Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 17
Capítulo 17.


Notas iniciais do capítulo

Sei que mereço a morte. Não, é sério, eu sei. Mas, quem merece a morte mais do que eu, é a pessoa que decidiu que cobrar mais que a minha vida numa internet fosse uma coisa legal. Ok, eu fiquei sem internet por fucking quatro meses. E eu desanimei. Quis quitar da vida. Eu sei que mereço a morte. De novo. Mas, peço desculpas. Sério, desculpem. Continuo sem internet, usando um modem que tem uma internet movida á manivela, mas...
SEM MAIS DELONGAS.
UM CAPÍTULO DE RSOL PORQUE VOCÊS MERECEM.
SEUS LINDOS.
SAUDADES DE VOCÊS.
Ç_Ç
Ok, parei com a emice. Desculpem o capítulo pequeno em relação á demora, e boa leitura. ♥
E, eu sei que mereço a morta.
OK PAREI/



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A loira manteve-se perplexa sentada sobre o sofá, ainda que já tivesse se passado um tempo depois da aparição do alaranjado. Que estava no seu quarto. O seu quarto no qual ele jamais deveria ter posto os pés.

O atordoamento ainda tomava conta de sua cabeça. Depois de tanto tempo... O que ele faria ali? De repente, ela se viu em um beco sem saída. Ela queria simplesmente estar fora daquele lugar, não queria estar cara á cara com ele. Justo ele? Justo com Leo, o pior — e único, porque duvidava que qualquer um que fosse pudesse ultrapassar o rosto e atitudes cafajestes dele — garoto por quem ela nunca deveria ter se apaixonado. Por outro lado, Leo parecia extremamente confortável bebericando do chá que Virgo tinha levado até a sala — lógico, porque a empregada não permitiria que Lucy ficasse sozinha com o garoto no quarto —, sem nenhum resquício de arrependimento ou culpa. Era um imbecil mesmo.

Então Lucy coçou a garganta, mexendo nos próprios dedos, meio desconfortável, ao contrário do alaranjado.

— O que veio fazer aqui, mesmo? Porque dar uma voltinha é que não é. — a voz soou irônica.

A risada de Leo nunca soou tão nojenta aos seus ouvidos.

— Você está mudada, Lucy disse, com um sorriso de canto rasgando os lábios.

— Claro, ou você preferia que eu continuasse a mesma trouxa por dois anos? Ah, desculpe, é claro que preferia — sorriu de canto, tentando provocá-lo. Bem, se conseguira, o outro não demonstrara.

— Você está tão diferente... Diferente do que eu me lembrava. — ele murmurou, analisando-a o máximo que pôde, gerando um desconforto mais que enorme na garota. — Achei que nunca mais a veria.

Ela debochou da frase com uma risada.

— É uma pena que você estivesse errado — encostou as costas no sofá, respirando fundo. — Não vamos deixar essa conversa mais longa do que o necessário. Diga o que veio fazer aqui de uma vez por todas.

A Heartfilia odiou ter que admitir para si mesma, mas seu coração palpitava com a ideia de que ele talvez pudesse ter voltado por causa dela. Certo, era uma hipótese um pouco absurda demais, porque Leo não fazia o gênero que se importava muito, mas ela ainda necessitava de pelo menos, um pouco daquilo. Talvez quisesse sentir-se necessitada por alguém que já não amava mais. Um tipo de vingança? Ela não soube dizer. Apenas sentiu-se péssima e um horrível tipo de ser humano por sentir aquilo.

— Meu pai veio para resolver alguns negócios. Decidi vir também. Magnólia me traz lembranças.

Ela deveria saber que ele era o tipo insensível.

— Sim, lembranças. Tipo você sendo um filha da puta comigo, né? — ela sorriu, tão inocentemente que ele se perguntou por um momento se ela realmente tinha dito aquele xingamento para si. — Lembranças de você comendo mil garotas e dizendo pra trouxa aqui, que "não queria magoá-la". Ah, faça-me o favor. Você veio aqui em busca de quê? Sexo? Por que acha que eu ainda sou ingênua? Porra, deixe-me em paz.

Leo demonstrou atordoamento pela primeira vez.

— Palavrões, Lucy? Não achei que você fosse disso — ele sorriu, deixando a expressão anterior.

— Também não achei que você fosse o tipo filha da puta. Mas, vivendo e aprendendo sorriu provocativa, ainda que quisesse começar á chorar. Que droga de lágrimas, o que elas tinham?! Ela não queria chorar, então por quê?!

Ele esticou a coluna para aproximar-se dela.

