(Des)apego escrita por Nina


Capítulo 8
Capitulo 7 - No paraíso


Notas iniciais do capítulo

E ai galera? Tudo joia? -momento: estou desviando das pedradas e tomatadas pelo desaparecimento- haha
Eu sei que desapareci desde o meio do ano retrasado, mas eu ando enlouquecida! Tô na faculdade de Direito, ai já viu né? Vida social e tempo de dormir ou fazer qualquer outra coisa que não esteja relacionada a faculdade é quase como encontrar um portal pra Nárnia.
Tô voltando, mas vai ser aos poucos... Sério, prometo não desaparecer por tanto tempo novamente, mas não me pressionem muito, eu ainda tô me adaptando a essa rotina louca de universitária, até minhas contas eu tô pagando agora hahaha
Enfim, esse capitulo é dedicado à Quinnen (sua fofa!), recebi um mp puro amor dela esses tempos e me esforcei um pouco mais para escrever nesse feriadinho de carnaval. Desculpem não ser um capitulo bombástico nem nada do tipo, mas por enquanto acredito que seja necessário algo assim. Tentei trabalhar mais nas descrições, não sei mais quem disse isso (desculpa), mas lembro de ler lido isso nos comentários. O capitulo não tá muito grande, mas vou me esforçar para arrumar um tempinho livre pelo menos a cada duas semanas para escrever pra vocês!
Obrigada pelos 58 comentários, 22 acompanhamentos, pelas 12 favoritadas, pelas 336 visualizações e pela recomendação da Sosô!

AHHHHH! Mais uma informaçãozinha, o colégio que a Heather vai estudar não existe, tá galera? Foi só pra manter a estória nos eixos hahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329648/chapter/8

Não sei exatamente quando chegamos, havia me cansado de manter os olhos abertos depois de ficarmos duas horas parados em um congestionamento na Everett Tumpike, em Manchester. Na verdade, só percebi que realmente haviamos chegado quando Matthew jogou uma das minhas bolsas de mão em meu colo, acordando-me de maneira bruta. Sim, eu tinha dormido o resto da viagem inteira e não estava nem aí - não é como se ficar olhando ele tamborilar os dedos no volante enquanto a fila quilometrica de carros a nossa frente não se movia sequer um milímetro fosse tão interessante a ponto de me fazer vencer o sono.

O resultado disso? Matthew estava insuportavelmente calado enquanto levavamos as bagagens para o elevador de serviço do prédio. Dei de ombros, não fazia o meu estilo correr atrás de idiotas só porque eles estavam mordidinhos por conta de alguma atitude minha. Ainda mais quando se tratava do Knowels, aquela criatura não conseguiria ficar mais de alguns instantes de boca fechada, ia contra sua natureza.

Desliguei-me do conflito e comecei a analisar a situação em que eu me encontrava. Moraríamos num flat que ficava a doze quadras da universidade de Matthew e, consequentemente, do meu colégio. Sim, eu estudaria no Harvard Integrad College, escola que eu denominaria como o puxadinho de Harvard, na qual os alunos eram praticamente ratos de laboratório, já que as dinâmicas acadêmicas eram sempre testadas neles pelo núcleo de pedagogia da Universidade antes de serem amplamente utilizados.

No momento eu me sentia um tanto quanto deslocada naquele lugar. Cambridge poderia facilmente servir de cenário para um conto de fadas qualquer em que todos seriam felizes no final. Ruas limpas e arborizadas, prédios com estilo colonial e pessoas bem vestidas. Meu querido moletom pau pra toda obra parecia um pano de chão que eu tinha achado em uma lixeira qualquer. Nem toda a modernidade e ostentação de Seattle conseguiria desbancar isso.

Quando terminamos de subir as escadas (os elevadores eram apenas para bagagens e para quando fizéssemos compras mais pesadas) e chegamos ao nosso andar, fiquei surpresa com o tamanho do ambiente incrivelmente amplo para um flat. Possuía uma cozinha pequena, mas incrivelmente aconchegante com um estilo retrô com toques em vermelho que me fez sentir em um daqueles filmes antigos que a gente sempre vê de madrugada quando está sem sono. A sala era mediana: uma TV ridicularmente grande estava acoplada a um painel com detalhes em vermelho na parede e tinhamos um sofá grande e branco, junto de uma pequena mesinha de centro entre os dois. Entretanto, de tudo, o que mais de deixou maravilhada foi a suite. (Sim, dividiríamos uma suite. Foi um ponto de muito bater o pé em casa, mas como eu já disse… Não tem como tirar as baboseiras da cabeça de Friedesh Schwert quando ele já tomou sua decisão)

Esse era um dos maiores cômodos do flat. Haviam duas camas de solteiro incrivelmente grandes localizadas no canto esquerdo do quarto, a única coisa que as separava era um criado mudo de verniz vermelho com uma luminária chique em cima. Na frente de cada cama havia um baú grande que eu não vi muita utilidade, mas parecia fazer todo o sentido quando visto todo o conjunto do quarto. Eu e Matthew dividiríamos também o armário, mas isso não seria muito difícil. O móvel ocupava uma das maiores paredes do cômodo de maneira quase completa e sua frente era coberta por espelhos. Meus olhos deveriam estar brilhando, como se estivesse em um parque de diversões, porque nesse momento até Matthew riu, fazendo-me lembrar que ele havia me acompanhado em todo o trajeto.

– Decidiu largar a capa de invisibilidade? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas. Ele riu novamente.

– Não sei do que você está falando. - deu de ombros.

– Nem vem com hipocrisia pra cima de mim. Desde quando você consegue ficar tanto tempo com essa matraca fechada?

– Desde que eu fiquei sete horas dirigindo com uma acompanhante imprestável que não sabe nem ficar de olhos abertos.

– Touché.

Se o quarto já tinha feito com que eu me apaixonasse pelo lugar, o banheiro quase me fez ajoelhar no chão e pedir o arquiteto daquele prédio em casamento. Pisquei meus olhos inúmeras vezes ao vislumbrar uma banheira maravilhosa localizada no canto direito do banheiro. Ela me fazia querer tirar a roupa naquele mesmo instante e ficar o resto da minha vida dentro daquela banheira, era surreal de tão maravilhoso. Nem a ducha daquele lugar era normal! Sabe aquelas duchas em que não existe exatamente um chuveiro e sim algumas lâminas que fazem a água cair? Tipo aquelas dos banheiros ostentosos que aparecem nos hotéis luxuosos de Las Vegas. Aquilo era demais para o meu pobre coraçãozinho.

– Só tá faltando uma lágrima escorrer pelo cantinho do olho. - Matthew zombou.

– Vai procurar um rumo pra sua vida e me deixa que eu tô no paraíso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, galera! Beijão proces!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "(Des)apego" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.