Elenco: Felipe Machado, Carol Magalhães, Ana Beatriz, Joe Tatum, Narayani Martins e Leonardo Velasco.

Participação Especial: Michael Ribeiro

Episódio 10 – Distintivo Suspenso Pt.3

Sacramento - Califórnia

CBI - Sala 408 – Dr.Ribeiro

- Carol Magalhães na minha sala por vontade própria, você deve estar muito desesperada! – Diz Michael.

Carol está sentada no sofá, seu olhar continua surpreso, ainda não tinha se recuperado do baque que havia tomado.

- Eu não passei no polígrafo... Não sei o que farei! – Diz Carol, desiludida.

- Bem... Ler o polígrafo é mais arte do que ciência – Diz Michael – Peça para refazê-lo... Posso ensinar como relaxar!

Carol põe a mão na boca respirando fundo, ela olha para o lado aflita e então encara Michael.

- Meu pai... Costumava ter perda de memória quando bebia... – Carol desce o olhar para o chão – Uma vez... Quase bateu no meu irmão quase até a morte... Depois... – Ela ergue a cabeça – Não se lembrava de nada!

Michael confirma e continua atento a Carol.

- Enquanto o levava para o hospital... Não podia acreditar que meu pai tinha feito aquilo! – Diz Carol, ela olha para o lado.

- Tem bebido? É por isso que está falando da perda de memória? – Pergunta Michael.

Carol levanta-se no mesmo instante, ela passa a mão na nuca com os olhos lagrimados.

- Preciso saber se isso é possível! – Diz Carol – Se é possível eu ter matado Tanner e ter esquecido?

- Não se lembra da noite do assassinato? – Pergunta Michael.

Carol nega olhando pela janela, ela fecha os olhos e limpa a lágrima que ousou escorrer por seu rosto.

- Fique calma, há várias razões para isso – Diz Michael – Estresse, ou...

- Policiais podem se tornar assassinos, doutor, isso é possível! – Diz Carol.

- Isso é ridículo, nem mesmo sabia que Tanner estava em Sacramento!

Carol suspira e o encara.

- O oficial da condicional dele me ligou no mês passado! – Ela afirma – Por cortesia!

- Bem... – Michael da uma pausa de segundos – Perda de memórias pode ser resultar por traumas? É claro.

Carol caminha pela sala.

- Sua mente te protege de coisas ruins que tenha feitos, ou até que outras pessoas a tenham feito – Diz Michael – Pedófilos não mudam... O assassino salvou uma criança, seja quem for.

Carol fica um pouco surpresa pelo o que ouviu.

- Como eu desbloqueio minha mente?

- Talvez volte por si só... Dê tempo a ela!

- Eu não tenho tempo... Vo-você é um inútil, igual essa conversa – Carol caminha irrita em direção à porta.

- Me desculpe, até se lembrar eu não sei como ajudá-la – Diz Michael.

Carol nega com a cabeça e bate a porta, Michael cala-se em seguida.

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Felipe está conversando com outro agente e lhe entregando alguns papeis quando Carol aproxima-se.

- Felipe!

- Oi Carol! – Ele diz – Fiquei sabendo o que houve... Eu vou tentar o possível, você sabe disso...

- Quero que me analise! – Ela diz com firmeza.

Felipe confirma com a cabeça, Carol põe as mãos no bolso da calça ficando aflita.

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- Nada nos arquivos de Tanner menciona Dog – Diz Joe, mexendo na gaveta de arquivos confidenciais da CBI.

Narayani está ao lado analisando outro arquivo em cima da gaveta.

- Nenhum cúmplice conhecido – Ela diz.

- Tem que ter alguma coisa – Diz Joe.

- Que diabos estão fazendo aqui? – Pergunta George.

Narayani e Joe viram-se abruptos, Narayani arregala os olhos.

- Estão interferindo no meu caso, interrogando testemunhas – Diz George.

- Está enganado! – Diz Joe.

- Vai mentir pra mim agora?

- Qual o problema? – Leonardo pergunta se aproximando.

- Saiam do caso Tanner... Ou irão para guarda na capital, cumprimentar turistas – Intimida George.

Leonardo se aproxima de George e o encara friamente.

- É mesmo?

Narayani e Joe trocam olhares espantados.

- Sim, é! – Responde George.

Leonardo da um pequeno sorriso e George sai dali, ao passar pela porta ele a bate com força, Narayani chega a fechar os olhos com o barulho, ela encara Joe.

