Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 54
Fim?


Notas iniciais do capítulo

Oii meus amores, aqui estou eu de volta. Bom, eu tenho várias informações para falar antes de vocês começarem a ler. Primeiramente, desculpem pela demora, eu tive problemas com o computador onde o arquivo estava então eu tive que reescrever boa parte do capitulo, mt legal né. Pois é, em segundo lugar, esse não vai ser o último capitulo da fic como eu tinha falado para vocês, convesando com uma amiga minha, eu acabei mudando TODA a fic, simm, toda. Então se calmem, ainda tem muita coisa para contecer nessa história. Em terceiro lugar, eu queria agradecer a duas pessoas, a minha amiga Taís que me deu ideias para a mudança ( se forem matar alguém matem ela também :) e a minha amiga Daiandra que me ajudou também nesse capitulo. Então é isso pessoal, boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329237/chapter/54

Ao ver a imensa bola de fogo consumir a cabana, Carlos Daniel perdeu o restante de forças que mantinha seu corpo de pé. Mesmo como todo o sonido presente na cena, ele não conseguia ouvir nada além do barulho desesperado de seu coração e da doce voz de sua Paulina que parecia ecoar em sua mente. Tudo a sua volta aparentava estar ocorrendo em camera lenta, sua visão estava confusa e turva devido as lágrimas que brotavam constatemente de seus olhos.

Depois de superar o estado de choque em que seu corpo havia sido submetido, em um impulso ele levantou-se e correu em direção a casa onde sua amada estava. Quesitos como segurança própria foram ignorados por sua cabeça. Seu único pensamento estava em salvar a nossa eterna usurpadora nem que para isso ele tivesse que sacrificar sua própria vida. Apesar da força e coragem que moviam seus movimentos, Carlos Daniel foi impedido de alcançar o seu objetivo pela força policial ali presente. A frustação de ter seus gritos e esbravejações não acatadas fez sua angustia aumentar pela impotencia que sentia.

Policial: Calma senhor! Os Bombeiros já foram chamados.

CD: ME SOLTE! – Gritava tentando se desvencilhar do bloqueio dos policiais – EU PRECISO SALVAR A MINHA MULHER! VOCÊ NÃO ESTA VENDO QUE ELA ESTÁ CORRENDO PERIGO??

Policial: Sinto muito senhor, mas não podemos correr o risco de arriscar a sua integridade também. A cabana esta com a sua estrutura abalada, poderia desabar a qualquer momento.

CD: E VOCÊ DIZ ISSO COM ESSA TRANQUILIDADE?? MINHA MULHER ESTÁ ALI DENTRO!

Policial: Estamos fazendo o máximo possível...

CD: NÃO ME VENHA ME FALAR DE MÁXIMO POSSÍVEL , SUA INCOMPETENCIA ESTA DIMINUINDO AS CHANCES DE VIDA DA MULHER DA MINHA VIDA.

Policial: Cuidado senhor, meça suas palavras. Posso lhe prender por desacato à autoridade.

CD: QUE SE EXPLODA SEU “ DESACATO À AUTORIDADE”! VOU ENTRAR NAQUELA CASA E SALVAR A PAULINA NEM QUE EU TENHA QUE PASSAR POR CIMA DE VOCÊ!

Rodrigo: Calma Carlos Daniel, por favor não piore mais a situação.

CD: Como você me pede calma em uma hora como essa Rodrigo?

Rodrigo: Você não resolverá nada no desespero , você tem que ...

Rodrigo não terminou a sentença, as palavras se perderam em sua boca e seu olhar se tornou fixo em algo que estava acontecendo atras do campo de visão de Carlos Daniel. Percebendo sua parada brusca, o mais novo dos Bracho seguiu o olhar de seu irmão até ir de encontro a uma imagem que lhe abrandou o coração.

Por dentre da fumaça uma mulher com o rosto coberto de fuligem andava cambaleando para longe do alcançe das chamas. Seus passos desequilibrados eram acompanhados pelo estático olhar de Carlos Daniel. “Ela esta viva, ela esta viva” era só o que sua mente conseguia pensar. O alivio e alegria que já dominavam sua alma foram rapidamente esmagados pela angustia de ver ela caindo ao solo sem forças.

