Enjoy the Silence escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 16
XV. Voltando atrás por fraqueza.


Notas iniciais do capítulo

É... eu não respondi os comentários, mas em breve vou o fazer, sim? Eu li e adorei todos ♥ obrigada a todas que comentaram e fizeram meu dia mais feliz, srsly. Vocês são demais, garotas! E... eu estou animada por ter comprado a/ a/ Insurgente (Veronica Roth ♥ ♥ ♥) e O Teorema Katherine do perfeito John Green ♥ por isso que eu vim postar sem responder os comentários a a a a ♥ ai gente, plmdds, eu super indico os livros do John, ele é super genial. Sério. Leiam as notas finais, sim? beijos! Não se esqueçam de comentar, vou adorar ler!



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Pensei que só seria aquele beijo sedento, tive a vã esperança que depois que ele se desgrudasse de mim, ele resolvesse me explicar o motivo de sua presença. Mas não. Edward não me soltou daquele beijo por alguns vários minutos, suas mãos bêbadas tateando a minha cintura e descendo até as minhas coxas para levar-me a entrelaçá-las em sua cintura. Nunca o vi daquele jeito, nunca provei dos seus beijos daquele jeito.

Não era ruim, o que estragava tudo era o fato de ele estar completamente bêbado e não saber o que estava fazendo. Edward apenas… recorreu a mim em um momento de embriaguez. Isso, sim, demonstrava o que eu era de verdade para ele. Foi a partir daquele pensamento que eu comecei a parar de retribuir ao seu beijo faminto, parei de tocar sua nuca com as pontas dos dedos e entrelaçar a mão em seu cabelo.

— Edward. — O chamei.

Seus lábios deslizaram por meu pescoço no mesmo momento que ele me deitou no sofá, ficando por cima de mim de uma forma que me aterrorizou. Eu conhecia o Edward, sim, mas não o Edward que ele era quando estava bêbado daquele jeito. Não sabia o que ele era capaz de fazer, sequer sabia se ele estava me reconhecendo! Eu nunca havia me sentindo tão humilhada como naquele momento.

Fiz força para me separar dele, empurrando seu peito com as duas mãos espalmadas, tive de reprimir a vontade de acariciá-lo como faria em situações normais. Precisei deslizar meu tronco para o braço do sofá e me encolher, olhando temerosamente para Edward que tinha o olhar cravado em meu rosto. Parecia confuso. Não era novidade que ele tivesse trocado as casas em um maldito momento de bebedeira, mas precisava ser a minha? Precisava me machucar?

Sem dizer uma palavra sequer, ele se levantou bruscamente do sofá e foi para a porta.

Eu fiquei atordoada por alguns segundos, olhando para as minhas mãos com as bochechas coradas e os olhos marejados de vexame. Saber que eu era pra quem Edward corria nesses momentos miseráveis era simplesmente ofensivo, pelo menos para mim. Eu era quem recebia os restos, eu recebia seus beijos somente por embriaguez porque se ele estivesse sóbrio Tanya seria sua escolha mais óbvia. Não eu.

Teria deixado Edward ir embora se eu não o tivesse visto tropeçando nos próprios pés, empurrando-o para frente e fazendo seu rosto bater contra a quina da divisão da cozinha. Ele soltou um gemido de dor e esfregou a mão contra a testa, caminhando aos trancos para a porta que estava entreaberta. Então meu lado bom falou mais alto, gritando para que não deixasse que ele fosse daquele jeito para casa. Isso é, se ele chegasse a sua casa sem ser em um caixão.

O pensamento não foi muito agradável e enviou ondas de dor para a minha mente. Por isso levantei-me do sofá e andei hesitantemente até a entrada onde ele tentava abrir a porta pelo lado errado. Como uma pessoa poderia estar tão bêbada daquele jeito? Confundir as juntas da porta com a maçaneta em si não era uma coisa muito provável de acontecer. Nem mesmo bêbado.

— Edward… — Eu o chamei deliberadamente, tocando seu braço com suavidade e virando-o para a minha direção. — Edward, vem cá.

— Não. — Ele disse asperamente, puxando seu braço de minhas mãos.

— Não vou te deixar dirigir desse jeito. — Sussurrei.

Eu não preciso de sua ajuda. — Edward olhou bem para os meus olhos para falar aquilo, e apesar de ser uma percepção dolorosa, eu notei que ele estava falando sério. Aquele não era um blefe por raiva.

