O pai de Jason criou um grande problema. Queria por que queria ir com o filho na jornada. Apesar dos apelos do professor Gary, ele se manteve determinado.

— Não adianta, professor. Não vou deixar o meu filho de 10 anos solto por aí. Eu sempre cuidei dele desde que a sua mãe morreu.

— Tudo bem, Robert. Aqui, tome.

O homem recebeu as pokébolas, poções e alguns mantimentos para alimentação. Disse que treinadores levavam sozinhos algumas mochilas, mas que a jornada de Jason se tornaria mais fácil com a ajuda do pai.

— Jason... venha cá. Vá com a doutora até o provador. Preparei uma roupa que servirá.

O menino foi até o provador e saiu vestido com uma roupa nova: calça jeans azul escura, moleton vermelho por baixo de uma jaqueta azul e branca com desenhos da pokébola e a estampa "Pokémon League" nas costas.

— Coloca o cinto. Depois as pokébolas ao redor da cintura.

A médica dava as instruções ao garoto. Gary entrou no vestiário e perguntou se estavam prontos. Mas algo ocorreu fora do previsto. Charmander não quis entrar na bola de jeito algum. Recusou-se a fazê-lo.

— Parece que terá a sorte de capturar seis mais na equipe. Capturou acima de seis, deverá ir ao Centro Pokémon mais próximo para desbloquear a sua pokébola num computador e transferir via teletransporte. Toda pokébola que você comprar em lojas terá o seu ID. Ficará registrado quando capturar mais de seis pokémons.

— Mas professor. Onde que fica esses pokémons que são transferidos?

— Na minha fazenda em Viridian. Tenho posse de certificado como professor pokémon. Tenho uma área de preservação de 20 km² em Kanto. Eles vão para lá. Depois eu os convidarei para uma visita. É... parece que ele não vai pra pokébola mesmo.

Antes de partirem para a outra ilha, Robert chamou Gary até a sua casa e entregou o seu Rattata a ele. Mickye ficará sob tutela do professor enquanto ele acompanhava o seu filho.

— Parece que sobrou pra mim.

...

O sacerdote Li e o seu Hoothoot apareceram quase na hora do almoço e convidou ambos para a sua casa.

— Senhor Li, como vamos fazer para chegarmos ao outro lado? — perguntou Robert.

— Todos os dia sai um barco do porto de Cocconut para Celestial à tarde. Precisamos pegar esse barco.

Jason, Robert e Pyro ficaram encarando o sacerdote. O homem explicou que ele iria à outra ilha por causa do ginásio de lá.

— Há uma templo em Celestial onde ficam os sacerdotes. Existe um ginasio nele, e eu conheço o seu líder. Posso levá-los imediatamente assim que chegarmos.

Os dois assentiram.

Depois do almoço, prepararam-se para a partida. O carro parou no porto. Li explicou a eles que não saíssem do carro, saindo em seguida. Alguns minutos no aguardo, viram o sacerdote voltar.

— Conversei com o responsável do porto. Uma balsa está para chegar.

— Pensei que íamos de barco. — Falou Robert.

— E deixar o meu carro aqui? O bom que assim que chegarmos lá, levá-los-ei direto ao ginásio.

A balsa chegou minutos depois. Cada viagem suportava o máximo de dez carros. Um barco era responsável por puxar a balsa. O sacerdote dirigiu até estacionar numa vaga na balsa.

Foram seis veículos a ocuparem o espaço. Os trabalhadores do porto permitiram que a balsa saísse.

Enquanto isso, nas profundezas do oceano, um submarino em formato de um tubarão pokémon aproximou-se da superfície. Nele estavam alguns membros da Equipe Black, um grupo criminoso que atuava no tráfico de pokémons. Pelo menos dois integrantes estavam presentes.

A mulher domadora do Gyarados deu a ordem para vasculhar todo o oceano ao redor do Arquipélago Coco. Pelo menos dois pokémons aquáticos foram recuperados.

— Precisamos recuperar aquele ovo de Charmander.

— Sim, senhora.

Perto dali, numa ilhota, a mulher castigava os dois capangas de Dark Ling com seu chicote. Eles não podiam fazer nada além de serem chicoteados. Até que o seu celular tocou. Era o próprio Dark Ling pedindo que parasse de torturar seus subordinados.

— E o que eu ganho com isso?

— Saiba que havia um microchip implantado na casca do ovo. Já sabemos aonde ele foi levado.

— E por que não me disseram nada?

— Esse carregamento não era de sua incumbência. Posso dar mais detalhes sobre os passos do nosso ovo.

A mulher mandou liberar os dois e ouviu o seu colega. Revelou acerca do laboratório do famoso professor Gary Oak. Ela ficou abismada.

— Como um cara tão famoso faz nesse fim de mundo?

— Aparentemente ele se tornou professor da nossa região quando o antigo se aposentou. Ele vive em Cocconut, mas tem uma forte ligação em Viridian. Mas o que eu descobri mais será o ponto intrigante. Um mês atrás ele despachou alguns pokémons para novos treinadores, mas ontem mesmo fez alguns pedidos à Silph Co. para patrocinar-lhe alguns objetos para treinadores. Sabe o que quer dizer? Que recentemente ele deu o Charmander para algum treinador.

— Merda.

— Que foi?

— Hoje há um grande fluxo de entrada e saída de barcos entre uma ilha e outra. O treinador com o Charmander pode simplesmente estar num desses.

Ela voltou a se comunicar com os seus subordinados no submarino.

— Sim, chefa.

Eles viram a balsa aparecer praticamente por cima deles. Deduzindo que o treinador com o Charmander estava nela, ativaram o torpedo.

Sem qualquer certeza de que era a balsa certa, apesar de estarem certos, os criminosos lançaram um torpedo contra o barco que carregava a balsa. Uma explosão ocorreu na quilha. Os tripulantes pularam na água, deixando os motoristas à própria sorte.

Os três no carro ficaram preocupados. Um solavanco na balsa fez com que todos se assustassem. Uma sombra surgiu sobre os carros. O desespero aumentou quando viram um Gyarados na frente deles.

— Papai...

Jason abraçou Charmander. Ele sequer teve coragem de apontar a pokédex para analisar o monstro marinho.

Gyarados fez surgir tornados no céu. O mar ficou agitado. Os ventos atingiram a balsa, quebrando-a e lançando os carros. Jason e Charmander, além de Robert e o Li, caíram ao mar. Todos foram separados.