Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espelho, Espelho meu, existe alguém mais atrapalhada do que eu??Então gente, só deepois eu percebi que a sinopse fala sobre um futuro distante... Daí, eu estou avisando pra que ninguém fique perdido na hora de ler, porque a história está sendo escrita de maneira que vai mostrar como tudo começou.Desde já, peço desculpas por esse erro e qualquer outro que vocês encontrem pelo caminho.Prometo ter mais atenção.



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O velocímetro no painel do carro disparava à medida que pisava no acelerador. Estava estressado e sua raiva só aumentava cada vez mais ao se lembrava da milésima discussão que havia tido com sua mãe, só nos últimos trinta dias, era sempre o mesmo motivo. Não aguentava mais aquela situação, queria resolver aquilo logo e de uma vez.

Chegando ao seu destino, a faculdade em que cursava o último ano de ciências econômicas, estava mais calmo. Sabia que essa não era a primeira e nem seria a última discussão que teria com a mãe, isso a menos que tomasse uma decisão.

Ao se aproximar das escadas que davam acesso às salas, ouviu uma voz familiar chamar por seu nome.

­-E aí Vitor, valeu ter passado lá em casa pra me dar uma carona como você disse que iria. – disse um rapaz simpático, esse, seu amigo de infância.

–Foi mal Paulo, é que...

–Nem precisa falar porque pela sua cara, você e a sua mãe brigaram de novo, né?!

–É, e eu não quero falar sobre isso.

–Cara, eu te falei pra não esquentar a cabeça com isso agora, espera mais um tempo que com certeza a sua mãe vai acabar cedendo .

–E eu vou esperar até quando? Ela tem que entender que não pode mandar na minha vida.

A tentativa de acalmar o amigo fora mais uma vez em vão. Os rapazes preferiram não mais tocar no assunto. Foram para a sala.

...

Tiveram um dia normal de aula, mas Vitor ainda martelava em sua mente a briga que tivera mais cedo. Definitivamente não se conformava com a insistência da mãe em manter antigas tradições de família.

Pertenciam a uma das famílias mais respeitáveis da região por serem uma das poucas famílias a possuírem antepassados da nobreza, o que enchia ainda mais o orgulho da senhora descendente da família Navarro.

Uma das exigências para com o filho do meio, era que só teria acesso a herança que lhe era de direto, depois que se casasse. Exigência essa que foi recebida sem muito empecilho pelo irmão mais velho de Vitor, que já estava casado há um ano e quatro meses com sua esposa Emily.

Atitude essa que lhe causou muita indignação, mas talvez não tanto quanto o fato de que mesmo depois de mais de um ano casado, seu irmão ainda insistia em morar junto com os pais. Alegava que a casa dos pais mais parecia um palácio de tão grande e por isso havia espaço suficiente para todos.

As brigas de Vitor com sua mãe Marta eram frequentes. Sempre fora exigente com os três filhos desde a infância deles, o que causava desde a época indignação em Vitor.

O sinal do intervalo disparou dispersando o rapaz de seus pensamentos e o fazendo voltar à realidade.

–Ei Vitor... - Paulo o chamou ao vê-lo se levantar.

Mas ele saiu da sala sem esperar pelo amigo. Não queria mais ficar ali, iria para qualquer lugar e tentar esfriar a cabeça.

...

Passava pelo pátio, que daria acesso ao estacionamento, quando ouviu alguém que falava ao telefone. Uma voz feminina.

–Eu estou saindo agora da faculdade e vou tentar chegar o mais rápido possível.

A voz da moça que vinha atrás de si parecia aflita, o que fez com que prendesse sua atenção a conversa que ala estava tendo ao celular.

–Me passa o endereço e o nome do hospital que..., eu dou um jeito de chegar aí.

Realmente ela estava bem aflita e não era pra menos, ele tinha ouvido algo sobre ir ao hospital e pode perceber um nervosismo ainda maior na voz dela.

–Tá, entendi, vou desligar. Obrigada por me avisar.

Ela desligou o celular e apressou os passos para o portão. Quando passava pelo rapaz, ele meio que por impulso a chamou, ela também movida por impulso parou.

–Ei! Eu, acabei ouvindo a sua conversa e, se você estiver precisando de ajuda, eu tô de carro e posso te levar se você quiser.

A moça não pensou duas vezes, estava muito preocupada com a pessoa que havia sido levada para o hospital.

Eles entraram no carro e seguirão para o endereço que a tinha passado. Chegando lá foram direto para a recepção.

–Por favor, eu estou procurando Laura dos Santos, eu sou sobrinha dela.

A recepcionista pediu para que a moça aguardasse na sala de espera até que tivesse alguma informação sobre a tia da moça. Ela insistiu, mas a mulher repetiu tudo oque já havia dito.

Estava ansiosa andando de um lado para o outro, e sua preocupação só aumentou quando se lembrou das frequentes dores que sua tia vinha sentindo de uns tempos pra cá.

Vitor ainda estava com ela e tentou acalmá-la.

–É..., a gente acabou esquecendo de se apresentar um para o outro..., eu sou Vitor. - estendeu a mão para cumprimentá-la.

–Nossa, eu fiquei tão perdida com tudo isso. Eu me chamo Amanda. – estendeu a mão para o rapaz também. – Obrigada por ter me trazido até aqui.

–Claro, sem problema. Agora que tal você se sentar? Eu vou te buscar um copo d’água.

Ela mais uma vez agradeceu ao rapaz se acomodando em uma das confortáveis cadeiras da sala de espera.

Ele logo voltou com a água e sentou-se na cadeira ao lado. A moça o agradeceu, tomou um curto gole e se pôs em silêncio.

–Você não vai ligar pra mais alguém para avisar que a sua tia está no hospital?

