Falling In Love escrita por Becca


Capítulo 17
Noir - capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei, but, espero que o tamanho do capítulo compense um pouco :6



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Castle soltou a policial num salto, indagando a si mesmo o porquê de elas estarem de volta tão cedo. Alexis abraçou-o, segurando em seu pescoço fortemente.

– Ele nos achou - disse a menina, antes mesmo de ele conseguir pronunciar algo.

Seus joelhos fraquejaram e seus olhos marejaram. Kate apoiou a cabeça no travesseiro novamente. Foi aí que Martha a notou ali.

Oh! – ela exclamou, surpresa - O que aconteceu com você, darling?

Kate sorriu, aliviada por não lhe julgarem por não ter impedido X de achá-las fora do país. Martha segurou uma de suas mãos, acariciando-a levemente. Seu olhar expressava paixão, solidariedade, e ela se sentiu querida por um instante.

°°

A luz lhe fazia mal aos olhos, mas ele continuou recortando letras de folhas de revistas. Queria que Richard Castle pagasse pelo o que tinha feito a ele. Queria que ele sofresse como nunca sofrera antes. Queria dilacerar seu coração.

O queria morto!

"Querida família Castle,

Eu odeio vocês com todo o meu coração. Eu até me revelaria, mas como vocês têm uma policial com vocês, não vou me arriscar. Ela tem recursos mortais, e, talvez, menino escritor, apenas esteja usando você para seu próprio bem. Não é uma ameaça, mas tenham cuidado, família. A cada carta, revelarei uma letra de meu primeiro nome, e, depois, é contigo, Richard.

Love,

X, R."

°°

Chegou a bandeja do café da manhã. Ele pediu para vê-la assim que percebeu a carta, camuflada entre sua bebida e sua comida. Nem tocou nos utensílios da bandeja, muito menos na comida. Sua cabeça latejava, mesmo que ainda não tivesse lido ainda.

Quando a enfermeira chegou com a cadeira de rodas, ele lhe pediu para que fosse rápida, pois era um assunto urgente. A moça sorriu de um modo irônico, fazendo-o acreditar que ela aprontaria com ele, por isso, ele puxou o tubo de soro que havia em seu braço, pouco se importando com a dor. Logo em seguida, correu, gritando a plenos pulmões, dizendo-lhes que precisava sair.

Alguns enfermeiros dali olharam-no com desprezo, outros, com pena. Ele abriu a porta do quarto dela rapidamente, puxando-a pelo braço. Acabou percebendo que ela, ao contrário dele, já tinha o soro removido.

– Castle? - chamou ela, enquanto ele acariciava o curativo.

– Precisamos fugir, Kate. - ele disse, mostrando-lhe a carta no bolso do pijama hospitalar. Os olhos dela se arregalaram, mostrando claramente o pavor que sentia em suas feições.

Ela não hesitou. Apenas puxou a bolsa que os meninos haviam deixado lá na noite anterior e pôs-se a correr, levada pelo ritmo dele. Uma enfermeira magricela tentou pará-los, dizendo que eles ainda não haviam recebido alta, mas eles a ignoraram e continuaram a correr.

Ela sentiu algo viscoso e pegajoso grudando em seus dedos. Ela sabia que era sangue. Ela sabia que precisavam voltar, mas também sabia que precisavam fugir para longe de X, para longe do psicopata que os perseguia. Ela pensou em correr na frente, mas seria mais prejudicial ainda para ele, que ainda sangrava.

°°

Castle não sabia há quanto tempo estava naquele apartamento. Kate passava de um lado para o outro, e, às vezes, pressionava o ferimento dele. Doía quando ela pressionava, e, logo em seguida, latejava até que ela pressionasse novamente.

Quando ela sentou ao lado dele, tocou sua testa, confirmando o que mais temia: ele suava frio, tinha a pele pálida e os lábios roxos, e sentia frio. Muito frio.

– Castle...– ela começou.

– Preciso de um cobertor... - ele balbuciou, entrecortando as palavras.

