Quando eles chegaram, pegar uma carruagem só para os cinco e rumaram para Hogwarts. Hermione sentia seu coração bater acelerado no peito, querendo sair pela boca. Eles adentraram o castelo completamente animados. Estavam de volta a sua casa...

      Eles adentraram o salão principal e viram seus amigos, todos ali sentados. Luna se dirigiu para a mesa da Corvinal, enquanto Hermione, Gina, Ron e Harry se sentavam ao lado de Neville na mesa da Grifinória.

      Hermione procurou Madison com o olhar e a avistou sentada ao lado de uma garota bronzeada com longos cabelos castanhos, ao lado dela, Blase Zabinni. Madison encontrou o olhar da morena e entendeu que ela perguntava silenciosamente se Draco estava ali. Negou com a cabeça. Hermione soltou um muxoxo e se voltou para Neville que contava sobre suas férias.

      O professor Flitwick adentrou o salão com os alunos do primeiro ano. Ele depositou o famoso banquinho e abriu um pergaminho, chamando um aluno.

- Hermione? – chamou Gina.

- Sim?

- Draco apareceu?

- Não Gina. Nenhuma noticia. Nada mesmo...

- Será que ele vem? – questionou a ruiva quando Flitwick chamava “Gabriella Fernandez.”

- Ele não veio até agora. Duvido que apareça... – respondeu Hermione sem conter a tristeza na voz.

      Gina abraçou Hermione e elas ficaram em silencio vendo a seleção.

•••

      Quando o professor Flitwick chamou o ultimo garoto: Caio Zampik que foi para a Lufa-Lufa. A professora McGonagall se levantou sorrindo.

- Boa noite a todos! – anunciou ela e o salão caiu no mais profundo silencio - Depois de tempos de turbulência, de muita turbulência, devo acrescentar. Nos voltamos a ativa, tentaremos reerguer a escola, e é claro, com o objetivo de vocês terem uma educação, e no caso dos alunos do 7º ano, os preparar para um futuro não muito distante. Quero apresentar a vocês os novos professores. No meu lugar, na matéria de Transfiguração, quero apresentar a vocês, Luis Biondo.

      Um homem moreno e de traços fortes se levanto eu agradeceu as palmas que romperam do salão.

- Marina Velasques, como a nova professora de Defesa Contra as Artes das trevas.

      Uma mulher com os cabelos num tom de vinho, aparentando ter entre trinta e trinta e cinco anos se levantou e agradeceu tímida os aplausos dirigidos a ela.

- Continuando... – disse McGonagall – A nova diretora da casa Grifinória será a professora Trewlaney.

      Ron e Harry soltaram muxoxos.

- Professora! – chamou um garotinho do terceiro ano na mesa da Lufa-Lufa – O que houve com o professor Snape?

- Ele foi morto por Lord Voldemort – anunciou McGoangall.

- Já não era sem tempo! – anunciou um garoto da mesa da Corvinal.

      Luna se levantou em um salto vermelha e encarou seu companheiro de sala.

- Talvez se você realmente soubesse quem era Severo Snape, jamais falaria mal dele, idiota! – e tornou a se sentar carrancuda,

- Exatamente – disse McGonagall – Por favor... Os Escolhidos podem vir até aqui?

      Hermione, Gina, Ron, Harry e Luna se dirigiram a professora, se postaram ao lado dela.

- Todos já sabem, que esses cinco garotos e mais um que não pode estar presente foram escolhidos para salvar o mundo bruxo e o mundo trouxa. Creio que já saibam o que houve? – ela perguntou mais não esperou uma resposta – Então, não a motivos para os ficarem importunando com assuntos referentes à guerra. Já acabou... Bom, enta...

      Filch adentrou o salão principal naquele exato memento, ele correu até McGonagall e sussurrou algo em seu ouvido. A diretora assentiu e ele correu de volta.

- Parece que temos um convidado surpresa! – exclamou McGonagall e se virou para Hermione sussurrando – Suponho que a senhorita ira gostar.

      Neste momento os medalhões começaram a queimar mais fortes do que nunca, o que só significava uma coisa: Os seis medalhões estavam próximos.

      Hermione sem entender olhou para as portas do salão principal que acabavam de se abrir. Um rapaz loiro, de aparência arrogante e vestes da Sonserina adentrou o salão como um pavão, pomposo, porem suas feições eram duras e frias. Ao ver Hermione seus olhos adquiriram um brilho intenso diferente.

      Hermione sentiu seu coração acelerar num ritmo impossível de controlar. Ao chocar-se com aquela imensidão azul acinzentada que eram os olhos do garoto, ela sentiu-se explodir. O nome dele atravessou todos os muros que ela havia construído para não se lembrar dele. Draco. Draco. Draco.

      Ele atravessou o salão e chegou perto dos outros Escolhidos e de McGonagall. Cumprimentou a senhora e estendeu a mão para Harry, que a apertou com neutralidade e depois fez o mesmo com Ron.

- Potter, Weasley – cumprimentou.

- Malfoy – saldaram os dois juntos.

      Ele se dirigiu para Luna e abraçou, fazendo o mesmo com Gina. Quando chegou a morena, sentiu uma forte guinada no coração. Draco pegou a mão delicada da bela garota sua frente e levou-a para seus lábios, depositando um beijo no local. Hermione estremeceu levemente e abaixou à cabeça corada, Draco segurou seu queixo e levantou-o fazendo-a olhá-lo diretamente nos olhos.

