A Herança escrita por WaalPomps, MsTigerOwl


Capítulo 1
Prólogo




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Lucy Quinn Fabray, neta de John Fabray

Acordei de muito bom humor, realmente feliz. Era uma linda manhã em NY, não fria o suficiente para sair de casaco e cachecol, mas também não tão quente para se usar short e regata.

Coloquei um vestido e uma jaqueta de couro, respirei fundo e sai do quarto, indo até a cozinha, onde minha mãe lia um papel um pouco assustada.

_ O que foi mãe? - perguntei, me sentando de frente pra ela.

_ Quinnie, meu amor! Já acordou? - ela exclamou com uma animação falsa demais... Aí tem coisa.

_ É, eu quero ir ao clube e...

_ Querida, e quero falar com você. – bingo.

_ O que foi mãe? - perguntei preocupada.

_ Lembra quando seu vô John morreu? E você ouviu o amigo dele, o Theodore dizer "Agora eu sou o ultimo"? – ela perguntou me estudando e eu apenas assenti, me perguntando aonde ela queria chegar – Você me perguntou se eu sabia do que ele estava falando, e eu disse que não tinha idéia?

_ Lembro, mas...

_ Espera, Lucy, deixa eu falar, ok? - ela disse, respirando fundo e completou com um suspiro – Eu descobri do que ele falava... Ele morreu noite passada e isso foi entregue hoje.

Peguei a carta que ela oferecia, alisando-a antes de começar:

“12 de outubro de 1986, Lima, Ohio

Caro descendente do membro Fabray,

Se você estiver lendo isso, quer dizer que o ultimo membro do grupo New Directions faleceu. Você deve estar se perguntando o porquê de tanto suspense, não? Bem, o grupo New Directions foi formado no dia 12 de outubro de 1968, na William McKinley High School, em Lima, Ohio, pelos seguintes membros: John Fabray, Luísa Lopez, Susan Pierce, Theodore Evans, Charlie Hudson, Joseph Puckerman, Kylie Abrams, Emanuele Berry, Mariah Jones, George Hummel, Adelia Anderson, Nina Cohen-Chang, Joshua Chang, Andrea Carmel, Jordan Wilde e Harley Smyth.

Éramos muito bons amigos e não nos separávamos por nada. Um dia, compramos um bilhete de loteria de 16 pontos, onde cada um marcou um número e ganhamos 250 bilhões de dólares. Decidimos gastar tudo juntos e abrimos uma gravadora de sucesso, cada um seguindo seu caminho após isso. Então, em 14 de fevereiro de 1973, um acidente de carro levou Luísa Lopez, deixando sua única filha, Amelia, para que a sua melhor amiga Andrea Carmel criasse. Depois disso, decidimos que os últimos 165 bilhões de dólares ficariam como nossa herança. Gastamos 5 bilhões comprando uma casa enorme e guardamos os últimos 160 bilhões. E deixamos registrada a decisão de que, após o falecimento do último membro original, o descendente solteiro e em idade escolar mais velho de cada membro deverá ir para a casa.

Vocês devem passar três anos vivendo juntos e se conseguirem, receberam 10 bilhões de dólares cada. A ideia aqui não é o dinheiro, mas sim, manter viva a alma do New Directions.

Atenciosamente, Emanuele Berry ”

Olhei para mamãe, incrédula, percebendo que ela tinha posto outro papel sobre a mesa.

14 de dezembro de 2009, Nova York

Descendentes:

Arthur Michael Abrams

Blaine Cooper Anderson

Brittany Susan Pierce

Cristina Cohen-Chang

Finn Emanuel Hudson

Katherine Jadelyn Wilde

Kurt Elisabeth Hummel

Lucy Quinn Fabray

Marley Rose Carmel

Mercedes Loren Jones

Michael Blake Chang

Noah Nicholas Puckerman

Rachel Barbra Berry

Samuel Joseph Evans

Santana Amelia Lopez

Sebastian Damian Smyth

Terminei de ler a lista já cansada. Se eu quisesse morar nessa casa, teria que decorar todos esses nomes?

_ E então? – perguntou minha mãe, me olhando esperançosa.

_ Então o que? – perguntei confusa.

_ Você vai ou não vai? - perguntou – Pense bem Quinnie, você acabou de fazer dezesseis. Se for morar com essa gente, quando acabar o prazo, você estará saindo da escola... Imagine sair da escola com 10 bilhões no bolso? – ela sugeriu e eu tinha que concordar que era realmente uma boa ideia.

_ Prometo pensar – disse por fim.



Santana Amelia Lopez, neta de Luísa Lopez

Depois de ler aquela carta, estava meio em choque, sem saber o que fazer.

