My Reason To Live? You... escrita por Bruna B


Capítulo 9
Não me lembro de nada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Eu sei que sumi, mas as ideias estavam se desenvolvendo na minha cabeça.
Mas taí.



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POV’ Felipe

Meses se passaram. Eu fiquei totalmente limpo, nem pensar mais naquelas coisas eu pensava. Só queria ficar ao lado da minha baixinha. Beijá-la, abraçá-la, rir da carinha que ela faz quando eu brinco com ela. Sim eu posso dizer: Clara é a minha razão de viver. Me salvou de um buraco que eu nunca conseguiria sair.

Depois de um sábado e de ser todo paparicado pela minha mãe, eu pude sair de casa e encontrar Clara. Fizemos um piquenique e nos divertimos para caramba. Fomos no shopping, no cinema, passamos em uma lanchonete e depois fomos nadar em um clube.

Os caras que estavam fora da piscina começaram a reparar demais, e isso me deixou bem nervoso.

- Ei! Essa aqui é minha! Podem ir circulando e procurem uma pra vocês!

- Lipe, não precisa disso tudo – ela disse me abraçando.

- Os caras te comem com os olhos e eu não posso fazer nada? Você nem percebeu?

- Não tem problema, bobo. Eu não percebi, afinal, só tenho olhos pra você – ela me deu um beijo.

- Pode parar com isso. Você sabe que eu não me controlo, e você está só de biquíni – eu sorri.

- Bobão – ela jogou água em mim.

E assim uma guerra de água começou, ela se afastou um pouco e um carinha agarrou ela.

- Solta ela agora!

- Só se a gostosinha aqui “nadar” – ele fez aspas com os dedos – comigo.

- Nem ferrando! – eu disse.

Eu não me lembro exatamente o que aconteceu com o cara, mas depois de um tempo, eu percebi que Clara parecia não se mexer. Cheguei perto e percebi que ela não estava se mexendo. Ela tinha se afogado.

A carreguei até a borda e fiz aqueles procedimentos que todo mundo conhece para a pessoa voltar. A cabeça dela começou a sangrar e ela não demonstrava nenhuma melhora. Eu teria que levar ela para o hospital, e bem rápido.

POV’ Clara

Acordei com os bipes de uma máquina, uma máquina de batimentos cardíacos. Estava em um hospital, e Lipe estava preocupado.

- Lipe?

- Ainda bem que você acordou!

- O que... o que aconteceu? – eu disse colocando a mão na testa e sentindo uma pontada de dor onde tinha gaze.

- Você não lembra?

- Não. Mas a minha cabeça tá doendo.

- Estávamos na piscina, um cara te agarrou, eu briguei com ele, você cortou a cabeça e desmaiou, eu te trouxe pro hospital e seus pais estão lá fora.

- Eu fui em uma piscina com você? E por que estávamos em uma piscina?

- É pior do que eu pensei – ele levantou e me abraçou.

- Hum... o que você tá fazendo?

- Abraçando o meu bebê.

- Desde quando temos essa intimidade? – eu perguntei realmente confusa.

- Qual é a última coisa que você lembra? – ele tinha um tremor na voz.

- Hum... você indo em casa com os seus pais.

- Clarinha, não brinca comigo.

- Eu não tô brincando.

Ele colocou as mãos no rosto e abaixou a cabeça. Eu definitivamente pensei que ele começaria a chorar. Ele me olhou com um jeito triste e saiu pela porta. Logo meus pais chegaram e me encheram de perguntas e abraços. Fiquei confusa e minha dor de cabeça voltou. Minha mãe chamou um médico e ele me deu um remédio que me deixou bem sonolenta. Acabei dormindo, as únicas palavras que eu ouvi do médico foram: “vocês tem que fazer de tudo para ajudá-la. Ela tem que se recuperar com o passar do tempo. Não forcem nada”.

Alguns dias depois eu voltei para casa. E foi estranho. Meu pai me apresentou a namorada, que não deu a mínima para mim; minha mãe ficou me paparicando e cuidando de mim como se eu fosse um bebê... E bem, Lipe parou de falar comigo.

Quando meu corte cicatrizou e eu finalmente pude ir para a escola, eu encontrei Lipe falando com Suzane e ela dando um beijo nele. Também vi Mel e Lucas de mãos dadas e trocando carinhos, e isso me deixou bem confusa. Eu comecei a perceber que estava perdida, comecei a chorar e fui para dentro da escola.

Entrei na sala e abaixei minha cabeça. Logo ouvi alguém chegando e vi Gui sentando ao meu lado.

- Anjo, por que tá chorando?

- Eu não sei de mais nada. Não lembro de nada. Parece que tudo parou no tempo pra mim, e agora, as mudanças me assustam.

- Não se assuste, tá? Eu vou te ajudar – ele me abraçou.

- Obrigada Gui.

- Não é nada, anjo. Agora eu só quero uma coisa.

Ele levantou meu rosto e secou minhas lágrimas. Ele apenas sorriu e meu beijou. E foi bom na verdade. Era a única coisa que eu me lembrava bem de como era.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Querem me matar???
Será que Clara se lembrará do Lipe???
Deixem suas opiniões nos reviews...
;)