Unidos Pelo Destino 3 escrita por Camila Dornelles
Ron e Luna caminharam pela rua principal de Hogsmeade em silencio por um tempo e pararam em uma bonita praça. Os dois se sentaram em um banco de mármore e Luna pegou uma pequena flor amarela no chão. Ron a encarou.
Sentia seu coração bater rápido, querendo sair pela boca. Luna encarava a pequena flor parecendo muito entretida. Porem não estava. Seu cérebro estava em pane, não sabia como estava resistindo a olhar para Ron.
Ron não sabia o que fazer. Devia beija-la? Devia ir embora e esquecer o que houve na guerra? Será que ela realmente gostava dele? Será que aquele beijo havia significado tanto para ela quando foi para ele?
Não sabia. Deveria arriscar? Deveria desistir?
- Luna... – chamou ele.
- Sim? – ela se virou deixando a flor de lado e o encarando suavemente.
- Eu não posso mais.
Ela arregalou os olhos.
- O que?
Ele se aproximou e acariciou o rosto dela com a ponta dos dedos.
- Não consigo mais ficar longe de você... – sussurrou tocando seus narizes.
- Porque não Ron?
- Porque... – ele corou deixando as orelhas da cor dos cabelos. – Porque eu te amo Luna.
Ela arregalou os olhos e abriu a boca para responder, mas Ron selou seus lábios com um beijo terno e carinhoso. Quando o ar faltou eles se separaram.
- Fique comigo... – sussurrou Ron.
- Até quando não me quiser mais – Luna sorriu e acariciou os cabelos ruivos.
- Sempre vou querer.
Luna sorriu sonhadora e selou seus lábios com os de Ron outra vez.
•••
Na noite seguinte ao passeio de Hogsmeade. Hermione estava voltando da biblioteca sozinha. Ela passara quase o dia todo fazendo um trabalho de Historia da Magia. Estava na hora do jantar, todos os alunos estavam no Salão Principal.
Ela passou por um corredor deserto e a mesma voz que lhe dissera para não comer os bombons mandados por Mclaggen sussurrou urgente em sua cabeça.
- Cuidado! Você corre perigo! Vá para o outro lado! Chame alguém!
A morena não deu bola, achou que estava tendo alucinações pois estava com fome. Continuou andando e então, alguém a chamou na direção oposta. Virou-se para ver quem era e só viu um clarão azul, uma dor aguda em sua perna direita e tudo ficou escuro.
Hermione se viu no mesmo vilarejo bruxo dos outros sonhos. A garotinha chamada Rowy estava dentro de sua casa brincando com um gatinho. A garota aparentava estar com seis anos, e cantava uma musica distraída:
“ Quando estiver naquele lugar
Deem as mãos para caminhar,
Dentro da terra vão parar,
E nenhuma vez sua mão vai se soltar
Mas se seu amor for forte e durar,
Juro, meu bem, que tudo vai passar,
Todo o caminho que deveríamos seguir,
Só vai aumentar o que sinto por ti
Quando aos portões a gente chegar
Tentarei não ter medo do monstro que esta a aguardar
Porque jamais ninguém vai me tirar
O gosto e a alegria de te amar.
Mas se seu amor for forte e durar,
Juro, meu bem, que tudo vai passar,
Todo o caminho que deveríamos seguir,
Só vai aumentar o que sinto por ti
Quando por fim os encontrar
Não se assuste pois não ha o porque de assustar,
Tomem cuidado pois a hora esta por chegar
Uma grande briga poderá começar.
Mas se seu amor for forte e durar,
Juro, meu bem, que tudo vai passar,
Todo o caminho que deveríamos seguir,
Só vai aumentar o que sinto por ti
E serão outras pessoas por um momento, quer apostar?
Mas para voltarem ao seu normal, como é de se esperar.
Basta o verdadeiro amor, por fim encontrar,
Toda a historia então, terá de se salvar.
Os sonhos eu juro, vão por fim sessar,
E paz por fim, terá de reinar”
Os pais assistiam a menina cantar da porta da cozinha um pouco abismados.
- De onde surgiu esta canção querida? – perguntou a mãe.
A garota deu os ombros.
- Eu que fiz.
Tudo ficou escuro e Hermione respirou fundo inalando o cheiro de remédio que reinava no lugar em que ela estava.
- Como ela esta? – perguntou uma voz que Hermione reconheceu sendo de Draco.
- É difícil dizer. – respondeu Madame Ponfrey.
Hermione sentia uma dor enorme em sua perna direita e sua cabeça também doía. Abriu os olhos e viu que estava na ala hospitalar. Draco estava sentado na cama ao lado. Com ele, Madison que lia um livro.
- Srta Granger? – chamou a enfermeira – Pode me ouvir?
- Claro – respondeu Hermione olhando em volta – O que aconteceu?
- Íamos te fazer a mesma pergunta. – disse Madison se levantando da cama e fechando o livro.
Draco também levantou e se aproximou dela pegando sua mão.
- Muita calma srta. Colt. Ela pode ter sido atingida por um feitiço da memoria e...
- Não, não – interrompeu Hermione – Eu me lembro perfeitamente do que aconteceu.
- Então conte. – disse Draco.
Hermione fechou os olhos e as lembranças vieram a sua mente.
- Eu estava na biblioteca. Então sai para ir jantar, no caminho alguém... Chamou meu nome. Eu... me virei para ver quem era e só lembro de um clarão azul. Senti uma dor enorme na perna e tudo escureceu.
- Sua perna foi quebrada – disse Madame Ponfrey.
- Você não viu quem fez isso? – indagou Draco.
Hermione trocou um olhar com Madison. As duas sabiam perfeitamente quem tinha sido.
- Não. – respondeu a castanha – Como me acharam?
- Blaise estava voltando do jantar e te encontrou. Ele mandou um patrono ao Salão Principal e te trouxe aqui. – disse Draco.
Algum tempo depois, Madame Ponfrey saiu e Gina, Ron, Harry e Luna entraram e se espalharam pela ala.
- Tive outro sonho com aquela menina – confessou Hermione.
- Que menina? – indagou Madison.
Gina contou rapidamente os estranhos sonhos que Harry, Draco e Hermione estavam tendo para Madison que pareceu assustada.
- Vocês falaram com McGonagall sobre isso?
- Sim. E ela esconde algo – disse Harry cruzando os braços – Ela e o quadro de Dumbledore. Tem algo que eles não querem nos dizer.
- E meus instintos dizem que não é coisa boa – disse Gina cruzando os braços para a janela, onde uma grande tempestade se formava com grandes e feia nuvens cinzas – Vem chumbo grosso por ai gente.
- Temos que estar preparados para tudo – disse Draco com o olhar distante.
Hermione fechou os olhos tentando acalmar as batidas de seu coração que estavam aceleradas. Sentiu um aperto no peito, uma especie de angustia que a estava corroendo por dentro. Como se algo terrível fosse acontecer. E ela não conseguia, de jeito nenhum, tirar a musica que a garota cantara de sua cabeça.
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