Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 64
Brincadeira do destino


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, voltei com mais um capitulo para vocês. Prometi que não ia demorar não foi? Então, aqui estou eu.
Bom, primeiro queria agradecer a todos que comentaram capitulo passado, ver vocês interagindo com a fic realmente me anima. Em segundo lugar, eu sei que disse que este capitulo teria um encontro muito esperado, mas quando a inspiração fluiu no meio de madrugada, eu percebi que antes do encontro da nova Paulina com o Carlos Daniel, eu teria que mostrar a historia de outros dois personagens que tem peça fundamental nesta nova etapa da fic.
Enfim, chega de mimimi, vamos ao que interessa.
Boa leitura.



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“Gaby quem era aquele garoto?” “Vocês se conhem?” “Por que você esta estranha desde que conversou com ele?” “Ta gostando dele Gaby?”

As perguntas de Mel não cessaram e o que me angustiava é que eu não tinha resposta para elas. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo, sempre fui tão segura de mim ou pelo menos sempre soube fingir isso muito bem, mas naquele momento eu me sentia perdida, sem saber o que fazer, o que falar e o que pensar. Dei a desculpa de precisar ir ao banheiro para assim poder evitar as perguntas de minha amiga. O que não era uma mentira, necessitava respirar fundo, me olhar no espelho e ver em meus olhos o que estava acontecendo comigo.

Andei rapidamente até o toillet mais próximo e por sorte minha ele estava vazio. O garoto misterioso estava certo, eu devia estar realmente atrasada para a aula. “Mas que ódio Gabriela, porque pensar nele justo no momento que você tenta se acalmar por não conseguir tirar ele da mente”. Ai Deus, até minha consciencia esta me confundindo mais ainda. “Não Gabriela calma, concentra e finge que nada esta te afetando, levanta a cabeça e vai”. Fiz o que a minha mente disse e segui até a sala de aula. Meu desespero veio quando notei que o corredor estava completamente vazio, droga, realmente estava atrasada. Olhei para o meu relogio e percebi que o meu tempo no banheiro havia se estendido mais do que eu imaginava, apressei-me, naquela hora o professor já deveria estar na classe.

Cheguei na sala de aula exasperada, estava absurdamente atrasada e sabia que isso não iria passar desarpercebido pelo professor, o conhecendo como conhecia, tinha certeza que se não tivesse uma desculpa muito boa a retenção era um lugar certo.

Professor: Esta 20 minutos atrasada senhorita Bracho. – Disse me olhando repreensivamente por cima da lente de seus olhos.

Gabriela: Sinto muito professor, tive que resolver alguns problemas femininos no banheiro. – Disse sinicamente.

Como eu já imaginava o meu falso álibi fez meu professor empalidecer de constrangimento. Ele não sabia o que fazer, não tinha coragem nem para olhar em meus olhos muito menos me dar algum tipo de bronca.

Professor: Tudo bem, sente-se.

Com um sorriso vitorioso, eu voltei meu olhar para a sala de aula procurando um lugar. Esse foi o problema, devido ao meu atraso, todos as cadeiras na frente já haviam sido preenchidas. Continuei seguindo o meu olhar pelo restante da tuma até que enfim visualizei uma cadeira disponivel. Ela ficava localizada no fundo da sala ao lado de...

Gabriela: Droga!

Falei alto demais, mas não pude evitar de demonstrar minha insatisfação ao ver que o único lugar disponivel era justamente a cadeira que ficava ao lado do então garoto desconhecido. Aquilo era algum tipo de brincadeira do universo? Como se já não fosse suficiente tudo aquilo que ele me provocava, eu ainda teria que dividir um espaço com ele. Por peça do destino as carteiras da minha escola eram de dupla, ou seja, eu teria que sentar ao seu lado por todo o dia. Não! NÃO!

Professor: Está tudo bem senhorita Bracho?

Gabriela: Eh... sim, está tudo bem.

Professor: Então sente-se ao lado do senhor Hernandez logo que eu quero começar minha aula.

Hernandez, então esse era o sobrenome do garoto misterioso. “Ora Gabriela o que isso te importa?” “Eu apenas tenho curiosidade em saber seu nome só isso” “Sério que é só isso?” “Sim, eu...” Mas o que eu estou fazendo? Estou discutindo comigo mesma em plena sala de aula, e o pior, ainda parada no mesmo lugar. Finalizei aquela discursão em minha mente e caminhei para o fundo da sala onde eu deveria me sentar. Nunca na minha vida aquele percurso foi tão longo, tudo parecia andar em câmera lenta, eu podia sentir sobre mim os olhares de todos na turma. Mas o que mais me incomodava era o daquele que eu deveria sentar ao lado. O garoto misterioso lançava até mim um debochado sorriso e um olhar que eu não conseguia decifrar.

Sentei em meu lugar procurando ser o mais indiferente possível e sem manter contato visual com a pessoa que estava ao meu lado. O que estava acontecendo comigo? Eu nunca me importei com olhares ou em ser o centro das atenções, mas naquele instante era diferente. Eu me sentia nervosa, incomodada com o seu olhar e sem saber como agir. Deus, odeio essa sensação!

XXX: Muito bom te ver de novo rainha do mundo.

Fingi não escutar o que ele disse e continuei olhando para a frente, procurando as respostas para o que eu estava vivendo naquele quadro branco.

XXX: Vai ficar me ignorando rainha do mundo?

Gabriela: Prentendo.

Minha mente a todo momento tentava comandar as palavras da minha boca, teria que ser fria e indiferente com ele. Por que motivo eu não sei, mas tinha que evitar que o meu coração saltasse de meu peito com o som da sua voz.