CD: Paulinaaa...

Sem pensar duas vezes ele correu para perto da sua amada, e tomando seu corpo nos braços a abraçou. Aquele abraço era mais do que um simples toque de proteção, ali estava contido todo amor e esperança que Carlos Daniel sentia. Ter a pele aveludade de sua amada em contato com a sua novamente, sentir o calor que emanava de seu corpo, e o mais importante, poder perceber a batida de seu coração exemplificava outra oportunidade que a vida os dava para serem felizes.

Abraçado ao corpo fragil pelos acontecimentos de sua amada, Carlos Daniel se permitiu chorar como nunca antes havia feito. O medo de perde-la que antes consumia sua alma havia feito crescer em seu interior um vazio inexplicavel. Ela era sua vida. Paulina representava a definição de felicidade não só para seu marido, como também para toda a familia Bracho. Desde a sua chegada tempestuosa ela transformou da água para o vinho a realidade de cada individuo a sua volta. Pode-se dizer que a chegada de nossa eterna usurpadora na casa da familia Bracho foi um divisor de águas, um divisor entre as trevas e a luz, entre a tristeza e a felicidade.

As lágrimas que escorriam pelo rosto de Carlos Daniel cairam sobre a alva pele daquela mulher. Sentir aquelas goticulas de água tão peculiares em contato com o seu rosto foi o impulso que restava para seu corpo reagir aos efeitos do fogo e da fumaça. Seus olhos foram se abrindo e junto com a sua consciencia duas palavras vieram a tona.

“Meu... amor...”

Ouvir aquilo era o que faltava para Carlos Daniel finalmente respirar aliviado. Entre beijos em seu rosto ele agradecia a Deus pela outra oportunidade para com o amor de sua vida. Não demorou muito para que os bombeiros juntamente com a cruz vermelha chegassem ao local da quase tragédia. O fogo foi controlado e Paulina foi levada em estado grave para o hospital mais próximo. Apesar de ter sobrevivido à explosão e as chamas do fogo, nossa eterna usurpadora havia inspirado muita fumaça tóxica, a qual já havia dominado seus pulmões e quase impedido a sua respiração.

Durante todo o translado, ele ficou próximo de sua amada o máximo possivel. Aquele pesadelo parecia não ter fim para Carlos Daniel, vê-la pálida, de olhos fechados e com o aparelho de respiração em seu nariz lhe cortava o coração. Novamente a impotencia fazia cargo de seu corpo, a melhor alternativa a ser tomada era confiar na equipe médica e pedir a Deus pela vida de sua Paulina.

No hospital, Paulina foi levada às pressas para um local restrito onde os procedimentos médicos poderiam ser executados. A angustia e inquietação tomavam conta de cada centimetro do corpo de Carlos Daniel, seus pés faziam um movimento circular na pequena sala de espera e suas mãos constantemente passavam por entre seus cabelos. Seu único pensamento era em Paulina, ele não tinha noção do que estava acontecendo a sua volta. Não percebia a movimentação de pacientes e enfermeiras, e muito menos notou quando seu irmão Rodrigo chegou ao lugar e chamou seu nome.

Rodrigo: Carlos Daniel! – Disse firme pela terceira vez e tocando seu ombro.

CD: Rodrigo? Desculpe não te vi chegar.

Rodrigo: Não tem problema. Como ela está?

CD: Não sei mano, faz algum tempo que os médicos a levaram para dentro e desde então não tenho noticias. Rodrigo, não posso imaginar minha vida sem ela, não posso, eu...

Rodrigo: Calma Carlos Daniel, a Paulina é uma guerreira. Ela vai sair bem disso tudo, vocês já superaram tantas provas para ficarem juntos, tenho certeza que podem superar este novo obstáculo.

CD: É verdade Rodrigo, nosso amor superou tudo. Obrigada irmão, acho que sem você aqui eu já teria enlouquecido.

Rodrigo: Sou teu irmão Carlos Daniel, sempre estarei te apoiando. Mas olha, o médico esta vindo.

Médido: Senhor Bracho?

