Lembranças do Passado escrita por Songbird, Songbird


Capítulo 10
A Volta de Anabela


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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POV Anabela

Desde que acordei do coma - há dois meses - sentia uma vontade imensa de fazer contato com minha família e lhes informar que eu estou bem, mas Damon acha que devo surpreendê-los e é isso que farei dentro de alguns dia.

Já estava cansada de olhar para as paredes do meu quarto hospitalar, mas meu médico, Dr. Stefan achou melhor me deixar em observação durante um mês. Eu achava que não era necessário, mas, sua experiência de médico estava correta. Um mês atrás tive uma parada cardíaca, o que resultou em mais algums semanas de observação.

Finalmente, depois de tudo eu e meu filho poderemos voltar para casa, para nosso lar.  O lugar em que nós pertencemos. Nosso lar.

Estávamos em um avião à caminho de Forks - Damon, Tonny e eu - e não poderia estar mais ansiosa.

Já era noite quando chegamos ao nosso destino. Era uma noite chuvosa em Forks. O que não era novidade.

Alugamos um carro e seguimos rumo ao nosso destino de viagem.

Meu bebê dormia confortavelmente em seu bebê conforto. Espero que ele não desperte ou estranhe a mudança climática em Forks. .

Ao chegar em frente a minha casa, eu suspirei. Minha casa, o lugar onde eu vivi os melhores anos da minha vida. 

Estava ansiosa para encontrar meu marido. Sentia falta dele, de seu corpo, de seus beijos, de suas carícias. Não via  a hora de ficarmos frente a frente. 

 Damon parecia incomodado.

— Você quer que eu vá com você? Sabe, você pode não gostar do que irá presenciar.

Não entendi o que ele estava tentando insinuar. Deveria ser algo para me deixar insegura.

Não dei muita importância para isso, estava concentrada em reencontrar o meu marido novamente.

— Não. Não será necessário. Eu quero lhe fazer uma surpresa. Você pode ficar aqui com Tony, por favor? Logo venho pegá-lo para apresetar  ele ao pai. 

Ele bugou, mas concordou. 

— Tudo bem. - Ele respondeu e olhou nos meus olhos. - Boa sorte Ana. Você vai precisar.

Ele sussurrou a última parte e não tive certeza se foi ele quem falou ou se era apenas minha imaginação.

Tive muita sorte pois a fechadura ainda continuava a mesma. Estranhei o fato de achar  algumas fotografias minhas e de Edward em cima da lareira, pois não me lembrava de tê-las tirado ou do local. Muito menos com uma criança que aparentava ter uns quatro ou cinco anos de idade.

A sala também havia sido reformada, aliás a casa inteira havia passado por reformas ao que parecia. Era um novo ambiente . Não se parecia em nada com a casa que eu morava meses atrás.

—O que será que aconteceu aqui, durante minha ausência.

Ouvi gemidos no andar superior e me surpreendi. Será que o que Damon insinuara era verdade?

Será que Edward depois de tão pouco tempo da minha morte já havia colocado outra no meu lugar? Não é possível. Ele me amava.

No caminho até o quarto havia roupas jogadas pelo chão. Roupas femininas que se mesclavam com as masculina.

A porta do quarto estava encostada e quando adentrei o ambiente visualizei a pior cena de minha vida.

Edward estava em cima de uma mulher que era idêntica a mim e estava fazendo sexo com ela.

No nosso quarto. Na nossa cama. Lugar onde tantas vezes foi testemunha do nosso amor e agora está testemunhando essa cena grotesca. 

—O que está acontecendo aqui?

Percebendo minha presença, Edward olhou para a porta assombrado.

— Ana..

A mulher se cobriu o melhor que pôde com o lençol e ficou calada de cabeça baixa enquanto Edward continuava perplexo.

Eu adentrei mais o quarto e olhei fixamente para ele.

— Quem é ela Edward? O que ela está fazendo na minha casa?

Edward ainda não tinha reação. Continuava perplexo. Somente quando eu avancei para cima daquela mulher e estava pronta para lhe dar uns bons tapas que ele despertou de seu estado de inércia.

— Não! Não ouse encostar um dedo nela Anabella! - Brandou com raiva.

Anabella? Ele nunca me chamava de Anabella. Eram só apelidos carinhosos.

No que essa mulher o transformou? Ela deve ter manipulado ele.

— Quem é ela? - repeti mais uma vez minha pergunta anterior - O que ela faz... Melhor, não importa o que ela faz aqui, quero ela fora da minha casa.

Estava indo em direção a porta quando ele falou firmemente. 

— Ela não vai Ana.

Eu virei lentamente e o olhei com raiva. A situação era pior do que eu pensava.

— Ana, por favor, me espere lá em baixo na sala para conversarmos. Desço em um minuto. - vendo que eu não o atendia ele apelou - Por favor, Ana.

Pensei em relutar, mas resolvi obedecer. Não sem antes lançar um olhar cheio de ódio e desprezo para a tal fulana.

Alguns minutos depois ele desceu já vestido, com uma expressão de angústia e parou na minha frente.

— Agora que estamos a sois, você poderia me explicar a cena que acabei de presenciar?

