My Reason To Live? You... escrita por Bruna B
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!!!
O começo sempre é meio ruim, mas espero que gostem...
POV’ Clara
De novo aquele sonho: eu quando tinha uns nove anos entregando um croissant para um sem-teto, um garotinho de aparentes nove anos também. Os olhos dele eram cinza profundos e sua pele estava suja de fuligem e seus cabelos loiros eram desgrenhados.
Acordei com o barulho irritante do despertador. O primeiro dia de aula finalmente – ou infelizmente, para mim – começou. Levantei cambaleante e fui até o banheiro e tomei uma ducha rápida. Coloquei o meu uniforme: uma calça “bailarina” azul-marinho, camiseta branca com o slogan da escola na frente e a jaqueta azul-marinho, igual à calça. Penteei meus cabelos pretos e delineei meus olhos azuis de preto.
Desci as escadas e fui tomar meu café da manhã: torrada com manteiga e uma vitamina de frutas. A minha escola ficava a um quarteirão de casa, por isso eu ia á pé todos os dias. Peguei meu Ipod, dei um beijo em minha mãe e saí.
Quando cheguei até o grande portão amarelo e verde, fiquei o encarando, quando dei de cara com o chão.
- Ai! – tinha batido a mão e o joelho na calçada.
- Me... me desculpe! Eu não queria... – um garoto falou.
- Tudo bem. Sem problemas.
- Deixa eu te ajudar – ele segurou minha mão e me levantou.
Aqueles olhos e cabelos me pareciam bem familiares. Ele era uns dez centímetros mais alto que eu e seus olhos me encaravam, me fazendo ficar corada. Ele se abaixou e pegou minha bolsa, me fazendo perceber que também estava o encarando.
- Me desculpe. Primeiro dia de aula, você sabe... Sou mesmo um atrapalhado – ele me entregou a bolsa e sorriu. Um sorriso contagiante. Retribui o sorriso.
- Se você quiser ajuda para achar alguma sala, é só me dizer. Estou aqui dês de meus cinco anos.
- Bem... sou do 2º A. Sabe onde é?
- Que coincidência! Também estou nessa sala.
- Vamos juntos então?
- Claro.
- Qual é o seu nome mesmo?
- Clara.
- Meu nome é Felipe.
Quando entramos e subimos o primeiro lance de escada, encontrei Melina – ou Mel, como eu a chamo – e o Lucas conversando. Eles eram simplesmente os meus melhores amigos do mundo inteiro. Eu não viveria sem os dois na minha vida.
- Meus queridos! – eu saí saltitando e dei um pulo no abraço dos dois.
- E aí baixinha? – disse Lucas me dando um beijo na bochecha.
- Como você tá menina?! – Mel me olhou de cima a baixo.
- Estou muito bem. E vejo que vocês também.
- Quem é o gatinho ali? – ela apontou para o Felipe.
- Coitado, deixei ele no vácuo. Peraí que eu já volto.
Cheguei até Felipe e puxei ele até meu amigos.
- Gente, esse é o Felipe. Ele é novo.
- Se conhecem de onde Felipe? – disse Lucas.
- Da entrada mesmo. Quase aleijei a coitada.
- Ele esbarrou em mim e eu caí no chão, não exagera Felipe!
O sinal maldito tocou e fomos para a sala. Por obra dos céus ficamos todos juntos. Um milagre. Ficamos sentados assim: Felipe, eu atrás dele; na fileira ao lado, Mel e Lucas atrás dela.
Suzane – ou piranha, ou estúpida, ou loira oxigenada – entrou e logo avistou Felipe. Ela mordeu o lábio inferior e deu uma piscadinha.
- O. Quê. Foi. Isso? – ele se virou para mim perplexo.
- Alguns chamariam de sorte, outros de vadiagem, outros de amor à primeira mordida no lábio. Depende do seu ponto de vista.
- Quem é ela?
- Suzane. Você tem bastante “sorte”. Ela nunca fez isso com um garoto novo.
- Mas isso é bom?
- Se você não quiser perder toda a sua honra e dignidade que ainda possui por aqui, continua sua vidinha e ignora todo e qualquer interesse dela por você. Ao contrário, pode “pegar” ela e depois fica esbanjando.
- Valeu pela dica.
A professora de literatura chegou na sala perguntando os nomes dos alunos novos e quantos livros eles leram nas férias – seriam duas aulas dela. Depois fizemos uma roda no chão e fizemos as “perguntinhas de intimidade”, como a professora chama. Eram perguntas simples: nome, idade, comida favorita, livro preferido e se tinha namorado(a).
- Meu nome é Clara. Tenho dezesseis anos. Adoro lasanha e meu livro preferido é ‘A culpa é das estrelas’.
- Tem namorado, Clara? – perguntou a loira oxigenada em tom de deboche.
- Não, mas pelo menos não sou mais rodada que prato de microondas.
- O.k – Felipe interrompeu. - Meu nome é Felipe. Dezessete anos, batata frita e gosto do livro ‘Slam’. Estou solteiro.
- Não por muito tempo... – murmurou a loira.
O resto dos alunos falou as coisas insignificantes da vida deles e o sinal do intervalo bateu para “noooooooooooossa alegriaaaaaaa”!
Depois do intervalo, eu, Felipe, Mel e Lucas já éramos íntimos um do outro.
…
As quatro aulas se passaram e coloquei meus fones do Ipod e fui andando para casa. Almocei batatas fritas – minha mãe estava trabalhando – e me lembrei do Lipe. Sim, já tínhamos apelidos, ele me chamava de Clarinha. Subi para o meu quarto e tomei um banho e fiquei cantando Make Me Wanna Die, do The Preetty Reckless fingindo que a escova de cabelo era um microfone – obs: eu estava com um shortinho preto e uma regata branca com bolinhas. Pulei na cama e paguei de louca, até ouvir palmas. Olhei pela janela e vi Lipe batendo palmas e assoviando apoiado na janela da casa dele – ele era meu visinho e a janela dele era no mesmo andar que o meu.
Me virei para o lado para ele não perceber o meu rubor. Fechei as cortinas e pude ouvir um: “O show acabou?! Aaaaa.” E depois risadas. Não dava para não rir daquela situação.
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É só isso mesmo.
Espero que gostem e quero reviews positivos, negativos, xingamentos ou ideias.
Beijos para vocês!!!
o/