As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 4
Terceiro.


Notas iniciais do capítulo

Hey...
Eu voltei.
Era para eu ter postado na sexta, mas o capitulo ainda não estava pronto, devido a minha semana de provas e trabalhos. Milhões de desculpas.
Esse capitulo é dedicado para a Leeh Spears pela linda recomendação. Adorei flor.
Espero que gostem.



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Meu sangue gelou e o desespero tomou conta de mim, quando a voz áspera e rouca atingiu os meus ouvidos. Mas no mesmo segundo que a voz me atingia, o perfume do homem que ainda tapava a minha boca também me atingiu.

Maresia.

Sim, a pessoa que estava “me seqüestrando” tinha cheiro de maresia. Por isso, não precisou nem meio minuto a mais, para que eu soubesse que quem estava atrás de mim era meu namorado, Percy Jackson.

- Percy! – exclamei me desvencilhando de seus braços, para ficar frente a frente com ele.

Ele não disse nada, até porque eu não deixei, pois grudei meus lábios aos dele no segundo seguinte.

Aquele beijo era repleto de saudades, carinho, amor e outros milhões de sentimentos que eu não pude explicar no momento, mas era como se finalmente eu estivesse completa, e de certa forma era isso, pois Percy era a minha outra metade.

- Sabidinha, que saudades! – Percy disse, enquanto encostava sua testa na minha depois de encerrar o beijo com alguns selinhos.

Eu sorri, mas logo fechei a cara, o que o deixou confuso.

- Cabeça de Algas você me assustou. – disse socando seu peitoral e ele se distanciou fingido sentir dor aonde minha mão acertou.

- Eu tinha esperado outra reação. – meu namorado disse fazendo drama.

- Qual reação você queria que eu tivesse? – perguntei sarcástica, e ele riu aproximando-se novamente de mim, e me rodeando com seus braços fortes.

- Eu pensei que você fosse me agarrar e me jogar na sua cama, ou falar que me amava e que adorou a surpresa. – corei com a primeira parte da sua frase, mas abri um sorriso tímido ao ouvir o final.

Sorri e colei ainda mais nossos corpos, e quando estava perto o suficiente me debrucei para a direita, ficando próxima ao seu ouvido, e com a voz manhosa disse:

- Assim? – e antes que ele pudesse falar alguma coisa, eu o joguei na minha cama de casal, e pulei em cima dele tomando seus lábios com os meus.

O beijo foi mais quente que o anterior, e eu tinha, certeza absoluta, de que teríamos sérios problemas caso alguém resolvesse ir até o meu quarto.

Percy puxou meu lábio inferior com os dentes, e eu repreendi um gemido, as mãos de Percy saíram da minha cintura e desceram até as minhas coxas apertando-as. O que fez com que eu acordasse e me afastasse sutilmente da tentação que era o corpo de Percy.

- Eu adorei a surpresa. – disse colando nossas testa, enquanto tentava normalizar a minha respiração.

- Ainda está faltando uma parte. – Percy disse na mesma situação que eu.

- E qual seria? – perguntei fazendo-me de inocente.

- Você não sabe? – ele perguntou fingindo surpresa e eu assenti com a cabeça abrindo um enorme sorriso. – Agora é a parte que você diz que me ama.

Joguei minha cabeça para trás e ri, escandalosamente.

- Quem te iludiu com isso, Percy? – perguntei em tom de brincadeira e ele fez um biquinho lindo.

- Então, era tudo mentira? Você me iludiu e ainda joga isso na minha cara? – o moreno fez drama e eu ri mais uma vez.

- Ah. Então, eu disse que te amava? – perguntei brincando com a gola de sua camisa social.

- Disse e muitas vezes. – o moreno disse acariciando a minha bochecha direita com o seu polegar.

- Então, não vai fazer diferença eu dizer mais uma vez, certo? – perguntei entretida com os botões de sua camisa.

- Eu acredito que não. – Percy disse puxando meu queixo para cima, fazendo com que os meus olhos se encontrassem com os dele.

- Eu te amo! – sussurrei e vi seus olhos verdes brilharem em admiração.

- Eu te amo! – ele ecoou as minhas palavras e abriu um lindo sorriso, me fazendo suspirar diante tanta beleza. – Feliz aniversário. – ele disse e ajudou-me a sentar na cama, ficando lado a lado comigo.

