7:10, uma hora.

“Droga, estou atrasado de novo!”, um pensamento.

Às 7:10h acordava um Uchiha, atrasado novamente para o colegial. O quarto abarrotado de posteres de bandas de Heavy Metal e roupas jogadas agora respirava ansiedade: um novo dia surgira. Um levantar preguiçoso seguido de um coçar nos cabelos pretos e desorientados.

- ITENS DO COMEÇO DE DIA-

DE SASUKE UCHIHA

Procurar tênis.

Vestir o uniforme mal passado.

Achar os livros em algum canto do quarto.

Verificar trabalho na mochila.

Olhar pela última vez,

o porta retrato que estava na mesa.

Não, não era apenas um porta retrato, era uma lembrança. Muito mais que isso: era daquelas raras, que por mais que reze e vire a noite acordado você sabe que não vai voltar, em especial quando envolvia a Hyuuga, e Sasuke sabia disso. Mas a ilusão conseguia ser mais forte que seu próprio raciocínio, ele houvera se prendido àquela imagem havia anos, sem sequer um suspiro de resistência.

Nossa história começa numa manhã típica de um jovem punk no auge de seus 16 anos. Agora ele percorria-lhe a mesa, retirando da mesma apenas uma maçã e murmurando um “Vou indo” aos que terminavam seu café-da-manhã.

Na área nobre da cidade, também se despedia outra família. A distância entre ambas a regiões seria nada se comparada o qual estavam longe em riqueza e boa recordações.

Hinata buscava por seu casaco de marca em algum ponto imaginário do sofá, até ser despertada por uma voz familiar, despertada de seus devaneios.

-Talvez devesse se adiantar, suas notas não dão o luxo de chegar atrasada – o rosto da jovem levemente se enrubesceu, mas nada comparado ao ver um caderno prateado em uma das mão do Sr. Hyuuga. - Acho que isto é seu.

Ele jogou o caderno em sua direção, que rodopiou pelo ar até ser agarrado pelos braços pálidos da garota. Um silêncio desconfortável se instalou no cômodo, rompido pelor bater de dentes da Hyuuga.

-E-eu tenho que ir.

-Antes que eu me esqueça – interrompeu o pai -, Neji vai te acompanhar até a escola e quando voltar discutiremos aquilo.

Tinha sido vencida, apenas assentiu e foi encontrar o primo em frente aos portões da mansão.

No trajeto de todo dia, além das várias Cerejeiras encontradas do caminho, também havia uma pequena praça de bairro exibia um pouco mais que brinquedos semi-enferrujados e gramas verdes, algo fora de alcance dos curiosos.

-Neji- murmurou Hinata -, o que você lembra quando vem nesse parque?

-Às vezes nem tudo que sabemos deve ser lembrado – respondeu fitando as nuvens.

-E-eu sei, mas o céu...

-Esqueça isso, temos que andar rápido.

Em passar milésimos aceleram os passos, seguidos por homens robustos e expressão carrancuda, faltavam dois quarteirões. Talvez fossem menos, mas de qualquer maneira se arriscaram a entrar e vielas e becos na tentativa de confundir pessoas que não conheciam, mas essa não era a pior parte.

Com apenas um ou dois desconhecidos Neji era capaz de lidar, porém, não era o que chamamos de seu dia de sorte. O grupo estava mais perto, enquanto se distanciavam do curso para a escola, a distância perfeita seria de 6 quarteirões.

-Vá- murmurou o rapaz-, não é a mim que eles querem. Acha que consegue ir sozinha?

-S-sim, mas...- Hinata foi jogada contra a porta de uma loja de artigos para skate e outros itens do gênero, mas surpresa seria maior assim que conseguisse abrir os olhos.