Bruno correu na direção da batalha entre o seu pai e Jason. Robert, que até então cuidava dele, não o viu.

O Squirtle e o Charmander usaram os seus poderes de água e fogo, mas o menino se meteu na frente segundos antes. Não deu tempo. O garoto estava prestes a ser atingido pelos poderes.

Kabutops achou uma brecha na luta para correr, cortar ambos os poderes e ainda proteger a criança.

— Filho, o que faz aqui? É perigoso!!

Stone reclamou de Marshall e a sua visão estúpida de luta. Explicou que o menino não queria mais aquela batalha, pois seu pai e seu amigo estavam se digladiando.

— E também, você precisa me pedir obrigado pelo que eu fiz. Salvei o filho do cara mais cabeça dura que conheci — disse Stone, gabando-se.

Marshall sorriu e não agradeceu. Irritou Stone, alegando que não era a obrigação dele em salvar o seu filho.

— Você é um desgraçado mesmo, Marshall. Hey, eu tô falando!

— Nunca que vou te agradecer, Alfredo. Esqueça isso. Somos inimigos, esqueceu?

O pirata chamou Bruno, mas o jovem se negou. Ele preferiu ficar com Jason.

De repente, alguém empurrou Bruno e segurou Jason por trás. Todos viram que o homem que conseguiu capturar o garoto era nada mais nada menos do que Benny. O pirata apontou uma faca na garganta do menor e pediu que todos parassem de lutar.

— Benny, não precisava empurrar o meu filho, idiota!

— Hehehe, desculpa, capitão. Acontece que ele estava junto desse aqui. Tive que separá-los rapidamente.

Robert ficou desesperado quando viu o seu filho ser feito de refém.

Benny sentiu a maior satisfação ao pegar a pessoa que deu tantos problemas desde o navio. Agora era a sua chance de se vingar.

— Agora o que você vai fazer, amiguinho?

Eletricidade começou a surgir na areia. Uma teia amarela surgiu na perna direita do pirata.

— Hã?

Uma descarga elétrica atingiu Benny de surpresa. Jason não foi atingido, porém.

Todos viram Galvantula aparecer como mágica.

A explicação era que, pouco antes da batalha começar, Zoroark se encarregou de usar a sua ilusão para deixar Galvantula invisível.

— Maldito.

Charmander usou o seu Iron Tail para atingir Benny na cabeça e desacordá-lo em seguida.

— Valeu Pyro e Volty!

Marshall não interviu. Assistiu a Benny ser eletrocutado e golpeado até desmaiar.

— Como fez esse truque? — Questionou Marshall.

...

Enquanto isso, o duelo entre Simon e Flint continuou mesmo após as cenas envolvendo Benny.

Psyduck, apesar de ser uma pré-evolução, deu um certo trabalho. Fez uma parede de água para se proteger dos golpes da raposa bípede.

— Psyduck, use o golpe Psychic!

O pato fez com que os seus olhos ficassem vermelhos e deles saíssem uma onda hipnótica diferente do que foi visto do golpe de Noctowl.

Simon sentiu algo estranho. Era como se tudo ao redor ficasse torto. Uma sensação de quem se embriagava. Então esse era o poderoso golpe psíquico de Psyduck?

Flint sorriu. Disse que ninguém escapou desse poderoso golpe. Nem mesmo pokémons do tipo dragão eram páreos.

O poder atingiu fisicamente Zoroark. Este foi golpeado como se fosse socado por punhos invisíveis. Era uma sequência bastante rápida.

— Zoroark!

— Não vai escapar do golpe do meu Psyduck! O destino de vocês é serem presos e barganhados como se fossem mercadorias.

Simon sentiu pena do seu oponente. Riu. Flint não entendeu o porquê do garoto rir em um momento tão delicado.

— Por acaso está tão amedrontado que chega até a rir?

— Não é isso, tio. É que o senhor cria que o meu Zoroark fosse pego com esse poder psíquico.

— O que disse?

Psyduck levou um golpe com as garras de Zoroark. O pato caiu no chão se contorcendo de dor.

— Mas o quê?! O Psychic já deveria ter efeito no seu pokémon.

— Meu Zoroark é do tipo escuro. Ele é a escuridão pura. Não há poder psíquico no mundo capaz de derrotá-lo.

Mas Flint nunca vira um tipo escuro antes e não sabia da fraqueza dos psíquicos aos escuros.

— Zoroark, use o Feint Attack!

A raposa correu em direção ao pato e desapareceu como ninja. Apareceu novamente agora dando mais outro golpe. Psyduck foi jogado para cima e caiu na areia, desacordado.

— Venci.

Flint ficou de joelhos. Perdeu para uma criança.

...

Após o acontecimento com Benny, Jason decidiu voltar para a luta. Pegou o seu Volty e deixou apenas Pyro no campo de batalha.

No entanto, durante o embate, Charmander não conseguiu ser mais forte do que Squirtle, levando jatos de água durante toda a disputa.

Marshall gargalhou ao ver Charmander enfraquecido e com o fogo em sua cauda estar menor.

— Isso nunca ocorreu antes! — Falou Jason, preocupado.

— Talvez seja a água do Squirtle que consegue enfraquecer o Charmander. Água normal costumava não fazer isso — concluiu Robert.

Era inevitável que um momento ou outro, Charmander se enfraqueceria. Jason não aprendeu nada com Simon quando o assunto era a vantagem das tipagens.

— O que vai fazer agora, garoto? Melhor se render!

— Nunca!

Squirtle soltou mais um jato de água. A baforada de Charmander não deu conta e sucumbiu. A tartaruga corria em círculos e soltava os jatos.

— Pyro! Droga. Se não fosse pela fruta...

— Fruta?

— Não te interessa!

— Entendi. Esse Charmander só está resistindo ao meu Squirtle por causa que consumiu uma baga, não foi?

O lagarto achou mais um pouco de força para soltar um Flamethrower na direção da tartaruga. Marshall pediu para que se esquivasse. Squirtle entrou por completo dentro do casco.

— Essa foi por pouco. — Marshall pensou na inteligência de Jason ao utilizar uma baga.

Os pensamentos do pirata se foram quando alguém deu um tiro para o alto.

— A festinha acabou.

Todos olharam.

Jason viu o capitão Noah capturar Bruno e apontar o revólver na cabeça da criança.

— Capitão? — Mas o idoso atirou perto de Jason. O menino caiu sentado.

— Quem é você? — indagou Marshall.

— Eu sou o capitão James Noah da Equipe Black. Fui o responsável por usar o Jason e entrar no seu quartel general. Sim, um espião da Black, eu sou.

Continua...