Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 41
De volta a casa


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, voltei. Sentiram minha falta? srsr
Bom, esse capitulo tem uma dedicação especial a uma pessoa, não, uma não, duas pessoas. A minha amiga Daiandra que deu a luz ao meu sobrinho lindo Enzo Gabriel, esse capitulo é pra vocês ♥. Los amo.



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Paulina: E como eu te disse, um dia você conheceu uma mulher exatamente idêntica a você em um banheiro de senhoras em um hotel do litoral, mas Paola, está que esta a sua frente, não é mais aquela jovem inocente e boba, você, ao ameaçar os meus filhos, a minha família, cometeu o pior dos erros, porque você fez com que uma fera surgisse. E te aviso uma coisa, querida irmãzinha, não ouse tocar em nenhum deles, ou você vai ver quem é Paulina Martinez de Bracho, você não sabe do que eu sou capaz.

Todos na sala demonstravam a mesma reação perante a declaração de Paulina, ninguém esperava a ver sair abruptamente da postura de mocinha de dramalhão mexicano, desprotegida e submissa, e transformasse na mulher forte e sem medos que estava desafiando Paola naquele momento.

Carlos Daniel estava perplexo perante as palavras firmes da nossa eterna usurpadora, nunca a havia visto daquela maneira, apesar de sempre ter sido uma mulher forte e batalhadora, ela nunca havia perdido sua essência meiga, sempre tentava revolver os problemas com calma e tranquilamente. Mas as ameaças de Paola contra a sua família despertaram uma fúria dentro de Paulina, seu instinto maternal a fez crescer e tomar coragem para responder à altura a lendária Paola Bracho. 

Paola estava incrédula ante a atitude de sua querida irmãzinha, ela estava acostumada a ver Paulina fraca e se submetendo aos seus desejos, com seu olhar doce e ingênuo que tanto odiava. Porém, em um piscar de olhos a santa Paulina desapareceu, e em seu lugar entrou uma mulher forte e que ousava a desafiar. A segurança e a recém-descoberta coragem de Paulina incomodava profundamente sua irmã gêmea, uma vez que fazia evaporar toda superioridade de Paola, a deixando sem eixos para se manter.

Cada palavra que Paulina pronunciou olhando firmemente nos olhos de Paola só fez crescer ainda mais o ódio que ela sentia por sua irmã, seus olhos verdes logo ganharam uma coloração a vermelhada, sua raiva pulsava por entre suas veias e seu coração batia descompensadamente. “COMO ELA TEVE A CORAGEM DE ME ENFRENTAR?? ELA NUNCA FEZ ISSO, SEMPRE FOI MOSCA MORTA, NUNCA TEVE ESSA PREPOTÊNCIA.”

Paola: MALDITA DESGRAÇADA, QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME ENFRENTAR??

Paulina: Sou alguém que cansou de sempre baixar a cabeça e obedecer a suas vontades, sou alguém que decidiu que irá priorizar a própria vida em vez da sua, sou alguém que acordou para a realidade e que não vai mais permitir que nem você nem ninguém impeçam de alcançar a felicidade, sou alguém que vai lutar com unhas e dentes para defender quem ama, sou alguém que você pode se arrepender de querer enfrentar.

Paola: ESTÁ ME AMEAÇANDO PAULINA É ISSO??

Paulina: Ameaçar como você acabou de fazer a minha família? Não. Só estou te informando minha querida irmã que você pode se arrepender se ousar tocar em um fio de cabelo deles. Você me conheceu boba e submissa, mas eu mudei, eu amadureci, e nesses anos que você se fingiu de morta aconteceu uma coisa que me transformou por inteira, eu fui mãe. A maternidade me trouxe o mais puro amor que alguém já pode sentir, um amor que você não sabe explicar o tamanho porque não tem dimensão, um amor que te faz dar a tua própria vida em troca dos filhos sem pestanejar. Um tipo de amor que você não conhece ou talvez já – Desvia o olhar da Iris de Paola e olha para a barriga já um pouco grande da gestação – mas que pode estar suprimido por esse ódio desenfreado que você sente e essa cede por vingança irracional. Porque afinal de contas Paola, todo o mal que já aconteceu na sua vida foi provocado por seus atos egoístas, e se você pensa que eu vou adiar a minha felicidade para que você cumpra mais outro desejo egocêntrico, você está completamente enganada.

Paola definitivamente ficou mexida com as palavras de Paulina, em sua mente pensamentos contrários travavam uma guerra entre o amor e o ódio. Apesar da intensa raiva que a dominava todo seu interior, de fato, a maternidade havia semeado em seu coração aquele amor puro que sua irmã falava. Aquele pequeno ser que crescia em seu corpo conseguiu despertar sentimentos positivos que foram suprimidos pelo ódio que sentia.