Entorpecida, eu soltei minhas mãos de seu braço e o deixei livre para que ele fosse e fizesse o que quisesse da merda de sua vida. Se ele não precisava de minha ajuda, tudo bem, ele sabia o que estava fazendo. Era maduro, muito mais maduro do que eu era, então deveria ter razão, não era? Eu sentia que não daquela vez. Ele não estava certo daquela vez, até uma criança que soubesse a diferença entre o certo e o errado poderia saber a resposta.

Algo em meu rosto fez com que ele parasse e engolisse em seco, os olhos alarmados como nunca estiveram.

— Não, Isabella, não. — Ele rogou. Pelo menos não trocara os nomes. — Merda! Não chora.

Eu não estava chorando. Ou pelo menos era isso de que eu estava convencida ao senti-lo passar um dedo por debaixo de meus olhos, limpando um resquício transparente, fino e morno. Água salgada a qual veio direto dos meus olhos. Ainda não acreditei que estivesse sendo tão patética perto dele, no entanto não fui eu a resistir quando ele me puxou para um abraço apertado.

Apesar de pensar que eu estava sendo forte, logo notei pela umidade em sua camisa de botões que eu estava chorando silenciosamente, mas de modo muito, muito descontrolado. Não sabia se era pela dor da humilhação, dor das saudades cujas eu sentia dele, pela dor que ele me causara a me certificar de que eu nunca teria certeza ou se era por saber que ele não precisava de mim como eu precisava dele.

Eu não me importava com os motivos, me importava realmente era eu estava chorando como retardada nos braços dele, então eu fiz um esforço gigantesco para prender as confrangedoras lágrimas dentro de meus olhos. Depois, me soltei dele e funguei, inclinando meu rosto para longe quando senti seus dedos tocando a minha bochecha para limpá-la com um carinho que para mim era forçado às lágrimas cujas ele mesmo havia me causada.

— Você tem que ir. — Murmurei cruzando meus braços e evitando olhar diretamente para ele.

— Você quer que eu fique? — Ele parecia um pouco mais coerente naquele momento, mas ao contrário do esperado sua pergunta fez um nó nascer em minha mente.

Eu queria que ele ficasse, céus, como queria! Mas havia o fator orgulho que me mandava despachá-lo para casa sem me importar com as consequências de dirigir embriagado. E tudo que eu não queria de nenhum jeito era que Edward se machucasse. Visando o bem dele e o mal da minha mente, assenti cuidadosamente com o rosto, prensando meus lábios para não deixá-los tremer em um choro quase inevitável.

Ele me olhou com cautela, as sobrancelhas erguidas e os lábios tentando formar alguma palavra que sua embriaguez não deixava. Respirando fundo e alto o suficiente para que eu escutasse, ele colocou uma mão sobre o rosto, pressionando os seus olhos com o indicador e o polegar. Ele parecia alguém que estava sofrendo de enxaqueca pela primeira vez em sua vida.

— Você acaba comigo, Bella, acaba comigo.

— Desculpa. — Sussurrei.

Edward me olhou incredulamente e suspirou quando viu que eu não estava brincando ao murmurar minhas apologias. Eu ainda não sabia o porquê de ele procurar meus olhos que estavam constrangidos demais para encará-lo como era seu desejo, no entanto eu vi sua mão se levantando para em seguida cair. Apostava que ele estava pensando que tudo não era como antes e me tocar era uma coisa a qual era parte de um grupo que ele não estava participando. Na verdade, ainda não havia participantes.

— Sua… sua sobrancelha está machucada. — Murmurei. — Eu vou pegar um pano com gelo ou sei lá o quê… pode esperar sentado na cozinha.

Eu fui gentil, eu sabia que havia sido, mas Edward queria mais que gentileza, ele queria que eu sacrificasse todo o treino mental qual eu havia exercido nessa semana sem ele para ajudá-lo a limpar sua sobrancelha danificada. E como eu era boba ou apaixonada o bastante para fazer qualquer coisa pelo individuo bêbado que estava na minha cozinha tentando queimar o olho com o gelo, o ajudei.

Fui cautelosa ao lhe tocar como se sua pele fosse um ácido que me queimaria. Não era o tal ácido que eu temia, porém enviava espasmos de dor para o meu cérebro frágil a ele. Edward parecia gostar de me torturar não tirando seu olhar de meu rosto enquanto eu trabalhava com atenção em não o machucar mais ainda. Ele observava com atenção quando eu abaixava minhas mãos para descartar um pedaço de algodão molhado e depois mais atentamente ainda quando voltava seus olhos para o meu rosto corado.

— Bella. — Ele me chamou.

