Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 10
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

LÇAKSÇDLSAKÇDK ÇLAKD HOY HOY HOY!
Sei que sentiram saudades! ♥ Mas eu estava tão atolada que quase fiquei sem tempo pra escrever esse capítulo. Ainda bem que o início já estava escrito.
Pois bem, eu fiz meio que na pressa, e eu me desagrado ao ter que escrever desse jeito, mas, eu vou ter que viajar e não vai ser por pouco tempo. Então, não vou deixar vocês esperando mais. D:
Eu viajo hoje mesmo, então... Me desculpem se o capítulo estiver algo que sai de orifícios anais aleatórios. T^T
Fiquem com o capítulo, e espero que gostem! :3
Boa leitura~



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Sentada a mesa um tanto nervosa e calada, estava a loira, que brincava com os dedos de cabeça baixa, com o rosto quase que inexpressivo. No entanto, seu interior estava o completo oposto disso.

Não conseguia mais manter-se na “consciência de alguém normal”, se podia assim dizer. Isso porque estava muito nervosa para tal.

A mãe de Natsu era bem assustadora, era verdade. Quase tão assustadora — e talvez, até mais — quanto Erza.

─ Natsu, não precisava dessa baderna toda. ─ comentou a mulher de longos cabelos ruivos meio desbotados. A face parecia demonstrar um tipo de vergonha. ─ Agora a sua amiga vai pensar que eu sou ruim.

O garoto olhou-a de forma meio estranha, como se quisesse demonstrar que não acreditava no que ouvia. Acabou por suspirar, preferindo não discutir com sua mãe.

─ Mãe, essa é a Lucy. Lucy, essa é a minha mãe, Sra Dragneel, ou simplesmente Madry. ─ apresentou-a.

─ Como assim “simplesmente Madry”? Olha o respeito, garoto. ─ fitou-o com um olhar ameaçador, para logo depois voltar-se para a loira com um sorriso quase envergonhado, mas em maior parte, exagerado estampado nos lábios finos. ─ Ah, Lucy! Finalmente, Natsu fala tanto de você!

O rosado corou na mesma hora em que ela falou isso, cruzando os braços.

─ Isso porque se eu falo uma vez de alguém, você quer saber da biografia inteira dela! Sem falar no quiz que você me faz todas as vezes que me vê voltando da escola. ─ rebateu ele, virando o rosto.

Com enorme infantilidade, sua mãe mandou-lhe a língua, da forma mais... Infantil possível. A loira perguntou-se porque não estava assustada com aquilo. E respondeu á si própria, lembrando-se de que ela era mãe de Natsu, então, ele teve a quem puxar, afinal.

─ Mas, até que enfim conheci você. ─ falou, enquanto os olhos acastanhados praticamente brilhavam ao ver a loira. Ficava feliz pelo seu filho ter ao menos, uma amiga bonita como aquela. Não que apenas se importasse com aparência ou coisa do tipo, longe disso. Mas, além da aparência, o jeito dela, parecia tão puro e tão amigável que ela simplesmente tinha vontade de abraçá-la como se fosse sua própria filha. ─ Ah, Natsu, como ela é fofa! Você nunca me detalhou na aparência dela, só disse que... ─ a mulher engoliu em seco, fazendo uma careta, repreendendo-se pelo fato de que quase falaria algo deselegante.

Lucy suspirou, preferindo não importar-se muito com isso. Mas, claro que ela se importaria se soubesse do que ele estava falando. E, bem, ela não se importaria mesmo com o fato de que aquela era a casa dele, nem que estivesse na presença dos pais dele — lhe daria um belo de um soco no meio da cara.

─ Mas, sirva-se, querida. ─ disse a mulher, com um sorriso. ─ Igneel daqui á pouco desce, então é bom que pegue logo o que quer. ─ aconselhou-a, logo após, parecendo que sua fala tinha um enorme efeito sobre os acontecimentos, porque naquele exato momento, um homem que parecia estar provavelmente em seus 40 ou menos anos apareceu na cozinha.

O pai de Natsu era bem diferente do que imaginava. Os cabelos dele eram um pouco longos e iam até o meio do pescoço, e os olhos eram afiados e estreitos, tal como olhos de gato. Eram verde-musgo, mas não parecidos com o de Natsu, e sim, caindo para uma tonalidade mais escura, quase chegando ao preto.

No entanto, em relação á personalidade, ele era igualzinho como imaginou — e descobriu apenas de olhar a expressão boba e muito animada que tinha no rosto, e isso quase a fez confundir com Natsu. Lógico, era o pai dele, afinal.

─ Querida, cheguei! ─ brincou, abraçando a esposa por trás e beijando-lhe o topo da cabeça. ─ E bem á tempo de escutar você me chamando de comilão.