CD: Sim sou eu doutor. Como minha mulher está?

Médico: Ela está estável agora. Devido a quantidade de gás tóxico inalado teremos que deixa-la em observação para sabermos como seu corpo vai reagir.

CD: Possovê-la?

Médico: Claro, venhacomigo.

Rodrigo: Vá Carlos Daniel, eu vou ficar aqui fora para avisar a familia, depois entro.

Rodrigo viu seu irmão desaparecer por entre os corredores do hospital e em seguida ligou para a casa da familia Bracho. Desde o momento que eles sairam de lá em busca de Paulina, a rápidez e intensidade dos acontecimentos não permitiram que a familia fosse avisada sobre os ocorridos. Sabendo que seu irmão não tinha cabeça para nada além de Paulina e que todos estariam angustiados por noticias, ele teve que tomar o posto de centrado e racional. Após deixar a familia mais calma com o relato do estado de nossa eterna usurpadora, ele desligou o celular e seguiu pelos corredores em busca do quarto de sua cunhada. Ao encontrar a porta de número 102, ele girou a maçaneta e deu de encontro com uma das cenas mais marcantes que já havia presenciado.

Carlos Daniel estava próximo a cama onde sua amada estava refém dos aparelhos médicos. Sua mão estava junto a dela para que nossa eterna usurpadora sentisse o calor que era emanado de seu corpo como modo de presença. Ele estava de cabeça baixa chorando silenciosamente por medo de perder a pessoa que mais amava na vida. Um aperto leve em sua máscula mão o tirou de suas orações. Ao levantar a cabeça e olhar naquela íris verde que o mirava um pouco atordoada, o coração de Carlos Daniel saltou de seu peito. A emoção de vê-la despertar foi culminada pelo chamado de seu nome que ela proferiu.

CD: Paulina meu amor, você está bem.

Ele a abraçou como se o calor daquela pele fosse vital para sua sobrevivência, e assim o era. O perfume dela o entorpecia e seus beijos o levavam a outro mundo. Paulina era sua vida, era tudo para ele. Vê-la desfalecida em seus braços, coberta pela fuligem da explosão e com a vida se esvaindo se seu corpo foi a pior imagem que seus olhos já puderam registrar. Seu coração era dilacerado a cada vez que as lembranças daquele momento voltavam a perturbar sua mente.

Paulina: Ei, calma meu amor, estou bem. -disse ainda abraçada a ele.

As lágrimas de Carlos Daniel que ao certo cairam em sua aveludada pele o denunciaram. O medo de perde-la o dominou a cada instante, mas naquele momento não chorava de angustia, ao contrario, seu coração estava aliviado e sua alma extasiada. Ela estava viva. Viva para viverem aquele verdadeiro e puro amor.

CD: Me perdoa minha vida? Deveria ter te protegido, deveria ter entrado naquela cabana e tirado você de lá, deveria...

Ela o calou pousando seus dedos sobre aquela boca que tanto conhecia, olhando em seus olhos ela decifrava tudo o que Carlos Daniel sentia e pensava.

Paulina: Você não teve culpa, ninguém teve. Foi uma armadilha planejada pela Paola, ela sabia que você entenderia a pista e queria te ferir com a impotência de me ver morrer sem poder fazer nada.

CD: Como eu tive medo meu amor. Quando a casa explodiu senti meus batimentos cardíacos pararem no mesmo instante, durante alguns segundos um silêncio se fez presente e eu não conseguia mais pensar em nada, minha mente foi percorrida por uma dor insuportável...
"Homens não choram Carlos Daniel" a fala de meu pai foi totalmente ignorada por meu coração. Chorei discompensadamente, minha alma precisa desafogar toda a angustia que senti quando vi que a mulher da minha vida, ou melhor, que a minha vida poderia estar morta.

Paulina: Calma minha vida eu já estou bem, nunca vou me separar de você.

CD: Promete?

Paulina: Prometo – Disse limpando os rastros das lágrimas que manchavam o rosto de Carlos Daniel.

CD: Te amo paulina, te amo.

Paulina: Eu te amo Carlos Daniel, meu Carlos Daniel.