Não o respondi, não queria o olhar. Por covardia, medo, imaturidade, podia chamar do que quisesse. Trabalhei rápido em tirar com uma gaze seca a fina camada de água que o gelo deixara para trás e joguei-a no lixo, levantando-me da mesa em disparada. Eu teria corrido escada à cima e enterrado meu rosto num travesseiro qualquer se sua mão ágil não tivesse pegado meu pulso e me parado.

— Bella, ei. — Comecei a ficar temerosa quando ele se projetou a minha frente, toda a sua altura imponente fez com que meus ombros se abaixassem e eu me encolhesse, os olhos em seu ombro. — Olha pra mim. — Ele pediu e quando eu não o fiz, sua mão livre pegou meu queixo e o levantou.

Eu até tentei lutar, mas ambos sabíamos era uma luta falha. Ele era muito mais forte que eu e piorava o dobro quando eu não tinha vontade de me desviar de suas mãos carinhosas.

— O que você quer? — Perguntei, meu lábio inferior travando em reação a meus olhos cheios de lágrimas. — Edward, por favor, por favor… — Minha voz era implorativa e eu tentava com toda minha força controlar o fluxo de água na borda de meus olhos. — Eu só ofereci abrigo porque você não está em condições de andar e por incrível que pareça, eu me importo.

— Pode olhar pra mim, por favor? — Ele pediu, notando que apesar de sua mão pressionar meu rosto para cima, meus olhos estavam grudados na sala — Eu quero conversar.

— Quer conversar? Você não está sequer sóbrio! — Acusei.

— Sou perfeitamente capaz de conversar com você desse jeito.

— Ah, é? Demonstrou algo completamente diferente quando invadiu a minha casa daquele jeito.

— Você está sendo infantil. — Ele delatou e me fez quase espumar de raiva.

— Se quer alguém madura o suficiente para você, vá procurar na sua idade! — Minha voz foi perto de um grito e em um movimento brusco, puxei seu braço para baixo, libertando meu rosto de sua mão. — Tanya, por exemplo é uma boa ideia para quando quiser alguém idoso mentalmente!

— Se você espera que eu lhe insulte de novo, está esperando em vão. — Murmurou ele, tão calmo que nem pareceu ter escutado tudo que lhe falei antes.

Bufando e com vontade de esmurrá-lo, subi as escadas sem saber realmente o que eu iria fazer. Eu podia ver com os cantos dos olhos que Edward me seguia, e raivosamente, comprimi minha mandíbula. Toda a vontade que eu sentira dele nesses últimos dias se transformaram em pó e deram espaço para uma raiva insana a qual eu nunca havia sentido, nem mesmo com o cara que me denunciou por tê-lo espancado.

E de novo, como que para me irritar, Edward puxou meu pulso, fazendo-me bater contra o seu peitoral de um modo grosseiro e que fez minha cabeça rodar, entontecida. Nem sequer tentei me soltar da gaiola que seus braços fizeram ao meu redor, apenas esperei que ele tivesse algum tipo de consciência e me soltasse.

— Eu não quero brigar. — Sua voz, sua expressão, ele estava brando, tão doce quanto era antes ao acariciar meu rosto com a parte externa da mão. — Não com você, Bella. Eu estou brigando demais nos últimos meses e… não quero isso com você.

Fiquei em silêncio, olhando para baixo e daquela vez ele compreendeu que se eu quisesse o olhar, eu mesma viraria meu rosto em sua direção. Compreendeu que eu odiava quando me forçavam a algo e era aquilo que ele estava fazendo ao empurrar meu rosto para cima contra a minha vontade. E então como se nada houvesse acontecido, ele me abraçou levemente, pousando a testa em meu ombro.

Ele estava bêbado, provavelmente não se lembrava das palavras que me vociferou sete dias atrás, porém eu me lembrava, lembrava tão claro que às vezes que eu quase podia sentir seu olhar indiferente perfurando a minha pele como em uma forma de crucificação. Apesar disso tudo, eu me comovi por seu momento de etilismo e acariciei suas costas com as mãos por alguns segundos.

— Têm algumas roupas suas aqui. — O disse, o tom de voz suave e paciente. — Por que não vai tomar um banho? Vou pegar uma toalha e a sua escova. — Que não saiu do lado da minha, completei em minha mente.

Ele assentiu e sem dizer nada, soltou as mãos da minha cintura e me deixou livre para respirar e ir pegar a toalha e a escova. Fiquei agradecida que ele não me seguisse para a bagunça que estava o quarto florido, eu não queria exatamente que ele pensasse que eu só arrumava o quarto quando tinha visita. Não era só com ele, com qualquer pessoa eu teria uma vergonha igual.