─ Como assim, eu apenas disse sobre a sua vontade ridícula e horrível de sair comendo as coisas como um ogro sem se importar com o resto da casa que pode estar tão esfomeado quanto você, apenas isso, querido. ─ ela riu, enquanto sentava-se, preferencialmente ao lado da loira.

─ Muito engraçado, Madry Dragneel. ─ disse o outro ruivo, também indo sentar-se.

Uma das dúvidas curiosas, mas ao mesmo tempo, inúteis, foi; por que eles tinham cabelo ruivo e Natsu cabelo rosa?

Balançou a cabeça. Estava pensando em coisas inúteis e que sequer precisavam ser respondidas. Natsu era estranho. Nasceu estranho, pra falar a verdade. Deve ter sido por isso que nasceu com cabelo rosa, pra acompanhar sua estranheza aguda.

─ Agora, seria bom comermos logo. Já passa da uma e meia da tarde. ─ avisou a ruiva alta e esguia com um sorriso estampado no rosto.

Natsu fez uma expressão de terror. Sua mãe estava agindo tão estranhamente apenas pela presença da loira ao seu lado?

A loira, ao começar á comer, não ligou muito para a conversa sem sentido e completamente anormal que se estendeu sobre eles. Pelo canto do olho, observou o local onde estavam. E, sem dúvidas, aquela não era a casa que havia visitado. Ela lembrava-se muito bem, era um apartamento.

─ C-com licença... ─ Lucy pronunciou-se, chamando a atenção apenas da mãe de Natsu para ela, pois os dois, Igneel e Natsu, pareciam discutir sobre algo muito importante, mas ao mesmo tempo inútil, considerando a expressão facial idiota nos rostos. ─ Natsu não mora sozinho num apartamento? Se minha memória não falha, ele pareceu referir-se á essa casa como se morasse aqui...

Isso pareceu chamar a atenção de todos, mas especialmente do rosado.

─ Ah... Isso é porque Natsu alterna de casas. Ele é um filho idiota. Quando o apartamento está tão bagunçado que ele não consegue suportar, vem procurar abrigo aqui. ─ Madry revirou os olhos. ─ Mas, já foi na casa de Natsu?

─ É, você já foi na minha casa? ─ perguntou o rosado, confuso.

A loira quis enfiar a cara num buraco naquele exato momento. O quão de idiotice já havia pegado de Natsu? Não fora ela que visitou a casa de Natsu, foi ‘Hikari’!

─ A-ah... Isso, bem, eu ouvi falar... De umas garotas ali perto da nossa sala! Sim, pelo que parece, Natsu é adorado secretamente. Acho que as garotas têm vergonha de se expor desse jeito para ele... É... ─ arranjou uma desculpa qualquer, a primeira que lhe veio á mente. Ótimo, agora se percebessem que era uma mentira, pareceria uma stalker.

Igneel bateu levemente no filho com o cotovelo, acompanhado de uma expressão maliciosa.

─ Ouviu, Natsu? Por isso que eu disse que você puxou pra mim. ─ a voz estava praticamente transbordando em malícia. ─ Mas, de nada adiantará se elas forem tábuas... Se elas forem como a sua amiga, talvez...

A loira e o rosado coraram quase que ao mesmo tempo, enquanto Igneel ria sem parar.

─ Pai, seu babaca! ─ esbravejou o rosado, começando á discutir novamente com o pai. Os dois pareciam muito envolvidos nisso, e não conseguiam parar de xingar um ao outro, e um argumento estúpido voando de lá pra cá. “Se eu sou babaca, você também é!”. Claro, já sabia de quem Natsu havia puxado toda a idiotice.

Madry pareceu meio incomodada por sua família ser tão indiscreta e bagunceira na frente da amiga de Natsu. Mas sorriu ao ver que a loira prendia uma risada, por mais que estivesse envergonhada.

A ruiva também não tentou se conter. Riu com a briga de ambos á sua frente.

Finalmente, mesmo que não transparecesse muito, mesmo que pouco, seu filho havia amadurecido.

**

Lucy mordeu o lábio inferior de braços cruzados, olhando para a janela com uma face preocupada. Já passavam das seis horas e a chuva torrencial não parava. Gotas de chuva apostavam algum tipo de corrida na janela, e ao invés da loira tentar apostar em alguma, continuava preocupada olhando para a janela, vendo se a chuva não passaria logo.

Suspirou. Aquelas coisas só aconteciam com ela. Só com ela.

─ Hey, Luce ─ chamou o rosado sem tirar os olhos da TV, da poltrona onde estava. Os dedos moviam-se incansavelmente nos botões do joystick em mãos. ─ A chuva ainda não passou? Eu quero dormir, mas você está aqui, sabe.

A loira sentiu vontade de batê-lo naquele instante.

─ Se quisesse mesmo dormir, tiraria os olhos dessa TV e ia pra cama. ─ respondeu.

