Livro 0: Ar escrita por HungerWriter


Capítulo 10
O Dia de Exploração


Notas iniciais do capítulo

Galera, que saudade!!!
Pois é, eu sei que vocês devem estar querendo me matar por ficar esse tempão sem postar nada, mas não me matem! Eu prometo que vou compensar vocês com uma estória bem recheada. Estou me dedicando bastante e já estou com capítulos a pleno vapor! Espero que gostem!



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O dia nasceu ensolarado e fresco, com leves brisas vindas da praia. Os primeiros raios de luz do Sol penetraram sobre a fina camada protetora da cabana de Aang, acertando seu rosto. Tentou sair da luz, mexendo o rosto pra lá e pra cá, mas ela estava sempre lá, incomodando-o.
 

Depois de alguns minutos ele finalmente acordou. Ainda com os olhos sonolentos e com o corpo mole, ele se sentou. Estava no colxão onde estivera dormindo
todos os dias, bem pequeno e meio mofado, mas bem macio.
 

Ele olhou em volta. Seu colxão estava bagunçado, cheio de roupas e meias jogadas. A cabana não era muito grande, e tudo o que abrigava era os dois colxões, de Aang e de Kyro. Aang olhou para o amigo, que ainda estava dormindo. Ele sempre fora dorminhoco, o último a acordar.
 

Olhou para cima e entendeu o porque dos raios atrapalharem seu sono. Haviam pequenos buracos na lona que compunha a cabana. Não eram nenhum problema grande, mas com certeza eram os responsáveis pela luz que o acordou.

Cansado de ficar sentado, ele se levantou e foi para fora. Lá, ao lado das cinzas da fogueira do dia anterior, estavam Rinzen e Kym, sentadas. Elas estavam aproveitando o calor remanescente da fogueira para esquentar chá. Além disso, estavam comendo algumas bolachas e pães.

—Bom dia, garotas— cumprimentou Aang, espreguiçando-se.

—Ei, Aang, bom dia— falou Rinzen, e as duas sorriram para o garoto— Pensamos que não levantariam mais.

—Co-como assim? O dia acabou de amanhecer!

—Pois já devia estar acordado. Hoje o dia vai ser pequeno, temos muito o que ver. —respondeu com rapidez Kym.

Aang sorriu, satisfeito, e foi se sentar ao lado delas. Ele pegou algo pra comer e aceitou o chá, que estava com um cheiro ótimo.

Quando já haviam terminado de comer e arrumar a bagunça que fizeram no dia passado, Kyro apareceu, passando pela abertura da cabana.

—Bom dia— balbuciou ele. Ainda estava com uma roupa de dormir e coçava o olho pelo excesso de claridade, além de ainda estar meio sonolento.

—Kyro, caramba! Acho que você bateu o recorde, já íamos seguir sem você.

Ele só balançou a cabeça em concordância, mas Aang não tinha certeza se ele realmente estava entendendo.

Enquanto Kyro lutava contra o sono para conseguir ir se sentar ao lado de Aang, todos notaram Sonam chegando. Ele estava correndo e parecia bem feliz.

—Ei, ei, galera— falou exasperado, assim que alcançou a ala— Acabei de vir da tenda dos bisões...

—Ué, pensei que ainda estava dormindo— interrompeu seu irmão, que ainda estava sonolento.

—Não, eu não estava. Já acordei há tempos.

—Hm, tudo bem. De toda forma, como Niha esta?

—É sobre isso que vim falar— falou o mais novo dentre o grupo— Ela não ta doente... Ela está grávida!

Depois de poucos minutos em que todos correram atrás de Sonam, rumo à tenda dos bisões, se depararam com uma imagem maravilhosa.

Num canto isolado, quase invisível, lá estava Niha, deitada num monte de feno. Ao seu lado estava o tal ‘cuidador’, que provavelmente tinha feito o parto dos bisõezinhos.

Eles pararam, maravilhados com a beleza do que viam. Niha estava protegendo com seu pelo grosso cinco filhotinhos. Kyro notou que, apesar de a sua bisão ter pelos brancos, os filhotes nasceram variados. Eram tão pequeninos e tão fofos. Eles mexiam as patas, tentando se levantar, mas só conseguiam mudar de posição.

Niha, com um grande rugido, expressou sua felicidade. Kyro se aproximou mais e se sentou ao lado de seu "bichinho de estimação".