Fui rápida ao pegar uma toalha limpa, a sua escova e o tubo novo de creme dental. Quando voltei à parede onde o deixei encostado, ele continuava lá, encostado casualmente e se eu não o tivesse visto mais cedo, teria arriscado dizer que ele estava perfeitamente sóbrio. Nunca o tinha visto tão sério e pensativo. Ele sequer notou quando eu me aproximei, mas não fui eu quem quebrou o silêncio. Tudo que fiz foi entregar-lhe as coisas e voltar para o meu abrigo.

Fiquei extremamente grata que Edward soubesse que usaria o banheiro do corredor, e não o do meu quarto como ele sempre fazia quando vinha pra cá. O bom senso, apesar da embriaguez dele, parecia ainda ser presente em sua mente e esperei que o equilíbrio também não o houvesse abandonado. Seria horrível se ele caísse no chão escorregadio do banheiro e dependendo da gravidade, tinha certeza que não me impediria de rir.

Tudo acabou bem, afinal de contas. E como a boa hóspede que eu era, assim que eu escutei o chuveiro desligar e a porta do banheiro se abrir com um leve rangido, levantei-me da cama onde eu estava quase desmaiada e com toda a coragem que eu tinha dentro de mim, saí para o corredor onde Edward andava descalço. A calça moletom e a camisa espaçosa o faziam ter uma aparência largada e infantil, perfeito.

— É… — Eu perdi a concentração quando ele passou os dedos nos cabelos molhados. — Você quer dormir em que quarto? Tem o primeiro e o…

— No mesmo que você dormir. — Ele respondeu.

Fiquei mentalmente boquiaberta, porém minha única reação física foi sentir minhas bochechas esquentarem.

— Essa opção não está disponível. — Murmurei. — O primeiro já está arrumado, pode ir pra lá.

— Bella… — Ele tentou falar.

— Acho melhor que vá dormir, Edward. — Eu o disse, toquei seu braço com as pontas dos dedos e caminhei ao seu lado para o começo do corredor.

Eu não queria que Edward se lembrasse do que aconteceu hoje e ficasse desapontado consigo mesmo por ter sido tão besta a ponto de vir para a minha casa e ter feito coisas que em sobriedade não faria. Tinha quase certeza que estando sóbrio, ele não escolheria a minha companhia e sim a de Tanya… embora as coisas não estivessem indo bem nesses dias. Sei lá, eu apenas achava isso porque ele conseguiu ser claro em seu aviso e essas me pareciam coisas que ele faria.

Abri a porta do quarto para ele e cautelosa como se estivesse pisando em fogo, entrei somente para pegar a lençol que estava dentro do guarda-roupa embutido na parede. Peguei também um travesseiro para o maior conforto dele. Eu teria andado normalmente para entregar as coisas para Edward se este mesmo não estivesse atrás de mim, apenas a alguns centímetros de distância e assim que eu me virei, ele apoiou as duas mãos na porta do guarda-roupa e me encurralou.

Fechei meus olhos. Não esperando dele um beijo e sim esperando a minha rara paciência tomar conta da minha mente. Aquela era uma das raras vezes em que eu não o queria beijar e sim soca-lo por estar sendo tão insistente e inconveniente. Talvez acontecesse quando ele estivesse sóbrio e quisesse mesmo aquilo, eu pensasse com mais atenção no seu caso.

— Deixe-me beijar você. — Pediu ele.

Eu virei meu rosto para o lado esquerdo em um simples aviso de que, não, ele não podia me beijar. Mas ele o fez de qualquer jeito e não foi puxando de nenhum jeito o meu rosto na direção de seus lábios. Edward somente encaixou uma mão em meu rosto e compreendendo milagrosamente a minha rejeição, beijou-me na testa com doçura. Mesmo sendo uma coisa simplória e singela, eu senti os pelos de meus braços e pernas se arrepiarem com o mínimo toque seu em meu queixo.

Meu corpo era tão contraditório quanto a minha mente a qual implorava por mais alguma carícia, por mais singela que fosse e depois me culpava por fraqueza como se eu não tivesse consciência do quão covarde eu era.

— Eu vou te deixar ir dormir. — Edward disse, deixando seus braços caírem ao seu lado. Seus olhos estavam sonolentos. — Me desculpe por ser um péssimo hóspede… eu não vou dar mais trabalho a partir de agora.

— Tudo bem. — Virei meu rosto para ele e soltei um sorriso sem dentes. — Obrigada.