Seus olhares fixos um no outro falavam silenciosamente sobre o amor que compartilhavam, seus corpos se aproximaram e seus lábios buscaram se complementar e fazer morada na boca do ser amado. O beijo era calmo mas com um toque de saudades e paixão, durante o instante que saboreavam a troca de carinho o tempo pareceu parar, permitindo que o momento fosse eternizado.

Depois do fim do beijo de saudade, Carlos Daniel e Paulina ficaram olhando no fundo dos olhos do outro e admirando cada parte do rosto do ser amado. Palavras não eram nescessárias naquele momento, a mensagem que suas miradas estavam trasmitindo já bastava. Apesar de Rodrigo não querer interromper aquele momento tão único para os dois, o barulho feito pela porta ao ser deslocada alguns centimentros não intencionalmente o denunciou. O casal se separou um pouco e olharam em direção a entrada do quarto.

CD: Oi mano.

Rodrigo: Desculpem por atrapalhar esse momento, mas eu queria saber como a minha cunhadinha estava.

Paulina: Estou bem Rodrigo, muito bem obrigada.

Rodrigo: Fico feliz que você esteja bem Paulina. Não sabe o susto que você nos deu.

Paulina : Mas graças a Deus tudo ja passou – Disse olhando para Carlos Daniel que retribuiu o sorriso que lhe foi dado– Rodrigo... e ... e a Paola?

Mesmo depois de tudo, a alma pura de Paulina não conseguia absorver o ódio.
Rodrigo hesitou por um instante, tomou coragem para dar aquela noticia fechando os olhos e respirando fundo.

Rodrigo: Paulina, eu sinto muito mas... Paola não foi encontrada. As autoridades acreditam que o impacto da explosão tenha dilacerado seu corpo a ponto de não deixar nenhum resto mortal.

Paulina ouvia cada palavra do cunhado com uma dor no peito e com lágrimas brotando em sua mirada. Seu desalento foi amparado pelos braços firmes e fortes de Carlos Daniel. Ele a abraçava na tentativa de amenizar o sofrimento de nossa eterna usurpadora.

Paulina: Apesar de tudo, ela... ela era a minha irmã.
Nossa eterna usurpadora falava com o choro entrecortando cada palavra.

CD: Eu sinto muito meu amor.

Paulina: Minha irmã... A unica irmã que me restava esta... esta morta.

Rodrigo olhava compadecido para Paulina chorando nos braços de seu irmão, a noticia da morte de Paola a havia abalado extremamente. Desviando seu olhar da nossa eterna usurpadora, Rodrigo olhando rapidamente para o seu irmão pode notar também que lágrimas se formavam seus olhos.

Rodrigo: Carlos Daniel... Você esta bem?

Paulina intrigada pela frase do cunhado se desvencilhou dos braços do marido e o olhou.
Carlos Daniel estava de olhos fechados chorando em silêncio, percebendo os olhares dos demais sobre si, ele limpou as lagrimas que atravessavam seu rosto e tentou esconder o seu sofrimento.

Paulina: Amor?

Mais uma vez Paulina conseguia ler seus pensamentos, segurando firme em sua mão e olhando em seus olhos ela o incentivou a desabafar.

CD: Mesmo com todos os males causados por ela, não posso evitar de sofrer ao saber dessa noticia. Paola estava... estava esperando um filho meu...

Essa ultima frase soou quase como um sussurro, sua voz havia sido tragada pelo sofrimento. Apesar daquela criança ter sido fruto de uma armação de Paola, o bebe havia despertado o amor paternal de Carlos Daniel e saber de sua morte o atormentava.

Paulina: Amor - Disse o abraçando.

Paulina tinha conhecimento de toda a verdade, mas não sabia se aquela hora seria o momento mais indicado para contar para Carlos daniel que Paola a havia confessado que ele não era o pai do filho que ela esperava. Não suportando ver seu amado sofrendo, nossa eterna usurpadora decidiu que a verdade deveria ser revelada.

Paulina: Carlos Daniel meu amor? Disse levantando delicadamente seu rosto para que seus olhos encontrassem os dela.

Paulina: você precisa saber de uma coisa. Lá na cabana, no meio de sua crise de raiva, a Paola acabou por me contar a verdade.