— Lucy, por favor, não dificulte as coisas. Você era minha melhor amiga e...

— Exato, eu era! Até que me declarei e você foi um miserável comigo! Eu não poderia fazer sexo com uma garota como você. Desde quando amor se resume á sexo?! Você faz ideia do quanto me ferrou por dois anos com essa porra?! Você me beijou — ela disse. — Me beijou! E depois que eu me declarei, agiu como uma bichinha!

Ela se assustou consigo mesma. As palavras simplesmente saíam da garganta sem se importar com as consequências. Os palavrões fluíam de forma que ela não conseguia controlar, ela estava enfim pondo tudo pra fora depois de tanto tempo de merda e mais merda. Por que diabos as coisas se acalmaram e voltaram á foder a vida dela de uma vez só?

Lucy quis gritar. Porque a sua vida ia de mal á pior.

Leo respirou fundo, sem saber exatamente o que dizer.

— Lucy, você era minha melhor amiga, diga-me como eu ia fazer sexo com você?!

— Pare de ser hipócrita e fingir que me rejeitou por causa disso — seu rosto estava mergulhado em nojo. — Era vergonha, não é? Porque eu era a garota estranha. Não falava muito e só andava com uma pessoa. A filha e herdeira da família Heartfilia, que não tinha noção de que você só estava comigo porque seu pai mandou! Eu refleti por esse tempo todo, e tudo se encaixou! Você é um miserável, filho da puta, incrivelmente nojento que merece a mais dolorosa morte, seu merda! — as lágrimas caíam de seu rosto, um pouco mais desesperada do que deveriam. Não sabia porque tinha o xingado daquela forma, ela já tinha esquecido tudo aquilo...

Ah, claro. Foi o fato da rejeição e traição, que veio de quem ela nunca tinha esperado. Ela só estava descontando tudo em Leo. Apesar de que ele merecia, ela estava falando com ele como se estivesse falando com Natsu ainda que ele nunca pudesse ser posto ao lado do alaranjado , gritando e mesclando os sentimentos do passado e do presente. Passou as mãos pelo rosto tentando conter que as lágrimas quase deixassem-na se afogar.

Leo estava sem palavras, e diante do choro desesperado da garota, tentou aproximar-se para limpar suas lágrimas, mas o que conseguira foi um tapa na mão.

— Não me toque — a voz saiu firme, mas embargada. — Apenas vá embora. Só isso.

O alaranjado engoliu em seco, levantando-se com pesar.

— Desculpe por tudo que lhe causei.

— Não aja como se realmente sentisse.

Ele abriu a porta da sala, balançando a cabeça. Abraçou a loira por trás, ainda sentada, enfiando o nariz nos cabelos loiros dela. Lucy não tentou se desvencilhar, mas não retribuiu.

— Eu realmente sinto muito. E espero que ache alguém que goste de você... Tanto quanto você gostava de mim — ele disse, soltando-a, com um sorriso triste.

A loira deu de ombros.

— Acho que depois de quebrar a cara de novo — ela fungou, coçando o nariz — Já nem me importo mais.

E sem dizer nada, Leo saiu.

**

Natsu corria ofegante pelas ruas de Magnólia, sentindo alguns olhares julgadores por cima de si quando esbarrava em alguém e simplesmente gritava um "sinto muito" um pouco alto demais, o que o fazia parecer um desesperado. O que, na verdade, estava.

Ele corria para encontrá-la, e realmente não se importava se fosse recebido com um tiro nos miolos ou um chute no meio das pernas. Ele só queria dizer o quanto gostava dela, e o quanto tudo que tinha entendido, era simplesmente um acontecimento sem suma importância e que ela não deveria ter se importado com isso. Soaria insensível? Claro que sim. Ele levaria outro tiro nos miolos ou chute entre as pernas? É lógico. Mas ele só queria segurar a loira em seus braços, sem que sentisse como se ela fosse de areia e fosse escorregar por entre seus dedos.

Ele só queria beijá-la pela primeira de muitas vezes.

Algo dentro de si disse para que corresse mais rápido, e foi o que ele fez. Correu sem se importar com o fato de que talvez suas pernas ficassem dormentes e ele caísse de cara no asfalto. Não tinha problema algum. Contanto que ele chegasse até ela.

Ele precisou inspirar todo o ar que fosse preciso quando chegou na entrada da casa dos Heartfilia. Apoiou-se nos joelhos e pôs-se a respirar como um louco que precisava urgentemente de ar o que não era bem um mal-entendido; Natsu era um louco que precisava urgentemente de ar.