- Quase que eu ia me esquecendo. – disse eu pulando da cama, e caminhando até a minha penteadeira dentro do closet.

Percy estava com a expressão confusa, mas quando eu voltei com um pequeno embrulho em mãos, o esclarecimento tomou conta de seu rosto.

- Não precisava, Sabidinha. – ele disse quando eu estendi o pacote na sua direção.

- Pega, eu faço questão. – disse sentando-me novamente ao seu lado, enquanto ele abria o pequeno embrulho.

Percy abriu o pacote em silencio e puxou a caixinha de uma jóia de dentro do embrulho. Ele me olhou espantado e eu ri.

- Já sei. Você vai me pedir em casamento? – o moreno disse brincando e eu ruborizei.

- Claro que não, Cabeça de Algas. Até porque será você que me fará esse pedido e não o contrário. – ele riu e assentiu com a cabeça, enquanto olhava curiosamente para a caixinha. – Abra. – eu incentivei, e ele me olhou buscando a aprovação para o ato. Assenti mais uma vez e ele deu de ombros abrindo a caixinha.

Quando abriu a caixinha Percy me olhou com os olhos esbugalhados de surpresa e eu ri de sua expressão.

Com a mão direita ele tirou o cordão de prata de dentro da caixinha e ficou passando-o de uma mão para outra, até elevar a mão esquerda na altura de seu rosto para analisar melhor o pingente em forma de uma placa, onde estavam gravadas as letras P e A entrelaçadas.

- Isso deve ter sido caro, eu não posso aceitar, Sabidinha. – ele disse brincando com o cordão de prata entre os dedos.

- Como não? – eu já esperava essa reação dele.

- Eu não acho certo, Annie. – o moreno disse colocando o cordão dentro da caixinha.

- Por que não é certo? É um presente meu para você. Eu que não acho certo você recusar. – disse colocando a minha mão em seu ombro, o meu moreno ficou pensativo até que assentiu e guardou o cordão no bolso de sua calça social.

Ele me olhou e eu sustentei o seu olhar em expectativa. Afinal, eu também merecia ganhar um presente, não é mesmo?

- Então... – eu disse e ele franziu o cenho.

“Lerdo” - murmurei e o moreno a minha frente fez uma careta.

- O quê foi, Annie? – ele perguntou alheio a qualquer coisa ao nosso redor.

- Então, Percy cadê o meu presente? – eu perguntei impaciente e ele arregalou os olhos. – Eu não acredito que você se esqueceu, Perseu! – disse indignada.

 - Sabidinha, eu juro por tudo que é mais sagrado, que eu comprei o seu presente, mas é que eu esqueci em casa. – o Cabeça de Algas mais lerdo do mundo disse, enquanto passava as mãos na cabeça bagunçando seus cabelos.

- Você não está tentando me enganar, não é mesmo, Perseu? – perguntei semicerrando os olhos.

- Sabidinha, eu sou esquecido, mas não tanto! – o moreno disse indignado, e eu ri, enquanto passava meus braços em torno de seu pescoço.

- Eu sei, seu bobo. Só estava brincando com você. – disse abraçando-o como se minha vida dependesse disso.

- Não pode fazer isso com um namorado, igual a mim. – Percy disse contra meus cabelos, e eu podia visualizar um lindo biquinho em seus lábios.

- E por que não? – perguntei confusa.

- Namorados que possuem namoradas bravas, correm o risco de ter um ataque cardíaco, quando vêem suas amadas nervosas. – Percy disse na maior calma possível, e ao invés de ficar brava eu senti uma enorme vontade de rir. – Ou são mortos por elas. Ou seja, é perigoso nos dois casos.

- Você é um idiota. – eu murmurei próximo ao seu ouvido e ele riu.

- Eu sei. – ele respondeu e eu sorri.

Ficamos abraçados por um longo tempo, tempo esse que eu não soube dizer se eram horas, minutos ou segundos, mas eu sabia que tinham sido os melhores desde a última vez que eu o vira.

- Agora eu preciso descer. – disse me afastando a contra gosto.

- Ahh, mas aqui está tão bom. – ele disse apertando ainda mais seus braços ao redor da minha cintura.

- Eu sei, amor. Mas eu preciso descer, senão meus pais virão a minha procura e vai ser pior. – disse saindo de seu abraço.

