LEIAM AS NOTAS INICIAIS. OBRIGADA.

“Caos...Caos...” Esse nome ficava rondando a cabeça do deus dos deuses. “Como? Mas..”

Zeus não entendia como Caos tinha mandado ajuda, já que assim como todos os outros deuses achava que o criador do universo estava desaparecido, ou dormindo, não por ai decidindo quem ajudar ou quem destruir. Para ele era tudo muito irracional.

-Vocês estão mentindo. – Zeus disse, tirando os outros de seus pensamentos e conclusões.

-Por que estaríamos mentindo Zeus? – Percy perguntou em sua face se via um sorriso irônico.

“Como são tolos” Eliza pensou.

-Por que Caos esta desaparecido a éons...- Zeus começou mais Eliza o interrompeu e disse:

-Está desaparecido Zeus? Quem te disse isso? Você nunca viu Caos então como pode afirmar isso?

- E como vocês podem afirmar que trabalham para ele? – Hera rebateu, enquanto Zeus se calava e se limitava a encarar Percy e Eliza com desconfiança.

-Vocês testemunharam nossa força e nosso poder...- Foi a resposta de Eliza.

-Uma força e um poder que eu só vi uma vez, em um Primordial. – Poseidon se pronunciou se olhar sempre em seu filho.

 Eliza sorriu com o comentário de Poseidon e assentiu dizendo:

-Sim, Poseidon temos a força e as habilidades de um Primordial, ou melhor, de todos eles. – Eliza disse sorrindo, causando mais uma vez choque nas “pessoas” ali presentes.

-Como assim? Vocês são deuses? - Ares perguntou sem entender.

-Não, apesar de todo o nosso poder não somos deuses, somos Imortais.  Não podemos simplesmente morder uma maça e nós tornamos seres poderosos, todos os Seguidores pagam um preço pela vida eterna. – Percy respondeu.

-Seguidores? – Atena perguntou.

-Tanto eu, quanto Eliza seguimos um Primordial, no meu caso Oceano, no dela Nyx. Somos treinados e quando provado nossa capacidade e fidelidade a nossos senhores, mas principalmente ao Caos somos feitos Imortais.

-Você disse que pagam um preço pela imortalidade, que preço é esse? – Ártemis fez a pergunta que todos queriam saber a resposta.

-O preço da vida. – Eliza respondeu.

-Como assim vocês...? – Hera perguntou curiosa.

-Nós morremos, e depois quando voltamos, nós tornamos para sempre filhos do criador do universo.

Falar sobre tudo aquilo fez Percy se lembrar de sua transformação.

FlashBack-On

Percy estava deitado em uma pedra de granito negra dura e gélida que se encontrava em uma imensa sala imersa na escuridão no mundo Primordial.

Se o jovem se concentrasse o suficiente era possível ouvir os gritos de desespero dos traidores do Caos, esse que estavam destinados à dor e ao sofrimento eterno, por terem desrespeitado o criador do universo.

 - Vai dar tudo certo Peixinho. – Eliza disse ao seu lado, Percy não conseguia vê-la por causa da escuridão, mas sabia que ela estava bem próxima.

-Eu sei, só que é...

-Meio sinistro. – Eliza completou a frase rindo. A jovem já tinha tido a experiência da “transformação” e sabia que até mesmo o mais corajoso e forte dos homens teria pavor em estar ali, cercado de tanto sofrimento, já que era ali que a dor, os sonhos, a felicidade e a infelicidade de cada semi-primordial transformado ficava.

-Estarei aqui quando tudo acabar Percy. – Eliza disse e Percy sentiu a amiga se afastando.

-Boa sorte meu filho. – Foi o que Oceano disse antes de Percy sentir a pior dor de toda a sua existência.

Uma adaga feita do sangue do próprio Caos havia sido cravada no coração de Percy. A adaga não só mataria a parte “humana” de Percy como purificaria seu sangue, intensificaria seus poderes, mas principalmente o ligaria ao Caos para toda a eternidade.

Depois de horas Percy despertou, o jovem se lembrava da dor, do desespero, dos gritos, da agonia, mas principalmente de sua morte. Mas agora tudo que sentia era uma grande poder correndo em suas veias cheias de sangue Imortal, e uma imensa felicidade.

-Parabéns meu filho, agora você é oficialmente um filho do Caos e um Seguidor de Oceano. Seja bem-vindo a sua nova vida. – Oceano disse o abraçando carinhosamente.

-Obrigada. – Percy respondeu sorrindo.

Percy naquele dia soube que estava no lugar certo fazendo as coisas certas, pois nunca se sentira tão feliz até aquele dia.

FlashBack-Off

Percy foi tirado de seus devaneios por Apolo que perguntou a Eliza:

-E vale a pena?

