Eu estava andando pelas ruas de Nova York, a leve brisa balançando meus cabelos negros.

Grover não parava de balir, dizendo:

– Posso sentir o cheiro, monstros!

– Grover, você está dizendo isso o caminho inteiro!-Retrucou Leo.

Mas não vi nada.

Há duas semanas atrás, Quíron nos mandou ir atrás de uma semideusa perdida. Seu nome? Samantha Eaton.

– Mas, Quíron! Como vou saber quem é a garota? - perguntei.

– Ora, Nico. O Grover vai com você, e você vai sentir quando a vir. Ela tem uma aura poderosa, não tão poderosa quanto uma filha de um dos três grandes,mas você vai saber a hora, meu jovem. - falou ele sereno, como sempre.

Eu já estava ficando cansado e com fome. Não encontramos ninguém...

– Não encontramos ninguém, que tal comermos? - sugeri - Eu vi um Mcdonald's ali na...

– Espere! - Grover gritou - Eu sinto!

– Grover, você sente tudo, toda santa hora, e nada acontece! - Leo retrucou.

– É sério! Olhem! - falou Grover, apontando para o fim da rua, a única coisa que eu conseguia ver eram sombras. Espere... Era a sombra de uma garota. Corremos para ver de perto.

Ela lutava como nunca vi uma garota lutar antes, desferindo golpes com uma estaca de madeira impressionantes.

Lutava contra uma fúria.

Eu pensei em ir ajudar, mas antes de chegar, ela acertou a Benevolente, fazendo com que esta se desfizesse em pó.

– Ei, garota! - falei chegando mais perto. Era óbvio que ela era uma semideusa, e eu tinha certeza de que era a semideusa da qual estávamos procurando.

– Qual é seu nome? - Perguntou Leo, enquanto ela cambaleava até a gente.

– Samantha...- Ela disse com a voz fraca e pausada - Eaton... - e então caiu desmaiada em meus braços.

***

Ela era linda. Tinha olhos tempestuosos, cabelos castanhos, uma boca rosada totalmente beijável (esqueçam isso) e pele branca, tão branca como porcelana, e atualmente pálida e suada.

Samantha acordou elevantou-se colocando as mãos na cabeça.

– Quem são vocês? - perguntou ela enquanto encolhia-se. Sua voz era doce e delicada - Onde estamos?

– Princesa,- disse Leo, sorrindo maliciosamente - Eu sou Leo Valdez, mas pode me chamar de Leo Sedução Extrema - depois disso a encarou de cima a baixo.

– E por que eu faria isso? - perguntou ela, sorrindo ironicamente- Só me digam quem são vocês e para onde estão me levando, tipo assim, AGORA- ela gritou, autoritária. Depois disso, gemeu um pouco colocando a mão na barriga.

– Calma, estressadinha- zombei colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha -Eu sou Nico Di Angelo - sorri amareladamente -E este aqui, - apontei para o sátiro -é Grover.

Ela assentiu impaciente.

– ...E estamos te levando para o Acampamento Meio-Sangue - completei.

– Acampamento o quê?! - exclamou - Isso é tipo um sequestro? Vocês tem algo com aqueles... aqueles...

– Monstros? - sugeriu Leo e a garota engoliu em seco, como se não gostasse nem de falar no assunto.

– A menina não quer falar disso, Valdez. Cale a boca - Grover o repreendeu.

Leo levantou os braços na defensiva, mas logo exibiu seu clássico sorriso amarelo sem graça.

– Acampamento Meio-Sangue, - continuei como se nada tivesse acontecido - éo lugar pra pessoas como eu e você.

– Como assim, “pessoas como eu e você”?

– Semideuses - Grover disse -Sabe... hum... Aquelas histórias sobre mitologia? - ela fez que sim - Então, é tudo verdade. Deuses olimpianos, monstros terríveis... Tudo.

–É um lugar seguro para nós - acrescentei.

– Isso não é tão difícil de acreditar... Levando em conta tudo o que já me aconteceu murmurou melancólica - Vocês sabem de quem eu sou filha? – seus olhos brilhavam. Ela parecia esperançosa.

– Não sabemos - Eu, Grover, e Leo respondemos em coro.

Leo ponderou por alguns segundos.

– Você vivia com sua mãe ou seu pai? - perguntou Leo.

– Com o meu pai. Mas... ele foi embora quando eu tinha 6 anos... - ela explicou, olhando para chão

– Talvez seja Afrodite - murmurei pra Leo

– Ou Apolo – ele concordou e soquei sua mão, em um comprimento singelo, porém nosso.

Sam revirou os olhos e voltou sua atenção para a janela.

– Então esse Acampamento é realmente seguro? - Ela perguntou.

Eu assenti. Samantha parecia confusa e indecisa, mas por fim, como provavelmente não tinha nada a perder, ela envergou os cantos dos lábios satisfeita.

– Ótimo. Quando nós chegamos?