- Não tem como você sair daqui? – meu namorado perguntou cabisbaixo.

- Você sabe que não. Meus pais querem me apresentar a todos os empresários importantes de Nova York. – agora era a minha vez de dizer cabisbaixa.

- Eu queria passar mais tempo com você. – Percy disse pegando em minha mão direita, e acariciando-a com seus dedos.

- Enquanto, estava lá embaixo com uns novos amigos ingleses eu tive uma ideia. Acho que nos veremos antes do desejado e passaremos muito tempo juntos. – disse eu abrindo um sorrisinho.

- E qual seria a sua brilhante ideia? – ele perguntou em expectativa.

- Eu serviria de guia para eles, e você viria junto.

- Até que não é uma má ideia. – ele disse me puxando para um beijo.

Quando o beijo se encerrou, ele olhou em meus olhos, e aquela conexão fez com que um calor anormal se apossasse do meu corpo. Com a mão direita ele desenhou coisas aleatórias na minha bochecha, até que com a voz rouca ele sussurrou:

- Tenho uma surpresa para você. Venha comigo, por favor. – ele suplicou e não teve como dizer não.

- Farei o possível. – disse e ele abriu um enorme sorriso. – Mas não lhe garanto nada.

- Só de tentar já me deixa feliz. – ele disse e me deu um selinho.

- Agora você vai descer pela escada dos funcionários e irá me esperar lá embaixo a dois quarteirões daqui. Combinado? – perguntei e ele assentiu me roubando um ultimo beijo.

Percy acenou e fechou a porta do meu quarto, quando a mesma me impedia de vê-lo soltei um suspiro sonhador e me deliciei com a ideia te ter um namorado como Percy, que mesmo sabendo dos riscos veio até a minha casa para me ver.

Ri comigo mesma e andei até o espelho mais próximo, para ver se minha maquiagem ainda estava perfeita. E com alguns retoques aqui e ali, consegui adquirir a imagem do inicio da festa. O vestido ainda estava em perfeitas condições o que fez com que a minha pequena arrumação fosse rápida.

Agarrei o meu celular e desci as escadas. Avistei a mesa em que eu estava e vi que todos estavam envolvidos em uma conversa, que ao meu ver, parecia interessante já que ninguém desviava o olhar da mesa.

- Voltei! – disse tomando o meu antigo assento.

- Finalmente! – Luke disse erguendo os braços para o céu. – O que você e o Percy estavam fazendo lá em cima? – o maldito sabia que meu namorado estava em meu quarto. Idiota!

- Como você sabia que o Percy estava lá em cima? – perguntei semicerrando os olhos. Luke me olhou, debochado e riu.

- Você acha que quem ajudou aquele palerma a subir escondido? Pelo amor de Deus, Annabeth. – ele disse e eu me senti tonta, até porque aquela explicação era a mais obvia que podia existir. – Acho que eu mereço um aumentou.

- Por quê? – perguntei confusa.

- Quando aceitei o cargo de cupido, não me falaram que eu tinha que arriscar a minha vida. – Luke disse com um falso pesar e todos o olharam confuso.

- Cargo de cupido? Arriscar vida? O que você fumou Luke querido? – Silena perguntou e todos riram.

- Silena, minha querida patricinha. Graças a quem os dois pombinhos se conheceram? A mim, é claro. Quem manteve o contando entre os dois? Eu, mais uma vez. Quem disse para o Percy se declarar? Eu. Viu? Nessa família sou tudo eu, tudo eu. – Luke disse como se estivesse indignado.

- Está bem, Senhor eu sou o Rei do Drama, nessa família é tudo você mesmo. Mas qual é a da parte de arriscar a vida? – perguntei arqueando a sobrancelha.

- Querida... – ele ia começar a dizer, mas o interromperam.

- Pare de falar querida. – Thalia parecia brava com essa mania do meu primo.

- Claro, querida Thalia. – o loiro disse para provocar e a morena o fuzilou com seus olhos azuis elétricos. – Mas como eu estava falando... Caso o titio Fred e a titia Tena descobrirem sobre esse pequeno segredinho vocês acham que qual cabeça rolara primeiro? A minha é claro.

- E porque a sua? – Nico perguntou. – Pelo que eu saiba quem está nesse relacionamento é a Annabeth e esse tal de Percy. – o moreno de olhos negros completou.