Eliza com um sorriso deslumbrante e uma felicidade quase palpável respondeu:

-Você não faz ideia.

- Perdoe minha ignorância, mas eu ainda não entendi por que vocês acham que precisamos de ajuda. Já detemos Cronos uma vez.E podemos faze-lo de novo. – Zeus disse, seu orgulho estava ferido, por isso seu tom era irônico e nos céus se viam grandes raios e uma poderosa tempestade se aproximando.

-Sim Zeus vocês já derrotaram Cronos, mas dariam conta de lidar com Reia também? – Eliza respondeu a pergunta com outra.

Zeus por milésimos de segundo ficou perdido, até que a compreensão passou por seus olhos e ele entendeu por que essa guerra estava tão mais difícil tão mais pessoal.

-Reia? – Héstia falou pela primeira fez.

-Sim Lady Héstia, foi Reia que libertou e vem ajudando Cronos este tempo todo.

-Isso é possível? – Atena perguntou para seu pai.

-Sim. – Zeus respondeu frio.

Poseidon viu certa magoa na voz de seu irmão, e entendia bem o porquê.

Zeus foi o filho que teve mais contato com Reia, foi o filho salvo por ela, e ter que lutar contra ela com certeza não seria fácil para ele.

- Então aceitam nossa ajuda? – Eliza perguntou.

Zeus a olhou e antes de desaparecer deixando todos para trás disse:

-Aceitamos.

Com exceção de Hera, Héstia, Poseidon e Hades, ninguém mais entendeu a atitude de Zeus. O que levaram eles a ficar olhando a cadeira vaga por alguns segundos.

Eliza não expressou reação,  já que para ela Zeus e nada era a mesma coisa. Percy ficou encarando Thalia sem pensar em absolutamente nada.

Depois de alguns segundos Eliza se pronunciou:

-Acredito que todos aqui querem descansar, então acertaremos o resto das coisas amanha.

Sem dar tempo de ninguém responder, Eliza levou ela e Percy para o chalé de Poseidon.

- Você está bem? – A jovem perguntou se jogando na cama já que estava cansada.

-Uhum. – Percy murmurou se deitando também.

-O que aconteceu Peixinho. – Perguntou sabendo que Percy lhe escondia alguma coisa.

-Eliza me diz uma coisa qual o problema das mulheres? – Percy disse se sentando na cama.

Eliza começou a rir e quando consegui parar perguntou:

-O que aconteceu entre você é a Thalia?

- Ela perguntou por que eu não contei sobre mim, me beijou do nada e me bateu depois. – Percy respondeu indignado.

Eliza quase caiu da cama de tanto rir, vendo a amiga rir de sua desgraça se levantou e disse:

-Vou tomar um banho.

O moreno entrou no chuveiro, pensando na filha de Zeus, nada mais o preocupava, nem a guerra, nem Zeus, mas Thalia.

Percy não sabia como havia acontecido, mas sabia que eles estavam apaixonados um pelo outro.

A lembrança do beijo dos dois veio na cabeça do moreno.

FlashBack-On:

Eliza já estava longe quando Thalia pronunciou a primeira frase, ou melhor, berrou a primeira frase:

-Seu idiota por que não me disse que era capaz de fazer aquilo? O que aconteceu com você nesses anos? Não acho que tenha ido para Inglaterra, foi? E a Eliza...

Percy já não aguentando mais deu um passo a frente e colocou o dedo delicadamente sobre a boca de Thalia.

A proximidade entre eles era grande fazendo a respiração de ambos de cruzarem.

Thalia ficou com as pernas bambas enquanto encarava aqueles belos olhos, a jovem não sabia mais o que fazer para impedir aquele sentimento que dominava cada átomo de seu corpo.

Thalia já não sabia mais como evitar amar aquele cabeça de algas, então sem pensar em mais nada a não ser no amor que esta sentindo pelo filho de Poseidon ela o beijou.

O beijo era urgente, mas o amor era presente ali. Os dois se perderam naquele momento, durante segundos, minutos, horas, eles não sabiam, não se importavam, mas depois de um tempo o oxigênio lhes foi necessário.

Depois de milésimos de segundos, quando Percy ia dizer alguma coisa, Thalia sem saber o que fazer e o que sentir deu um tapa da cara no filho de Poseidon e saiu andando deixando o mesmo estático e confuso.

FlashBack-Off.

Percy ficou perdido em pensamentos durante horas, até que Eliza sem aguentar mais berrou na porta do banheiro:

-Sai dai, eu preciso tomar banho.

“Mulheres” Percy pensou indignado antes de berrar de volta:

-Estou indo caramba.

Continua...