As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 7
Sexto.


Notas iniciais do capítulo

Oieee.
voltei de viagem e estou um pouco mais motivada.
Espero que gostem do capitulo.



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A claridade começou a incomodar os meus olhos, e eu me amaldiçoei, mentalmente, por ter me esquecido de fechar as janelas do meu quarto. Eu tinha duas opções para acabar com o incomodo: levantar-me e fechar as cortinas, ou virar para o lado e voltar a dormir, todavia, a segunda opção me pareceu mais agradável, já que minha preguiça estava em alta naquela manhã.

 Eu teria me virado e voltado a dormir tranquilamente, se uma parede não tivesse me impedido... Espera um pouco. Desde quando minha cama é colada com a parede? Perguntei-me, mas não obtive resposta já que uma parte do meu cérebro ainda estava sonolenta, mas logo essa parte acordou, quando a “parede” começou a se mover.

Ainda de olhos fechados, e com medo do que eu encontraria tateei a suposta parede, e me surpreendi ao ver que aquilo era um corpo, muito másculo por sinal. E então, o medo tomou conta de mim, até que eu me lembrei da noite passada deixando que um sorriso bobo tomasse conta do meu rosto.

Abri os olhos lentamente e me deparei com um Percy dormindo. Aquela imagem não poderia ser mais perfeita, o meu moreno estava com a expressão relaxada, os cabelos apontava em todas as direções, mais aquilo o deixava mais lindo, se é que isso seja possível, mas a harmonia logo foi quebrada por um resquício de baba que caia do canto esquerdo da boca de Percy.

Ri com aquilo e o moreno se mexeu ao meu lado.

- Annie? – perguntou sonolento, e eu ri quando o braço dele, que estava na minha cintura, me levou para mais perto de seu corpo.

- Sim, Cabeça de Algas? – me pronuncie e ele sorriu de olhos fechados.

- Não foi um sonho? – ele me perguntou abrindo os olhos e a imagem tornou-se perfeita, pois os olhos de Percy mostravam toda a felicidade e calma por eu estar ali, ao seu lado.

- Para a minha felicidade, não. – respondi acariciando sua bochecha e ele fechou os olhos aproveitando o meu carinho.

- Então... Eu não preciso continuar dormindo para prolongar o momento? – ele perguntou, e parecia não acreditar que a noite passada tinha, de fato, acontecido.

- Não, você não precisa. – respondi e ele abriu os olhos, junto de um lindo sorriso.

Ele não falou mais nada, apenas continuou sorrindo feito um bobo, fazendo com que eu fizesse o mesmo. No entanto, nossa bolha de felicidade fora estourada quando eu ouvi a campainha de seu apartamento soar pelo mesmo.

- Quem será? – perguntei com os olhos arregalados, e Percy riu. – Do que você está rindo? Vai que é a sua mãe... E se ela esqueceu as chaves? Ela não pode me encontrar nessa situação. – comecei a metralhar o Cabeça de Algas com perguntas, e o idiota riu, me deixando irritada. – Você vai mesmo continuar rindo de mim? – perguntei brava e o mesmo negou, tentando, em vão, segurar a risada.

- Calma, Sabidinha. – ele disse se levantando, e eu, de forma boba, fechei os olhos.

Como se você não tivesse visto tudo ontem! – minha consciência que até então estava dormindo, resolveu fazer-se presente, deixando-me corada e constrangida.

Eu teria retrucado, e iniciado uma batalha idiota em minha cabeça, se uma risada rouca e já conhecida por mim não tivesse ecoado pelo quarto.

- Annie, você está com vergonha do que? – ele perguntou, e mesmo de olhos fechados, eu podia visualizar um sorriso malicioso em seu rosto.

- Se você continuar rindo de mim, eu vou embora. Você entendeu? – perguntei brava, e acabei tirando as mãos dos olhos para brigar com ele, mas quando me lembrei de que ele estaria nu, voltei a colocar as mãos no rosto, este que estava corado.