- É mais eles só estão nesse relacionamento, porque eu os apresentei. Ou seja, a culpa é minha caro, Di Ângelo. – todos riram, exceto eu.

- Luke... – chamei a atenção do meu primo pra mim. – Lembre-me de dizer isto ao meu pai caso ele descubra sobre mim e Percy, talvez ele mantenha as nossas vidas.

O modo que eu falei foi tão sério que meu primo empalideceu, fazendo todos rir.

- Mas... Sobre o que vocês estavam falando? – perguntei mudando de assunto.

- Estávamos dando palpites sobre o que você e seu namorado estavam fazendo lá em cima. – Thalia respondeu dando de ombros, e eu engasguei com a minha saliva.

- E o que vocês acham que nos estávamos fazendo? – perguntei incrédula.

- Eu acho que vocês estavam fazendo sexo selvagem sem controle. – Thalia disse dando de ombros e eu arregalei os olhos.

- Como é que é? – praticamente gritei, atraindo a atenção de alguns convidados para a nossa mesa. – Você é louca?

- Calma, loirinha. Essa hipótese já foi descartada, pois você está praticamente do mesmo jeito em que subiu. Então... – a garota continuou deixando a frase morrer.

- Eu não acredito que ouvi isso. – eu murmurei.

- Eu é que não acredito. Se o Percy tocasse em algum lugar que não fosse a sua cintura, ou o seu rosto, o mundo ia lamentar a morte de mais um jovem pela imprudência no trânsito. – Luke disse de uma forma, que fez todos olhar para ele, assustados. – E isso é para você também Beckendorf.

- Você não é nem louco de encostar um dedo no Percy. – eu disse e ele riu.

- É um dedo no meu Charlie e eu te jogo do maior prédio do mundo. – Silena disse defendendo seu namorado.

- Vocês quem pensam. – o loiro disse divertido e eu o fuzilei com o olhar. – Mas, eu quero saber como você vai fazer para sair daqui.

E mais uma vez meu primo me assusta por saber demais.

- Como você sa... Quer saber? Deixa para lá. – disse abandando a mão em sinal de descaso. – Eu também quero saber como sair daqui. – respondi pensativa, e Silena pulou em seu lugar, igual a uma pipoca.

- Fala que está doente. – a morena sugeriu e eu pensei na ideia, logo apresentado as falhas de seu plano.

- Impossível. Se eu falar que estou doente minha mãe vai me mandar para o quarto, e isso é o que eu menos quero. – falei e ela revirou os olhos.

- Annabeth, pelo amor de Deus. Fala que você está com muita dor de cabeça, e que se ficar aqui vai piorar. Então, você pede pra ir para a minha casa, e ao invés de ir pra lá você sai com o Percy. – minha prima explicou, batendo a própria mão na testa.

- É, eu acho que dá para o gasto. – disse fazendo pouco caso. E Silena me fuzilou com seus olhos cor de chocolate.

- Até que não é uma má ideia. Parabéns, patricinha. – Luke disse e todos riram.

- Minha namorada tem ótimas idéias. – Beckendorf disse abraçando Silena, e roubando-lhe um selinho, fazendo todos revirarem os olhos.

Eu ainda procurava alguma falha no plano de Silena, e quando finalmente encontrei a morena quase me deu um soco, só por ter aberto a minha boca.

- Minha mãe vai até achar legal, acobertar um plano desses. – a morena disse, quando eu falei que Afrodite desmentiria a parte em que eu estava em sua casa. – Se você não se lembra, a minha mãe adora casos de amor proibidos.

Realmente, minha tia Afrodite era a versão humana da deusa grega. A mulher adorava qualquer tipo de romance, seja ele meloso e super clichê ou aquele que foge completamente dos padrões e para minha sorte ou azar, os romances proibidos eram os seus favoritos.

- Mas, como vocês vão falar com essa sua tia? – Bianca perguntou, já que a Afrodite estava na mesma roda de conversa que a minha mãe.

- Mandando uma mensagem. – Thalia disse e Luke logo sacou o celular digitando rapidamente algumas palavras.

Da onde estávamos era possível ver com clareza a roda de conversa aonde as duas irmãs se encontravam. E Afrodite não foi nada discreta ao ler a mensagem, já que deu um pulinho e olhou diretamente para a minha pessoa com um sorrisinho brincando em seus lábios finos, ato esse que me fez desviar o olhar.

