Primrose Everdeen - O Último Jogos Vorazes. escrita por Prim


Capítulo 23
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Ooooi! Postei mais um, bem rapidinho!
Não quero ameaças de morte por ter matado uns personagens, ainda tem umas coisas pra rolar, fiquem tranquilos.
Ah, e como pode ter tido 19 visualizações no cap passado e três reviews? Palhaçada isso hein, gente. Custa N-A-D-A vocês deixarem pelo menos um gostei, é pois é...
Enjoy it!



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Fico atordoada, e por um momento apenas observo as pessoas se mexendo, correndo, algumas conseguiram pegar as mochilas e ir para outra direção, outras foram mortas pelos carreiristas, que se alojaram na cornucópia, que este ano tem um formato estranho de gato gigante. Meu cérebro parece funcionar, e me movo também, corro em direção á cornucópia, um ato impensado e que pode levar á minha morte, pego uma faca e uma mochila, saio correndo porque uma garota, que não consegui ver quem era, veio atrás de mim.

– Onde você pensa que vai, Everdeen? Pare agora mesmo, você vai morrer, aqui e agora. Quero mostrar para a Capital que a irmãzinha do tordo é fraca, a mais fraca daqui. E depois de acabar com você, eu vou acabar com aqueles seus amiguinhos... Como era mesmo o nome deles? Ah, pouco importa, eles vão morrer como todos os outros. – Suas palavras me causaram um grande ódio. Ninguém mexe com meus amigos, ninguém fala da minha irmã, principalmente uma qualquer. Quem quer que seja, vai se arrepender de ter me chamado de fraca.

– Você quer lutar? Então vem, frangote. – Disse colocando a mochila em minhas costas e posicionando as facas.

Espero o ataque vir, para poder saber seus golpes, o rosto é conhecido, mas não me lembro do nome da garota a minha frente. O golpe não tarda a vir, e percebo que ela ataca com a direita. Ponho meu braço esquerdo á frente bloqueando seu golpe, e perfuro sua perna com a faca. Vejo seus olhos flamejarem de raiva, mas não me intimido, os meus devem estar mil vezes pior, ela mexeu com a pessoa errada. Estou cansada de ser taxada como fraca.

Afasto-me dela, e dou uma olhada pelo local, alguns ainda lutam, outros já estão caídos no chão.

Ela me acerta no braço, e praguejo mentalmente por ter me distraído.

– Esse é seu melhor? – Provoco. – Não acredito que perdi meu tempo com... esqueci seu nome.

Ela rosna e vem correndo em minha direção, sei o que ela vai fazer, vai tentar me acertar com um chute na barriga, assim que ela chega perto, abaixo-me na hora em que ela pula, e pego em seu tornozelo, fazendo-a cair, deixo-a imobilizada, eu poderia matá-la se quisesse, mas acho que já está bom de show, por isso perfuro a faca em sua mão direita, duvido que com o corte em sua perna, e agora na mão ela conseguirá vir atrás de mim.

– Miley Russo. – Ela sussurra e eu não entendo.

– O quê?

– Meu nome, é Miley Russo. – Ela diz. Saio de lá, abandonando a luta. Não é útil me meter em brigas desnecessárias.

Vejo Josh correndo em direção á montanhas triangulares e o sigo, corro

atrás dele, assustando-o.

– Desculpe, Josh. – Falo. – Sou eu... Prim. – Estou com vergonha, por causa de nossa cena, antes do início dos jogos, mas...

– Ah... Prim, tudo bem. Venha. – Ele me guia, e ao que parece também está com vergonha. – Cadê os outros? – Pergunta ele, e eu reparo que não tem ninguém atrás de mim.

– Será que algum deles morreu? – Meu coração se aperta o pensar nisso. Assim como me meti em brigas, é provável que eles também.

– Acho que não, espero que não, venha, vamos entrar aqui. – Paramos e respiramos fundo. O que seria pior? Fora ou dentro?

Adentramos o local, e ele me parece um tanto peculiar.

Vamos a direção ao fundo. Vou andando com Josh, ao meu lado, e piso em uma parte do chão que afunda, Josh me puxa rapidamente, e caímos juntos no chão, a tempo de sermos salvos de uma lança que iria cortar nossas gargantas em poucos segundos.

– Você... você está bem? – Ele me pergunta assustado e preocupado.

– Sim, e... e você? – Respiro fundo, tentando me acalmar.

– Também. – E o assunto se encerra, estamos parados e muito próximos um do outro, azul com azul, seus olhos azuis como o céu, e o meu um tom de azul acinzentado. Lembro-me de que Katniss me disse que o beijo ocorria assim, e fiquei preocupada, seria meu primeiro beijo, e eu não sei como agir bem á respeito disso. Quando estamos para nos beijar, uma voz vem do começo da montanha triangular.

– Prim...? Josh...? – Eu vejo um tufo de cabelos louros, e de cabelos morenos, depois vejo quem são: Lily e Alex. Não sei se os agradeço por terem interrompido o beijo, ou se os mato por terem interrompido o beijo.

– Somos nós sim. – Respondo, me distanciando um pouco de Josh, devo estar vermelha. – Vocês sabem onde estamos?

– Isso aqui é uma pirâmide. Acho que esse ano eles quiseram retratar o Egito.

– O quê?

– Uma terra distante de Panem.

– Ah... – Digo e Lily e Alex começam a vir em nossa direção. – PAREM! – falo um pouco alto demais.

– O que foi? – Alex pergunta.

– Tem umas armadilhas por aqui. – Digo.