- Ei, Sabidinha, eu estou vestido. – Percy respondeu, sentando-se na ponta da cama, e tirando minhas mãos do meu rosto. – E, bom, não precisa ter vergonha. Afinal, você viu tudo ontem. Não é mesmo? – Percy questionou com o mesmo sorriso sacana, e aquilo me deixou irritada, por isso desferi um soco na direção de seu peito, está que estava nu.

Eu teria continuado a socá-lo e xingá-lo se a campainha não tivesse soado tão desesperada. Percy rolou os olhos e foi ver quem era.

- Já volto. – ele disse sorrindo, mas eu ainda estava brava com ele.

Assim que ele saiu do quarto eu me levantei e com os olhos procurei pelas minhas roupas, mas eu me surpreendi ao ver que eu estava vestida. Não, não era o meu vestido que me cobria, esse serviço estava sendo feito pela blusa social que Percy estava usando na noite passada. Sorri e trouxe a blusa até o meu nariz absorvendo o cheiro de maresia que só o meu moreno tinha.

Abri os olhos e olhei o quarto de Percy, estranhando o fato de ter acordado ali, até porque não fora ali que... Certas coisas aconteceram. Minha consciência teria continuado a achar uma solução lógica para estarmos ali e não no terraço, se um grafite na parede oposta a da cama não tivesse me chamado a atenção.

Era uma garota loira de cabelos cacheados, ela tinha um sorriso que poderia ser de felicidade ou presunçoso, seus olhos eram cinza, iguais a nuvens de tempestade. Ao redor dela estava tudo desfocado, como se o artista só visse ela e mais nada.

Era óbvio que aquela garota era eu.

Ai meus deuses. Percy tinha me grafitado em seu quarto.

Com um sorriso besta me aproximei da parede e com calma analisei os detalhes.

Quando eu conheci Percy na pista de skate os desenhos dele nunca tinham uma forma definida, mas depois que ele me pediu ajuda com os desenhos, suas obras ficaram mais fáceis de serem identificadas desde o começo. E bom, eu confesso que tive um ótimo aluno, Percy entendeu tudo com rapidez e destreza, fazendo-me ver que ele não era um completo idiota, coisa que eu imaginei quando nos conhecemos.

A vontade de elogiá-lo se fez presente, o que me fez esquecer que ele estava com visitas. Então, com a roupa que eu estava sai para falar com ele e surpreende-lo, pois pretendia dar-lhe um susto. Mas eu quem fora surpreendida.

Não sofá da sala de Percy estava uma garota, esta que parecia bem a vontade como se já estivesse se sentando naquele lugar milhares de vezes antes.

- Oi? – cumprimentei de forma desastrada, quando a garota ficou me encarando.

- Quem é você? – perguntou de forma rude, e eu logo soube que ela não estava ali para ser minha amiga.

- Eu quem devo fazer essa pergunta. – disse no mesmo tom. E a garota riu com escárnio.

- Bom, eu sou amiga do Percy... E pelo o que eu estou vendo você é mais uma da “peguetes” dele, não é mesmo? – a garota de cabelos cor de chocolate perguntou cínica ao me olhar de cima a baixo, e foi a minha vez de me divertir.

- Não, eu não sou uma “peguete” do Percy. – disse fazendo aspas com os dedos. – Eu sou a namorada dele. Annabeth Chase, prazer. – disse estendendo a minha mão.

A garota me olhou com repulsa, e depois olhou para a minha mão que estava estendida. E eu agradeci mentalmente por ser a que estava com o anel que Percy me dera na noite passada.

- Hum... Então, ele não mentira quando disse que tinha uma namorada? – ela perguntou, mas eu acho que era mais para si do que pra mim.

Mas como eu adoro provocar, respondi:

- Não, querida, ele não mentiu.