Porém, o pequeno momento de reflexão de Paola logo desapareceu quando ela, perdida entre emoções opostas, fitou a mão de Paulina e consequentemente o anel que demonstrava todo o amor que existia entre ela e Carlos Daniel. Ao olhar a aliança de casamento, lembranças antigas renasceram em sua mente e a sede por vingança atingiu seu auge.

Paola: EU TE ODEIO PAULINA, TE ODEIO. FORA! SAIA AGORA DA MINHA CASA!

Paulina não se moveu nem um centímetro do lugar onde estava, continuou olhando fixamente para os olhos de Paola, sem demonstrar medo ou franqueza. Estava disposta a fazer o que fosse necessário para proteger seus filhos, e transmitia essa mensagem no olhar.

Paola estava desconcertada, mesmo ordenando em alta voz para que sua irmã saísse da residência, Paulina continuava no mesmo lugar a encarando. Não era apenas a falta de submissão de nossa eterna usurpadora que incomodava a diva, mas o que ela falava através do olhar, a mensagem era tão clara que soava como gritos na mente de Paola.

Paola: EU JÁ DISSE, FORA DA MINHA CASA USURPADORA.

DM: Paulina, é melhor irmos embora mesmo, não vale a pena ficar discutindo com essa mulher.

CD: Sim meu amor, vamos logo. Não quero ficar mais nenhum minuto na presença dessa ai.

Paulina não respondeu nada, continuou encarando Paola sem pestanejar. Aos poucos ela foi caminhando em direção a saída, acompanhada pelos dois, mas sem perder o contato visual com a irmã, deixando para trás uma mulher tomada pela fúria. Os três entraram no veiculo em silencio, o choque por todos os acontecimentos daquela manhã os impedia de formularem alguma frase ou sentença, estavam perdidos suas próprias lembranças, reflexionando acerca de tudo.

CD: Meu amor, eu acho melhor você e a Gabriela ficarem lá em casa. – Disse quebrando o silencio.

DM: Sim Paulina, a Paola não está bem mentalmente, seria mais seguro você ficar na casa dos Bracho, do que ficar sozinha naquela mansão.

Paulina: Eu... eu não sei..

CD: Vamos meu amor, se a Paola foi capaz de fazer tudo o que ela mesma nos contou hoje, só Deus sabe o que a ela pode tramar.

Paulina: Ela não ousaria, deixei bem claro que não permitiria.

DM: Mas mesmo assim Paulina, você tem que se precaver. Quando você a desafiou, todos podemos ver o quanto furiosa ela ficou, você tem que pensar na Gabriela, tem que a manter protegida de toda loucura que a Paola pode fazer, e a casa dos Bracho é o melhor lugar para isso.

CD: É verdade meu amor, eu estarei lá, protegendo todos vocês.

Paulina: Tudo bem, eu vou.

Depois de aceitar voltar a sua casa, Paulina seguiu com Carlos Daniel e Douglas até a sua mansão, precisava pegar a pequena Gabriela que havia ficado com a babá no tempo em que todos saíram. Com o bebe nos braços já, todos seguiram em silencio rumo a casa da família Bracho, a ausência de ruídos constrangedora no veículo só foi quebrada com o barulho da risada de bebe da Gaby que parecia sorrir nos braços da mãe  olhando para o pai.

Chegando a majestosa mansão, Carlos Daniel desceu logo do carro e pegou a filha nos braços para que Paulina desembarcasse com tranquilidade do veiculo. Já do lado de fora, nossa eterna usurpadora olhou para a fachada daquela casa que lhe trazia tantas recordações, boas e ruins, mas que definitivamente sentia saudades.

CD: Vamos filhinha, você vai entrar pela primeira vez na sua casa meu amor. – Carlos Daniel conversava com a filha, lhe apresentando seu lar, apesar da circunstância como aconteceu, ele não podia conter a felicidade que sentia por ter sua mulher e sua pequena luz de volta.

A entrada dos três, quatro na verdade foi observada atentamente por Lalinha que não conseguia entender o que estava acontecendo. “Será que eu estou tendo uma alucinação? Estou vendo o seu Carlos Daniel entrando em casa com a Gaby no colo, a Dona Paulina o seguindo, e .... aquele é Douglas Maldonado? Não espera, mas eles não iam se casar? Estou confusa agora.” Depois de se recuperar do choque inicial, a empregada foi rapidamente avisar a vovó Piedade que conversava na sala de jantar com Rodrigo.

Lalinha: Vovó Piedade....

VP: O que foi Lalinha? Esta branca feito papel.

Lalinha: Vovó, seu Rodrigo acho melhor os senhores irem olhar quem acabou de chegar.