– A gente sabe disso, mas não tem o que se fazer. Vamos arriscar. – Diz Lily. – O máximo que pode acontecer é encontrar Glimmer um pouco antes do esperado.

Ela diz isso e começa a fazer umas danças malucas, pisando em algumas pedrinhas do chão e em outras não, Alex faz o mesmo.

– Então? Cadê os outros? – Alex pergunta.

– Não sei. Sumiram. Tomara que nenhum deles tenha morrido. – Digo.

– Como estava a cornucópia quando saíram? – Pergunto.

– Uma carnificina, vários corpos no chão. Os carreiristas se agruparam na cornucópia, e agora quem se aproxima de lá ganha uma faca de brinde no pescoço. – Alex responde. Congelo. Nossa aliança é muito grande. A sorte não está á nosso favor.

– Mas vocês também não são carreiristas? – Pergunto.

– Sim, mas não queremos nos juntar á eles, já temos nossa própria aliança. – Responde Lily. – O que é isso no seu braço, Prim? – Pergunta e todos olham para mim. Droga. Não queria que soubessem.

– Tive que lutar com uma garota mas... não quer falar sobre isso.

– Mas temos que dar um jeito nisso. – Josh diz. – O que vocês pegaram? Talvez tenha algo útil.

– Eu peguei uma mochila e uma faca. – Respondo. – Tenho carne seca, uma garrafa com água, cordas e dois óculos noturnos. E vocês?

– Pegamos três mochilas, Alex pegou duas lanças, e eu peguei esse arco, e essas duas aljavas, aqui nas mochilas nós temos biscoitos, cordas e colchões. Nenhuma água.

– Eu peguei uma lança e uma mochila. – Diz Josh, ele abre a mochila. – Cordas, duas facas, um colchão, tiras de carne seca, e uma vasilha de água cheia. Não deve ter muitas fontes de água por aqui, para eles darem uma garrafa com água, e tem três panos aqui. – Ele olha para Alex. – Não faço ideia pra quê, mas será útil com o ferimento de Prim. Eu poderia fazer meu próprio curativo, mas Josh foi mais rápido e eu realmente não quis interromper. Ele molhou um pouco o pano na água e amarrou em meu braço.

– A gente raciona a água. – Respondo assim que Josh acaba de fazer o curativo. Os canhões começam a soar. O que significa que o banho de sangue acabou. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

– Nove mortos. – Diz Alex.

Passa algum tempo, a noite cai e o hino começa a tocar, seguindo a dança maluca de Lily, todos nos dirigimos á entrada da pirâmide, para ver quem morreu.

Começa com Jennifer Jones, a menina do 6, respiro aliviada, tendo nota de que boa parte de minha aliança está viva, mas que Kate ainda corre risco de vida.

Depois de Jennifer, Robert Potter o garoto do 6 também aparece. Distrito 6, já não pode mais vencer esses jogos. Aparece à foto de Harry, do 7. Eles pulam para o Distrito 9, e a imagem de Alice é a que tem destaque no céu.

Wees Tucci também aparece, e, meu coração se aperta, tentando imaginar como deve estar a mente e o coração de seu irmão, eles, que eram tão engraçados, faziam palhaçadas e divertiam á todos no centro de treinamento, deixando o clima mais ameno. Agora só resta um deles, e uma parte de Leny, se foi com Wees, e sei que essa é uma dor que ele nunca irá superar, apenas, suportar.

Amanda Shields do 10 também aparece, mas é logo substituída por alguém que eu não desejava que aparecesse: Kate. A irmã de Rue, minha aliada e acima de tudo, minha amiga. Que foi comigo para o Brasil, que veio comigo para a arena. Mas que droga! Que inferno de Jogos. A minha ficha só caiu assim que Kate morreu, e junto caíram minhas lágrimas. A próxima a aparecer é Alexandra Banks. Por último aparece Cory Baxter da Capital. O brasão da Capital aparece, e depois o céu torna a ficar escuro.

9 mortos. 9 famílias chorando. 9 crianças á menos.

Voltamos com a mesma dança maluca, sem trocarmos nenhuma palavra, nos deitamos, e fechamos os olhos, tentando dormir, e esquecer esse dia horrível, sem nos importarmos com intrusos, pois, se alguém ousar entrar aqui, terá sua cabeça arrancada pelas armadilhas.

Eu só quero dormir, e acordar no Distrito 12, com meu pai, voltando do trabalho, Katniss feliz, cantando pela casa, minha mãe animada, e eu ao lado de Lady, em uma Panem sem Jogos Vorazes, sem Capital, um lugar com mais paz e serenidade do que aqui.

Todos os tributos caídos visitaram meus sonhos, não para me aterrorizar, mas como Kate, me agradecer, por ter dado á chance de ser minha amiga, e de tê-la feito rir, tê-la feito sentir-se bem, mesmo que por poucos minutos, os outros tributos que não eram tão próximos á mim, também estavam sorrindo, mesmo que sem dar nenhuma palavra. Edward Granger se aproxima, e fala em alto e bom som: Você ainda vai descobrir muitas coisas, Prim. Seja forte. Para uma mente bem estruturada, a morte é só uma aventura seguinte. Embora isto não seja exatamente a morte, com certeza é a aventura seguinte, e você mais do que nunca, precisará ser forte para enfrentá-la. Com mais um sorriso, todos eles desapareceram, e meus sonhos ficaram sem nada. Apenas com um fundo branco.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? *-*
Mereço favoritos? *-*
Mereço recomendações? *-*



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