O rosado deu de ombros, continuando á jogar.

Enquanto isso, Lucy ponderava sobre muitas coisas. E, todas elas envolviam Natsu ou seus pais. Hey, não que estivesse muito vidrada nisso, pra falar a verdade, até tinha esquecido-se de que gostava de Natsu, mas é que... Ele era tão idiota, que tinha percebido de onde havia puxado tudo isso.

Primeiro, como os pais dele não foram contra ela entrar sozinha no quarto do filho deles? Isso seria, no mínimo, estranho! Se por acaso ela tivesse um filho, não deixaria uma garota qualquer entrar no quarto dele sozinha, por mais que ele tivesse falando muito dela.

Corou ao pensar em possibilidades estúpidas, ao seu ver. Estava virando uma pervertida agora? Não era possível, foi só se aproximar de dois garotos que essas mudanças aconteciam! Pegou a idiotice de Natsu e a perversão de Gray, era isso?

Bateu de leve nas bochechas, como se pedisse á si mesma para acordar e não pensar em besteiras.

─ Luce, senta, já faz um tempão que você está em pé! ─ exclamou ele, levando o olhar para ela. Considerando que ele praticamente ignorou-a todo o tempo que ela esteve ali, certamente ele deveria ter feito alguma merda no jogo. E comprovou isso ao ver um enorme “Game Over” na tela. ─ Você quer ir ao banheiro fazer o número um?

A garota bufou, batendo o pé, irritada.

─ Só se eu for sentar no chão. E, não, eu não quero ir ao banheiro fazer o número um!

Ele arregalou os olhos, estremecendo logo após.

─ Quer fazer o número dois?

─ Não, imbecil! ─ esbravejou.

─ Ah. ─ deu play novamente. ─ Existe uma cama aqui atrás de mim, sabe. Pode sentar nela, se você me ouvir falando "senta". ─ continuou, dando pause no jogo. Olhou para ela com os olho estreitos. ─ Senta.

A loira suspirou, indo sentar-se.

─ Mas não é porque você mandou! É porque eu quero me sentar mesmo! ─ avisou, empinando o nariz ao sentar-se, ainda com os braços cruzados.

─ Tsundere. ─ murmurou.

Pensou em rebater o que ele havia dito, mas preferiu calar-se.

E o tempo passou. E ela quase sentiu vontade de gritar e enfiar uma caneta no pescoço dele á cada vez que escutava a música irritante que avisava que ele tinha perdido mais uma vez.

A porta do quarto abriu e de lá, apareceu Madry, com dois copos de suco numa bandeja.

─ Lucy, está ficando tarde, mas a chuva não passa. ─ disse a ruiva, preocupada. ─ Se quiser, pode dormir aqui. Não vou ficar segura se a chuva passar, e você ter que ir tarde da noite para casa.

─ Ah, não precisa, Sra. Dragneel, eu já conheço bem esse lugar e- ─ protestou a loira, sem graça. Mas antes de acabar de falar, foi interrompida por Natsu.

─ Pode ficar. Afinal, não sou eu que vou te levar em casa depois. Eu estou com sono também. ─ disse, sem deixar de olhar para a tela.

A ruiva sorriu enquanto pegava na mão da garota que estava sentada na cama de Natsu.

─ Pode deixar que eu vou arrumar uma roupa pra você. Pode ligar pra sua casa e dizer que vai dormir aqui. ─ disse Madry, muito animada com a ideia de que uma garota dormiria lá. Talvez fosse seu instinto materno agindo mais uma vez com qualquer amigo que Natsu levasse para sua casa.

Assim que o rosado se viu sozinho no quarto novamente, pausou o jogo e enfiou o rosto praticamente em chamas na almofada que tinha no colo.

─ Que merda foi essa que eu falei... ─ murmurou sozinho, logo após praguejando. Estava agindo como uma garotinha!

Mas, talvez não fosse tão ruim assim, se ele estivesse agindo assim por causa da loira...

Com esse pensamento, de um forte tapa na própria cara, não acreditando no que ele mesmo fazia-se pensar.

─ Luce... Sua estranha.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu sei que disse que seria mais avançado mas me confundi, é no próximo, he~
PODE ME BATER, SIM, SOU UMA CAFAJESTE IMPRESTÁVEL DE FALAR ISSO QUASE SEMPRE. MAS É CERTEZA QUE FAÇO NO PRÓXIMO, CERTEZA~
Erros de português ou qualquer coisa assim, digam-me que eu mudo.
E, cara... Não importa, eu sempre penso na mãe do Natsu com o nome "Madry". Não dá, acho que sou meio estranha. Yeh.
Bem, espero que tenham gostado. Tentarei me apressar na viagem, volto na segunda.
Beijos, muchachos & pepecas. (?) ♥3333
Até o próximo :33