Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Este é mais um capítulo que é postado especialmente para a Miranda (fique você sabendo que eu fiquei muito triste com a notícia que você me deixou) Espero que goste. Vou sentir sua falta...Mas sem esquecer também da Isabella Ventura. Muito obrigada por lerem a minha fic!



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Na manhã seguinte, todos estavam reunidos à mesa para o café, e entre uma conversa e outra.

–Gente, eu tinha me esquecido... – a pequena chamou a atenção de todos para si. – O aniversario do Vitor está chegando.

–É mesmo irmãozinho, que tal aproveitar a ocasião pra gente fazer uma festona aqui em casa, hein?!

–Eu também acho que você deveria aproveitar para comemorar Vitor, afinal só se faz vinte e um anos uma vez na vida. – o rapaz apenas soltou um leve sorriso com o comentário da cunhada.

–E quando é o dia mesmo? Deixa eu ver, se nós dois temos três anos de diferença e o meu aniversario foi...

–Nossa Vinícius, faltam três semanas. – se sentiu obrigada a dar um puxão de orelha no irmão mais velho.

–Também acho uma boa ideia filho. – Afonso pronunciou-se quanto ao assunto.

–Mas se eu bem conheço o meu filho, imagino que ele não vai querer festa. – Marta terminou a frase e aguardou a confirmação de suas suspeitas.

–Olha, pra falar a verdade, acho que mudei de ideia.

–Quer dizer que você topa fazer a festa? – a menina perguntou esperançosa.

–Sim.

–E o que foi que fez você mudar de ideia? – sua mãe ficou curiosa.

–Nada de mais, só achei que seria uma boa ocasião pra apresentar pra vocês a minha namorada.

Todos ficaram surpresos e entusiasmados excerto Marta. Vitor apenas reparou o efeito causado pela notícia.

–E porque você não disse antes meu irmão? Temos mesmo que comemorar.

–Acho que agora mais ainda, né?! - Emily se mostrou tão animada quanto Vinícius.

–Desde quando você está namorando?

–Olha mãe, até então estávamos só ficando e só agora decidimos firmar um namoro.

Marta não se surpreendeu. Sempre fora típico do filho não falar a ninguém, nem mesmo com os familiares sobre sua vida pessoal.

–E pra que todo esse mistério maninho? Trás ela aqui logo pra gente conhecer ela.

–Já falei Vinícius, quando ela vier você vai conhecer ela. – despediu-se de todos e saiu.

–Gente, eu também tenho que ir senão vou me atrasar. Thau pra vocês! - deu um beijo no marido.

–Não esquece que eu vou te encontrar quando você sair para almoçar.

–Tudo bem! - acenou e saiu.

...

Foi cedo para o hospital para buscar a tia, que receberia alta do hospital naquela manhã. Esperou chegarem em casa para contar sobre a demissão e o emprego que havia conseguido. No início, Laura ficou preocupada, mas depois de muito conversarem, ficou mais aliviada e acabou aceitando tudo.

...

Passou na casa de Paulo para contar ao amigo tudo o que havia acontecido. Paulo morava sozinho em um apartamento que ganhou dos pais.

–Tá tudo certo se você disser que eu posso, eu confirmo com o meu pai e a vaga já é dela.

–Então pode.

–Você quer beber alguma coisa? – levantou-se indo para cozinha.

–Não. – sentou-se no sofá.

–Você acha que esse seu plano vai dar certo? - gritou da cozinha.

–Eu não vejo como um “plano”, mas sim, eu acho. Mas, mudando de assunto, fala com a Carla que eu quero ver ela aqui na minha festa de aniversario.

–Ué?! Você tinha dito que não queria festa. - voltou devido a curiosidade gerada pelo comentário.

–É. Só que eu pensei melhor e vou aproveitar pra apresentar a Amanda como minha namorada.

–Ow! Quer dizer que a sua família já tá sabendo?

–Falei com eles hoje.

–Caramba. Ainda não tô acreditando que isso tá acontecendo.

...

Era hora do intervalo na faculdade.

–Oi! - chegou até onde o rapaz estava. - Cadê o Paulo?

–Tá no telefone.

–O que ele disse sobre o emprego na gráfica?

–Tá tudo certo. A única coisa que você precisa fazer é levar um curriculum seu, mas a vaga já é sua. Se você quiser eu te levo lá.

