Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Notas iniciais do capítulo
Antes tarde do que nunca...
E o trem seguia!
Enquanto isso, Pikachu tirou a lupa de trás da capa e procurou por alguma pista de algo irregular nos outros vagões. Viu algo dourado brilhar no canto da porta de acesso a outro vagão. O objeto era pequeno e seu brilho parecia uma ínfima estrela. Aproximou-se e viu um brinco aparentemente de ouro no chão.
— Pikapi...
O camundongo elétrico cheirou o objeto. Seu faro apurado servia como um detector... assim como nos cães policiais.
Os passageiros levantaram as pernas quando ele surgia com a lupa. Cada centímetro do assoalho era devidamente investigado. Apenas havia um último vagão. O suspeito estava lá.
...
Luiza expôs todo o seu tesouro roubado aos demais. A fazendeira voltou a acusá-la de ladra (o que não era mentira), mas a garota apenas debochou da mulher.
— O que vai ser? Não vai prendê-la? — indagou a mulher a Poirrot.
— Ainda não foi provado que esses objetos são frutos de roubo, sequer de um roubo nesse trem — respondeu o detetive.
Aos poucos, alguns passageiros começaram a dar falta de seus objetos pessoais. Desde celulares até dinheiro. Como a viagem demorava horas e passava por vários túneis, era difícil cravar uma certeza de quem roubou.
— Meu celular!
— Meu broche de prata.
— O dinheiro na minha carteira sumiu.
— Eu também fui roubado.
A fazendeira quis acusar Luiza de ter feito isso, mas Jason gritou para ela parar de acusar uma amiga. A fala do menino pegou a gatuna de surpresa, pois até aquele ponto ela não se considerava amiga dele.
— Esse é o tesouro das minas em Rock'atown que foi dado pelo museu! Por que acusa sem provas?
Realmente a fala de Jason era poderosa. Mesmo sendo muito novo, calou a fazendeira.
Arthur Poirrot bateu palmas para ele e disse que o rapaz daria um bom detetive.
— Que nada. Quando crescer quero ser médico. Mas antes serei o melhor treinador do mundo.
— Isso é muito ambicioso, meu rapaz. Mas eu não te culpo. Já fui jovem e tive os mesmos sonhos. Mas você tem razão. Ele tem razão.
— Senhor detetive, explique-se!
— O ladrão se aproveitou para roubar alguns objetos de uma maneira silenciosa e sutil. Aproveitou-se do momento em que as suas vítimas baixaram a guarda em duas situações: quando se ausentaram do assento e quando o trem passou por um túnel. A senhora foi roubada no momento em que saiu do seu assento, no momento em que fui ao banheiro e quando o trem escureceu no túnel. Portanto, nem mesmo as pessoas que continuaram sentadas no vagão foram capazes de ver o delito.
Robert levantou o braço. Afirmou que o vagão deles acendeu a luz segundos depois de escurecer. Poirrot afirmou que a luz do vagão anterior estava queimada ou não fora acesa automaticamente.
— Olha... essa conversa tá boa, mas não quero e nem posso continuar essa discussão. Não roubei a sua joia, madame. Mas se eu tivesse a chance, roubaria — falou Luiza. Poirrot riu.
Era óbvio que o ladrão passou despercebido por todos. Uma pessoa que não chamou a atenção.
Jason olhou para trás e deu falta do seu Charmander. Há pouco estavam juntos.
— Pyro?
— Filho, que foi?
— O Pyro sumiu.
Arthur afirmou que o pokémon deu meia volta e foi para o outro vagão. O próprio detetive achou estranho a demora de Hastings, o detetive Pikachu.
...
Último vagão. O ladrão estava em algum lugar naquele ambiente. Passageiros sentados, nenhum trabalhador naquele momento. Era o vagão final e o mais essencial para um criminoso.
O banheiro estava fechado, mas não trancado.
— Pika?
O pequeno detetive amarelo sentiu o cheiro que estava no brinco. Era a pessoa que derrubou. Possivelmente o ladrão. Pikachu abriu a porta da cabine do banheiro masculino, a luz apagada. Uma mão por trás segurou o pokémon e aplicou clorofórmio no nariz dele, desmaiando-o.
— E de quebra vou levar esse Pikachu como prêmio extra hehehe.
O ladrão? Era o velhinho que o Jason ajudou há pouco. Ele retirou a máscara de velho, revelando ser um rapaz de uns trinta e poucos anos com profundas olheiras. No que seria a bolsa de colostomia, um pacote com os objetos roubados.
— Hoje é o meu dia de sorte. Agora falta pouco para aquilo acontecer — olhou para o relógio de pulso.
Charmander observou a porta do banheiro. O ladrão havia trancado após a captura de Pikachu. Pyro ficou confuso, pois vira o detetive pokémon entrar ali.
...
Arthur Poirrot deduziu que as lâmpadas do vagão onde o roubo ocorreu foram apagadas de propósito. Pediu aos empregados para levá-lo até a cabine do maquinista.
Jason chamou por Charmander.
— Aonde vai, filho?
— Buscar o Pyro.
— Eu vou junto.
Enquanto Jason e Robert iam aos vagões da parte traseira, Poirrot ia na direção da parte dianteira do trem.
Simon voltou a escutar música pelos fones. Luiza permaneceu no assento. A fazendeira e a amiga foram juntas ao detetive.
— Abra a porta — falava o rapaz do ticket. Porém, o maquinista sequer respondia através do interfone do lado de fora da cabine.
— Aconteceu algo. Para trás.
Poirrot colocou um objeto que lembrava uma pilha grudado na porta por um tipo de massa cinzenta.
— Afastem-se — apertou o botão do controle. Uma pequena explosão ocorreu. A porta abriu imediatamente.
Dentro da cabine, o maquinista estava desmaiado no chão. Os empregados foram acudir o homem. Poirrot foi até a cadeira do maquinista e viu algo hilário.
— Wobbuffet? Vocês empregam pokémons também?
As pessoas viram um Wobbuffet controlando o trem. Ninguém soube o que aquele pokémon fazia ali.
Poirrot saiu por alguns instantes e voltou com uma fruta suculenta que lembrava um melão. Deu ao intruso de olhos fechados e passou a controlar a máquina.
— Como faz para parar?
As pessoas não sabiam responder, pois não era a função delas. Logo a estação de uma cidadezinha surgiu.
— O fim da linha é em Woodland. Precisamos parar antes de chegarmos lá ou morreremos com o impacto — avisou a mulher do ticket.
O trem passou de uma só vez pela estação, assustando as pessoas que esperavam a condução.
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