A garota me olhou com raiva, e iria dar uma resposta bem malcriada, quando Percy reapareceu.

- Aqui está, Calypso. – ele disse estendendo alguma embalagem de produto de limpeza para a garota, que agora eu sabia se chamar Calypso.

A maldita em quem Percy tanto falava. Argh. O que ela estava fazendo ali, pelo amor dos deuses?

- Nossa. Valeu mesmo, Percy. – a garota disse colocando um sorriso gentil no rosto.

Percy sorriu de lado um pouco constrangido, e correu os olhos pela sala, parando na saída do corredor onde seu estava.

- Vejo que já conheceu a minha namorada. – o moreno disse me chamando com a mão, e eu me pus ao seu lado, entrelaçando os nossos dedos. – Sabidinha, esta é a Calypso, a vizinha nova que eu comentei. Calypso essa é a minha namorada, Annabeth Chase.

Calypso sorriu quando Percy mencionou que havia comentando sobre ela, mas para a infelicidade da mesma ele continuou:

- Acho que você já deve saber tudo sobre ela... Já que eu falo um pouquinho demais. – meu sorriso aumentou, e o de Calypso diminuiu consideravelmente.

- Ahh. Então, quer dizer que você fala de mim? – perguntei com um ar divertido, mas a garota percebeu que era uma alfinetada.

- Até demais, não é mesmo Percy? – a garota disse e eu sorri. – Mas... O que vocês falaram sobre mim? – Calypso questionou como quem não quer nada.

- Nada muito importante... Foi alguma coisa sobre garçonete nova. Não me lembro muito bem. – dessa vez não foi preciso que eu me metesse, pois Percy respondeu descontraído, e o sorriso de Calypso sumiu de vez.

A garota soltou um muxoxo, e eu me segurei para não rir.

- Bom, Percy, valeu pelo sabão minha avó agradece. – Calypso disse e deu um abraço em Percy, que devolveu sem jeito já que a sua mão estava entrelaçada na minha. - E Annie, querida, foi um prazer te conhecer. – ela também me abarcou, mas dessa vez demorou um pouco mais já que ela sussurrou em meu ouvido – Namorada, né? Não por muito tempo.

Depois se afastou e deu um sorriso cínico na minha direção e um gentil para Percy.

- Poderia abrir a porta, Percy? – perguntou manhosa, e Percy assentiu um pouco atordoado.

A minha vontade era pular no pescoço daquela vadia e mostrar que o lugar dela não era ao lado do meu namorado.

O meu moreno foi abrir a porta, e a vadia ainda teve coragem de depositar um beijo muito, mais muito próximo da boca daquele idiota, este que parecia não entender qual era o jogo daquela filha de uma mulher da vida.

Quando Percy fechou a porta, eu cruzei os braços em frente ao meu busto, e fiz uma cara de zangada. Que pelo visto, assustou o moreno.

- Que foi, Sabidinha? – ele perguntou franzindo o cenho e me olhando com cautela, como seu eu fosse um animal raivoso que atacaria a qualquer momento.

- O que aquela garota queria aqui? – perguntei irritada, e Percy pareceu perceber o motivo da minha mudança de humor, porque sorriu.

- A Calypso queria um sabão emprestado. – ele respondeu e se sentou no sofá, tentando me puxar para o seu colo, mas eu me mantive firme e continuei em pé, encarando-o com raiva.

- E por que ela não foi a um mercadinho qualquer? Pelo amor dos deuses, estamos em Nova York, e eu aposto que tem uma vendinha qualquer aqui na esquina. – respondi emburrada, e Percy teve a ousadia de rir. – E você está rindo do quê?

- De você com ciúmes. – ele disse e aquilo me deixou ainda mais irritada.

- Eu? Com ciúmes? De quem? – perguntei fingindo-me de idiota, coisa que eu não era.

- É você, com ciúmes de mim. – Percy respondeu me puxando pela segunda vez, e ele obteve êxito, mas eu ainda estava emburrada.

