— Peraí, do que você está falando? — perguntou enquanto desamarrava o outro.

— Essas pessoas vieram do navio que afundamos. Eles são amigos dos prisioneiros. Usaram-me como refém e entraram na ilha despercebidos.

O outro pirata ficou impressionado e correu para a base. Benny seguiu.

O fogo na base foi apagando com a ajuda de Wailord e dos outros. Alguns extintores de incêndio foram usados.

Marshall observou tudo.

— Capitão! Capitão Marshall.

— Pedro, Benny, o que fazem aqui?

O tal Pedro avisou tudo acerca dos invasores, e Benny teve que confessar. O chefe pirata esbravejou contra o subordinado e o acusou de ser cúmplice dos invasores. Benny pediu clemência ao chefe e alegou que fora obrigado a fazer o que fez.

— Mesmo assim. Devia ter me dito! OLHA SÓ O QUE OCORREU NA ILHA!!!

O homem ordenou que os piratas pegassem os seus jetskis voadores e que todos fossem para a caverna.

— Quero ver como esses intrusos escaparão agora!!

Enquanto isso, um dos guardas da entrada viu a movimentação na praia e uma coluna de fumaça ascender. Tentou chamar o seu colega do outro lado, mas ninguém respondia.

Pegou o seu binóculo, foi para a janela e observou a guarita do outro lado.

— Hey! Tá dormindo, brother? Lembra que o nosso turno é à noite? Olá?! Merda.

Mais uma outra tentativa.

Uma sombra surgiu por trás do guarda. A pessoa golpeou o homem com um taco. O guarda desmaiou na hora.

— Bem na hora. — Disse Noah, mexendo no painel eletrônico.

...

A maioria dos piratas pegaram os seus jetskis voadres e sobrevoaram toda a ilha em círculos.

Marshall e os outros correram e ficaram parados no começo da estrada.

Os aliados, ou seja, todos os prisioneiros comemoraram a liberdade. Caminharam mais um pouco e foram recebidos pelos piratas na praia. Dezenas de criminosos liderados por Marshall.

— Apareça quem foi o filho da mãe que fez tudo isso. Juro que não serei piedoso após descobrir o cabeça!!

Alguém saiu de trás dos marinheiros. Era Alfredo Stone. Este provocou o ex-amigo sobre o fato da invasão na ilha.

— Que foi, amigo? Tá nervoso?

— Isso não sairia da sua mente limitada, Stone. Você não teria tal capacidade.

— Realmente... Até eu fui pego de surpresa por isso. Só que eu rio, pois você achava que era o insuperável com essa sua arrogância desde que resolveu se enveredar ao crime.

— Puahahaha. Eu criminoso? Foi você quem resolveu fazer acordo com o governo. Se vendeu para aqueles corruptos. E chega dessa discussão!! Não tenho tempo para esse bate-boca.

Os piratas apontaram as armas aos marinheiros.

Uma rajada de fogo pegou todos de surpresa. Soltaram as armas.

— Quem fez isso?

Charmander deu um pulo e girou no ar até cair em pé. Logo apareceu Jason.

— Eu sou o intruso. Fui eu que soltei todos eles.

Marshall não entendeu como um garoto conseguiu fazer tudo aquilo. Olhou furioso para Benny.

— Era esse garoto que você queria se vingar? Que decepção, Benny!

O pirata segurou a raiva por ser insultado mais uma vez pelo capitão.

— Garoto, sabe das consequências que terá? O que fez foi muito errado.

Mas Jason não prestou atenção ao homem e perguntou aos marinheiros se estavam bem. Marshall enfureceu-se.

— Um moleque como você devia levar uns sopapos pra aprender a respeitar os mais velhos.

— Respeitar o senhor? O que causou sofrimento naquelas pessoas do navio? Não, obrigado. — Mostrou a língua.

Stone sorriu. Conheceu Jason desde Celestial e sabia da atitude desafiadora do garoto. Marshall não o intimidaria.

— Então é isso. Depois não implore por eu ser misericordioso. Flint, Bonney.

Mas antes dos dois comandantes tentarem capturar Jason, Simon e Stone resolveram lutar.

— Acho melhor ficar no seu canto, garota — disse Stone.

— Vamos proteger Jason das mãos desses piratas sujos — falou Simon.

Marshall começou a rir. Entendeu que o rapaz não seria intimidado com palavras. Sacou a sua pokébola.

— Já entendi qual é a tua, moleque. Você realmente está louco para me enfrentar, não é? Não se preocupe. Eu vou conceder o seu desejo. Squirtle, vai!

De dentro da pokébola surgiu um raro pokémon. Era uma tartaruga azul bípede e com olhos grandes.

O garoto pegou a sua pokédex e verificou.

Nome: Squirtle

Designação: Pokémon pequena tartaruga

Número: 007

Tipo: Água

Sexo: Macho

Grupo de ovos: monstro / água 1

Peso: 9 kg

Altura: 0,50 metro

Razão de gênero: 87,5% masculino e 12,5% feminino

Estado: Defesa

Stone olhou surpreso para o pokémon aquático. O Squirtle era um pokémon que o pai de Marshall dera de presente dias antes de morrer num naufrágio. Sua mãe e a sua esposa também faleceram. A guarda-costeira apenas encontrou Marshall e Bruno como únicos sobreviventes. Essa foi a lembrança que Stone teve ao ver aquela tartaruga. Mas, passaram-se dois anos, e o pokémon sequer evoluiu.

— Ei, Marshall bastardo, você não colocou o seu pokémon para treinar?

— A sua oponente sou eu — disse Bonney enquanto dava chutes no líder de ginásio. Este se defendia dos golpes.

— Não preciso das suas preocupações, Alfredo. Quem decide o que fazer com os meus pokémons, sou eu!! Agora o meu oponente é esse garotinho. Quero saber o quão forte ele é. Poderá suportar a pressão, criança?

Jason bateu com o pé no chão e afirmou que venceria o líder dos piratas. A audácia dele deixou Marshall sem palavras por um momento.

Todos os envolvidos ficaram entretidos com a confusão dentro da ilha que esqueceram até da entrada. Os guardas foram completamente nocauteados e já não havia segurança ali. Até que os portões se abriram.

— Mas que diabos? Quem fez isso? — Marshall olhou para Jason. — Seu moleque cretino! Foi tu quem fez isso?

— Eu? Moço, eu estou parado bem na sua frente. Parece que é burro.

O homem apertou os dentes. Nunca viu uma criança ser tão insolente assim. Ordenou que os piratas atacassem os marinheiros. Logo Machop e Machoke se envolveram na batalha.

— Vai ver o que é o mundo real, criança idiota. Squirtle use a sua carapaça e atinja ele.

O pokémon rodopiou dentro do casco e foi na direção de Jason. Charmander empurrou o menino.