Ele repirou fundo e se moveu para a janela que havia ali na sala que tinha vista para o jardim.

— Ana, você precisa entender que para todos os efeitoa, você estava morta. Houve um atestado de óbito e um funeral com um corpo que estava dentro do caixão no dia de seu enterro. Meses depois que você foi enterrada, eu não suportei a no toda a pressão que estava passando, no que a minha vida estava se transformando, então eu... - Do ângulo que eu estava pude ver ele fechando os olhos e dando um pequeno sorriso. - Eu a reencontrei. Seu nome é Isabella e ela é uma pessoa muito especial para mim. Antes que você a julgue, permita-me contar a nossa história.

Eu não queria saber de história nenhuma, só queria que ela sumisse da vida do meu marido e da minha vida também.

Para derrotá-la eu precisava saber qual sua história, para saber qual estratégia usar com ela. Acenei com a mão expressamdo para que prosseguisse sua explicação.

— Eu conheci Isabella quando ainda estava no Ensino Médio, eu tinha voltado para morar com meus pais depois de longos anos morando com meu avó paterno em Nova York. Ela era empregada da minha família, assim como um dia a mãe e a tia, que era tutora dela foram. Me apaixonei perdidamente por ela desde que a vi pela primeira vez. Um dia, em uma festa que os meus irmãos deram, nós acabamos fazendo amor e... No outro dia soube que minha mãe e Maggie, a tinham expulsado de casa. Depois disso, eu terminei com Maggie e saí de casa. Terminei a escola e fui para a faculdade onde você e eu nos conhecemos. Eu peço que me perdoe Ana, mas hoje analisando nosso passado criteriosamente, o único motivo de ter me aproximado inicialmente de você é por serem idênticas. Idêntica a única mulher que mais amei em toda minha vida. 

Sentei no sofá de couro que estava atrás de mim enquanto tentava lembrar de como respirar. Senti um sentimento estranho se apossando de mim. Mágoa, raiva, rancor, ódio. Me sentia traída, enganada pelo homem que mais amei na vida. Não sabia o que pensar ou sentir, não sabia se meu coração ferido aguentava mais revelações.

— Quero que saiba que em todo nosso relacionamento, nunca fui infiel à você, só ocultei esse fato porque era uma coisa que ainda doía muito em mim para falar. Saiba que eu amei você, muito. Mas nunca com a mesma intensidade que amo Isabella. Meu amor por você foi construído, meu amor por Isabella é algo transcendental, a amo mais que a minha própria vida. - Ele se virou para mim e andou ate estar na minha frente novamente. Sentando no sofá que estava ao meu lado. Quatro meses atrás quando ia me matar, eu a reencontrei e descobri que tínhamos um filho e que eles estavam passando necessidades, nao pensei duas vezes,  eu a trouxe para cá pois ela não tinha casa e nem ninguém, discuti com a minha família e a verdade foi revelada. Isabella é sua irmã biológica, filha de Charlie Swan e Renee Dwyer. Amanhã ia oficializar nossa união na casa de seus pais a pedindo em casamento.

Baixei meus olhos e sussurro. Já não tinha forças para manter aquela discussão 

— Você não pode fazer isso. Ainda está casado comigo. Legalmente eu sou sua esposa e mãe de seu filho!

Ele me olhou com surpresa.

— Achei que...

— Que ele também estava morto? - o interrompi amargamente - Não, ele está vivo, saudável e se parece muito com você. É meu pequeno milagre.

De repente sua expressão se transformou em puro êxtase.

— Onde ele está? Porque não veio com você?

— Ele está lá fora, com um amigo. Amanhã eu venho e trago ele e nós..., poderemos conversar com mais calma sobre o que aconteceu comigo. Já tive minha cota de revelações por hoje, preciso descansar.

Levantei do sofá e rumei apressadmente para a porta. 

Ele me encarou preocupado.

— Para onde você vai?

— Por enquanto, para a casa desse amigo. Até amanhã Edward.

— Até... Ana.

Saí de lá sem olhar para trás e entrei no carro de Damon o fechando com toda minha força.

— Ei, calma. - ele reclamou - Você demorou. O que aconteceu?

— A situação é muito pior do que eu imaginava Damon, ele tem outra, tem um filho com ela e planeja pedir ela em casamento. Como ele pôde fazer isso comigo? 

Ele me olhou surpreso mas era claro que ele não estava infeliz com a notícia, ao contrário via alegria em seu olhar.

— E o que você vai fazer? Vai dar o divórcio à ele?

— Não! Edward é meu e de mais ninguém. Lutarei por ele até o final. Ele voltará a ser só meu. Nem que para isso tenha que passar por cima de todos os meus princípios. - o olhei com uma expressão cansada - Agora, você pode me levar para sua casa? Preciso descançar, o que eu vi aqui foi demais pra minha cabeça.

Ele deu um sorriso irônico para mim, mas obedeceu.

— Claro, seu desejo é uma ordem.

Enquanto ele dirigia rumo à mansão dos Salvatore me peguei pensando o que eu faria de agora em diante.

Será que passar por cima de minha família e de tudo o que eu creio e acredito era mesmo uma boa opção?


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Notas finais do capítulo

Reviews são o combustível de qualquer história ;)



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