- Pelo amor, Perseu. Eu ficaria com ciúmes se fosse uma atriz de Hollywood batendo na sua porta, mas aquela lá? Nem aqui nem na China. – respondi, Percy tentou me beijar, mas eu não deixei.

- Está bem, se você não está com ciúmes me dá um beijo. – ele disse se aproximando, mas eu não o beijei. – Não falei? Você está com ciúmes. – disse o idiota se gabando.

- Ahh. Então, você não ficaria com ciúmes se eu atendesse a porta para um vizinho gostoso assim desse jeitinho que eu estou? – perguntei e quando ele ia responder continuei. – E claro, ele só estava querendo um sabão emprestado, porque de forma misteriosa todos os mercadinhos da ilha de Manhattan estão fechados... E ainda tem mais, quando ele fosse se despedir me daria um abraço bem apertado e um beijo no canto da boca. É, realmente, você não teria nenhum motivo para ter ciúmes. – respondi brava e Percy apertou a minha cintura com força.

- Você nem pense em atender um vizinho desse jeito. Só eu posso te ver assim, e segundo não é para você atender nenhum vizinho assim. Estamos entendidos? – Percy perguntou com os olhos escuros, e eu percebi que ele estava com ciúmes da minha suposição.

- Estamos entendidos, se você nunca mais atender a porta assim. – respondi apontando seu corpo que da cintura para cima estava desnudo.

- Perfeito.

- Ótimo.

- Maravilhoso.

- Mais que perfeito.

Enquanto falávamos nos aproximamos e na minha última frase já estávamos perto demais, então Percy acabou com a distância com um beijo de tirar o fôlego.

As mãos do moreno que estavam na minha cintura escorregaram para as minhas coxas que estavam nuas, e a apertaram com forças, Percy mordiscou meu lábio inferior, e desceu seus beijos e mordidas para o meu pescoço, deixando-me inebriada.

Minhas mãos que se perderam em seus cabelos negros, escorregaram e começaram a arranhar as suas costas, estas que já estavam bem castigadas pela noite anterior. Sem querer me mexi no colo de Percy, e ele soltou um gemido sôfrego, fazendo-me acordar.

- Percy, nós não podemos. – falei empurrando-o, mas ele não me ajudava com os beijos no pescoço. – Percy sua mãe pode chegar a qualquer hora. – disse empurrando-o com mais força, e dessa vez ele se afastou.

- Minha mãe viajou com Paul, eles foram para a casa de campo da família dele. Só voltam no domingo à noite. – Percy respondeu e deu um sorriso malicioso, e com isso voltou a me beijar, sem dar a chance de que eu falasse que precisava voltar para casa.

No entanto, não foi preciso eu lembrá-lo que teria que voltar para casa, já que meu celular começou a tocar em algum lugar da sala.

- Meu celular. – eu disse. – Eu preciso atender.

Percy mordiscou o lóbulo da minha orelha, e como a voz pidona disse:

- Não atende. Fica aqui comigo. – pediu olhando nos meus olhos. E bom, era quase impossível negar alguma coisa olhando naqueles olhos verdes, o que me fez imaginar o quanto fora difícil para Sally criá-lo sozinho.

- Eu preciso. Vai que é a minha mãe? – questionei e ele assentiu apontando para a minha bolsa que estava no outro sofá.

Sai de seu colo e peguei o celular, olhei o visor que piscava com as palavras “Lena’s House”, o que era um alívio, e uma preocupação ao mesmo tempo.

- Alô? – perguntei cautelosa e Silena gritou do outro lado.

- Onde você está, sua LOUCA? – a morena gritou a última parte me fazendo revirar os olhos.

- Onde mais eu estaria, Silena? – perguntei retórica e a morena soltou outro grito estridente.