–Não precisa, só me passa o endereço depois. – hesitou em perguntar, mas estava ansiosa. – E a gente, como fica?

–A gente pode falar disso amanhã? Eu pensei da gente se encontrar amanhã pra poder conversar melhor.

–Por mim tudo bem.

–Me passa o número do seu celular que eu te ligo.

Enquanto isso, Paulo chegou.

–Achei vocês. Então, eu falei com a Carla e ela disse que vem. – olhou para a moça atenta as suas palavras. – E a Amanda, já tá sabendo da festa?

–Que festa? - perguntou inocênte.

–É, parece que não. – puxou a moça para que se sentassem no banco ao lado. – Deixa que eu vou te contar.

... ... ... ... ... ...

O dia começou e seguiu calmo. Estava ensolarado, o que deixava o jardim da mansão ainda mais bonito. Era o lugar preferido da caçula, gostava muito de ler livros sentada ao redor de todas aquelas flores. E mais uma vez, lá estava ela lendo um de seus livros favoritos.

–Sabia que iria te encontrar você aqui.

–Oi! – cumprimentou o irmão, mas ainda estava entretida com seu livro.

–O Vinícius e a Emily vão sair para almoçar e estão perguntando se você quer ir com eles.

–Eu quero sim! Mas porque você não vem com a gente?

–Não vai dar, eu já tenho um compromisso.

–Você vai pro ginásio?

–Não, eu vou sair com a Amanda.

–Tá, então fica pra próxima. – se despediu e saiu.

...

Laura estava na sala conversando com a sobrinha. A moça ouviu o celular tocando e correu pro quarto para atender.

–Alô.

–Amanda, você está ocupada?

–Vitor, é você?

–Sim, tô te ligando pra saber se a gente pode se encontrar.

–A... agora? - achou um tanto inesperado, apesar dele ter avisado que ligaria.

–Se não tiver problema pra você.

–Tá, pode ser.

–Então eu passo aí pra te buscar...

–Não! Eu acho melhor você me dizer onde que eu te encontro lá.

–Você não contou pra sua tia, né?!

–Não ainda, mas eu vou contar.

–Então conta. Eu chego aí daqui trinta minutos. – desligou o telefone.

Amanda não gosto da atitude do rapaz, mas procurou não pensar nisso pois tinha um assunto mais importante para resolver. Arrumou-se como de costume e foi até a tia.

–Nossa, como você está bonita minha querida! Vai sair?

–É..., bom, eu vou em um encontro. – estava vermelha de vergonha, mas achou melhor falar de uma vez, afinal, não era mais uma menina, já vivia seus dezenove anos e teria que se acostumar a ser uma mulher, ainda que não se sentisse assim.

–Que bom! -a mulher sorriu com o visível e desnecessário constrangimento de sua sobrinha única. - E eu posso saber o nome dele?

–Claro, ele se chama Vitor. Nós nos conhecemos na faculdade.

–E ele vai vir aqui te buscar? Porque eu fiquei curiosa pra conhece-lo.

–Não, é que pra falar a verdade a gente ficou de se encontrar. – se assustou ao olhar o relógio e ver que o rapaz deveria chegar a qualquer momento. – E por falar nisso, eu tenho que ir tia.

–Posso te desejar boa sorte?

–Claro. – sorriu e abraçou a tia.

Pegou o celular, jogou dentro da bolsa e saiu. Apenas fechou a porta e avistou o carro de Vitor já parado na frente da sua casa. Ele estava escorado no carro com as mãos no bolso, seu olhar sério como sempre e muito bem arrumado com uma calça jeans sport fino e uma camisa de manga longa dobradas até o antebraço. Até então, Amanda não tinha reparado nele, mas também, com tudo que aconteceu nos últimos dias, foi praticamente impossível. Vitor tinha um porte atlético, nada muito exagerado. Tinha os músculos bem definidos graças às rotinas dos treinos e a academia. Era realmente muito bonito.

–Vamos? – ele chamou, a despertando de seus pensamentos.

–Sim. – e ao entraram no carro. – Pra onde a gente vai?

–Eu pensei que a gente podia aproveitar e almoçar. O que você acha?

–Claro.

Ele os levou para um restaurante nos arredores da cidade. Um lugar simples.

Era um lugar pequeno, tinha uma decoração mais rústica, possuía muito verde em volta, o que deixava o ambiente ainda mais agradável.

