Tão natural quanto a luz do dia                                                   Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa                                           Hoje ninguém vai estragar meu dia                                                            Só vou gastar energia pra beijar sua boca                                                      Fica comigo então, não me abandona não

P.O.V Lia

Depois de ficar um tempo na pracinha, segui em direção ao meu prédio e subi para o meu apartamento que estava vazio mais uma vez eu estava sozinha, fui até o meu quarto e deitei na cama e não pude evitar as lágrimas já escorriam pela minha face, eu realmente era uma burra desde o inicio eu fiz tudo errado com a Ju, o Gil e agora o Vitor, havia me machucado de verdade ver o mal que eu havia feito a ele, eu acabei envolvendo o Vitor na minha história e na do Dinho uma história que é so nossa e desde o inicio eu sabia que quem entrasse sairia magoado, mas uma vez eu agi por impulso e me entreguei ao Dinho sem pensar nas consequências e magoei o Vitor, me levantei da cama e limpei as lágrimas que insistiam em cair, me olhei no espelho meus olhos estavam inchados mas nada que uma boa noite de sono não resolveria mas não agora, fui até a sala e peguei minha bolsa que  estava em cima do sofá e fui caminhando até a oficina do Axel, se eu bem conhecia o Vitor depois de toda essa confusão ele estaria lá tentando esfriar a cabeça, caminhei mas alguns minutos até chegar na oficina, fui andando devagar até a entrada e vi o Vitor abaixado consertando algo em uma moto, me aproximei e coloquei as mãos em seus ombros:

- Lia o que você está fazendo aqui ? Disse se virando pra mim.

- Precisamos conversar.

- Nós já falamos tudo o que tinhamos que falar.

- Não, ainda tem muita coisa a ser esclarecida, você so precisa me deixar falar.

- Fala. Disse virando o rosto, ele parecia não querer me olhar.

-  Ei me olha, você tem tanto ódio de mim assim que nem consegue me olhar?

- Não, eu tenho ódio de mim por insistir em algo que realmente não tinha futuro.

- Nós tinhamos um futuro Vitor mas eu errei novamente e magoei a todos.

- É você realmente me magoou mas as coisas irão melhorar.

- Vitor eu realmente quero que você...

- Chega Lia de tantas desculpas que estão saindo da boca pra fora.

- Eu venho aqui me desculpar, e você diz que minhas desculpas são falsas.

- Sim são falsas, você não se arrepende pelo ato e sim por ter me magoado, e sabe por que você não se arrepende por que você ama o Dinho e não quer ver.

Senti uma fúria tomar conta de mim, Vitor também parecia exaltado:

- Você não tem o direito de falar de algo que você não sabe.

- Ei Lia chega de teatro, não sou só eu que sei todos sabem.

- Você realmente está magoado.

- Eu estou mais vou superar, tudo na vida passa.

- Eu espero que um dia talvez possamos ser amigos.

-  Talvez. Disse sorrindo fraco e se abaixando novamente e fixando seu olhar na moto.

Pensei em colocar as mãos novamente nos seus ombros mas desisti eu já havia magoado ele demais, sai andando devagar e o vento batia forte no meu rosto, eu já havia decidido minha história com o Vitor mas agora eu precisava conversar com um idiota, um idiota especial o MEU idiota.

Fim do P.O.V Lia

P.O.V Ju

Depois daquela conversa ridicula com a Manu eu sai andando deixando as lágrimas rolarem:

- Ju. Me virei e Gil vinha andando em minha direção.

- Oi. Disse limpando as lágrimas.

- Você esta bem ?

- Eu vou ficar.

- Ei não precisa de tudo isso, é so uma gang ridicula.

- Tão ridicula que você entrou nela.

- Ei. Disse ele que parecia ofendido.

- Desculpa é que eu estou nervosa.

- Ok, mas é melhor assim Ju ainda bem que você desistiu dessa idéia.

- Eu não desisti Gil, eu vou entrar nessa gang e é questão de honra.

- Juliana para de loucura você vai acabar se machucando, e eu me preocupo com o seu bem estar.

- Se preocupa ? Eu disse sorrindo.

- Sim. Gil disse abaixando a cabeça.

Peguei no queixo dele e levantei:

- Eu sinto sua falta.

- Eu também Ju, mas temos muitas coisas pra resolver e sinceramente eu não quero sofrer novamente.

- Você não quer e não vai. Disse me aproximando dele.

- Ju não faz isso sério.

- Por que ?