XXX: Bom, pelo menos falou algo agora.

Gabriela: Olha aqui garoto. - Virei-me para seu lado, tinha que colocar um ponto final naquelas provocações.

Professor: Senhorita Bracho e senhor Hernandez, desculpem-me se a minha aula esta atrapalhando a conversa super urgente de vocês.

E mais uma vez tive sobre mim o olhar da turma toda. Fiquei desconcertada com o sarcasmo desnecessário daquele professor, enquanto que o “Sr.Hernandez” tentava abafar em vão uma risada.

Gabriela: Desculpe professor, não vai mais se repetir.

Professor: Assim espero. Agora turma, abram seus livros na pagina 46 e façam uma leitura silênciosa sobre o assunto.

Tirei meu livro da bolsa e tentei me concentrar na tarefa dada, tudo em vão. Não houve qualquer possibilidade de concentração no momento que ele resolveu mover seu corpo em direção ao meu, e sussurrar algo em meu olvido.

XXX: Não tenho o livro, posso ler com você?

Meu coração não tinha compasso, e eu tinha a absoluta certeza que o som dele batendo freneticamente era ouvido por todos na turma. Tentando controlar minha respiração e as minhas mãos tremulas, eu afastei o livro um pouco para o lado sem falar nada. Não tinha condição alguma de pronunciar algo, apenas deixei que ele compartilhasse do meu livro. Estar tão perto dele a ponto de ouvir sua respiração e sentir o seu perfume fizeram com que as palavras daquele texto perdessem completamente o sentido. Eu lia a mesma frase diversas vezes, e em nenhuma delas conseguia compreender seu significado.

XXX: Você tem um perfume gostoso. -Ele disse baixinho.

Gabriela: Cala a boca garoto e continua a ler.

Acho que ele percebeu que minha voz saiu completamente falha e por isso aproximou-se mais ainda de mim. Céus!

XXX: Eu não consigo ler, seu perfume esta me desconcentrando.

Não pude evitar de o olhar quando ele me disse aquela frase. Aquelas palavras significavam o que eu pensava ou a minha mente estava confundindo tudo? Achei em seus olhos a resposta que eu tanto temia. Droga coração, para de bater assim.

Professor: Espero que a minha aula não esteja interrompendo nada Senhor Hernandez e Senhorita Bracho.

Gabriela: É...é...

XXX: Não professor, esta tudo certo.

Professor: Então, já que esta tudo sobre controle, vocês não vão se importar em fazer um pequeno resumo do primeiro paragrafo desse texto não é?!

XXX: Ham... claro que não professor. Hum..., o primeiro paragrafo fala... fala... - Ele olhou para mim como se pedisse ajuda.

Gabriela: Fala sobre a conquista do México pelos Espanhois. – Falei a primeira coisa que me veio a mente.

XXX: Isso, sabe, eles se encontrando com os indios Aztecas e tals.

Professor: Interessante essa interpretação de vocês sobre a segunda guerra mundial.

Ouvi pequenos risos vindos da turma enquanto eu cobria minha face envergonhada pedindo aos céus que aquilo não estivesse acontecendo.

Gabriela: Droga, poderia ter enrolado ele melhor na resposta não é garoto?! – Falei sussurrando.

XXX: E você poderia pelo menos ter chutado no assunto certo não é rainha do mundo?!- Ele falou também em forma de sussurro.

Professor: Depois dessa resposta, é claro que os dois não vão se importar em ficar um pouco mais depois do fim da aula estudando na detenção não é?

“Claro professor” – Dissemos com as cabeças baixas e ao mesmo tempo.

~~

As horas pareceram interminaveis para Gabriela, ela tinha certeza de que o rélogio da sala havia parado de funcionar porque não era possivel que o tempo passasse tão lentamente. Depois do ocorrido, nenhum dos dois voltou a dirigir a palavra ao outro, o que não aconteceu com a troca de olhar. Vez ou outra eles se pegavam observando distraidamente o outro, e quando eram pegos no flagra, em troca do desconforto da situação eles sorriam timidamente. No fim do dia, eles já haviam desenvolvido uma comunicação que não requeria palavras ou sentenças, bastava uma mirada.

O fim da aula foi anunciado pelo ensurdecedor barulho da campainha. Ao contrário do restante dos alunos, o dia de Gabriela e o seu salvador ainda demoraria para acabar. Eles pegaram seus materiais e seguiram em direção à sala de detenção. A falta de conversa entre os dois fez com que um silêncio incomodo pairasse no ar, seus olhares eram direcionados para todos os lugares menos para a pessoa que estava andando do lado.

Cansado daquela situação, ele se pos na frente do corpo de Gabriela impedindo que ela continuasse seu percurso. Aquele ato inexperado dele a assustou um pouco, não podendo evitar de arregalar seus olhos e prender a respiração inconscientemente.

XXX: Olha, acredito que vamos ter que conviver bastante aqui na escola, então, acho que seria melhor se começassemos a nos falar civilizadamente.

Gabriela: O que você esta querendo dizer?

XXX: Quero dizer que acho que começamos com o pé errado, que tal um recomeço?

Gabriela: Hum... eu aceito! Muito prazer, meu nome é Gabriela Bracho.

XXX: O prazer é meu Gabriela. Meu nome é Fernando, Fernando Hernandez.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o nome do garoto misterioso foi revelado o/
O que vocês estão achando? Não se esqueçam de comentar.
P.S: O próximo capitulo já esta em andamento, em breve ele será postado.
Kisses
@deafmonteiro