Ele assentiu e pressionou os lábios. Não sei o que aconteceu comigo, nem mesmo sei como foi que autorizei minha mão a encontrar a nuca dele e puxá-la para baixo, direto para que meus lábios alcançassem os seus. Só sei que o fiz, tão rápido que até eu mesma fiquei atordoada. Edward não pareceu sequer surpreso e correspondeu ao meu contato mais rápido do que eu previra.

Não foi muito longo ou intenso, ele compreendeu com facilidade que somente o toque de nossos lábios juntos seria o suficiente. E foi. Foi mais que o suficiente para que um quarto de minhas saudades dele se esvaíssem. E apesar de querer muito me aproximar dele de novo quando nos afastamos, somente me retirei do quarto.

Queria poder ter dormido a noite toda sem me preocupar como ele estaria no começo do quarto, se ele estava bem, se estava confortável. Dormir cinco horas por noite não era para mim, não era mesmo para pessoas com tamanho índice de mau-humor, no entanto era cinco em ponto quando eu me levantei. Minhas costas, meus braços, minha cabeça… tudo latejava e a culpa era atribuída à falta de sono.

Assim que Edward fosse embora eu me deitaria para dormir sem colocar despertador algum.

Depois de tomar um banho gelado, desci para a cozinha. Não antes, claro, de espiar o primeiro quarto do corredor para ver se Edward estava bem. Ele estava mais que bem espalhado contra a cama, parecendo estar dormindo muito confortavelmente. Concluí o olhando que por mais que as palavras dele tivessem me machucado, eu nunca pararia de ter esse sentimento de proteção por ele.

Novamente dei uma de boa hóspede e comecei a fazer o café-da-manhã para dois e o esperei para comer comigo. Controlei a fome que eu sentia somente para depois de duas horas depois observar um Edward mais desnorteado que antes descendo as escadas, coçando os olhos e os cabelos desarrumados.

— Desculpe-me por ontem. — Ele disse assim que entrou na cozinha.

— Tudo bem. — Dei de ombros.

— Bella? — Edward me chamou, fazendo-me olhar para cima. — Obrigado por… ter me chamado para ficar.

— Ah, não tem problemas. Qualquer pessoa faria isso.

— Não depois de semana passada, sabe disso.

— De qualquer jeito, não foi… esforço nenhum.

Ele se abaixou ao meu lado para que eu não tivesse de olhar para cima e pegou as minhas mãos entre as suas. Não fui capaz de desviar meu olhar do seu quando o notei daquele jeito que ele usava nas vezes em que estava arrependido e querendo pedir desculpas. Olhos hesitantes e carinhosos dos quais eu tanto sentia falta.

— Você sabe que… — Ele engoliu em seco e apenas por um segundo desviou os olhos para o lado hesitantemente. — eu não posso te dar certezas, mas isso não quer dizer que eu não queira, certo? Porque eu quero, Bella, eu quero.

— Poderia ter me dito isso semana passada. — Eu sussurrei. Minha voz não era acusatória, era paciente e suave de um modo que eu só sabia ser com ele. — Teria… hum, facilitado muitas coisas.

— Eu sei. — Ele suspirou. — Sinto muito por ter sido um orgulhoso de merda que só serve para chegar bêbado na sua casa e fazer uma cena.

— Você já — Comecei hesitantemente, mordendo meus lábios. — pensou que seria melhor que ficasse com a Tanya? Já considerou isso?

— É o que você quer? — Ele parecia desapontado.

— Não! — Exclamei mais rápido do que o normal. — Não, Edward, não. Tudo que eu quero é ficar com você, estou apenas te perguntando se você já chegou a considerar ficar só com ela. Se não é mais fácil para você.

— Eu amo você, Bella. — Edward disse, deixando-me atônita. — Como poderia ser mais fácil escolher ficar com ela?


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo é pov Edward e eu quero saber as teorias sobre o porquê do pov dele ♥ já que a história quase toda é narrada pela Bella. E ah... hum... não sei o que falar sem deixar na cara. É isso aí. Não vou falar. Semana que vem eu vou entrar em semana de prova e só vou sair no dia 08 de junho, por isso não garanto posts até lá. Porém sempre vou estar lendo os reviews que vocês me mandarem. Beijos, gente! ♥ espero comentários e/ou recomendações que alguma linda queira mandar. Até ♥

ps: Estou escrevendo o capítulo 32 e ainda estou surpresa com o quanto as coisas mudam. Pessoas que defendem o Team Beward, se preparem. Não, não vai haver Jacob. Minhas histórias nunca têm ele e ES não é uma exceção ♥ enfim, é isso. Boa noite!