- Tanner teve um companheiro de cela por 2 anos – Diz Leonardo, ele entrega uma foto a Narayani – Conhecido como “Dog”.

- Ei, eu conheço esse cara – Narayani diz ao ver a foto – É o irmão da namorada do Tanner, Owen Barquer!

Os três trocam olhares e caminham para a porta.

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West Sacramento – Califórnia

Felipe está admirando a coleção de CD’s de Carol, ela adentra na sala.

- Vamos começar!

- Não!

- Não?

- Eu não vou fazer isso aqui, Carol – Diz Felipe.

- Está brincando comigo?

- Não, mas tudo bem... Primeiro tem que tirar todo esse estresse do seu corpo – Diz Felipe – Talvez se contar de 100,99,98,97... Dando voltas e voltas... 96,95,94...

Carol respira mais suave.

- Escute-me Carol, todo esse estresse tem que sair, tem que se sentir calma e relaxada... – Diz Felipe com sua voz suave e tranquila.

Carol confirma com a cabeça levemente.

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Felipe está sentado na cama em frente a Carol, que estava na poltrona, completamente relaxada.

- Você está descendo a escada... Está relaxando mais a cada passo... Até que chega ao chão... Como você está se sentindo?

- Bem! – Ela responde de olhos fechados.

- Bom! – Diz Felipe – Vai ficar nesse estágio de tranquilidade enquanto lembra-se de terça a noite... Mas antes... Você dança com aquele CD das Spices Girls, não é?

- É!

- Eu sabia! – Ele da um sorriso – Agora vamos para Terça... Pode ver tudo como se fosse filme, cada detalhe está em foco... Você tem o controle de tudo... O que está vendo?

- Estou terminando o formulário do caso Milbank – Responde Carol, relaxada e de olhos fechados – Eu estou... Com fome, porque não almocei...

- Okey, vamos para mais tarde, quando estava saindo da CBI.

- Narayani ficou trabalhando até tarde no laboratório... Ela é trabalhadeira... Vai se dar bem se conseguir não dormir com Leonardo...

- Para onde vai agora?

- Eu... Eu... Casa?

- Vai?

Carol com os olhos trêmulos.

- Para aonde você vai, Carol?

- Eu pego meu carro... Está com pouca gasolina e... E...                        

- Está tudo bem, calma... Acalme-se, não fique agitada – Diz Felipe.

- Não...

- O que você está vendo? Para aonde você vai?

- E-eu não sei... Está tudo apagado! Só vejo uma tela em branco!

- Está tudo bem... Tudo bem!

Carol começa a ficar ofegante.

- Eu não... Eu não sei aonde eu fui, eu não me lembro! E-eu não sei para aonde eu fui... Não sei...

- Tudo bem, tudo bem, pode abrir os olhos – Ele diz.

Carol o faz e encara Felipe pensativo lhe encarando.

- Isso é muito estranho!

Carol levanta-se em direção a janela.

- Achei que pudesse fazer isso!

Felipe fica pensativo na cama, Carol vira-se a ele.

- Porque eu não me lembro?

- Interessante... – Felipe se levanta.

- Sim, é muito interessante!

- Hmm... – Felipe põe as mãos no bolso do paletó.

- Obrigada por tentar – Carol cruza os braços – Acho que deve ter lugar melhor para ir!
- Oh, eu não desistirei tão fácil – Diz Felipe.

O silêncio predomina por alguns instantes, Felipe fica pensativo e um pouco confuso, Carol fica lhe encarando, ela encosta-se na parede e respira fundo.

- Posso confiar em você para não contar nada, não é? – Pergunta Carol – Da equipe!

Felipe levanta o olhar e se aproxima.

- Oh, Carol... Qual é?... Ei – Ele lhe toca os olhos.

Carol começa a chorar.

- Felipe, preciso que saia!

- Não, Carol...

- Por favor, por favor, saia! – Ela diz, chorando.

- Vai ficar tudo bem!

- Eu quero ficar sozinha.

- Eu prometo...! – Ele se afasta devagar enquanto lhe observava de cabeça baixa com as mãos sobre o rosto e o som do choro.

Ele sai do cômodo, Carol levanta o rosto chorando muito, ela fecha os olhos fortemente e os abre em seguida.

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Folsom – Sacramento

Owen abre a porta da casa de Dianna e adentra.

- Dianna, cheguei... Você me mandou uma mensagem pra vir e...

Joe fecha a porta e rapidamente segura o braço de Owen e o leva para as costas, Leonardo adentra na sala com as arma apontada para Owen.