Kate se levantou num pulo, correndo para o quarto. Lá, arrumou a cama de modo que ele pudesse relaxar um pouco. Arrumou um cobertor no pé da cama, para quando ele chegasse. Olhando em volta, e certificando-se de que tudo estava como usual, ela voltou para a sala. Encontrou-o com o corpo quase caindo do sofá e, por isso, correu para ajudá-lo.

– Vamos, sim? - ela disse, apoiando o peso dele, nela.

As pernas dele quase cederam sob seu peso, mas ela o segurou firmemente para que não caísse. O frio só aumentava conforme eles avançavam pelo apartamento.

Assim que ela o deitou, ele sentiu calafrios perpassando sua espinha. Beckett puxou o cobertor felpudo para cima dele, ajeitando alguns travesseiros ao lado do corpo frágil dele. Pressionou o corte mais uma vez, estancando o sangramento.

Ouch... - ele reclamou.

Sorry, but I have to do this. – desculpou-se timidamente.

Soltando o braço dele, ela pegou o celular do bolso traseiro da calça e pôs-se a discar alguns números. Richard observou-a andando de um lado para o outro no quarto, enquanto tentava ignorar o latejamento constante do ferimento.

– Ele perdeu muito sangue, é, preciso de você e dos meninos o mais rápido possível! - ela choramingou ao telefone - Ok, bye...

– Kate...? - ele chamou, com a voz quase nula.

Ela pôs o celular no bolso novamente, correndo até ele novamente. Ajoelhou ao lado da cama, acariciando os cabelos ensopados de suor dele. Os olhos do escritor se fecharam, enquanto ele apreciava o momento. Kate o chamou, e ele abriu os olhos ainda um pouco sonolento. O sorriso aliviado que ela mostrou a ele foi suficiente para que ele sorrisse de volta.

°°

Os olhos dele se abriram no susto, quando algo gelado foi posto em seu peito. Encontrou os olhos de uma mulher latina, com cabelos negros, olhando-o com pena, o que o fez arquear uma sobrancelha, procurando pela policial. A mulher virou para trás, procurando a detetive. Kate apressou-se para segurar uma das mãos dele do outro lado da cama. A outra levantou-se, saindo do quarto.

Who is she? – perguntou ele, quando a outra saiu.

She's a doctor. - ela sorriu levemente - É minha amiga.

A expressão dele suavizou instantaneamente. Os batimentos cardíacos do escritor normalizaram, fazendo-o respirar fundo. Kate acariciou as maçãs do rosto dele, sorrindo levemente.

– Se sente melhor? - ela perguntou.

– Me sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim por mais de cem mil vezes - ele respondeu sorrindo.

Kate sorriu, mas não por felicidade. Seus membros doíam, sua cabeça latejava e seus nervos sacudiam dentro de si. Por que a vida dela tinha de ser tão complicada? Como se já não bastasse o que acontecera com sua vida familiar, ainda tinha que perder todos os que realmente amava?

– O que aconteceu? - ele perguntou, pondo a mão sobre um dos braços dela - Eu estou bem, estou melhorando...

– Eu sei, mas... - ela protestou - Depois de quase termos sido mortos naquela explosão e depois da nossa fuga do hospital, eu tenho medo do que está por vir - ela choramingou - Tenho medo do que possa acontecer conosco, medo de te perder, Rick...

O sorriso dele foi instantâneo. Ouvi-la chamando-o, com a voz melancólica, por Rick e não por Castle, foi uma das melhores coisas do dia. A outra coisa, foi a fala estrangulada, dizendo-lhe que não queria perdê-lo.

A porta novamente foi aberta, revelando um Esposito e um Ryan completamente abalados, com uma carta composta de letras recortadas, de tamanhos diferentes e coloridas nas mãos.

– Nós temos algo a pedir para vocês.


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Notas finais do capítulo

Entãaaao, um obg especial ao Francesco, que me deu a ideia-chave pra esse capítulo nascer, então: obg, seu gordo ♥
Espero os sinceros reviews de vocês, podem me xingar, podem me bater, eu deixo (mentira, deixo não). Adios o/