Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 22
Descobertas em Paris


Notas iniciais do capítulo

ALÔ, BRASIL, O NYAH TÁ DE VOLTA! Já era pra esse capítulo estar aqui há séculos, maaaas o Nyah saiu do ar e todos nós ficamos tristes. Eu entrava todos os dias pra ver se o site já estava normal, mas a decepção em ver que continuava a mesma m*rda era tanta que eu parei de checar e voilá, o site está de volta já fazem quatro dias e eu nem tinha notado sduhusdfgh Enfim, tá aqui o capítulo querido de vocês.

O capítulo sucessor deste já está pronto, mas como eu sou malvada, só vou colocar na semana que vem huehuehue Não terão respostas para os comentários agora, porque vamos ter muito o que conversar nas notas finais do próximo capítulo hihi. Beijocas, e boa leitura!

PS: Obrigada b4izen pela recomendação bonitona que você deixou o/



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22. Descobertas em Paris

Nova York, Estados Unidos

Harold Waldorf olhou ao redor, um tanto impressionado. Ele estava no Empire Hotel para uma reunião marcada com Charles Bass, e teve de concordar que o homem tinha bom gosto e mãos de ferro para administrar uma rede hoteleira daquela proporção. O Empire era sofisticado, elegante, e somente a nata da sociedade o frequentava, não importava a temporada. Enquanto analisava os pilares de mármore da recepção, um agente aproximou-se dele e o cumprimentou.

– Boa tarde, Sr. Waldorf. - O homem alto, corpulento e louro balançou sua mão - Acredito que esteja aqui para a reunião com o Sr. Bass.

– Exato. - Harold retribuiu, secamente.

– Eu sou Jeremy, assessor do hotel. Siga-me, por favor.

Os dois entraram no elevador de ferro e foram até o penúltimo andar, onde ficava o escritório da administração do Empire e a sala de reuniões. Jeremy levou Harold até uma enorme porta de mogno negro e bateu duas vezes na mesma.

– Sr. Bass, o Sr. Waldorf está aqui. - O louro falou. Chuck respondeu um "Entre" e Jeremy abriu a porta para o governador.

Chuck estava sentado em sua poltrona de couro, analisando papéis e sendo o homem de negócios que era. Ele largou a caneta de nanquim que estava usando para assinar alguns contratos de lado e foi até Harold, ficando cara a cara, frente a frente com o homem que ele secretamente chamava de "sogro" (Blair ria quando ele fazia isso, mas era a mais pura verdade). Os dois se encararam nos olhos por um breve segundo até que Chuck estendeu a mão direita para cumprimentá-lo.

– Boa tarde, Senhor Waldorf. - Ele falou, com a voz firme porém calma - Que honra ter o governador em meu escritório.

Harold olhou para a mão que estava estendida e, de forma um tanto relutante, a pegou e trocou um aperto de mão.

– Espero que esteja ciente de que os assuntos tratados nesta sala não poderão nunca sair daqui, Senhor Bass. Não estou aqui para brincadeiras.

– Ah, eu sei que não. - Chuck sorriu - Apesar do que alguns falam, sou um homem sério e de confiança. Por favor, sente-se.

Os dois tomaram seus devidos lugares. Harold sentou-se ereto na cadeira em frente à escrivaninha de Chuck, e colocou as duas mãos cruzadas uma em cima da outra sob a mesa de pinheiro.

– Antes de começarmos... - O governador fez uma pausa - Gostaria de saber mais sobre o seu trabalho, Senhor Bass. O que faz exatamente? Apenas administra esta cadeia de hotéis?

Chuck correu os dois polegares sob os seus suspensórios, pensativo.

– Bom, a administração de uma rede hoteleira não é nada fácil. Preciso estar de olho em tudo sempre, apesar de dispor de uma equipe competente que faz o trabalho por mim quando não estou presente. É claro que também trato de outros assuntos, assuntos estes pelos quais o senhor está aqui - Chuck piscou - Mas os detalhes cruciais não vem ao caso. Então, Nathan Lewis Miller?

Harold pigarreou, surpreso por Chuck ser tão direto.

– Exato. Nathan Lewis Miller. Quero este homem fora do meu caminho para concorrer à governador novamente, e gostaria de saber como você e seus...homens... podem me ajudar.

Chuck pegou a caneta de nanquim e a girou nos dedos, pensativo. Depois de um silêncio de mais ou menos dez segundos, ele falou:

– O que está disposto à fazer para me ajudar?

– Disponho de qualquer quantia em dinheiro que precisar.

– Com todo o respeito, Sr. Waldorf, dinheiro é o que não me falta.