–Na verdade, minha tia e eu só temos uma à outra. Eu moro com ela desde que, a minha mãe morreu.

Amanda não disse mais nada, apenas voltou seu olhar para o copo em suas mãos. Vitor também não disse palavra alguma. Estava um tanto espantado pensando em como uma garota tão simples, aparentemente comum podia estar passando por problemas assim.

Não soube dizer o porque, talvez por educação, ele decidiu ficar ali com ela etá que tivessem alguma resposta.

Agora um silêncio predominava entre eles. É claro que havia muito falatório e movimentação no hospital, mas a falta de palavras começava a incomodá-los. Ambos se perguntavam aonde tinha se metido a tal recepcionista.

Longos minutos depois, faziam quase horas para falar a verdade, ela volta ao seu balcão. Amanda levantou-se da cadeira, estava ansiosa por notícias da tia.

–Moça, o médico disse que virá em instantes para falar com você.

O médico? Isso era um mal sinal, pensaram ambos os jovens ali.

–Mas e a minha tia como ela está? O que aconteceu com ela?

–Desculpe-me moça, mas só o médico pode responder o que foi. A única coisa que eu sei é que ela já está melhor. - disse sem preocupação nenhuma de tranquilizar a moça e voltando aos seus afazeres.

Amanda virou-se para Vitor que estava de pé ao seu lado.

–Vitor eu te agradeço mais uma vez mas, acho que é melhor você ir pra casa porque já é bem tarde e a sua família deve estar preocupada.

Sua casa, esse é era o único lugar onde ele não queria ir, pelo menos não hoje. Mas depois de tudo que havia ocorrido naquele dia, ele achou melhor ir mesmo.

–Mas...

–Tá tudo bem, eu vou ficar bem.

Ela afirmou com tanta certeza, que ele não relutou. Despediu-se dela e saiu.

No hospital, Amanda esperava notícias sobre a tia. Já era tarde, umas onze da noite, quando o médico apareceu para falar com a moça.

–Você é sobrinha da Laura, certo?

–Sim, sou eu. Como é que ela está doutor? Eu já posso vê-la?

–Sim, mas não agora. Primeiro eu quero falar com você sobre a saúde da sua tia.

As palavras do médico só serviram pra deixa-la ainda mais preocupada e nervosa. Já fazia algum tempo que sua tia vinha se queixando de dores e não importava o quanto à sobrinha dissesse para ir ao médico ver o que estava lhe causando tal incomodo. Alegava que pelo fato de ter trabalhar não tinha tempo e apelava para a automedicação. Seguirão pelo corredor, a caminho do quarto onde Laura estava internada.

–Me diz doutor, o que a minha tia tem?

–Em um dos exames que foram feitos, descobrimos que a sua tia tem endometriose.

–E o que é isso?

–Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicarem e estarem preparadas para receber um óvulo fertilizado. A mucosa aumenta de tamanho e fica mais espessa. Se essas células (chamadas de células endometriais) crescerem fora do útero, surge a endometriose.

–Bem, ela com certeza deve ter se queixado de dores na região do abdômen...

–Sim, e não importava quantos ou quais remédios ela tomasse, as dores não paravam.

–Os principais sintomas da endometriose são a infertilidade e a dor pélvica crônica. As dores podem ocorrer antes ou durante o período menstrual. Ela surge de repente, trazendo transtorno físico, psíquico e social para a paciente. E nos casos extremos, sintomas intestinais cíclicos, como diarreia, sangramentos e dor, problemas urinários diversos, como urinar em excesso, sangramentos e dor.

–E essa doença tem algum tratamento?

–Casos moderados e graves frequentemente necessitam de cirurgia para remover as células endometriais. Nos casos mais graves pode ser necessário a remoção de partes de órgãos como útero, ovários, tubas ou de porções do intestino.

–E o caso dela é grave?

–O caso dela ainda é moderado, mas já está bem avançado. O indicado é que ela passe por uma cirurgia o quanto antes para que a doença não entre em um estágio ainda mais grave.

–E como seria essa cirurgia?

–O tratamento mais indicado para as endometrioses profundas é o cirúrgico. Consiste na retirada de todo o tecido que esteja comprometido pela endometriose. Trata-se da cirurgia auxiliada por robô e com visão em 3D, que é menos invasiva e pode dar melhores resultados.

Uma enfermeira aparece, o médico estava sendo chamado. Ele saiu e ela permaneceu ali no corredor por um tempo, pensando. Sabia que não tinham condições de pagarem os remédios e a cirurgia da qual Laura precisava.

O que fazer? Se perguntava a jovem completamente perdida.

...

Ainda no hospital, no quarto, a tia de Amanda dormia. A moça, ao lado observava a mulher enquanto voltava seus pensamentos para a conversa que teve com o médico minutos atrás.

–O que vamos fazer tia? – sussurrou enquanto divagava em seus pensamentos tentando achar uma solução.

...

Ao chegar em casa, Vitor foi direto para seu quarto, nem se deu ao trabalho de ver se alguém ainda estava acordado. Tomou um banho frio como de costume. Deitou-se na cama e tentou não pensar em nada para que pudesse finalmente dormir.

Mas em meio ao silêncio daquele quarto, uma lembrança lhe veio à mente, o nome da moça. Na hora em que se apresentaram não reparou direito, mas era um nome muito bonito.

Deixou os pensamentos de lado e finalmente dormiu.


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Notas finais do capítulo

Essa história, para falar a verdade, ainda esta em teste. Isso porque eu até tenho a ideia mais não sei se vai dar pra continuar postando. Bem, vamos ver no que vai dar!Por favor me ajudem comentando e dizendo o que acharam. Assim fique mais fácil pra essa autora novata :)