- Eu não acredito. – ela disse rindo e eu fiz um barulho qualquer assentindo. – Então, que dizer que a Santa Annabeth, já não é tão santa? – ela perguntou e eu ouvi algumas risadas ao fundo.

- Quem está ai, Silena? – perguntei brava, já imaginando quem estaria ouvindo a nossa conversa.

- Bom, basicamente, a Bianca, a Thalia, o Nico e a minha mãe. – respondeu como se fosse algo super natural.

- Bom dia, tia, meninas e Nico. – eu disse, pois sabia que estava no viva-voz e como confirmação recebi um bom dia em coro.

- Quem é Nico? – Percy perguntou baixo, e eu fiz sinal que ele esperasse um minuto, deixando-o emburrado.

- Então, Annie nos conte como foi. – Thalia disse e eu já podia imaginar o tamanho do sorriso malicioso que ocupava o rosto de cada um.

- Eu não vou contar nada, ainda mais com o Nico ouvindo. – eu disse e pude ouvir a risada rouca do meu mais novo amigo.

- Não se preocupe Annie. Eu juro que não conto para o Luke. – Nico disse me zoando e eu fechei a cara.

- Até você, Nico? – perguntei com voz de decepcionada, e todos riram.

- Quem é Nico? – Percy perguntou pela segunda vez e eu fiz sinal para que ele esperasse.

- Gente a Annie não quer contar e isso é um direito dela. – Afrodite disse e eu franzi cenho. Quem era aquela e o que fez com a minha tia?

Meu pensamento foi verbalizado por Silena, que eu aposto, estava olhando escandalizada para a mãe.

- Quem é você e o que fez com a minha mãe?

Afrodite riu e disse:

- Pelo amor de Deus, eu aposto minha coleção de verão da Chanel que o Deus Grego do Percy está ao lado dela nesse exato momento, ou seja, ela não vai contar agora o que aconteceu, mas sim quando chegar aqui em uma hora. Não é, Annie querida? – agora sim era a minha tia falando.

- Eu não vou falar nada, nem agora nem daqui uma hora. – disse decidida e Afrodite riu.

- Você vai contar, ou eu não me chamo Afrodite. – ela disse – Estou de esperando, ou melhor, estamos de esperando na minha casa em uma hora. E eu acho melhor você vir logo, Atena ligou dizendo que assim que o apartamento estivesse arrumado viria ver se você está bem.

Então, eu me lembrei da mentira que contei para minha mãe. É, realmente, era melhor eu ir logo.

- Está bem, eu já estou indo. – Percy fez um bico e eu quase me derreti – E... O que você estão fazendo ai? – perguntei me referindo ao Nico, a Bica e a Thalia.

 - Nós dormimos aqui. – Thalia respondeu. – Além de que você prometeu ser nossa guia hoje... Mas pelo visto não será mais, não é? – a morena de olhos azuis perguntou maliciosa, e eu revirei os olhos.

- Claro que eu serei a guia de vocês. Aguardem-me que em uma hora eu estou ai. Beijos e até daqui a pouco. – eu disse, mas antes que ela desligasse lembrei-me de uma coisa. – Silena ligue para o Luke eu acho que ele vai querer ir com a gente. – e antes de desligar eu ouvi Thalia engasgar-se com alguma coisa, ri e guardei meu celular na bolsa.

- E então agora você pode me responder? – Percy perguntou fazendo bico, eu ri e lhe dei um selinho.

- Agora eu estou a sua disposição. – disse e o moreno sorriu malicioso. – Não dessa forma, Cabeça de Algas idiota. – disse jogando uma almofada nele.

- Está bem, Sabidinha. – ele disse se aproximando – Quem é Nico?

- Um amigo. – respondi e sorri, quando ele fechou a cara.

- Amigo? – ele perguntou e eu assenti. – O que ele estava fazendo na casa da sua prima?

- Ele dormiu lá. – disse.

- Ah, então ele é acostumado a dormir em casa de meninas?