Assim que sentiu o coração parar de palpitar tanto assim devido á sua corrida, e depois de pensar que talvez devesse tomar água antes de ir falar com a loira (porque realmente não queria desmaiar de cansaço encima dela), tocou a campainha. Ou, pelo menos, tentou. Porque a porta abriu-se e um garoto surgiu dela.

Tanto ele como o alaranjado pareceram espantados.

— Quem diabos é você? — perguntou Natsu, com sua vibrante delicadeza.

O outro pareceu quase ofendido.

— Você é quem vem de fora e me pergunta quem sou? Por favor — resmungou, saindo do local, esbarrando o ombro no dele. Mas o rosado impediu-o de ir ao segurar seu braço. — Caralho, mas que diabos. O que você quer?

— Por que você estava na casa da Luce?

Leo franziu a testa e arqueou uma sobrancelha. O que era aquele moleque na frente da casa de Lucy, lhe perguntando quem era e o por quê de estar lá? E, afinal, por que a chamava de "Luce"?

Acho que depois de quebrar a cara de novo, já nem me importo mais.

Ah.

Leo achou ter entendido.

Aquele deveria ser o outro garoto, então? Talvez estivesse sendo um escrúpulo, mas ele achou ter certeza.

— Sou o cara que a magoou faz um tempo — Leo sorriu, sem orgulho algum do que tinha feito. Bem, sabe-se lá o que sentia. — Mas faça direito dessa vez. Por ela.

Natsu encarou-o ou suas costas enquanto ia embora, sem entender muito bem. O cara que magoou ela? Ou seja, o que a tinha feito sofrer e odiar os garotos? Era aquele?

Quando percebeu estar morrendo de raiva do garoto, era tarde demais, porque ele certamente já deveria estar longe junto com seu carro luxuoso não, Natsu não estava com inveja, ou ao menos tentava se convencer disso. Bateu na própria cara e depois tocou a campainha, respirando fundo.

Virgo abriu a porta e não demonstrou surpresa ao vê-lo lá.

— Natsu-sama.

— É... Oi, Virgo — ele sorriu amarelo. — Se Virgo soubesse do que tinha acontecido, provavelmente estava esfregando a cara dele na terra uma hora daquelas. A Lucy está?

A empregada abriu a porta e fez um gesto para que ele entrasse, o qual foi feito tal como insinuara.

— Bem... Vou beber água, ok? Não diga à Lucy que estou aqui, ainda, por favor — pediu. Virgo olhou-o com certa dúvida, mas assentiu.

O rosado foi até a cozinha, com o coração batendo rápido e descontrolado. Ele apoiou-se no balcão e respirou fundo. Pegou um copo de água e ficou olhando para o copo de vidro fixamente, como se estivesse pensando. Na verdade, estava imaginando o diálogo todo em sua cabeça.

Ok, não tinha como errar. Ele falaria com Lucy, diria que tinha sido tudo um mal-entendido, ela ia desviar o olhar e ele não iria conseguir se segurar ao ver o rosto corado dela assim que ele dissesse com todas as letras que a amava ele iria beijá-la.

Ok, ok. Não tinha erro algum, por que estava nervoso? Suspirou. Tomou um gole da água, tentando acalmar-se.

— Natsu?

Era mesmo um carma horrível.

Engoliu em seco ao ouvir a voz da loira atrás de si ou ao menos, achou que deveria ter sido seco, afinal, a água ainda permanecia na boca, o que resultou num engasgo.

O rosado começou á tossir e a loira se aproximou preocupada, começando a dar-lhe tapas nas costas. Tapas fortes, diga-se de passagem.

— Meu Deus, você vai me quebrar ao meio, Luce — o rosado gemeu de dor, depois de desengasgar, respirando normalmente e agradecendo aos deuses por não ter morrido.

Um silêncio incrivelmente constrangedor se instalou entre os dois.

De um lado, Lucy não sabia o que fazer. Do outro, Natsu não sabia o que dizer.

Por fim, ele segurou nos ombros dela firmemente e direcionou os olhos verde-musgo para os dela, castanhos. Ele respirou fundo. Natsu iria falar tudo o que sentia para Lucy. De modo algum ele deixaria que ela escapasse de si.

E apenas um pensamento rodeou sua cabeça por todo aquele momento.

Luce é minha.

E, caso ela tivesse escutando isso... Sinceramente, ela não teria como discordar.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Duvido muito, mas espero de todo o coração que sim. Agora vou tentar planejar um jeito de não ser trucidada nos reviews — se é que ainda tenho leitores.
Até a próxima ♥