Finnie - E Depois Do Fim? escrita por virtuallove


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Meu twitter é @TridentDoFinn e meu tumblr é virtuallove.tumblr.com. Boa leitura!



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A pior coisa do mundo é você perder alguém. Principalmente quando perde a pessoa mais importante da sua vida, não acha?

Finnick. Sonhei com ele novamente hoje. Já faz alguns anos que tenho esse mesmo sonho, desde que fiquei sabendo de sua trágica morte. O mesmo sonho de sempre: estamos no Distrito 4, pescando e dando gargalhadas sobre qualquer coisa, depois sentamos na areia macia e esbranquiçada, enquanto nossos pés estão enterrados na mesma. Acendemos uma fogueira ao nosso lado, e durante uma conversa qualquer sinto seus lábios quentes e suaves aos meus; e então eu acordo.

Depois de colocar uma roupa qualquer, desço para o café da manhã, e então avisto meu filho sentado na bancada da cozinha, comendo alguma espécie de cereal. Ele também se chama Finnick, Finnick Jr. (mas o chamo de Finn), pois ele é idêntico ao meu marido, tem até os mesmos olhos da cor do mar. E também porque eu desejava, e desejo, uma lembrança do amor da minha vida ao meu lado, já que meu Finn me ama tanto quanto Finnick.

– Bom dia filho – digo enquanto ele remexe seu café da manhã na tigela, como se estivesse misturando algo.

– Oh, bom dia mãe. Dormiu bem?

– Sim, e você? – Respondo enquanto sento-me ao seu lado.

– Também – diz ele soltando um leve sorriso. – Teve o mesmo sonho? – Ouço-o questionar sobre meu sonho que me corroía de saudade, enquanto eu pegava alguma coisa para comer.

– Sim, a mesma coisa.

– Eu tive um sonho esquisito. Animais horrendos e repugnantes estavam atacando meu pai, eu corria para ajudar, mas nunca conseguia alcança-lo. Exausto, eu parava de correr e observava meu pai morrendo. E então eu acordei.

As bestantes. Eu não estava lá quando algumas bestantes, não me contaram quantas, decapitaram Finnick, mas escutei com certa dificuldade Katniss e Peeta me contarem a história. Lembro de que estava sentada em minha cama, e depois de ouvir tudo enterrei meu rosto no travesseiro e gritei. Gritei intensamente até sentir que estava ficando sem voz. O casal insistiu para que eu me acalmasse, mas eu não conseguia. E nem queria. Meu único desejo era afundar na terra e desaparecer. E quando voltar, Finnick estar me esperando, e logo depois de me ver, me dar um abraço apertado, daqueles que passam segurança, e dizer que me ama. Mas eu sabia que isso não ia acontecer, afundando-me ou não na terra ou em outro lugar. E eu já estava grávida, o que iria piorar as coisas, caso eu resolvesse desaparecer pela floresta afora, pois não sei caçar outra coisa além de peixe, e seria praticamente impossível criar Finn na floresta sozinha. Então eu voltei a gritar uma junção da palavra “não” com o nome “Finnick”, ou algo parecido. Depois de horas chorando, adormeci.

Eu não saía do quarto para nada, depois de que fiquei sabendo da morte do meu marido, da minha vida. Comer era raro, e falar com alguém impossível. Naquele quarto, era apenas eu e meus pensamentos embaralhados, minhas vagas lembranças de mim e Finnick quando pequenos, e lembranças recentes nossas, como quando estávamos no Distrito 13 ainda, além de outras. Minha era vontade de sumir ou até mesmo morrer. Demorei a superar, ou fingir que superei, e então o mais rápido possível voltei para o Distrito 4.


Depois de ter levado meu filho à escola, voltei para casa e deitei. Permaneci assim até ter de busca-lo.


Os dias iam se passando e nada de interessante ia acontecendo. Até quem em um dia qualquer resolvo passear pelo Distrito 4. Casas belas, flores por todo lado e pessoas, algumas com expressão séria e caminhar ereto. Outras com sorriso alegre e jeito despojado.

Observo o comércio e as residências ao meu redor, e quando me dou conta estou em um museu. Passo pelas fotografias da Capital, dos Jogos Vorazes e de como o governo de Panem era diferente. Eu me lembro de tudo, é claro. Apesar de ter vivido na época de que Snow ainda era o presidente, e vivo, não deixo de ler algumas coisas interessantes e aleatórias, como quando as pessoas faziam de tudo para serem mais “bonitas” na Capital, o que na verdade ficavam bizarras, de acordo com algumas pequenas fotos que estavam ao lado do texto. Não termino de ler tudo, pois minha visão está ficando embaçada de tantas informações. Isso não me servirá de nada mesmo. Viro e me deparo com um rapaz que, de certa forma, me lembra de Finnick, apesar de não serem muito parecidos fisicamente. Rosto magro e corpo um pouco forte e robusto; lábios não tão grossos nem tão finos; olhos verdes penetrantes; nariz perfeito, como se fosse modelado; e cabelos castanho, bagunçado e não muito curto, com uma roupa sofisticada, mas não exatamente chique. Oh, que homem lindo.

Sinto uma voz em minha mente afirmando para eu falar com ele. A voz está praticamente berrando, o que está me deixando até com dor de cabeça. É como se eu necessitasse disso. Será que devo ir até lá e conhecer ele?


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Notas finais do capítulo

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