A mulher de vestido da Prada pediu licença a outras mulheres da alta sociedade, e andou, elegantemente, até a nossa mesa. Quando chegou olhou para mim e com uma falsa preocupação disse:

- Annabeth, você está se sentindo bem? – Luke me deu um chute na canela, pois atrás da minha tia, estava minha mãe me olhando com uma verdadeira preocupação. – Você está pálida. – Afrodite disse continuando a sua encenação.

- Filha, você está bem? – Atena repetiu sua pergunta e eu fiz uma cara de doente, que em minha opinião, foi ótima, já que minha mãe ajoelhou-se ao meu lado colocando suas delicadas mãos em minha testa.

- Eu estou com um pouco de dor de cabeça e de estômago. – respondi e vi um lampejo de preocupação passar pelos olhos de minha mãe, o que fez um calor estranho tomar conta do meu peito.

- Vou pegar um remédio para você e logo depois irá subir para descansar tudo bem? – Atena estava mesmo preocupada, e aquilo me deixou feliz.

- Atena, eu acho melhor ela ir para a minha casa, essa festa não terminará tão cedo. E a música fará com que ela piore. – Afrodite disse, e Silena sorriu debochada, mostrando-me que seu plano tinha dado certo.

 Minha mãe pareceu ponderar os prós e os contras da ideia da minha tia, mas no final concordou com um aceno de cabeça.

- Mas antes de ir tome um remédio. Tudo bem? – perguntou e eu assenti com carinha de doente. – Irei avisar seu pai, quando chegar lá me ligue. Melhoras.

Ela me abraçou e saiu andando entre os convidados.

Luke arreganhou um enorme sorriso e todos riram da inocência da minha mãe, até mesmo eu.

- Depois eu quero saber de tudo. – Afrodite disse estendendo uma mão na minha direção. E eu claro, corei diante a fala da minha tia.

- Tchau, gente. – eu disse acenando para todos e mandando alguns beijos pelo ar.

- Tchau, Annie e bom encontro. – Bianca disse diminuindo o tom na última parte, fazendo com que eu sorrisse.

- Foi um prazer conhecê-la, Annabeth. – Nico disse educadamente e eu lhe direcionei um sorriso.

- O prazer foi meu.

- Tchau, Annie. Pegue o seu namorado de jeito. Está bem? – Thalia disse se levantando e me abraçando.

- E você cuida do meu primo. – disse em seu ouvido e a morena perdeu a fala. Eu ri e vi ela se afastar corada.

- Tchau. Beijos. – disse e segui a minha tia, até a porta da sala da minha casa.

Entramos em silêncio no elevador e quando vi o espelho comecei a me arrumar, o que fez minha tia rir.

- Você está linda, Annie querida. – Afrodite disse tentando me acalmar. – Mas agora me conta o básico sobre o seu namorado. – ela pediu igual a uma adolescente.

- Moreno, alto, olhos verdes, skatista e grafiteiro. Mora no Brooklyn, com a mãe. Tem dezoito anos. – respondi mecanicamente, sem querer me aprofundar no assunto, porque se eu fizesse isso minha tia não me deixaria sair daquele elevador nunca.

- Então, você vive um romance proibido e ainda por cima é A Princesa e o Plebeu? – a mulher perguntou animada e eu assenti. – Ai, que romântico! Conte-me mais.

- Ah, tia eu não sei o que contar. – disse encabulada.

- Ele é bonito? – ela perguntou e eu assenti corada.

- Vocês é.... Vocês já...? – minha tia não conseguiu terminar a frase, mas isso nem foi preciso já que na metade dela meu rosto já estava pegando fogo de vergonha.

Por sorte, a porta do elevador se abriu me safando de responder aquela pergunta.

- Onde ele está? – a mulher perguntou afobada tentando encontrar meu namorado.

- Ele está me esperando a dois quarteirões daqui. – respondi e me apressei em passar pela portaria.

- Luke me disse que estão fazendo aniversário de namoro. Quanto tempo? – Afrodite perguntou ao continuar a me bombardear de perguntas.

- Um ano. Hoje. – respondi e sorri ao me lembrar disso.

- Ai que fofo! – minha tia exclamou mais uma vez. – O que vocês vão fazer para comemorar?