– Podemos discutir sobre as fichas sujas que seus guardas dispõem nas cadeias americanos ao redor dos Estados Unidos. - Harold tentou - Após resolvermos este pequeno problema da eleição, a polícia e o governo não mais serão um problema para você.

– Hummm, bem... não temos este tipo de problema.

O rosto de Harold ficou vermelho de frustração.

– O que quer então?!

Chuck abriu a boca para falar, mas a fechou logo em seguida. O nome "Blair" estava na ponta de sua língua, pronta para ser dita - mas ele sabia que o homem ficaria furioso caso ele pedisse a filha em troca. Chuck prometeu à Blair que iria ajudá-la, e sabia que a recompensa viria depois - tarde, mas mesmo assim, era melhor do que nunca. Por isso, ele suspirou e colocou os cotovelos na escrivaninha.

– Podemos discutir isso mais tarde. Vamos aos negócios.

XOXOXOXOX

Paris, França

Serena, Blair e Eleanor finalmente haviam chego em terras francesas, e desde o desembarque em Paris, Eleanor não parou nenhum minuto no hotel para que pudesse organizar seu roteiro de participação na semana de moda parisiense. Notas na seção social do jornal Le France falavam sobre as Waldorf recém chegadas de Nova York, e revistas femininas comentavam sobre o vestuário escolhido pela american darling Blair Waldorf para desembarcar na França com louvor.

– Você adora uma audiência, não? - Serena riu, bebendo um gole do chá quente de sua xícara. As duas estavam em uma pequena confeitaria no centro da cidade, e uma revista contendo uma foto de Blair em um lindo vestido azul Jacques Doucet de cintura baixa estava estampada em uma das páginas centrais.

– O que posso fazer se todos querem saber o que faço e o que visto? São como as coisas funcionam, S. - Blair respondeu, dando de ombros - Aliás, estas francesas realmente deveriam parar de usar tanto perfume, meu nariz está coçando.

– Eu gosto da nova fragrância lançada por aquela estilista daqui, Coco Chanel. Como é mesmo o nome?

– Chanel nº 5.

– Isso! Um cheiro tão diferente dos perfumes comuns dos Estados Unidos.

– Concordo com você. - Blair mordeu um pequeno macaroon - Pedi para minha mãe trazer um vidro para mim assim que voltasse do estúdio de modelagem.

– Ahhh, você tem de me deixar usar um pouco dele! Este perfume em particular ainda não chegou em Nova York e estou louca para comprar um vidro.

– Claro, mas só se você me deixar usar aquele seu batom da Helena Rubinstein que eu adoro.

Serena estendeu o braço e as duas trocaram um aperto de mãos.

– Trato feito, mas o perfume vem primeiro. - A loura falou, e após uma pequena pausa, as duas começaram a rir.

– Você é uma figura e tanto, S. - Blair falou, ainda rindo. - Mas eu gosto de você.

– Já que você gosta tanto assim de mim, que tal me acompanhar em um passeio de bicicleta nos arredores dos vinhedos franceses? Não há quase ninguém por lá e podemos pedalar tranquilas.

Blair torceu o nariz um pouco.

– Está um tanto frio, não sei se é uma boa ideia. Porque não visitamos as boutiques que ficam ao sul de Paris?

– Mas, B, nós já fomos em todas as lojas possíveis! Vamos respirar um pouco de ar puro, por favor! - Sua melhor amiga pediu, juntando as duas mãos e curvando os lábios para baixo, fazendo uma cara triste. Blair continuou incerta.

– Bicicletas, terra...

– Faz parte, mas eu tenho certeza que você vai gostar. Podemos até colher algumas flores no caminho!

Blair suspirou e revirou os olhos para sua melhor amiga.

– Tudo bem, você venceu. Amanhã pela manhã podemos pegar as bicicletas e pedalar até os vinhedos.

XOXOXO

Harold Waldorf largou seu paletó em cima da cama king size da suíte, e sentou-se na beirada do colchão, pensativo. Ele havia acabado de fechar negócio com o último homem a quem ele pediria ajuda, o último homem em que ele pensava que poderia salvar a sua carreira política. Charles, apesar de aparentar ser um homem fútil e sem limites, se mostrou inteligente e ambicioso, tramando com detalhes a ascensão de Harold de volta ao topo da preferência do povo americano. Depois de uma longa conversa, no qual Chuck lhe contou sobre os podres de Nathan Lewis Miller e as trapaças por trás do concorrente que atualmente era o favorito à governador, o Sr. Waldorf decidiu não economizar no contra ataque.

– O senhor não deve se preocupar com muita coisa. - Chuck lhe disse - Temos alguns amigos no governo que podem agilizar mais rapidamente a cassação de Miller.

– Amigos no governo?

– Isso. - O mafioso sorriu - Amigos.