- Não sei, eu o conheci ontem.

- E já estava cheia de intimidade, não é mesmo? – Percy perguntou com ciúmes.

- Relaxa Cabeça de Algas, ele tem namorada e mora na Inglaterra está só passando as férias.

- Mesmo assim. – ele respondeu emburrado. Eu ri e o beijei, mas não deixei que aprofundasse o beijo, senão nunca mais sairia dali.

- Eu preciso ir. – disse, e ele fez cara de triste. – Mas eu não sei se você se lembra... Mas eu tive a ideia de ser guia e bom... Eu preciso de um assistente. Quer um emprego temporário?

- Quanto é o salário? – ele perguntou rindo e eu o acompanhei.

- Bom, tem vale transporte e refeição. Sem contar que você terá a minha presença pelo resto do dia. – eu disse profissionalmente, e ele franziu o cenho.

- Não daria para acrescentar alguns beijos. Não é mesmo? – ele perguntou em cima de mim.

- Acho que isso até pode ser possível.

- Então, considere-me empregado.

- Perfeito. – e continuamos a nos beijar.

Quando voltei a mim já tinham passado mais de vinte minutos, e eu precisava ir embora, por isso afastei Percy e perguntei onde estavam as minhas roupas. Ele me pegou pela mão e me levou até seu quarto, abriu o guarda roupa e tirou o meu vestido, perfeitamente dobrado e os meus saltos em cima.

- Aqui estão, madame. – disse me estendendo as minhas coisas ri e tirei a camisa que estava usando.

Eu acho que Percy não estava esperando por aquilo, pois seus olhos arregalaram levemente, e sua boca se abriu em um O perfeito.

- Isso é sacanagem, Annabeth. – Percy disse depois de me olhar de cima a baixo. Depois olhou nos meus olhos e eu me arrepiei com a intensidade do seu olhar.

- Sacanagem? – perguntei sacana e ele negou com a cabeça.

- Eu devia te prender aqui e não te deixar ir para lugar nenhum. – ele disse me abraçando pela cintura.

- Isso seria seqüestro. – eu disse e ele riu.

- Mas eu não falei que estava te seqüestrando? – franzi o cenho e ele riu – Ontem no seu quarto.

Só então, eu me lembrei do susto que aquele idiota tinha me dado.

- Você é muito idiota. Eu quase morri de susto. – disse dando um soco em seu peito, este que nem fez cócegas, já que Percy jogou a cabeça para trás e riu.

- Não era a minha intenção. – ele disse quando percebeu que eu estava emburrada.

- Sei. – disse, e virei o rosto para a outra parede e eu me vi desenhada ali. – Isso daqui ficou lindo.

Percy olhou para a parede a qual eu me referia e corou.

- Quando você fez ele? – perguntei e ele parecia encabulado.

 - Depois que você aceitou ser minha namorada. – ele respondeu e eu sorri feliz.

- Por que eu? – questionei.

- Como assim? – ele perguntou franzindo o cenho – Você queria que fosse quem? A Calypso? – ele perguntou com um tom divertido e eu fechei a cara.

- Você não é louco. – eu disse e ele assentiu – Mas você podia desenhar a sua mãe, ou sei lá.

- Minha mãe eu vejo todos os dias, já você... – ele deixou a frase morrer e se aproximou de novo. – Sem contar que minha mãe já está bem perto de mim. – ele disse e apontou para o seu peito esquerdo, onde tinha uma tatuagem, essa que eu só descobri na noite passada.

- Eu ia mesmo te perguntar o que isso significa. – eu disse contornando as letras em japonês.

- Significa Sally. – ele disse e eu sorri.

- Você me surpreende a cada momento. – eu disse e ele sorriu, depois franziu o cenho.

- Isso é bom ou ruim?

- Definitivamente, bom. – eu disse e ele sorriu mais abertamente. – Mas... Por que você me desenhou assim? – questionei.