Gil ficou me encarando e saiu correndo como uma criança com medo, isso tinha me deixado feliz Gil ainda sentia algo por mim e essa era a confirmação que eu precisava, peguei um táxi e em alguns minutos cheguei em casa desci do taxi e paguei, olhei para o telhado da casa do Dinho e ele estava lá, fui caminhando em direção ao prédio dele nos precisávamos conversar, peguei o elevador e cheguei ao andar e apertei a campainha depois de muito insistir Dinho abriu a porta.

- Jujuba que surpresa. Disse vindo e me abraçando.

- Que demora pra atender. Eu disse fazendo bico.

- Culpado. Disse apontando pro fone que estava em seu pescoço.

Ele deu espaço para mim passar e eu entrei e ele fechou a porta:

- Mas a que devo a honra da sua visita.

- Precisamos conversar.

- Mas conversa? Eu não fiz nada.

- Relaxa Dinho é só um esclarecimento. Disse sorrindo e me sentando no sofá.

- Fala então dona Juliana Menezes.

- Sabe é sobre aquilo nós que estávamos pensando em iniciar.

- Ju seja mais clara.

- É sobre a relação que estávamos pensando em começar, eu acho que nós dois estávamos carentes e por isso confundimos os sentimentos eu realmente amo o Gil.

- Eu concordo com você Ju nós confundimos carência com paixão, mas eu realmente gostei muito de você Ju.

- Eu também tudo o que a gente passou vai ficar guardado, e eu espero que possamos ser bons amigos.

- Nós seremos. Disse ele me puxando pra um abraço.

Nós continuamos ali conversando sobre coisas banais até a campainha tocar:

- Jujuba atende ai. Disse Dinho que ainda ria por causa de uma das minhas piadas.

- Sim senhor.

Fui caminhando até a porta e abri:

- Ju ?

Era Lia que não parecia estar nada contente em me ver ali:

- Oi amiga.

Fim do P.O.V Ju

P.O.V Dinho

Depois de conversar com a Ju eu me sentia melhor depois de rirmos muito a campainha tocou e Ju foi atender e quando eu olhei era a Lia, me aproximei da porta e fiquei ao lado de Ju que parecia constrangida.

- Lia tudo bem ? Eu disse encarando ela.

- Ótimo. Ela disse encarando a mim e a Ju.

- Então gente eu vou indo nessa. Disse Ju que foi entrando e pegando sua bolsa em cima do sofá.

- Ei Ju fica mais. Eu disse e Ju me fuzilou com o olhar.

- É Ju fica mais. Disse Lia irônica.

- Não to de saída, Até mais Dinho. Disse me dando um beijo na bochecha.

- Até.

- Thau amiga.

- Thau Ju.

Ju saiu deixando um silêncio constrangedor:

- Então Lia quer entrar ?

- Não vim aqui ficar parada na porta.

- Nossa ta engraçadinha você.

Dei espaço e ela entrou e ficou parada me olhando:

- Então o que você veio fazer aqui.

- Eu preciso falar com você.

- Se é sobre a Valentina...

- Não é sobre ela. Disse me interrompendo.

- E é sobre o que ?

- Hoje eu falei com o Vitor e.

Lia exitou em falar ela parecia nervosa.

- E ?

- Nós terminamos.

- É obvio que isso iria acontecer depois que ele ficou sabendo, mas eu já imagino que você veio aqui pra me culpar me chamar de idiota e falar que quer que eu te esqueça, mas eu vou esquecer Lia to tirando meu time de campo.

Ela apenas ficou parada me olhando:

- E também você não diz que gosta do Vitor to dando a chance pra vocês se reconciliarem e caso vocês voltem eu não vou me meter vou ficar na minha.

- Será que eu posso falar.

- Pode. Eu disse tentando tomar fôlego.

- Eu vim aqui por que eu quero você seu idiota, porque eu te amo e não consigo viver sem você do meu lado.

Senti meu coração acelerar com as palavras da Lia:

- É sério.

- Eu to com cara de quem ta brincando ?

- Não.

Eu fui ao encontro dela e me aproximei fiquei encarando ela e juntei meus lábios aos dela que me deu passagem um beijo com perfeita sincronia, eu me separei do beijo e sussurrei:

- Eu te amo Marrentinha e nada vai separar nosso amor.

- Eu também te amo Dinho eu to te dando uma chance só não me magoa de novo. Disse ela me encarando séria.

- Jamais faria isso de novo, eu tive uma nova chance e essa eu não vou desperdiçar.

Ela colocou os braços ao redor do meu pescoço e eu coloquei as mãos na sua cintura, fiquei olhando ela por uns instantes, Lia roçou seu nariz no meu e sorriu me dando um beijo de muito amor, já não me importava mas o que se passava lá fora o que eu mas queria era congelar ali e ficar assim “PRA SEMPRE”.

Fim do P.O.V Dinho.