–Que lugar bonito!

–Eu já vim aqui algumas vezes. - o casal seguiu para dentro. - É legal!

Entraram, escolherem uma mesa, almoçaram e ficaram conversando.

–Então você tem dois irmãos?

–Sim, a Kimberli e o Vinícius.

–E a esposa do seu irmão mora com vocês...

–Sim, a Emily.

Eles continuaram a conversar. Até então ela só havia feito perguntas comuns para ele, Mas achou que já era hora de falarem sobre o assunto que os levou até ali.

–Vitor, eu estava pensando..., como vai ser quando a gente...

–Se casar? - foi direto ao ponto pois odiava rodeios.

Ela respirou fundo, pois só de pensar nessa ideia ficava ainda mais nervosa. Esperou que ele a respondesse.

–É claro que eu não tô pedindo pra você passar o resto da vida comigo. A gente se casa, eu dou entrada nos papéis para receber a minha herança e depois, podemos entrar com um pedido de divórcio e cada um segue sua vida.

–Parece bem simples. – disse sem acreditar na afirmativa.

–Vai ser. - disse ele apenas.

O rapaz apanhou o copo na mesa e tomou um curto gole. Para Amanda era quase inacreditável como ele dizia tudo aquilo com tanta naturalidade assim.

–Você é sempre assim, calmo?

–Eu tento.

Na verdade, ela estava um pouco receosa, o jeito indiferente dele a deixava em dúvida.

–E você tem ideia de quando vai ser esse..., esse casamento?

–Ainda não sei, mas depois a gente decide. Por enquanto, vamos ficar só no namoro.

–O que você acha que a sua família vai achar de tudo o que acontecer?

Estava aí um assunto ao qual ele não estava disposto a falar com ela.

–A sua tia melhorou? - perguntou mudando completamente de assunto.

–Sim, ela está bem melhor. – desistiu do assunto, vendo que ele não iria mesmo falar.

Ele acenou para o garçom pedindo a conta.

–Tá tarde, eu vou te levar pra casa.

Acertaram a conta e voltaram para casa. Quando chegaram a casa dela, parou o carro e antes que ela saísse.

–Amanda.

–O que foi?

–Aqui está o dinheiro para a cirurgia da sua tia. – ela olhou o pacote estendido à sua frente, pegou das mãos de e guardou na bolsa que tinha levado. – Se você precisar de mais , você pode me avisar...

–Não! O combinado foi que você me daria o dinheiro para a cirurgia e já está tudo aqui. É só o que eu preciso.

Ele penas olhou enquanto ela falava.

–Entendi.

A moça saltou do veículo e entrou em casa.

...

–Cheguei tia. – sentou-se no sofá.

–Você demorou, isso significa que foi bom? – perguntou enquanto vinha da cozinha.

–A..., até que foi. – não pode evitar de ficar vermelha com a pergunta da tia, mas tentou disfarçar.

–Ele é legal?

–Sim. – pensou no jeito mal humorado do rapaz e cara séria, que parecia ser típica dele, o que a fez soltar o ar com desanimo. – Mas foi o nosso primeiro encontro então...

–E bonito, ele é bonito?

A pergunta da vez a fez ficar ainda mais vermelha, principalmente por que a fez lembrar dos enigmáticos olhos castanhos escuros que o rapaz possuía, assim como o cabelo escuro, bem alinhado e cortado, contrastando com sua pele clara. E com todas essas lembranças vindo a sua mente, Amanda não conseguiu mais disfarçar tão bem o nervosismo.

–Tia, eu estou um pouco cansada – levantou-se do sofá – Vou tomar um banho e depois a gente conversa, tá?!

Saiu antes que a tia pudesse falar, ou melhor, preguntar qualquer outra coisa.

Amanda ainda estava insegura. Mas não pode evitar, e o temperamento do rapaz só fazia com que ela se preocupasse ainda mais em como seria o desfecho dessa história. Não tinha ideia de como fazer para fingir aquele namoro. Primeiro porque nunca havia tido esse tipo de relacionado amoroso com ninguém. Segundo, porque teria que mentir pra outras pessoas e, por último, por não se imaginar namorando um cara como Vitor. Não que ela não o achasse bonito, mas devido o fato de se acharem verdadeiros opostos.


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Notas finais do capítulo

Fiquem a vontade para comentarem!!! :)