Surpresas Da Vida escrita por Rayane Silva


Capítulo 4
Primeiro encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui esta mais um capítulo. Espero que gostem e muito obrigada pelos comentários*_*



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Ao chegarmos ao shopping, Jason se mostrou mais interessado do que nunca. Rodamos tudo até que achamos o vestido perfeito: tomara que caia preto, uma sandália de salto estilo gladiadora e uma bolsa Prada. Ao chegar em casa, subi com meus presentes e fui tomar banho, passei baby liss no cabelo deixando-o cacheado, passei uma maquiagem leve e para completar coloquei uma gargantilha e brincos minúsculos prata. Logo em seguida ouvi a buzina e na mesma hora fiquei enjoada, ansiosa com o encontro, mas respirei fundo e desci.

– Uau, é você mesmo Dani? –perguntou Jason impressionado e dou um risinho de nervoso.

– Você está linda. –falou Sara. Jason pegou um pouco de dinheiro e colocou em minha bolsa.

– Volte às onze.

– Ok, tchau.

– Boa sorte! –falou Sara. Ao abrir a porta, Lucas estava encostado em seu carro. Assim que me viu seu queixo caiu. Ele estava perfeito com a blusa de manga cinza, calça jeans azul escuro e All Star branco e me olhava boquiaberto.

– Desculpa, acho que chamei na casa errada. –falou Lucas ameaçando ir embora.

– Bobo! –falei rindo.

– Você está linda. –falou acariciando meu rosto e inclinando-se para me beijar. Senti a mesma eletrização de mais cedo. Com um gesto de cavalheirismo, abriu a porta de seu carro para eu entrar.

– Por que você se esconde nos moletons se é muito mais bonita assim? –Lucas perguntou enquanto dirigia.

– Tem a ver com a morte dos meus pais. –falei baixo.

– Posso saber o que aconteceu?

– Agora não... é que não é um papo leve.

– Ok. Fala quando você estiver pronta.

– Obrigada. Posso ligar o rádio?

– Claro. –falou. Liguei e estava tocando “Try” da Nelly Furtado.

– Adoro essa música! –falei e comecei a cantar.

– Você vai tentar? –perguntou Lucas entendendo o que a música significava.

– Eu já não estou tentando? – perguntei tímida. Lucas concordo e sorriu.

– Você canta bem. Tem mais alguma coisa sobre você que eu não sei?

– Eu era ginasta.

...

– Que filme iremos ver? –perguntei no cinema.

– Você escolhe. –falou Lucas me abraçando.

– É melhor não. Não sei de nenhuma novidade.

– Ok, o que você acha de filme de ação?

– Não, nada com tiro... quero terror! –falei mordendo o lábio inferior.

– Premonição 5?

– Pode ser. –falei. Lucas fez questão de entramos na sala de mãos dadas enquanto eu segura a pipoca em uma mão e ele os refrigerantes em uma só mão também.

– Se você sentir medo pode segurar em minha mão. –falou Lucas com um sorriso debochado no rosto.

– Vai sonhando! –falei. Vimos o filme tranquilamente, mas uma coisa Lucas tinha razão: segurei nele em algumas partes assustadoras.

– Quer ir para algum lugar? –perguntou ao sairmos do cinema.

– Tenho que chegar em casa às onze.

– Então ainda temos uma hora.

– Pode me levar agora? –pedi derrepente me sentindo sufocada.

– Se você quer tudo bem, vamos.

– Obrigada. –a brisa fresca do lado de fora me fez sentir melhor na hora. Quando ele abriu a porta de seu carro eu a fechei imediatamente. – Você quer saber o que aconteceu com os meus pais, não é?

– Não precisa me contar agora. Não, eu quero.

– Ok. –ele se apoiou no carro ao lado e eu no carro dele de modo que ficássemos um de frente para o outro.

– Foi no dia 3 de novembro do ano passado. Estávamos saindo de um restaurante e... –respirei fundo. – Dois bandidos pararam o nosso carro e mandaram-nos descer, mas depois que me virão e quiseram me levar junto. Claro que meu pai reagiu então atiraram nele. –não pude conter um soluço. Antes Lucas chegasse mais perto, eu o alertei para que continuasse no lugar. – Minha mãe tentou me defender, mas também atiraram nela. –agora as lágrimas começaram a cair. – Depois me jogaram dentro do carro e fugiram comigo... eu me debatia e...acabei fazendo com que o motorista perdesse o controle do carro. Eu consegui pular antes, mas eles bateram em um posto de gasolina que explodiu na hora. Andei por dez quilômetros até chegar em casa e... –nessa hora eu já estava me debulhando em lágrimas e Lucas me abraçou, ficávamos mais ou menos da mesma altura quando eu estava de salto. Era um abraço reconfortante.

– Já passou, já passou. –disse Lucas enxugando minhas lágrimas. – Vamos, vou te levar para casa.

– Por favor, não me olhe com pena. –pedi ao perceber que ele não parava de me olhar. Já estávamos na porta de minha casa.

– Não é de pena! É um olhar de respeito, porque eu tenho a namorada mais forte, guerreira e incrivelmente bonita desse mundo.

– Obrigada, mas acho que você está precisando de um óculos... Espera aí, você me chamou de namorada?

– Não estou precisando de óculos e... queria muito que você fosse minha namorada.

– Acho que pode dar certo. –sussurrei e em seguida ele se inclinou para me beijar.

– Até amanhã. –falou acariciando minha bochecha.

– Até. –respondi tímida.

– Me ligaram da escola. –falou Jason que estava me esperando na sala, me chamando para sentar-me no sofá ao seu lado.

– Por quê? –perguntei confusa.

– Sobre a palhaçada do auditório hoje.

– Já tinha me esquecido disso. Olha deixa para lá.

– Deixar para lá? Daniela...

– Tudo bem, eu sei que é difícil, mas se você for falar com o diretor o que vai adiantar? Por acaso ela vai parar por que alguém mandou? Eu e você sabemos que aguentar isso não é fácil, mas o que vai adiantar? Vou simplesmente ignorar.

– Me disseram que você saiu do auditório nos braços de Lucas e chorava muito.

– Eu sei na hora eu levei um choque e ele me ajudou a esquecer. Tenta esquecer também, ok?

– Tudo bem, mas por enquanto. Então, como foi o encontro?

– Ótimo! Cadê a Sara?

– Não aguentou ficar acordada.

– Bom, eu também vou dormir. Boa noite

– Boa noite. –respondeu Jason. Fui para o meu quarto tomei um banho, troquei de roupa e fui dormir e pela primeira vez em tempos consegui dormir direito.



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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo está pequeno, mas prometo que no próximo vou compensar! Por favor comentem :)
beijos