I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, tudo bem? Primeiramente, queria pedir desculpas se demorei muito, mas é que estou dando prioridade a minha outra fic, Middag, e o fato de ter voltado a trabalhar também não ajuda muito.
Segundo, este capitulo está meio chato, não ter muito a ver com a história, mas é necessário, e todo aquele blábláblá de primeiro capitulo.
Terceiro, queria agradecer muito a vocês que clicaram pra acompanhar a fic, e principalmente as meninas que deixaram comentários, então esse capitulo é de vocês :3



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– Alguém vai acordar Clove, pelo amor de Deus! – escutei minha mãe berrar do andar de baixo.

Ah, como é bom acordar com minha mãe tendo chilique.

Me remexi na cama, tentando voltar a dormir e consegui. Pelo menos, durante cinco minutos.

Escutei batidinhas na porta, e depois a mesma sendo aberta e alguém entrando.

– Ei, querida, vamos acordar? – era a vovó?

Não respondi.

– Clove, acorde, por favor. Sabe que tem horário no salão e etc – ela voltou a falar.

Novamente, não a respondi, apenas me virando na cama. Escutei vovó bufar.

– ACORDA, GAROTA SURDA! – ela berrou em meu ouvido, me fazendo saltar na cama – VAMOS LEVANTAR PORQUE VOCÊ TEM SALÃO! – ela puxou meu cobertor – ME ESCUTOU AGORA? OU PRECISA QUE EU GRITE MAIS? – ela abriu as cortinas, fazendo que meus olhos ardessem com a luz do sol que penetrara o cômodo.

– Ai, vovó, já acordei – resmunguei, me sentando na cama e coçando minha cabeça.

– Muito bem, querida – ela sorriu docemente – Agora vá se ajeitar – e bateu a porta do quarto.

Sabe o lado bom de sua mãe se juntar com um cara e fazer uma festa para comemorar? Nenhum, porque além de toda a família se reunir e vir pra sua casa pra comer de graça, sua mãe fica pirando no dia da festa, como posso escutá-la fazendo agora.

Me levanto e vou até o banheiro do corredor lavar meu rosto. Em seguida, desço as escadas, indo à cozinha, enquanto observo o caos que essa casa está.

Meus dois primos bebê correndo para lá e para cá; meus tios jogados no sofá; vovó e vovô dando um selinho casto; mamãe andando para todos os lados, nervosa, sendo seguida por tia Enobaria.

Consigo escapulir até a cozinha, sem ser vista pela minha mãe, tendo certeza que isso geraria um escândalo por eu não estar pronta para o salão, que deveria ser daqui mais ou menos uma hora.

Comecei a caçar alguma coisa boa na geladeira.

– Gosto desse pijama. Realça seu corpo – escuto aquela gargalhada, que não gosto nem um pouco, soar atrás de mim.

Me viro, encontrando o louro apoiado no balcão no centro da cozinha, com uma maçã em mãos. Ele sorri presunçosamente.

– Não gosto dessa camiseta. Realça sua cara de idiota – rebati, fazendo Cato fechar o semblante.

Ele, sim, eu tinha todos os motivos para odiar.

Nas primeiras vezes que veio aqui em casa logo depois de nossos pais terem assumido o namoro, mais ou menos sete meses atrás – é, minha mãe é rápida –, ele já veio achando que tinha alguma intimidade.

Primeiro, entrou em meu quarto, sem meu consentimento, e começou a revirar minha gaveta de roupas intimas. Depois, descobriu a senha do meu celular – não sei como – e ficou fuçando minhas mensagens. E por ultimo, mas não menos significativo, me apelidou carinhosamente de “Anã Paraguaia”. Segundo sua explicação, eu não era baixinha o suficiente para ser uma anã legitima, mas chegava perto.

– E então, preparada para o grande dia? – ele pergunta.

– É só uma festa que quer dizer que minha mãe está juntando as tralhas com seu pai, nada demais – dou de ombros.

– É um casamento.

– Não oficialmente. O padre nem é padre de verdade.

– Mas é como se fosse. Pelo menos para nossos pais. Podia tentar demonstrar que está mais feliz por sua mãe, não? – ele fecha a cara, saindo do cômodo em seguida, e sei que meu queixo está no chão.

– CLOVE! – minha grita, entrando na cozinha – COMO VOCÊ NÃO ESTÁ PRONTA AINDA? O SALÃO É DAQUI A VINTE MINUTOS!

Vish, ferrou sim ou com certeza?

Vinte minutos é quase o tempo que gastamos daqui até o salão.

Disparo escada acima, colocando a primeira roupa que encontro, e minha tia me arrasta – literalmente – escada abaixo antes que eu tenha tempo para sequer escovar os dentes.

Coitado de quem for me atender.

Já dentro do carro, no meio do caminho, minha mãe fala comigo.

– Você não se esqueceu de que terá de dançar com o Cato, não é?

– E como me esquecer dessa grande honra? – falo debochadamente.

– Qual o seu problema, afinal? Será que não pode parar de reclamar sobre isso por um momento? – minha mãe explode.

– Eu só... Só não vou com a cara deles, ué.

– Por quê? São tão normais quanto você!

Tão normais quanto eu? Sou mais estranha do que pensava!

– Eu sei lá – suspiro – Você está feliz?

– É claro que estou. Não me casaria com um cara que não me fizesse feliz, dã – ela faz uma careta.

Incrível como minha mãe consegue parecer uma criança às vezes. Precisava desse “dã”?

– Então estou feliz por você – digo, colocando meus fones de ouvido.

Através do retrovisor, vi minha mãe sorrir, mas desviei meu olhar para a janela.

Eu realmente estava feliz por ela, mas só temporariamente. Quando esse cara com pinta de galã, como ela diz – e que, em minha opinião, é cara de babaca –, botasse uns enfeites na cabeça dela, ela que não visse chorar no meu colo!

Mas, na verdade, não era bem isso que me incomodava. E eu também não fazia ideia do que era.

Sei lá, talvez eu pudesse olhar através da alma das pessoas e assim descobrir se elas eram boas ou não.

Ou talvez eu só devesse calar a boca!

E fazer uma nota mental: parar de assistir desenhos animados com meus primos menores.

Assim que pus os pés naquele lugar cheio de homens afeminados e mulheres com aparência um tanto quanto modificada – conhecido como Salão de Beleza Capitols – suspirei, vendo que meu dia seria longo, assim como minha vida daqui pra frente.

Aguentar dois homens, estranhos em minha visão, na minha casa não seria nada fácil.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Como já disse, não tem muita importância, mas era preciso pra explicar a situação.
Gente, deixa eu perguntar uma coisa. Já assistiram O Lado Bom da Vida, com a Jenn? Se ainda não viram, eu super recomendo. Ela ta linda, o Bradley também está lindo e o filme é incrível. Muito perfeito, assistam!
Enfim, é isso. Beijos, até mais c: