Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 46
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo chegando :D E vem especialmente para a senhorita: ViviiCaroline que me fez uma recomendação liiiiiiiiiiiiinda de mais!!! Pirei aqui quando li flor!! Igual ou pior como quando li cada uma que me fizeram até hoje: Taty Isa Moreschi, Nath, A pequena cy, Garota dos sonhos, Bruna Lemos, Heleninha18, Daniela Nicacio, Jhessy Lacerda, Cinthya, Taisalmeida, Domitilla Angel, Myle e Cici. Sério meninas, as recomendações de vocês mais me parecem verdadeiras declarações de amor a minha fic!! OMG!!! E eu não sei se mereço tudo isso *-*
Mais uma vez, muito obrigada minhas lindas!!!!!!
Preparem-se para as emoções que viram!! Tentarei contar tudo da melhor maneira possível, ok?! Estou aqui para isso ^^



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–Hello! Terra chamando Emily.

–O que?

–Acorda garota!
A loira só despertou depois que Carla a chamou pelo nome. Desde que Emily encontrou Thomas pela última vez, ela não conseguia tirar da cabeça a conversa que teve com ele. Como se não bastasse tudo o que estava sofrendo pela briga e separação com o marido
–Desculpe Carlinha, eu não te ouvi.
–Eu percebi.
A moça terminou o suco que estava preparando para o café da manhã e trouxe a jarra para a mesa onde a amiga estava sentada.
–Você ainda está mal por causa dele, não é?
–Sim, como não? - a loira suspirou desanimada. - Mas, eu estou mesmo preocupada com a loja.
–Você não disse que a Gabriela ficou de cuidar de tudo enquanto você estiver aqui?
–E ela está. Eu ligo para ela todos os dias desde que vim pra sua casa mas, não posso deixar tudo nas costas da Gabi. Mas...
–Mas, você também não quer voltar e correr o risco de dar de cara com o Vinícius.
–Isso.
–E, você já sabe o que quer fazer?
Emily desviou o olhar enquanto pensava na pergunta de Carla e a conversa que teve com Thomas lhe veio a mente. Ela ainda não havia conseguido entender o sentido das palavras dele mas, sem dúvidas foram elas o que conseguiram dar uma alguma direção.
–Sim. Como eu disse a ele e aos pais dele na noite em que sai de casa, vou me separar do Vinícius.
Terminou o café e foi de volta para o quarto. Carla havia saído, insistiu com Emily para que fosse mas a loira preferiu ficar. Foi direto para o quarto, iria ficar lá o dia todo. Queria ao menos falar com sua gerente para primeiro saber como estavam as coisas entretanto, não queria correr o risco de dar de encontrar com o marido. Ao abrir a porta ouviu seu celular tocar e voltou para buscá-lo. Atendeu.
–Alô?...
–Emily, eu posso falar com você?
–Thomas?... - perguntou ao reconhecer a voz do rapaz do outro lado da linha.
–Eu queria muito falar com você Emily mas, achei melhor ligar antes de aparecer.
–É que, eu não acho que seja uma boa ideia Thomas.
–Por favor, eu preciso me explicar.
...
Vitor estava saindo da academia, e chegando ao estacionamento, assim que tirou as chaves do carro para destravá-lo.
–Fala, Paulo. - atendeu o celular desanimado.
–Você está em casa?
–Não, e também não sei a que horas eu vou voltar.
–Vitor...
–Paulo, nem começa cara. Sei muito bem o porque de você ter me ligado e já aviso que é desnecessário. Você não precisa me dar bronca por que eu não fiz nada.
–Você pode não ter feito nada mas ela... Me fala, o que é que aquela garota tem na cabeça?
–Eu não sei e nem quero saber, pois pra mim não faz diferença.
Vitor andava de um lado para o outro enquanto respondia impaciente com a insistência do amigo.
–Fala, tem certeza de que está mesmo tudo bem com você?
–Sim. O fato dela ter voltado e ter vindo atras de mim não muda em nada. - afirmou. - Deixa eu desligar por que tem outra chamada.
–Valeu! Mas depois a gente se fala melhor.
–Tchau.
Ele despediu-se e atendeu a chamada em espera. Era sua irmã. Falou com ela.
–Sim Kimberli, pode deixar que não vou esquecer de comprar o que você me pediu. De nada! - desligou.
Vitor se virou para alcançar a porta de seu carro mas parou ao ouvir uma voz feminina atras de si. Voz que ele reconheceu na hora.
–Que bonitinho! Você sempre foi tão atencioso com a sua irmãzinha. - a loira sorriu. - Sabe que na época em que namorávamos eu tinha um pouco de ciúmes disso?
–Érika.
–Que fofo! - ela sorriu e jogou os ombros.
–O que você quer aqui? - perguntou ríspido
–Como o que? Ver você é claro, foi só por isso que eu voltei.
–Agora que já viu pode ir embora. - continuou sério.
Atitude essa que só serviu para a loira rir e cruzar os braços. Aquele temperamento dele não era novidade para ela.
–Você não me intimida Vitor. - ela sorriu achando graça. - Nunca intimidou, lembra?
Sabia do que ela estava falando.
–Eu queria muito ver você. - ela se aproximou. - Porque eu senti a sua falta.
–Não me faça rir. - debochou.
–Estou falando sério Vitor, me arrependi do que eu te fiz.
–O que?...
–Sei que foi errado, que não mereço perdão mas...
–Confessa Érika, eu fui apenas um brinquedo pra você. Com o qual você se divertiu até se cansar e depois deixou de lado.
–Não é isso. - o interrompeu. - Mas eu confesso que só depois que nos separamos eu tive noção do que sentia por você.
–Não acredito que você tenha a coragem de vir até aqui e me dizer isso. - balançou a cabeça negativamente.
–Por que tanta raiva e ressentimento? - o perguntou num tom que a fazia parecer ser a vítima da história.
–E você acha pouco o que você me fez? E a maneira como fez?
–Não faz assim, sei que você também sentiu minha falta. - aproximou-se o rapaz de maneira saliente, e rapidamente colando o nariz no dele.
Vitor viu aqueles olhos castanhos claríssimos, um tom de mel, se aproximarem e encararem os seus. Aquilo fez seu auto controle diminuir.
Percebendo isso, Érika teve certeza de que poderia dar o bote.
–Vitor... - sussurrou levando os lábios até os dele.
Ao sentir os lábios dela sobre os seus, Vitor a segurou pelos braços na intenção de repeli-la mas, fracassou. Érika prosseguiu com o beijo e ele a acompanhou imediatamente.
–Para. - ele a afastou de si. - Para com isso agora. - disse autoritário.
Vitor a deixou ali e virou-se indo em direção a seu carro.
–Vitor espera...
A loira o chamou mas ele não lhe deu atenção. Érika saiu em disparada, correndo atras do rapaz. E ela, sem prestar a devida atenção, acabou virando o pé e indo ao chão.
–Ai!... Vitor me ajuda! - pediu chorosa.
Vitor voltou ao ouvi-la gritar, deparando-se com Érika caída e com uma das mãos sobre o tornozelo. Com certeza havia torcido, pensou ele abaixando-se para pegá-la no colo.
–Vem. - apoiou o braço dela em volta de seu pescoço e a pegou. - Vou te levar ao pronto socorro.
–Não. Eu quero ir embora.
–Ficou maluca? Se você tiver torcido o tornozelo não irá aguentar de tanta dor.
–Já disse que não quero. - afirmou irritada. - Quero ir embora, agora e para mais lugar nenhum.
Ele não insistiu, sabia como a ex era teimosa e assim o fez, a levou para o hotel onde ela estava hospedada.
...
Mesmo ainda achando que não era preciso, Emily aceitou falar com Thomas mais uma vez. Ela também queria resolver aquele mau entendido. E agora, ela estava a caminho da mansão do loiro. O rapaz a convidou para jantar em sua casa.
Ao chegar, foi recebida pelo dono da casa.
–Oi! - ela o cumprimentou um tanto desconfortável por estar lá.
–Nossa! Como você está linda!
Ouvir aquele elogio a fez pensar na que não devia ter ido até lá. Mas agora era um pouco tarde para se arrepender, tinha ido e nem sabia o por que. Talvez por que não tinha conseguido parar de pensar nele, na conversa que tiveram, em tudo, até no beijo, só não admitia. Aquele beijo tinha mexido com ela de certa maneira, talvez mais do que queria. Na verdade ela tentou não pensar no assunto. Aquilo no fundo foi culpa sua, um mero momento de carência. Não queria acreditar mas aquele pequeno instante que durou o beijo entre eles foi o suficiente para deixá-la balançada.
–Vem, entre. - estendeu a mão para ela.
Emily entrou e os dois seguiram para a sala de estar. A casa, enorme, possivelmente maior do que a da família Navarro, estava um tanto silenciosa, o que se podia ouvir era o som ligado e tocando discretamente múcicas instrumentais num volume bem moderado. O dono da casa entrou na frente sendo seguido por sua convidada que corria os olhos pelo local enquanto seguiam para dentro.
–Você está sozinho? - perguntou já que não notou ninguém pelo caminho ou qualquer manifesto pela casa.
–Eu moro sozinho. Desde que minha mãe foi morar fora do país, com a minha avô.
–Claro, lembro-me de você ter comentado com o Paulo e a Carla sobre isso. Mas, você fica aqui sozinho?
–Sim. Acho que já me acostumei.
Emily ficou surpresa. Desde que conheceu Thomas na viajem para a casa de praia foi exatamente essa a impressão que teve do rapaz, a de que ele era uma pessoa simples. Não diria que ele era rico se ele mesmo não a dissesse.
–Pedi a Rosa para preparar alguma coisa pra gente comer. Só espero que não esteja com tanta fome quanto eu. - sorriu.
Essa atitude impaciente de não saber esperar pelas refeições a fez lembrar-se do marido.
–Thomas, eu, acho que ter vindo. Eu...
–Espera. Vamos para o que nos trouxe até aqui então.
–Olha, se foi pelo que aconteceu... O beijo...
–Te chamei aqui por que precisava te dizer o por que eu te beijei aquele dia. - se pôs sério e encarou a loira.
Emily se espantou com as palavras dele. Pensava que o o que havia acontecido fora somente um acidente, algo sem importância.
–Como assim?
–Eu fiz aquilo porque sempre fui apaixonado por você.
–O que?... Mas, do que você está falando?
Não deu para entender. Como assim?
–Espera, mas como se a gente nem se conhecia Thomas?
–Você se esqueceu de um detalhe.
–Qual?
–Lembra do fim de semana em que eu cheguei e nos vimos pela primeira vez? Eu disse que já te conhecia, lembra?
–Sim, é, você até me chamou pelo nome. Mas...
–Você não está entendendo. Eu vou te explicar. - o rapaz sorriu com a expressão confusa na face dela. - A primeira vez que te vi, foi em uma festa na casa do Vitor. Estávamos reunidos numa roda de amigos quando, você entrou pela porta acompanhada de uma amiga. - ele sorriu ao se lembrar. - Você olhou para a direção onde estávamos e, soltou um lindo sorriso ao passar pela gente, estava cumprimentando o Vitor. Passou e foi ao encontro do Vinícius. Lembro de você ter dado um abraço e um beijo nele. Depois, alguém ali no nosso grupo comentou que você era bonita e ouvi o Vitor dizendo que você era namorada do Vinícius. - o rapaz aproximou-se dela. - Mas isso não me impediu de me apaixonar pela cunhada do meu amigo.
Emily não soube o que dizer e o rapaz continuou.
–Até tentei te esquecer mas, sabe aquelas coisas de amor a primeira vista? Nunca, repito, nunca acreditei que algo assim pudesse ser real. Até você dar um jeito de isso acontecer comigo. - ele manteve os olhos nos dela. - Acho que foi o que aconteceu comigo naquele dia em que te vi.
Emily engoliu seco depois dessa. Aquela descoberta havia a surpreendido de tal maneira que a moça perdeu a fala.
Thomas prosseguiu.
–E todas as vezes que eu ia a uma festa na casa deles, ficava a espreita, só esperando a hora em que o Vinícius fizesse com você o mesmo que ele sempre fazia com as mulheres com quem ele saía. Ele nunca foi fácil, se é que me entende? Mas, pra minha surpresa, um belo dia o Vitor me liga me convidando para ir a festa de casamento do irmão.
–Thomas...
–Incrível como naquele dia em que voltei a te ver eu senti tudo aquilo de novo.
Emily se pôs em silêncio e ele continuou.
–E quando eu soube que você queria se separar do Vinícius, eu... - se aproximou um pouco mais. - Tinha que te dizer o que sentia e sinto por você. Nunca nenhuma outra mulher foi capaz de fazer o meu coração bater assim. - ele alcançou a mão de Emily e a repousou sobre seu peito.
Ela o fitou enquanto sentia o coração dele bater realmente fora de ritmo. Ele parecia estar falando mesmo a verdade.
–Thomas, eu... É muita coisa. Eu não sei o que dizer.
–Não diz nada.
O loiro levou as mãos até a cintura da loira, trazendo-a para um beijo cheio de urgência. E ela, não soube se o corresponder ou não. Emily até que resistiu no início mas à medida que o beijo foi acontecendo ele conseguiu envolvê-la e fazê-la participar das carícias iniciadas por ele.
–Thomas, espera. - ela interrompeu o beijo. - Eu não sei se quero fazer isso. Pra mim seria como se estivesse traindo o Vinícius e, eu não quero isso.
–Mas vocês já estão separados.
–Sim, mas...
–E você disse que quer o divórcio. Ou por acaso você pensa em voltar para ele?
–Não é isso. Mas eu não acho que seja a hora de me envolver de começar um novo relacionamento.
–Me, me desculpe. - soltou-se dela, dando alguns passos para traz. - Eu entendo. Mas você vai me entender, eu não podia deixar de te dizer. Talvez não fosse o momento certo mas, eu também não iria conseguir ficar só olhando enquanto você sofria daquele jeito.
–Thomas, eu não acho que deva me envolver com alguém agora.
–Tem razão. Eu não devia ter me precipitado.
–Na verdade eu, precisava ouvir muita coisa do que você me disse. Eu preciso mesmo esquecer o Vinícius e vou fazer isso, mas, não assim. Entende?
–Sim. - aproximou-se dela. - A única coisa que eu queria era cuidar de você, já que ele não foi capaz de te amar como você merecia e merece.
Thomas se aproximou até sua mão alcançar os cabelos da loira.
–Eu sei disso. - a loira baixou o olhar com a verdade que haviam naquelas palavras. - Tenho plena noção de que ele é o culpado pelo fim do nosso casamento. - terminou com os olhos rasos em lágrimas que ela tentava segurar.
–Você admiti que é o fim?
Ela não o respondeu e ele entendeu aquele silêncio como um consentimento dela.
–Emily, me deixa cuidar de você? - pediu levando uma das mãos ao rosto dela. - Eu sei que posso te fazer esquecê-lo.
Thomas voltou a se aproximar dela, olhando nos olhos azuis da loira que também encarava os seus, totalmente dividida.
–Você não tem que sentir culpada de nada. - depositou um selinho nos lábios dela e manteve a proximidade dos corpos. - Ele é o único culpado por ter perdido você.
Emily custou a creditar mas parecia que Thomas tinha sim conseguido mexer com ela de alguma maneira. A aproximação amigável dele, toda aquela atenção e agora essa paixão escondida. Não podia dizer ainda ao certo o que sentia por ele, se é que sentia alguma coisa, mas, com certeza era algo mais do que a inocente amizade que ela acreditava que eles tinham.
Emily sentiu os lábios de Thomas colarem nos seus mais uma vez só que de maneira voraz, ao mesmo tempo que as mãos dele desceram de seus rosto para seu pescoço. Thomas tinha a intenção de aprofundar o beijo mas, Emily o fez fez antes que pudesse.
Thomas quase perdeu o ritmo ao sentir Emily tomando às rédias da situação, subindo uma das mãos para sua nuca e agarrando seu cabelo. Ele, por sua vez, escorregou as mãos pela cintura da loira, aproveitando cada centímetro de cada parte que tocava pelo caminho. A abraçou com firmeza, garantindo que não houvesse espaço entre eles. Emily cravou as unhas na pele do rapaz ao senti-lo tirar a alça de seu vestido do caminho mudar a direção dos beijos para seu pescoço agora desprotegido.
–Não pare.
Ela sussurrou apertando as costa de Thomas. A partir daí as carícias e os beijos trocados por eles se tornaram mais intensas. Thomas a beijava com mais pressa e vontade, deixando evidente todo o seu desejo por ela. A esse ponto, ambos buscavam pelo calor do corpo um do outro.
Logo os dois estavam no quarto de Thomas.
...
Ao entrar com Érika, ainda em seu colo, Vitor a repousou sentada no sofá mais próximo.
–Está doendo muito? - perguntou ele analisando e examinando o pé da loira.
–Só um pouco.
–Então, talvez não tenha sido grave e só colocando um pouco de gelo melhore. - levantou-se fazendo menção de sair. - Fique aqui que eu vou pegar.
–Espera, Vitor...
–Não Érika. - deu ás costa a ela.
–E quanto ao beijo que nós trocamos? Você não tem nada a dizer?
–Não. - parou para responde-la mas, sem olhá-la diretamente.
–Tem certeza?
Vitor virou-se para traz e viu a moça de pé e caminhando em sua direção.
–O qu... E o seu tornozelo?
–Está ótimo, não se preocupe. - continuou, se aproximando do rapaz. - Foi a única maneira que eu encontrei de te trazer aqui.
Vitor a olhou com reprovação enquanto a ex lhe confessava tudo com a cara mais sínica que havia visto.
–Minha nossa... - ele deu meia volta, desistindo de dizer qualquer coisa a ela.
–Espera. - ela o agarrou pelo antebraço com uma mão e com a outra o segurou pela camisa. - Aqui vamos poder conversar sossegados.
–Eu não tenho nada pra falar com você. - disse encarando-a para que ela tivesse certeza de suas palavras.
–Tudo bem, não precisamos falar. - o puxou para um beijo urgente.
Érika, que já tinha uma das mãos agarradas a camisa dele, tratou de segurá-lo com as duas.
Vitor tentou resistir, a segurou pelos braços com força porém, o beijo prosseguiu e ele a trouxe para mais perto de si. Perdendo completamente o controle ao sentir as mãos dela subindo por seu peito e indo em direção a sua nuca. Ele conhecia aquele beijo, aquele toque, aquele corpo que agora envolvia com seus braços e estava se deixando levar por tudo aquilo. Nada havia mudado, tudo era tão bom quanto ele se lembrava. Ela sabia como enfeitiçá-lo e envolvê-lo, sempre soube.
Ao sentir as mãos de Vitor agarrarem sua cintura com possessividade, Érika, mais que de pressa, retirou a camisa que o rapaz usava. Vitor a prensou contra parede, voltando a beija-la enquanto tinhas sua costas arranhadas pelas unhas da loira.
–Só você me deixa assim, sabia? - disse ela com a boca livre, tendo seu pescoço como alvo dos beijos dele.
Ouvir a voz dela o fez despertar. Vitor parou e se afastou. Aquilo tudo era loucura e ele teria que sair de lá antes que fizesse uma besteira.
–O que foi? - perguntou Érika. - Por que você parou?
–Por que não vai acontecer nada entre a gente.
–Você não pode negar que me beijou com o mesmo desejo que tinha por mim. Parece que isso não mudou.
Ele não deu ouvidos à ela, apenas recolheu sua camisa do chão e preparou-se para sair. Érika correu e o alcançou, pulando na frente de Vitor e o impedindo de chegar a porta.
–Sai da minha frente e me deixa passar.
Ela riu por estar se divertindo com a tentativa dele de fugir dela.
–Chega Érika, eu não vou pedir de novo.
–Por que isso? É por causa dela?
–O que? Do que você está falando?
–Isso é ridículo Vitor. Deu uma olhada naquela sua namorada e ela é uma completa "sem sal". Não é mulher pra você. - sorriu. - E você precisa de uma mulher de verdade. - levou os abraços até ele na intenção de abraçá-lo.
Porém ele não permitiu, ouvi-la falar daquele jeito o deixou mais que irritado. Érika o fitou confusa e disposta a provocá-lo.
–Vitor, não vai me dizer que você gosta mesmo dela, por favor, né? E por que mesmo que você está com ela ainda? Nem...
–Chega. Não vou ficar aqui te ouvindo. - ele tentou passar por ela, mas Érika se jogou em sua frente outra vez.
–Está na cara que ela não te satisfaz. - observou ele elevando um pouco a voz para chamar lhe a atenção. - Caso contrário você não teria vindo pra cima de mim da maneira como você veio.
Ela insistiu e a indireta foi capaz de fazê-lo parar. Érika continuou enquanto se aproximava sorrateiramente dele.
–Ou, - a loira começou já bem mais perto dele agora. - será que você sentiu tanta assim a minha falta, hein, Vitor? - lançou a pergunta e depositou um beijo no pescoço do rapaz.
O contato entre eles fez Vitor ofegar e Érika sorrir de canto. Ela estava conseguindo o que queria.
–Admita e pare de resistir. - disse a loira levando os lábios até os dele.
–Mais que droga Érika! - se livrou dos braços dela. - Vamos falar sério então. - deu um passo para longe dela.
Ela sorriu com a reação do ex que parecia acuado e vulnerável ali tentando se recompor.
–Por que você veio atras de mim depois de tanto tempo?
–Já disse, senti sua falta, queria te ver. Mesmo depois de todo esse tempo em que ficamos separados eu não parei de pensar em você. - afirmou fazendo cara de dengosa e tentando convencê-lo. - Por isso.
–Chega né?! Você não pode ser tão sínica assim.
–Você pediu pra falarmos sério, não foi? E é o que eu estou fazendo. - a moça se irritou. - É verdade Vitor, triste mas é verdade. Precisei te perder pra enxergar que gostava de você. Que também te amava.
Vitor a fitou duvidoso. Haveria mesmo verdade naquelas palavras?
–Não acha que é um pouco tarde?
–Talvez não, já que você parece sentir algum sentimento por mim ainda. - soltou um sorriso de canto. - Parece que nada mudou e sendo assim, acho que se nós dois ainda queremos, devemos nos dar mais uma chance.
Vitor ficou em silêncio por alguns segundos enquanto fitava os olhos dela. Houve uma confusão dentro do Navarro naquela hora. Sua ex namorada havia voltado, reconhecido seu erro e queria uma outra chance para que pudessem ficar juntos. A pergunta era, ele deveria dar a ela essa chance?
–Não.
–O que?
–Eu estou com pessoa.
Na mesma hora a loira soltou uma risada de deboche.
–Não me faça rir. Aquela garota? Você precisa de uma mulher de verdade Vitor.
–Obrigado pelo conselho mas eu tenho tudo que preciso com ela. - tentou passar pela moça, que permanecia em sua frente.
–Eu não duvido que você sinta alguma coisa por ela mas, com certeza não foi ou é forte o suficiente para fazer você me esquecer. - provocou.
Vitor se sentiu encurralado, assim como sempre sem se sentia com ela. Érika fora a única a conseguir intimidá-lo, o deixava sem ação. Respirou fundo, tentando se manter calmo, queria resolver logo aquilo.
–Eu te amava muito, você não tem ideia do quanto. O que eu sentia você era verdadeiro Érika, era sincero.
–Eu sei que sim Vitor, e foi por isso que eu voltei, para podermos ficar juntos e...
–Acho que você não me ouviu direito. - a interrompeu. - Eu disse que era. - deu um tempo para que entendesse. - Já era e, não existe mais.
Enfim alcançou a porta e pode sair.
... ... ...
Na manhã seguinte...
Emily acordou. Abrindo os olhos e se vendo sozinha ali naquela enorme cama de casal, parou por alguns instantes pensando em como sua vida havia mudado nas últimas semanas. Mas, será que era realmente isso que queria? Sentou-se ainda pensativa, mas foi interrompida pela porta que fora aberta cuidadosamente pelo dono da casa.
Thomas adentrou o cômodo trazendo uma bandeja de café da manhã.
–Acordou agora?
–Sim, agorinha.
–Desculpe por ter te deixado sozinha mas é que eu não resisti em preparar o café pra você.
Ele apoiou a bandeja sobre a cama, sentou-se o lado dela.
–Bom dia! - a beijou.
Emily o retribuiu porém, um pouco acanhada.
–O que foi? - perguntou ele acariciando o rosto dela.
–Nada, só, estou tentando me acostumar com a ideia. Só isso.
–Que bom! - ele sorriu. - Que bom saber que está tentando. - a beijou novamente.
Ele parecia estar conseguindo. Foi a primeira vez desde que tudo aconteceu que Emily não pensou no marido.
Iria superar... Iria superar?


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Notas finais do capítulo

Pergunta rápida: Alguém aí se roeu de raiva lendo o capítulo??
kkk ^^
É, parece que o Thomas conseguiu fisgar a Emily...
Érika, desculpe meu bem, mas parece que você é mesmo assunto encerrado na vida do Vitor agora ^^ Sinto muito. Talvez não sinta ;)
Então, o que acharam da reação do Vitor??? E da Emily???
Será mesmo que esses dois (Vitor e Emily) se decidiram?? E será mesmo que aqueles outros dois (Thomas e principalmente Érika) vão desistir??
Só esperando pra saber, né?! Então esperem com carinho :) Prometo não demorar.
Nos vemos no ano que vem!!
Beijoss meuss!!!