- Você é muito curiosa. – ele disse e riu, mas me respondeu – Porque quando você disse que aceitava ser minha namorada você estava assim desse jeitinho. Acho que é a melhor lembrança que eu tenho de você.

- A melhor? – perguntei franzindo o cenho.

- Bom... Era a melhor até ontem. – ele disse e olhou para o meu corpo, que só estava coberto pelas minhas roupas intimas, e aquele olhar me fez corar.

- E-eu posso usar o banheiro? – perguntei envergonhada e ele riu ao perceber o meu embaraço.

- Claro, sinta-se em casa.

Ele sorriu e pegou uma toalha limpa para que eu usasse. Sorri agradecida e levei as minhas coisas para o banheiro, me despi e iniciei o meu banho.

Na metade dele, ouvi Percy bater na porta e falar algo.

- Sabidinha, aqui fora tem uma roupa da minha mãe, se você não quiser colocar a roupa de ontem pode usar essa daqui. – ele disse e eu gritei um tudo bem desajeitado – Está no pé da porta.

Ouvi seus passos se afastarem e sorri pela preocupação dele comigo.

Sai do banho me sequei com a toalha dele, ao invés de usar a limpa que Percy tinha me dado. Enrolada na toalha, eu abri a porta e peguei a roupa que estava no chão. Era um short jeans e uma bata florida, vesti minha roupa debaixo e coloquei o short, mas quando eu ia colocar a blusa de Sally me lembrei da camisa de Percy que ainda estava em seu quarto. Eu, realmente, tinha gostado daquela camisa e a queria pra mim.

Por isso, fui até o quarto do meu namorado e a vesti, fazendo uma gambiarra e deixando-a perfeita em mim. Calcei os meus saltos e prendi o meu cabelo com uma fitinha que achei nas coisas de Percy, e só então eu fui para a cozinha, esta que exalava um cheiro maravilhoso.

- Um que cheiro bom. – disse e Percy virou-se para mim, já que ele estava arrumando a mesa do café. O moreno abriu a boca e gaguejou antes de falar alguma coisa.

- Co-como você consegue? – ergui a sobrancelha em dúvida e ele completou – Ficar linda de manhã.

- Você também não está nada mau, Cabeça de Algas. – ele estava com uma bermuda jeans e uma camisa verde gola V, nos pés ele calçava um sapatênis branco, e pelo cheiro bom ele tinha tomado banho, o que eu acho que foi na suíte da dona Sally. – E o que temos para tomar de café?

- Um frapuccino de chocolate e creme pra mim, um frapuccino de morango e chocolate para você e alguns croissant do Starbucks da segunda quadra. – ele disse e eu ri.

- Pra mim, está maravilhoso. – ele sorriu e puxou a cadeira para que eu me sentasse.

Tomamos café conversando sobre banalidades, e quando terminamos Percy pegou a chave do carro e eu as minhas cosa e nos dirigimos para o térreo, mas é claro que o destino gosta de brincar comigo, e a Calypso, acompanhada da Sra. Pearl tinham de descer com a gente.

- Olá. – Calypso disse em uma fingida felicidade quando nos viu dentro do elevador, logo depois a Sra. Pearl entrou e me analisou parando na minha blusa, e logo depois no vestido que estava em uma sacola.

- Esses jovens de hoje... – a mulher disse e negou com a cabeça.

- Aposto que ela fazia pior. – Percy murmurou no pé do meu ouvido e eu ri.

- Realmente, Sra. Pearl tem algumas garotas que não se dão valor nos dias de hoje. – Calypso disse colocando lenha na fogueira.

- Tipo você. – sussurrei para que ela ouvisse, já que estava na minha frente.

Percy ouviu minha provocação e me abraçou de lado e depois sussurrou.

- Calma, está bem? Não é ela que está desenhada no meu quarto. – ele disse e eu sorri.

