Edmundo tinha ficado até tarde no quarto junto com Camilla já que esta não estava querendo dormir de jeito nenhum, ignorando Lucia e Pedro ficou ali e os expulsou do quarto.

— Não sabia que gostava de ficar de babá. – disse uma voz feminina, Edmundo olhou diretamente para a porta que desta direção vinha uma menina de estatura media, magra, cabelos castanhos lisos, olhos de azuis profundos como o mar. Ela se aproximou de Edmundo e ficou olhando a menina no berço que agora dormia. – Sabe, eu estava vindo para cá exatamente para isso, sabe que eu não preciso dormir à noite... – dito isso ela olhou para Edmundo. – Pode ir, eu fico olhando ela.

— Não estou com sono. – retrucou Edmundo, olhando agora para Nissah.

— Mentira. – castanhos e azuis se fitaram.

Edmundo não mostrou nada e muito menos Nissah fizera isso, eles apenas desviaram o olhar e olharam ambos para lados opostos.

— É melhor você ir... minha mãe não irá gostar de te ver amanhã, quando amanhecer, indisposto. – ela falou como se estivesse realmente mando em Edmundo.

— Boa noite. – disse saindo do quarto e indo até o seu.

[...]

Aquele lugar era uma ilha, ou melhor, uma ilha dentro de uma ilha.

Era lindo realmente, um lugar escondido dentro de uma vasta ilha abandonada pelo mar e pelos homens, mais aquele lugar havia uma história, falavam que ali era pura mágica, que ali tudo se baseava na mais pura mágica e intelecto.

Nos tempos antigos muito antes da Era do Ouro aquela ilha abandonada era muito disputada por causa de sua lenda, muitos queriam a magia que aquele lugar escondia mais poucos conseguiam e os que conseguiam nunca mais apareciam.

Mas teve uma pessoa que tinha coragem o suficiente para enfrentar aquela ilha sem arma ou escudo. Esta era Rainah, origem da Calormânia, filha de camponês, sonhava muito em conhecer tal ilha e uma vez, vendo um navio partindo de sua terra entrou escondido.

Ela explorou cada canto da ilha, encontrando dentro dela Agnus, a ilha dentro da ilha, era assim que havia chamado o lugar que agora morava. Descobrira ao seguir o grande riacho que dividia a ilha abandonada, e encontrando Agnus desabituada, ou assim era o que achava, mais quando aprofundou mais sua exploração encontrou animais selvagens que habitavam Agnus, muitos deles quiseram avançar em cima de Rainah mais não puderam, o motivo ela só pode descobrir muitos anos depois.

Ela havia ficado naquela ilha, tinha gostado e estava aprendendo a usar a magia. A lenda era essa, se você se aventurasse pela ilha abandonada ou por Agnus, a ilha dentro da ilha, nunca mais voltaria.

Era em Agnus, sentado na areia branca e fofa e olhando para o mar e as arvores que escondiam aquele lindo lugar que Pedro estava, perdido em pensamentos, sentia que aquele não era seu lugar, que estava do lado errado da história.

— O que fazer? – perguntou, olhando para as estrelas que brilhavam no céu.

Pedro Pevensie

Sempre me senti seguro em Agnus, desde quando eu era apenas um garoto, por que agora eu não sinto mais essa segurança? Deve ser aquela criança, irão vim atrás dela, será isso que me esta transmitindo tal sentimento?

Autora

— Drinian, quando chegaremos? – perguntou Caspian, abaixando a luneta e olhando para o capitão.

— Daqui à dois dias, senhor. – respondeu Drinian.

— Quem é essa pessoa que pode nos ajudar? – se perguntou Caspian, Drinian ouviu mais ficou quieto, sabia o que seu rei estava sentindo. – Por que seqüestrar uma criança?

— Majestade se me permite falar, penso eu que os nossos rivais, não posso dizer se são inimigos ou não, acredito eu que eles apenas queiram dinheiro, uma recompensa pela princesa.

— Talvez esteja certo Drinian, devem ter feito alguma coisa para eu ter visto daquela maneira e aparecerem e desaparecerem tão rápido. – disse Caspian, pensando e muito na sugestão de Drinian. – Pensarei se terei que colocar uma recompensa para salvar Camilla.

Drinian apenas fez uma breve reverencia e olhou para o intenso mar azul, calmo mais com muito vento, fazendo o Peregrino navegar rapidamente.

— Majestade, mudarei o que disse, chegaremos ao lugar desejado em apenas um dia.

— Assim espero Drinian. – disse Caspian, indo até o convés já que era onde sua amada estava.

Susana olhava o mar com o olhar vago, sem realmente olhar para o mar agitado e ao mesmo tempo calmo. Pensava onde poderia estar sua querida filha? E a pergunta que não queria calar era: Lucia realmente estava em Nárnia?

— Su, venha, quero lhe mostrar algo. – Susana levou um enorme susto ao sentir o hálito de Caspian em seu pescoço, olhou imediatamente para ele que já tinha pegado sua mão e a conduzindo para a polpa onde nesse mesmo momento não havia ninguém.

Chegando lá Caspian a levou até o fim do navio, mais antes que chegasse até o destino, Caspian lhe pediu um favor:

— Por favor, senhorita, poderia fechar seus lindos olhos? – perguntou.

— Cas, o que esta fazendo? – perguntou Susana, olhando para tudo, tentando achar alguma pista do que poderia estar acontecendo.

— Apenas feche os olhos que você saberá de tudo. – disse Caspian.

Susana assim fez, fechou seus olhos, Caspian pegando a outra mão da amada a levou até o corrimão.

— Suba no corrimão. – pediu a Susana que colocou seus pés ali, se erguendo, Caspian ficou logo atrás de si, erguendo as mãos de Susana para os lados.

— Agora abra os olhos. – pediu perto de seu ouvido e assim Susana fez e teve a visão mais linda que já vira.

O nascer do sol, o sol brilhando como nunca por aquele horizonte. Uma linda visão, uma linda paisagem, era o que susana pensava.

— Pensei nisso, um novo dia nasceu agora e será em um novo dia que estaremos com a nossa família completa e feliz.