~Flashback~

"Paola: Como minha querida irmãzinha e eu vamos morrer aqui juntinhas, eu vou te contar um segredo. Um segredo que você não vai ter tempo de contar pro meu Carlos Daniel.

Paulina: Do que você esta falando Paola? Me deixe sair daqui porfavor.

Paola: Não usurpadora, vai querer sair antes do ápice do espetáculo? Não, não pode. Mas provando como sou uma boa irmã vou te contar uma coisa sobre a noite do aniversario da Lizete.

Paulina: O que tem aquela noite?

Paola: Aquela noite foi perfeita não foi? Comida, bebida, musica, você me pegando na cama com o seu marido...

Paulina: Sei bem o que aconteceu naquela noite Paola

Paola: Mas o que você não sabe é que não aconteceu nada.

Paulina: O que????

Paola: Exatamente, seu querido maridinho não me tocou como eu queria. O inútil estava muito fora de si para reagir as minhas caricias, graças ao pozinho que eu coloquei na bebida dele.

Paulina: Mas mas e e essa criança?

Paola: O bebe que esta aqui no meu ventre é do meu querido...

Cortando a fala de Paola surgiu de um canto escuro localizado atras da cadeira onde a nossa eterna usurpadora estava sentada e amarrada, um homem alto e branco, com um andar marcante e uma voz que estremesseu o corpo de Paulina.

DM: Eu sou o pai da criança.

Paulina: Douglas?? O que?? Não, não pode ser...

Paola: Tanto pode como é. Ai Paulina se você pudesse ver sua cara de espanto agora. - O som da risada debochada de Paola ressonou por toda a misera casa

Paulina: Mas... Mas desde quando vocês estão juntos? Douglas, não, eu realmente não entendo, tudo o que você um dia me disse... Não.

Paola: Douglas e eu sempre estivemos juntos não é meu amor.

Douglas: Sim Paola, sempre.

Paola: Ele sabia de tudo desde o inicio, ou você achou mera coincidência vocês se reencontrarem no dia que eu supostamente dormi com o seu amado maridinho.

Paulina: Paola, como você pode? Meu deus, porque tudo isso? E ... E o Paulo? Meu Deus, você é um monstro.

Paola: Ai por favor Paulina quanto drama.

Paulina: Então, Douglas, todas as vezes que você disse que me amava era mentira?

Paola: Claro que era mentira mosca morta. O Douglas só ama a mim. Paulina - Disse entre o riso sarcástico- Você já percebeu que fica com todas as minhas sobras?


~Fim do Flashback~

A cada palavra que Paulina pronunciava Carlos Daniel ficava mais abismado com o extremo que a sua ex mulher chegou a ir para que sua vingança fosse cumprida. Durante o relato de sua esposa, o mais novo dos Bracho teve a expressão de sua face alterada diversas vezes, seu sangue pulsava por entre suas veias, seu coração batia aceleradamente devido a furia que consumia seu corpo. Mais uma vez Paola tinha conseguido o enganar, mais uma vez ela o manipulou.

CD: Aquele desgraçada.

Paulina: Carlos Daniel por favor, sei que ela fez de nossa vida um inferno mas era minha irmã e agora esta morta.

Rodrigo: É verdade Carlos Daniel acabou, o tempo de sofrimento já chegou ao fim.

{Meses depois}
O sol adentrava pela janela pairando sobre os dois corpos abraçados que repousavam sobre a cama.

Carlos Daniel perturbado pela claridade do dia acordou, seus olhos ofuscados com tamanha a claridade, piscaram inúmeras vezes, costumando-se com o ambiente. Carlos Daniel desviou seu olhar colocando-o de encontro com o corpo de sua amada sobre o seu, que esboçava na face um pequeno sorriso de tranquilidade. Os pensamentos dele correram para longe, lembrando-o das tantas coisas acontecidas. Seus dedos correram pelas costas nuas de Paulina percorrendo toda sua extensão. Seus pensamentos voaram, levando-o a todas as barreiras que juntos enfrentaram.