- Relaxe amigo! – Diz Joe.

Leonardo olha pela janela e depois volta sua atenção para os outros.

- Ta tudo limpo!

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- Confessa logo... Brigou com Jeremy, o levou para um beco e matou sem dó nem piedade! – Diz Joe, sentado em frente a Owen, que estava na poltrona.

- Não, eu não o matei!

- Sim, você o matou, Owen – Diz Joe – Você o matou e a nossa amiga que está sendo acusada!

- Hey, Dog, a cadeia será mil vezes pior se continuar mentindo para nós – Diz Leonardo.

- Ah sim, a sua amiga policial... Ela me pagou para levar Jeremy para o beco! – Diz Owen – Eu não tinha ideia que ela iria atirar nele, eu juro!

Joe fecha a mão com raiva, ele respira fundo controlando-se.

- Você tem certeza que a Carol te pagou? – Pergunta Leonardo, ficando bem aflito e agitado.

- Sim, tem que ser ela, não é? Soube que a prenderam por isso!

- Ma-mas está adivinhando, não é? Nunca chegou a vê-la – Diz Leonardo, sentando ao lado de Joe.

- Bem... Eu não vi ninguém, foi tudo por mensagem! O acordo era para deixá-lo bêbado, iríamos para o beco mijar e eu sumiria! Foi quando ouvi tiros e sai correndo como um louco, cara... E no dia seguinte tinham 10 mil na minha conta!

- 10 mil? – Leonardo surpreende-se.

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- 10 mil, George... 10 mil só para levar a vítima, nem mesmo matá-la – Diz Carol, caminhando por um correndo ao lado de George – É alguém com recursos e contatos...

Atrás deles estão Leonardo e Joe.

- Alguém que não é a Carol – Diz Joe.

- Onde ela conseguiria 10 mil? Sem ofensa! – Diz Leonardo.

- Eu posso rastrear a mensagem – Diz Carol, agitada.

George para perto da escada e os encara.

- Carol, coloque isso na sua cabeça, está dispensada do serviço, nem mesmo devia estar no prédio – Diz George – E vocês palhaços – Ele encara Leonardo e Joe – Isso está acima de vocês! Eu cuido disso e Carol... Você precisa sair do prédio, ou eu terei que mandarem fazer isso!

Carol da alguns passos para trás negando com a cabeça baixa.

- Carol...

- Vo-você não entende... Não entende...

- Carol, está droga?

- NÃO, EU TO BEM, ESTOU ÓTIMA! – Ela grita aborrecida.

Todos param e ficam lhe encarando, Carol os observa do andar de cima.

- O QUE ESTÃO OLHANDO? EU ESTOU BEM!

Leonardo e Joe ficam parados um pouco surpresos.

- A-APENAS FIQUEM LONGE DE MIM... EU ESTOU CHEIA DESSA MERDA! – Carol o empurra para o lado e caminha enfurecida – EU ESTOU CHEIA DE TUDO ISSO... SAIAM DO MEU CAMINHO...

Leonardo e Joe se afastam lhe encarando. Carol desce a escada rapidamente.

- EU ESTOU CHEIA DE TODOS VOCÊS... – Ela chorava horrores.

- Carol... – Joe corre atrás dela.

George fica sério. Narayani e Michael estão entrando naquela parte do prédio quando Carol está descendo a escada, ela passa em frente a eles, logo entra em sua sala.

Leonardo, Joe e Narayani ficam a observando pela parede de vidro. Felipe chega em seguida.

- O que ta havendo aqui? – Ele pergunta, então avista Carol na sala – Carol?

- Ela está surtando! – Diz Leonardo.

- Está um pouco estressada – Afirma Joe.

Carol está andando de uma ponta a outra da sala, com a mão na nuca e chorando sem parar.

- O que está acontecendo? – Pergunta Narayani.

Carol segura sua cadeira e a lança na parede, quebrando o vidro, todos dão passos para trás, Felipe arregala os olhos, Narayani põe a mão na boca. Michael se aproxima correndo.

- Dro-droga... Droga... Me desculpe – Ela caminha saindo da sala – Me-me desculpem...

Felipe corre até ela.

- Porque isso está acontecendo comigo? – Pergunta Carol.

- Está tudo bem, vamos sair daqui!

- Eu cuido dela – George se aproxima.

- Não... Me deixem em paz! – Carol os empurra e caminha rapidamente para longe.

Felipe observa George e leva seu olhar para Carol, ele respira fundo.

CONTINUA...