Vendo a incredulidade estampada no rosto de Lalinha, Rodrigo foi rapidamente até o hall de entrada temendo para que a tal visita não fosse portadora de outros problemas. Entretanto, sua expressão antes preocupada, logo se transformou em alegria.

Rodrigo: Olha quem estou vendo. É a princesinha do tio? Vem aqui boneca – Disse pegando a menina dos braços do pai.

VP: Estou sonhando? Paulina? É você mesmo filha? Com a minha bisnetinha junto?

Paulina: Oi Vovó Piedade que saudades eu senti dessa casa, das crianças da senhora. – Disse abraçando a matriarca da família.

CD: Pois agora o tempo de saudades acabou.

VP: O que quer dizer com isso meu neto?

CD: A Paulina e a Gaby estão de volta a casa vovó.

VP: Mas que felicidade meus netos, vocês dois finalmente se acertaram?

Carlos Daniel tentou responder prontamente a pergunta da avó, mas foi interrompido por Paulina que mudará de assunto. Aquele ato da nossa eterna usurpadora deixou o bonitão um pouco confuso, mas ele decidiu respeitar sua amada, sabia que ela havia passado por muitas emoções e relações em apenas algumas horas, e que tudo se revolveria em seu devido tempo, o importante era que as duas estavam de volta a casa, de onde nunca deveriam ter saído.

Paulina: Depois conversamos sobre isso sim vovó? Mas deixe eu lhe apresentar, este é Douglas Maldonado.

DM: Muito prazer senhora.

VP: O prazer é meu, apesar de não termos nos conhecido antes, já ouvi muito falar sobre você Douglas.

Vovó Piedade pronunciou suas palavras olhando para Paulina e Carlos Daniel, tentando entender o que estava acontecendo, porque era de fato muito estranho ver Douglas Maldonado e o seu neto na mesma sala sem que os dois não estivessem se matando por Paulina. “Hoje de madrugada, Carlos Daniel acordou angustiado só porque sonhou que tivesse perdido Paulina para o Douglas, como agora todos aparecem aqui e ainda com um ar amigável? Não, algo está acontecendo e, eu vou descobrir”.

Paulina percebendo o olhar de desconfiança da viúva de Bracho tentou sair logo do lugar. Sabia que fugir da conversa com a vovó Piedade era irremediável, mas precisava de tempo para entende tudo o que havia acontecido, e assim conseguir todas as perguntas que surgiriam.

Paulina: Bom, eu vou subindo para o quarto, a Gaby está começando a sentir fome e eu tenho que amamenta-la. Com licença a todos. E ... obrigada por tudo Douglas.

DM: Não precisa agradecer Paulina – Disse com um sorriso sincero no rosto - Bom, agora que sei que as duas estão seguras, eu já vou.

CD: Douglas espere. Antes de você ir eu queria te fazer uma pergunta.

DM: O que seria?

CD: Porque fez tudo isso? Digo, quando você descobriu sobre a farsa da Paola, poderia ter ficado calado e assim teria o caminho livre para conquistar Paulina...

DM: Carlos Daniel, você ainda não entendeu não é?! O meu amor por Paulina é tão grande que a minha única vontade a vê-la feliz, e infelizmente sei que ela apenas será feliz se tiver você ao lado dela. Durante todo esse tempo em que vocês estiveram separados, eu fui seu amigo, um companheiro que a ajudou a passar por todo esse pesadelo, tentei oferecer meu amor, mas...

CD: Mas...

DM: Mas ela não correspondeu, não poderia. Porque o coração dela já havia sido ocupado por você, e ninguém conseguiria mudar isso. Mesmo ela estando muito decepcionada, ela continuou te amando, e por isso sofria.  E foi por esse motivo que eu resolvi contar tudo. Quando ela disse que a irmã gêmea dela se chamava Noelia, foi como se uma pequena lâmpada acendesse em minha cabeça, aquela suposição que ecoava na minha mente poderia ser a resposta para tudo e assim, fazer parar com o sofrimento dela.

CD: Não entendo, você disse que ela não correspondeu ao seu amor, mas vocês não iam casar? Não foi por isso que ela me pediu o divorcio?

DM: Carlos Daniel, a Paulina inventou sobre o casamento para que você pudesse aceitar o divorcio. Apesar do amor que ela sente por você ser grande demais, ela é muito orgulhosa e você a magoou muito.

CD: Então... então... vocês nunca estiveram juntos? – Disse com um sorriso nos lábios

DM: Não, infelizmente não. Enfim, eu já vou, mas antes queria te pedir para que cuide dela, e nunca mais a decepcione.

CD: Fique tranquilo, nada nem ninguém poderá nos separar mais, não vou permitir. 


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Notas finais do capítulo

Esse foi o maior capitulo que eu já escrevi, o que acharam?
@MissBracho_