"Tantas lutas vividas, tantos choros derramados, tantas angustias passadas e aqui estamos minha vida, vivendo nosso amor como se deve. Te sentir em meus braços, sentir o calor de teu corpo e o sabor de teus beijos faz valer a pena cada dificuldade que o destino nos guiou. Acho que o medo de não podermos mais vivermos nosso amor mudou um pouco a Paulina, não negativamente, mas vejo em seus olhos que sua entrega a mim cresce cada dia mais, nos amamos e executamos esse sentimento tanto corporalmente quanto na alma."

Tirando Carlos Daniel da sua nuvem de pensamentos, Paulina que havia acordado e ficado o observando pensar longe, moveu uma de suas mãos que estava em contato com a pele quente de seu abdomem. Aquele movimento preciso fez os sentidos de Carlos Daniel se aflorarem e se corpo clamar pelo dela.

Ao olhar para aquela mirada verde que tanto amava, ele pode entender tudo o que ela estava pensando e sentindo. Naquela manhã, assim como em muitas outras desde a explosão, Carlos Daniel viu o desejo e a paixão estampado no espelho da alma de sua mulher. Não conseguindo se conter perante a caricia que ela fazia em seu corpo, ele rendeu-se a aquele olhar hipnotizador e seguindo seus intintos ele a beijou apaixonadamente.

Aquele beijo ouzado e com segundas intenções foi parado pelo barulho das vozes das crianças pelos corredores da casa. Mesmo com o desejo dominando seus corpos, ambos sabiam que a hora para que seus corpos formassem um só novamente teria que esperar um pouco. Aquele era um dia de comemoração e festa na mansão da familia Bracho, depois de tantas angustias e aflições vivivas, celebrar o primeiro aniversário da mais nova herdeira era motivo de alegria para todos.

Paulina: Hoje é o aniversario da nossa Gabriela meu amor.

CD: Sim, minha pequena luz já esta fazendo 1 ano. Como o tempo passa rapido.

Paulina: Sim é verdade. Sabe, eu sempre tive curiosidade mas nunca te perguntei. Porque a chama de luz?

CD: Porque é isso que ela representa para mim. A Gaby foi o raio de luz que me tirou da escuridão, ela indiretamente te trouxe de volta para os meus braços.

Paulina: Eu te amo.

CD: Eu tambem te amo vida minha.

–--
Naquele mesmo dia em um hospital fora da cidade, uma mulher mulher abre pela primeira vez os olhos depois muito tempo em estado de coma. Sua primeira visão vai em direção a televisão que estava no quarto e ao ver a noticia que o jornal local estava transmitindo seus olhos foram revertidos por uma incompreensão e pela raiva ao mesmo tempo. Uma chuva de recordações, frases e momentos vividos embargaram sua mente. Cada lembrança fazia sua cabeça doer da mesma forma como todo seu interior era massacrado. Seu coração batia aceleradamente movido pelo ódio que ela sentia com o titulo da reportagem. "Os famosos empresários Carlos Daniel e Paulina Bracho, donos da tradicional empresa de ceramicas Bracho, comemoram o aniversario de 1 ano de sua filha mais nova."

~ No aniversario ~


CD: Meu amor - Disse abraçando sua amada por trás e depositando um beijo em seu pescoço. - Sou o homem mais feliz da terra, tenho uma familia maravilhosa e principalmente, tenho você ao meu lado minha Paulina.

Paulina: Sempre estarei ao seu lado meu amor, sempre.

Gustavo: Paizinho, vem brincar comigo vem. - Disse o menino interrompendo a fala dos pais.

Paulina: Vá meu amor, vou ficar aqui observando nossa familia.

Depois de Carlos Daniel ter afastado-se de perto de sua amada, ela observa cada detalhe da festa, cada sorriso presente em sua família e pensa.

" Ainda não acredito que tudo isso aconteceu. Ter planejado minuciosamente o sequestro de minha querida irmãzinha foi a melhor coisa que eu fiz. E o fato de terem pensado que quem saía das cinzas era a doce Paulina ao invés de mim, me caiu como uma luva. Porque afinal de contas maninha, os mortos não falam".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

~ Momento tan nan nan nan ~

@MissBracho_



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossa Eterna Usurpadora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.