Harold não tinha gostado nada de saber que haviam infiltrados entre seus subordinados e companheiros na Casa Branca, mas ele tinha de aceitar - afinal, eram estes amigos que lhe ajudariam.

Chuck Bass não havia pedido muita coisa em troca: anulação de tarifas alfandegárias para embarcações pertencentes à máfia e que seu nome fosse citado quando fosse feito o discurso de posse. Harold concordou com ambos os pedidos, e perguntou:

– Nada mais em mente?

Chuck hesitou, pareceu que falaria algo, mas concluiu:

– Não, nada mais.

Mesmo após um acordo sem problemas, o clima entre os dois ainda era um tanto tenso. Harold deixou o hotel pensativo, preocupado, e não conseguia parar de se perguntar se aquela seria uma boa escolha para salvar seu cargo. "Você tem de confiar em mim", era o que sua filha Blair tinha dito, e ele realmente esperava que ela estivesse certa.

XOXOXOX

Paris, França

O sol francês brilhava no céu, e o ar gelado do inverno batia delicadamente contra os casacos de tweed das garotas que circulavam pelas boutiques das avenidas mais famosas do país. Eleanor insistira para que Blair e Serena viessem com ela para o desfile que aconteceria naquela tarde, mas induzida por um beliscão de sua melhor amiga, Blair recusou:

– Vamos aos vinhedos hoje, mãe. Serena e eu recolheremos algumas flores e vamos aproveitar para conhecer os arredores.

Eleanor franziu o cenho.

– Arredores? Desde quando você se interessa por plantas e asfaltos de areia?

Serena interviu.

– O ar naquela região é divino, Sra. Waldorf. Vamos até lá pedalar um pouco, mas estaremos de volta o mais rápido possível para assistirmos o seu desfile.

– Bem, se é assim... Mas não voltem tarde.

As duas garotas concordaram. O hotel em que estavam hospedadas fornecia aluguel de bicicletas, e com dois lindos modelos rosa bebê em sua disposição, Blair e Serena percorreram as ruas movimentadas de Paris até alcançarem a região menos povoada da cidade. Assim que foram entrando no interior, lindas flores que enfeitavam as beiradas das estradas de terra começaram a aparecer, e o ar era perfumado com essência doce das uvas negras que enfeitavam a paisagem. Blair respirou fundo e sorriu.

– É lindo aqui! - Ela falou, seu tom de voz um pouco mais alto que o normal por causa do barulho do vento e dos pneus correndo contra a terra.

– Não é?! Vamos virar, quero ver de perto as uvas daquele lado!

Elas viraram o guidão das bicicletas e aumentaram a velocidade. As pequenas pedrinhas do chão de terra batida voavam para os lados quando os pneus passavam correndo, mas uma grande pedra, que estava no meio do caminho de Blair, passou despercebida. A bicicleta trancou na pedra e o pneu raspou no chão, fazendo com que Blair caísse e batesse o joelho e a cabeça com força na areia escura das estradas dos vinhedos.

– B!! - Serena gritou, largando a sua bicicleta imediatamente e ajoelhando-se ao lado da amiga, que estava deitada no chão - Meu Deus, B, está tudo bem?!

Blair tentou levantar, mas não conseguiu. Ela estava sentindo tonturas e uma forte ardência na parte traseira de sua cabeça e nos joelhos, que ficaram severamente machucados. Com a mão suja de terra, Blair tateou a sua cabeça e logo depois olhou para a ponta de seus dedos: estavam sujos de sangue.

– Ah, céus - Serena gemeu, olhando para o líquido viscoso e vermelho que manchava os cabelos de Blair - Fale alguma coisa, por favor!

– Meus joelhos - A morena gemeu - Estão doendo muito...

– Okay, fique calma - Serena murmurou - Deixe-me ver a sua cabeça... Awch. Tem um corte aqui.

Blair apoiou as mãos no chão e se sentou, com dificuldade. A tontura ainda não havia passado e ela fechou os olhos, tentando aliviar a sensação de desconforto.

– Quando conseguir levantar, me avise. - Ela ouviu a voz de Serena ao seu lado - Vamos imediatamente à um médico.

XOXOXOXOXO

Nova York, Estados Unidos

O Victrola estava fechado naquela noite para manutenção, limpeza e ensaio das dançarinas. Chuck estava sentado na poltrona em frente ao palco, tomando whisky e olhando para o nada. Seu dia com Harold Waldorf tinha sido um tanto tenso, mas satisfatório: ambas as partes saíram ganhando, e ele não via a hora de começar a colocar seus planos em ação. Blair deveria estar de volta da França na semana seguinte, e ele mal podia esperar para ver a sua morena e contar tudo que tinha acontecido.

