Jogo Real - Você Contra Seus Amigos! escrita por Walber Florencio


Capítulo 10
Submetralhadoras


Notas iniciais do capítulo

O q houve com as meninas após a explosão da granada? Será que alguém morreu? Neste capítulo vcs saberão a resposta, e conhecerão mais alguns personagens.. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324288/chapter/10

Mônica abre os olhos. O ar estava quente. Notou fogo em algumas árvores próximo a ela. Olhou ao redor e viu suas amigas caídas. Taline parecia bem, e já estava levantando.

Adriely e Jarcely estavam um pouco machucadas, mas pelo menos se moviam, chorando assustadas. Já Lívia estava imóvel. Mônica vai até a amiga e chama seu nome. Ela permanece imóvel. Quando verifica a pulsação, Mônica a abraça e encosta sua cabeça no rosto da amiga, chorando.

- Mônica? A Lívia... – Taline não tem coragem de terminar.

Mônica olha para a Jarcely, que já estava com a expressão triste para ela. Então, apenas balança a cabeça e começa a chorar de novo. As quatro se aproximam e choram abraçadas. Lívia estava morta.

- Muito lindo... – diz Wilgner, se aproximando delas com a besta pronto para disparar – Pena que tenho que estragar esse momento.

E ele aperta o gatilho. A flecha atinge a cabeça de Adriely, perfurando no olho. Taline e Jarcely gritam e se afastam. Mônica busca a submetralhadora, mas percebe que havia deixado ela a alguns metros. Wilgner e ela encontram a arma na mesma hora e correm para pegá-la. A garota consegue ser mais rápida e pega a arma. Com uma expressão de vingança, ela dispara. Wilgner é baleado com dois tiros na barriga e um de raspão no rosto. Mas consegue desviar dos demais tiros, e se vê obrigado a fugir.

Mônica queria persegui-lo e vingar as amigas, mas se viu na obrigação de ajudar Taline e Jarcely, que agora estavam apavoradas.

***

Jonas (n°17) tinha problema de locomoção e andava de cadeiras de rodas. Ele havia recebido uma submetralhadora como arma. Pelo menos lhe dava um pouco mais de chances de sobreviver. Quando foi liberado para sair da escola, buscou se afastar o máximo que podia da escola. Pior que a cadeira de rodas o obrigava a ficar no asfalto ou nas áreas urbanas.

Tinha achado uma sorte sobreviver por mais de duas horas sem encontrar ninguém, ainda mais com tantas pessoas destinadas a vencer o jogo. E temia que esta hora chegasse. Ele já havia decidido não matar nenhuma pessoa. Julgava que se o fizesse seria mandado para o inferno. Portanto, preferia morrer a matar.

Tinha ficado muito triste ao ouvir o comunicado dizendo que sua amiga Nathiely tinha sido morta. Esperava que ela não tivesse feita nada de ruim a ninguém.

Foi quando viu no seu localizador que alguém se aproximava, e rápido. Então, enxerga ao longe Marcos (n°40), correndo em sua direção, armado com um alicate de encanador.

Jonas dá meia volta com a cadeira e se apressa em sair dali. Tentou ser ágil com os braços, mas o nervosismo o atrasou.

Quando Marcos está a menos de dois metros dele, Jonas vira-se para ele e fica olhando sem dizer nada, apenas esperando o ataque.

- E então? – pergunta Marcos – Não vai reagir? Porra, você está armado com uma sub!

- Não vou matar ninguém... – explica Jonas.

- Você quem sabe! – diz Marcos, golpeando a cabeça do garoto com toda a força que tinha.

Jonas cai da cadeira, imóvel, com a cabeça sangrando. Marcos larga o alicate e apanha a submetralhadora.

***

2 horas e 38 minutos de jogo.

Leninha (n°19) e Mayara (n°23) haviam se encontrado. Eram grandes amigas e estavam menos nervosas juntas. A arma de Leninha tinha sido uma pistola com silenciador. E Mayara tinha recebido um pesado martelo de ferro.

Segundo o último comunicado, 13 dos estudantes do 3°A já haviam sido mortos, e devido aos tiros que as duas escutaram provavelmente outros corpos entraram para esta lista.

Ao longe elas viram Daniele e Carol. Ficam felizes por verem alguém. Mayara quer chamar por elas, mas Leninha faz sinal para que ela faça silencio.

- Será que elas são mesmo confiáveis? – Leninha pergunta – Olha só a arma da Carol...

- Eu acho que elas não seriam capazes de matar ninguém... – diz Mayara.

É quando escutam diversos tiros. Percebem Carol reagindo com mais tiros e Daniele caindo no chão. Ficam assustadas. Leninha reconhece Marcos, atirando com uma submetralhadora parecida com a de Carol. O poder de fogo das duas armas era o mesmo.

- Não vamos deixa-las morrer! – diz Leninha, mirando em Marcos e disparando. O tiro acerta na barriga e Marcos cai no chão.

Elas correm até as meninas. Carol ajudava Daniele, que havia sido baleada no peito. As duas choravam.

- Calma! – diz Carol para Daniele – Vai ficar tudo bem...

- Não, não vai... – Daniele fala, com a voz fraca.

Mayara chora, comovida, enquanto Leninha verifica se Marcos está vivo, e percebe que sim. Ela aponta a arma para o garoto, mas não consegue apertar o gatilho.

Daniele sorri para as amigas e fecha os olhos. Carol chora desesperada, abraçada a ela. Mayara também se abaixa perto delas, chorando. Leninha fica as observando.

- Agora, temos que ir! – Leninha levanta Mayara. Não podemos ficar muito tempo paradas. E os tiros devem ter chamado a atenção de alguém para nós.

- Me perdoem, mas... – Carol se levanta apontando a arma para elas.

- Não Carol... – Mayara pede – Não faz isso pelo amor de Deus!

- Eu sabia que não deveríamos acreditar em você... – diz Leninha.

- Corram... – fala Carol – Corram! Ou eu mato vocês!

Leninha aponta sua arma para ela, mas Mayara não a deixa atirar.

- Vocês estão malucas? Nós somos amigas! Devíamos ficar juntas! Parem com isso imediatamente!

Carol dispara levemente perto dos pés de Mayara, só para assustá-la.

- Eu não estou brincando... Eu vou entrar neste jogo! Não quero morrer! Corram e não apareçam mais na minha frente ou posso não ter mais piedade...

- Carol – diz Mayara – nós vamos, mas eu sei que você só está assustada! Quando isso tudo acabar, você vai pedir desculpas de joelhos...

- Vão agora ou eu mudo de ideia e mato vocês agora mesmo!

Mayara e Leninha se afastam, caminhando sem dar às costas. Quando chegaram a uma distancia segura, saem correndo.

24 alunos restantes...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?? Espero q sim.. Aguardem o próximo..