- Hermione... – sussurrou ele simplesmente.

      As lagrimas brotaram nos olhos da morena. E ela sorriu.

- Er... – disse McGonagall – Continuando... Não quero saber de ninguém incomodando estes seis jovens. A guerra acabou. Não há mais motivos para ser comentada. A Srta. Granger e o Sr. Malfoy são monitores chefes agora... Estão autorizados a dar detenções e a tirar pontos até de suas próprias casas.

      A senhora olhou para os Escolhidos esperando que eles falassem algo, Luna se adiantou.

- Só mais uma coisa... Severo Snape era um homem bom. O tempo inteiro ele foi espião de Dumbledore. Ele arriscou varias vezes sua própria vida para salvar a do Harry. A morte de Dumbledore foi programada pelo mesmo e pelo professor Snape. Severo Snape não foi uma pessoa qualquer, ele foi, junto com todos os outros que morreram na guerra, um herói.

- Obrigado Srta. Lovegood. – disse McGonagall – Agora. Monitores! Levem os alunos para os salões comunais. Sr. Longbotton? Por favor... Leve os alunos do primeiro ano sim? Tenho que falar com o Sr. Weasley. Sr. Thomas? Ajude seu colega.

      Neville e Dino trocaram um olhar e deram os ombros chamando os alunos do primeiro ano.

      Hagrid se levantou e rumou para a mesa da Sonserina parando frente a Madison.

- Acho que isso é seu Maddie... – disse ele e tirou do enorme bolso um gatinho branco.

- Luke! – exclamou Maddison pegando o pequeno gato – Obrigada Hagrid!

- De nada... Eu o achei debaixo de uma armadura...

- Obrigada mesmo Hagrid. – ela o abraçou e correu para alcançar Emily que já estava na porta.

      Quando o salão ficou vazio. McGonagall se virou para os Escolhidos, e apontou para a mesa da Corvinal.

- Sentem.

      Eles o fizeram rapidamente.

- Bom... Eu imaginei que vocês não queriam ser importunados pelos outros alunos... Então, como eu não sabia como entrar na Sala dos Escolhidos. Tomei a liberdade de fazer um dormitório só para vocês. Para terem um pouco mais de privacidade... Mas, se não quiserem, entenderei, é claro. Suas camas continuaram nos Salões Comunais de suas casas...

- Acho que seria melhor um dormitório só para nós – admitiu Gina.

      Ron e Luna concordaram.

- Não tenho objeções. – disse Hermione.

      Harry e Draco assentiram dando os ombros.

- Ótimo. – disse McGonagall – Venham comigo.

      E saiu do salão Principal, os Escolhidos, lado a lado atrás da nova diretora.

      McGonagall levou os Escolhidos a um lugar no castelo que eles não conheciam. No oitavo andar. Era até pequeno comparado com os outros andares. Era só um longo corredor cheio de armaduras douradas como o resto do castelo. No final do mesmo, uma porta dupla.

      A diretora caminhou para a porta e os Escolhidos puderam vê-la melhor e perceber que não era exatamente uma porta. Era um quadro. Um grande quadro de molduras douradas. Nele, uma poltrona vermelha, e descansando sobre a poltrona, um homenzinho barbudo de oclinhos meia-lua. Era Alvo Dumbledore.

- Ele mesmo que quis ter um quadro aqui – esclareceu McGonagall.

- Boa noite – disse o quadro sorridente e abriu a passagem.

      Era um pequeno e estreito corredor. Logo outra porta, ela a abriu e adentrou o salão. Os seis atrás.

      Eles se viram diante de um grande aposento. Logo de frente para a entrada, seis escadinhas de quatro degraus separadas por corrimãos. No fim das escadinhas, seis portas. Cada uma com um pequeno quadrinho dourado.

      No lado esquerdo da sala, duas mesas redondas e cadeiras para estudar. Ao lado, três estantes lotadas de livros. E uma grande janela fechada por cortinas beges. Do outro lado, em uma parede vazia, uma lareira.

      Em frente à lareira, confortáveis sofás e poltronas em um tom de bege, como as cortinas, e varias almofadas vermelhas, verdes e azuis repousavam sobre os sofás.

      No chão, o piso de mármore era ornamentado, bem no centro, com um desenho estranho porem curioso, seis círculos iguais ornamentados aleatoriamente, porem bem no centro da sala.

- Espero que gostem da decoração – disse McGonagall – O Salão Comunal vocês terão que dividir. E em cada quarto tem um banheiro.

- Nossa professora! – exclamou Gina – Esta tudo lindo.

- Obrigada – ela deu um sorriso fraco – As placas douradas nas portas tem os nomes de vocês. Lá dentro tem uma cama, um guarda roupas, uma penteadeira com um espelho e uma estante.

      E saiu do salão comunal, sem olhar para trás. Hermione subiu as escadinhas em direção a primeira porta e viu seu nome. Acenou para os outros em silencio e adentrou seu novo quarto.

      Estava feliz, Draco voltara. Mas será que voltara para ela? Aquilo não importava. Ele estava ali, ao lado dela, como prometera um dia. Será que estava tudo bem entre os dois? Será que eles estariam finalmente em paz?

      Hermione abriu seu malão, pegou seu pijama, o vestiu rapidamente e sem nem olhar direito para seu quarto. Deitou-se, e dormiu.