– Dia difícil? - Nate sentou ao seu lado na poltrona, aparecendo de surpresa. Chuck piscou, saindo de seu estado pensativo, e olhou para o melhor amigo e parceiro.

– Eu não diria difícil, embora o homem parecesse prestes à explodir o tempo inteiro. - O mafioso comentou, terminando o seu whisky.

– É isso que você ganha quando faz acordos com Harold Waldorf. - O louro arqueou uma sobrancelha - Blair realmente faz mágica, não?

Chuck revirou os olhos.

– Foi uma questão de estratégia, Nathaniel. Eu nunca concordaria em fazer algo a favor de Harold caso não saísse ganhando com alguma coisa.

– O que, neste caso, é Blair.

– Indiretamente.

– Diretamente.

Chuck não respondeu, e Nate riu.

– Bem, eu espero que você esteja lidando bem com esta coisa chamada "saudades" - Ele falou, levantando-se da poltrona para ir embora - Eu sei que eu estou louco para ver Serena novamente. Até mais!

Chuck deu um breve aceno de "até logo" e deixou seus pensamentos viajaram novamente. Quando estava prestes a ir até o bar para repôr o seu whisky, uma das dançarinas do Victrola sentou-se onde Nate anteriormente estava e lhe pegou a mão.

– Ouvi dizer que a Srta. Waldorf está na França, Sr. Bass.

– Correto. - Chuck respondeu, alternando seu olhar entre a mão da moça e a sua.

– Bem... - Ela sussurrou, e correu seus dedos ao longo da extensão do braço musculoso de Chuck - Enquanto ela não volta, porque não me ajuda com o ensaio?

– Não tenho interesse nisso, Alisson, obrigado.

– Você costumava ter.

– Alisson. - Chuck a repreendeu, afastando-se das mãos da dançarina - Já chega. Acho melhor você voltar para o seu ensaio e eu voltar para os meus negócios.

Com isso, Chuck levantou-se abruptamente da poltrona e foi embora, deixando para trás uma Alisson frustrada. Outra dançarina, que assistiu toda cena, cruzou os braços e riu.

– Admita, Allie, o sr. Bass não nos pertence mais.

Alisson revirou os olhos.

– Não sei como ele suporta aquela riquinha sem sal.

XOXOXOXO

Paris, França

– Awch! - Blair sibilou quando o remédio entrou em contato com a ferida ainda aberta de seu joelho.

– Estamos prontos - O médico falou, finalizando o curativo - A queda foi feia, huh? Teve sorte que o ferimento em sua cabeça não tomou grandes proporções.

– Embora ainda doa. - Blair fez uma careta, sentindo a ardência do remédio em seus machucados.

– Deite-se na maca, por favor, Srta. Waldorf.

Blair fez o que lhe foi mandado, enquanto uma enfermeira entrou no consultório e entregou um grande envelope nas mãos do doutor. O médico francês, Dr. Gilles, retirou o conteúdo do envelope e analisou os raios X que foram tirados de Blair assim que a mesma chegou no pronto socorro. Depois de alguns segundos, Dr. Gilles fez um "uhum" animado.

– Como estou, doutor? Posso ir para casa? - Blair questionou, vendo a expressão satisfeita do médico.

– Achei que a senhorita havia fraturado algum osso no joelho ou machucado gravemente a cabeça, mas vejo que está tudo bem - Ele respondeu, retirando outra folha do envelope, desta vez um relatório - Ah, sim. Está tudo bem com o seu bebê, não se preocupe. Enquanto ao ferimento em sua cabeça e joelhos, troque o curativo de dois em dois dias, e se precisar de ajuda, volte aqui no consultório.

Blair sentiu seu coração parar, e sentou-se rapidamente na maca.

– O que o senhor disse?!

O médico a olhou.

– Disse que se precisar de ajuda para trocar os curativos, pode voltar aqui no consultório.

– Não, não, antes!

Desta vez, o doutor a encarou como se ela tivesse algum problema.

– ... Que está tudo bem com o seu bebê. Sabia que está grávida, não sabia?

Blair agarrou as beiradas da maca, sentindo todo o sangue fugindo do seu rosto e seu coração batendo violentamente no peito. Alheio à reação de sua paciente, o doutor voltou a ler os exames.

– Ah, sim, você está definitivamente grávida. Ossos do fêmur um tanto afastados, indicando que você está se encaminhando para o quarto mês de gestação e saindo do primeiro trimestre, o que é ótimo, já que não há mais riscos de um aborto espontâneo. Imagino que o seu marido esteja radiante com a novidade!


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Notas finais do capítulo

PS: Raio X já existia na década de 20, e era uma máquina gigante muito bizarra.