para Caroline, a semideusa que há anos atrás vivia no meu pé, mas eu nunca dera bola. Obviamente enquanto eu estava namorando com Annabeth e ainda vivia no acampamento não tinha olhos para mais ninguém. Caroline tinha vindo falar comigo mais cedo, e como soubera que Annie e eu estávamos brigados, já logo aproveitou para investir. De início não dei muita bola pra ela, mas depois percebi que seria perfeito para meu plano. Puxei a filha de Afrodite até perto do lago, onde não podíamos mais ser vistos. Fiquei jogando um xaveco furado na garota até ter dado tempo suficiente de Annabeth ter nos seguido e estar espiando. Depois disso, sem prévio aviso, segurei Caroline pela cintura e a beijei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes que vocês queiram me matar, deixa eu fazer apenas uma ressalva aqui. Percebi que desde o começo da fic a Annabeth tem sido sempre a vilã da história nas brigas deles e etc. O que é proposital, já que eu não quero fazer a minha heroína ser nem de longe uma pessoa perfeita. Quero que ela cometa sim seus erros e aprenda com eles. Mas é claro que, da mesma forma, Percy não pode ficar como a vítima sempre, ele também tem que fazer umas burradas, afinal tem que fazer jus ao apelido "Cabela de Alga" rs... Isso explica o final desde capítulo.
Bem, mas como todos já sabem, todo o drama é para deixar tudo ainda mais interessante no final, então não percam as esperanças ;)
COMENTEEEEM!! o/
.
Curtam minha página no Facebook para acompanhar os capítulos novos:
http://www.facebook.com/pages/Sarah-Colins-fanfics/540662009297377
.
beijos ;*
@SarahColins_



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Missão A Dois" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.