- As meninas deviam ser como você Calypso, educadas e recatadas. – a senhora de idade disse e eu ri, fazendo com que ela me olhasse feio. – E não como esta... – e finalmente, as portas se abriram.

- Tchau para vocês. – eu disse puxando o Percy pela mão e passando no meio das duas.

- É engraçado ver você com ciúmes. – ele disse rindo e eu lhe mostrei o dedo do meio, esquecendo-me de toda a educação que as governantas de plantão me deram. – E você fica linda quando está brava.

Mandei-lhe um sorriso cínico e sai de seu prédio.

Chegamos ao carro de sua mãe e ele abriu a porta para mim, mas eu disse:

- Se você pensa que sendo cavalheiro eu vou pegar mais leve, você está muito enganado.

- Nunca que eu pensaria uma coisa dessas. – ele disse e riu.

Ele entrou ligou o rádio e começou a dirigir em direção a Ilha de Manhattan.

- Então aonde sua tia mora? – ele me perguntou e eu fui guiando.

Chegamos em tempo recorde na mansão rosa em que a minha tia morava, e ele olhou com os olhos arregalados para o local.

- É aqui? – ele perguntou olhando como se aquilo fosse alguma coisa de outro mundo.

- É. – eu disse saindo do carro, e ele me acompanhou até o portão dourado.

- Vai querer entrar? – perguntei e ele negou com a cabeça.

- Sua mão pode chegar ai a qualquer momento. – ele disse e eu assenti dando-lhe um selinho.

- Então, nós nos encontramos na Times Square, tudo bem? – perguntei e ele assentiu me dando outro beijo, só que mais profundo.

- Até lá.

- Até. – respondi.

Ele me deu as costas e voltou para o carro, mas antes de entrar ele gritou:

- Me esqueci de uma coisa. – ele disse e eu franzi o cenho.

- O quê?

- Eu te amo. – ele gritou e eu ri.

- Eu também de amo. – gritei de volta e ele abriu um enorme sorriso.

Percy mandou um beijo e eu outro, e então ele entrou no carro e eu esperei o carro virar para apertar o interfone da casa da minha tia.

- Pois não? – perguntou o porteiro John.

- Oi, John, é a Annabeth poderia abrir pra mim? – perguntei e ele riu como se aquilo fosse uma piada.

- Sempre, Srta. Chase. – sorri e esperei ele abrir uma brechinha do portão.

John era um senhor de idade que já trabalha com a minha tia do tempo em que ela ainda morava com o meu avó.

Atravessei o caminho de pedras que levava a aberração rosa que minha tia chamava de casa.

Antes que eu tocasse a campainha a porta já estava escancarada e um par de mãos pequenas já me puxava para dentro da casa.

- E então, como foi? – e essa só podia ser uma Silena eufórica.

- Nossa Silena. Bom dia. Eu estou bem, obrigada e você? Espero que bem. – disse com a frase transbordando sarcasmo.

- Ai, Annie. Você deve estar mais do que bem. – ela disse e eu corei. – Agora vai, me conta T-U-D-O. – e antes que eu abrisse a boca. Minha tia apareceu no pé da escada.

- Está atrasada, Annie querida. – disse ela olhando seu relógio, mas logo se esqueceu e correu até a minha pessoa, mais eufórica do que a filha.

- Ai. Meus. Deuses. Essa camisa é dele, não é? – ela perguntou olhando minha blusa.

E antes que eu pudesse abrir a minha boca e responder alguma coisa com decência, fui interrompida por uma buzina.

- É a sua mãe. – Tia Afrodite disse depois de espiar através da cortina rosa bebê.

E, definitivamente, eu sai do paraíso em um vôo sem escalas para o inferno


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Notas finais do capítulo

E, então? Gostaram?
Vou tentar não demorar mais.
Deixem reviews, e recomendem se realmente gostam da fic, ou se quiserem me deixar motivada.

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PERCABETH's

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