—Oi, Niha— exclamou o garoto. Ele lembrava de quando ganhara ela. Era um monstrinho tão pequenino que pegava nos braços, que agora era muito maior que ele, e estava sendo mãe— Por que não contou pra gente o que você tinha?— o bisão respondeu com um choramingo, e Kyro riu— Sua sapeca.

Aquela viagem tinha sido longa e não tinha sido boa ideia, afinal, Niha poderia ter perdido os filhotes. Ela era uma verdadeira guerreira, penso uKyro, mesmo sentindo muitas dores, já muito perto de parir, ela os trouxe à ilha.

Ele a abraçou.

Ela era sua guerreira, sua grande amiga e protetora.

Niha lambeu o rosto do garoto, aconchegando a cabeça no peito do garoto.

—Quer saber, Niha? Descanse bastante, você está precisando descansar. Vamos dar uma volta na ilha e vou trazer um presente pra você, ok?— a bisão olhou pro garoto, e deu outra lambida no seu rosto. Todos riram de Kyro, que tentava tirar a baba nojenta que cobria seu rosto.

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—Todos prontos? Já pegaram tudo?— perguntou Rinzen para o grupo que estava a sua frente.

—Sim, tudo nas mochilas! — falou Kym.

Todos estavam reunidos em volta da garota, exceto Sonam, que resolvera de última hora ficar com Niha na tenda.

—De toda forma, ele não aguentaria ficar o dia inteiro andando no meio da mata, ficaria reclamando o dia inteiro, e Niha vai gostar da companhia dele— comentou Kyro.

—É, você tem razão. — concluiu Aang, e completou: — Então... vamos?

—Sim, vamos logo! É um pouco longe, precisaremos andar bastante !

As garotas concordaram e, juntos, dividiram o papel de levar as mochilas, que estavam absurdamente pesadas com suprimentos, remessas sobressalentes de roupas e alguns utensílios, caso necessários.

Saíram da enorme clareira, que era conectada com a praia principal, onde estava o acampamento, e foram em direção ao Norte. Não demorou muito para a vegetação da ilha aparecer. Os arbustos eram bem variados, alguns bem simples, enquanto outros estavam carregados de pequenas frutinhas roxas ou azuis. Por outro lado, as árvores eram atrações à parte, tinham troncos bem escuros e bastante altos, formando uma espécie de teto sobre os jovens. A terra parecia ser bem fértil e tinha uma leve tonalidade vermelha.

Após quase uma hora de caminhada pela mata, que continuava pouco densa, os aprendizes fizeram uma pausa. Encontraram uma grande pedra, onde todos se acomodaram, comeram alguns biscoitos e beberam um pouco de água.

— Não sabia que esse lugar era tão bonito— falou Rinzen.

Kym olhou para a amiga, com um olhar amargo.

— Sim, muito bonito— falou ela, irônica.

—Ah, para Kym, claro que é. Essas árvores deixam tudo mais fresco por aqui. Além desse cheiro delicioso de amora.

Kym fez que não se importou, e continuou comendo um pão de morango que tinha trago.

Passaram mais algum tempo ali, sentados, até que acabaram de comer e guardaram tudo nas mochilas.

—E então... — Aang quebrou o silêncio. — Pra onde exatamente vamos?

—Ah, claro! Olhem aqui. — respondeu Rinzen, tirando da sua mochila um pequeno mapa da ilha— Como estão vendo, saímos da ilha, e fomos reto. Então devemos estar em algum lugar por aqui— falou a garota, olhando pra ver se todos estavam entendendo, e apontando para um ponto no mapa um pouco acima do lugar onde está o acampamento— Estão vendo esse rio que nasce no topo da montanha? Ele desce, percorrendo toda a ilha, e cruza nosso caminho há alguns minutos, não estamos longe.

—Certo! Mas... o que faremos no rio?

— Bem, eu ouvi dizer que havia uma pequena cachoeira na ilha, que era conhecida pela lagoa natural que ela formava de água cristalina. Acho que se seguirmos o curso do rio poderemos encontrar essa cachoeira— finalizou Rinzen. Correu os olhos pelo rosto de todos, esperando a resposta— E então, o que acham?

Ela olhou pra Kym, que olhou para Aang, que passou o olhar para Kyro. Ele sorriu, e balançou a cabeça.

—Sim, vamos achar essa cachoeira!


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!



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