- Ele disse que tinha uma surpresa para mim. – respondi animada, e vi minha tia suspirar.

- Ai que romântico! - revirei os olhos e continuei andando.

Antes que eu pudesse atravessar a segunda rua, avistei o meu namorado escorado na porta do carro de sua mãe. Um Camaro 78. E ele estava, divinamente, lindo com aquela roupa social e os cabelos desgrenhados.

- Chegamos.  – disse barrando Afrodite com meu braço esquerdo.

- Cadê ele? – a minha tia disse afobada e eu revirei os olhos pela enésima vez.

- É aquele ali. – apontei e minha tia soltou um gritinho fino. E por sorte, Percy não estava prestando atenção na gente, já que estava entretido com o celular.

- Que Deus grego, Annabeth. Poderia dividir com a titia aqui? – Afrodite disse querendo andar até o meu namorado.

- Na-na-ni-na-não, tia querida. Ele é meu. – disse possessivamente e a mulher a minha frente riu.

- Calma. Eu só estava brincando, Annabeth. – a mulher disse erguendo os braços em sinal de rendição e eu ri. – Até porque eu já tenho o meu. – ela disse e olhou o celular, aonde um nome, Ares para ser mais exata, piscava. – Vai lá que eu também tenho que ir.

Minha tia me empurrou e eu atravessei a rua. Quando estava perto o suficiente murmurei em seu ouvido:

- Você vem sempre aqui? – ele riu, mas respondeu.

- Minha namorada mora aqui perto. – e deu de ombros.

- Hum. Você tem namorada? – continuei na brincadeira e perguntei como quem não queria nada.

- Tenho sim, senhorita. – ele disse me olhando nos olhos.

- Que pena! – murmurei me aproximando de seus lábios. – Já pensou em traí-la?

- Até agora? – ele perguntou e eu assenti. – Nunca. Mas nesse exato momento, estou com uma enorme vontade de trair.

Antes que eu pudesse responder ele passou seus braços pela minha cintura e me deu um beijo de tirar o fôlego.

- Sua namorada tem sorte. Você não acha? – e mais uma vez, antes dele falar alguém o interrompeu.

- Cuida bem da minha sobrinha. – essa era a minha tia gritando do outro lado da rua.

Percy olhou para mim, e eu corei escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço.

- Como se fosse minha vida! – Percy gritou em resposta me deixando mais envergonhada. – Afinal, é isso que ela é. – ele murmurou no meu ouvido, fazendo um frio bom subir pela minha coluna.

- Ai que fofo. – Afrodite gritou e ele riu. – Tchau.

- Minha tia não tem noção. – murmurei contra seu pescoço e fiquei feliz ao ver ele se arrepiar.

- Deu para perceber. – ele disse abrindo a porta do carro pra mim.

Eu ri e Percy fechou a porta do carro, fiquei em silêncio por alguns segundos, enquanto o vi correr para contornar o carro.

- Para aonde vamos? – perguntei assim que ele fechou a porta do motorista.

- Para o meu apartamento. Algum problema? – ele perguntou preocupado e eu neguei com a cabeça. – Eu já falei que você está linda?

- Não me lembro. – disse fazendo um biquinho, onde ele depositou um selinho.

- Pois bem, você está linda. – eu ri e ele me acompanhou.

- Você também não está nada mal. – ele fez uma careta e eu voltei a rir.

- Achei que eu receberia um “você está maravilhoso, Percy.” Até porque, eu passei um século para arrumar essa gravata. – ele disse e eu ri, me debruçando sobre o seu corpo para lhe dar um selinho.

- Você está maravilhoso, Percy. – eu disse e ele sorriu.

- Podemos ir? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça, enquanto me ajeitava em meu banco.

Ele ligou o rádio e deu partida no carro, me levando até o seu apartamento.


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Notas finais do capítulo

E então...
O qu vocês acharam do capitulo?
Vocês acham que está ficando legal, ou não? Sejem sinceros, por favor.
Qual será a surpresa do Percy?
No próximo capitulo, terá um flashback sobre como o Percy pediu a annie em namoro, mas só terá se vocês quiserem. Então, deixem o desejo de vocês. Combinado?
Se você lê It Is the Life... o próximo capitulo será postado em breve.
Beijos e até mais.



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