_ Ducky, o que a gente faz? - perguntei, olhando para a minha melhor amiga, Marley Rose. Nós praticamente crescemos juntas, já que minha avó morreu em um acidente e minha mãe foi criada pela avó dela, que tecnicamente, é minha avó também, então somos como primas.

_ Eu acho uma boa idéia Santy. Claro que a gente vai ter que ir morar em Lima ,mas imagina só... A gente vai poder fazer tudo o que sonhava desde criança com essa herança! Viajar, explorar a Amazônia, falar com a Lady Gaga e a Amy Winehouse... Ok, o ultimo não dá mais – ela completou, me fazendo rir – Mas imagine! Nós duas e 20 bilhões de dólares!

_ Não sei...

_ Por favoooor... Vai Amie, por favor! – ela disse usando meu ponto fraco, que era o diminutivo do meu segundo nome

_ Tá bom, mas só se você for junto, hein Marley e eu? – ameacei e ela riu, pulando em cima de mim e me abraçando forte.

_ Obrigado, obrigado, obrigado, eu te amo maninha linda! – ela disse e de repente nossos pais entraram no quarto comemorando.

_ VOCÊS ACEITARAM!!!! – gritaram eles, sorrindo.

_ Vocês estavam escutando? - perguntou Marley assustada.



Brittany Susan Pierce, neta de Susan Pierce

Me enrolei como um tatu na cama. Ir morar numa casa, longe da minha, com quinze estranhos? Não me parecia legal. Mas 10 bilhões de dólares era muito. Eu sou só um unicórnio e já me conformei com o fato de que, provavelmente, não vou me formar no colegial, então, esse dinheiro seria suficiente para abrir o me próprio estúdio de dança. O que quer dizer que meu futuro poderia estar bem ali, naquela carta.

_ Britt? Se não quiser não precisa... – disse mamãe parecendo decepcionada. Eu a interrompi e disse decidida:

_ Eu QUERO ir.



Samuel Joseph Evans, neto de Theodore Evans

Estava decidido ali os próximos três anos da minha vida. Eu iria embora e logo teria dinheiro para comprar a casa perfeita pros meus pais, onde eles finalmente poderiam ser felizes e Lindy e Zack poderiam ter uma infância tranqüila.

_ Eu vou. – disse, decidido. Minha irmãzinha se levantou da mesa, me abraçou e me deu um beijo na bochecha.

_ Boa solte Sammy. - ela disse mostrando um sorriso sem o dente da frente.

_ Vou sentir sua falta, banguelinha.



Finn Emanuel Hudson, neto de Charles Hudson

_ E-eu acho que eu vou, mãe. – disse a ela após ler a carta. Morar com quinze estranhos... Ia ser bem estranho, mas pelo menos iam ser só três anos, e aí eu estaria rico pelo resto da minha vida.

_ Tem certeza meu filho? Você precisa pensar bem porque depois que decidir, vai ser só entrar no trem para Lima e só voltar no Natal e Ação de Graças. – ela ponderou, me olhando cuidadosamente.

_ Sim, eu tenho certeza.



Noah Nicholas Puckerman, neto de Joseph Puckerman

Finalmente, finalmente eu ia embora. Morar com outros adolescentes, sozinho. Ia ser perfeito pra dizer o mínimo. Imagine quantas festas iríamos dar? Lima pode me esperar, que o Puckssauro tá chegando!

_ Eu vou! – falei, atraindo um olhar assustado de minha mãe.

_ Tem certeza, Noah? – perguntou me encarando tristemente.

_ Tenho sim. Só... Cuide da Sara ok? – pedi, observando minha irmãzinha adormecida no sofá.



Arthur Michael Abrams, neto de Kylie Abrams

Terminei de ler a carta um pouco assustado. Me parecia uma decisão de vida ou morte: ou eu ganhava 10 bilhões de dólares ou não. E era obvio que eu queria.

_ Então? – perguntou meu pai, apertando mais meu irmão Roger em seu colo.

_ Com certeza eu vou! São 10 bilhões em jogo! – falei decidido.

_ Tem milho lá na dispensa, Artie! – falou minha irmãzinha Camila, me olhando com curiosidade.

_ São BIlhões Mila, não MIlhões. – corrigi-a sorrindo – E é de dinheiro que estou falando.

_ Mas você tem certeza meu filho? Você sabe... Com a cadeira e tudo mais? – perguntou minha mãe nervosa, pegando uma Mila tristinha do chão.

_ Eu não sou nenhum invalido mãe. Eu sei que posso e eu vou.



Rachel Barbra Berry, neta de Emanuele Berry

10 BILHÕES? Isso é o suficiente pra finalmente deixar esse bairro suburbano e finalmente ir para a Broadway, para NYADA, para a fama. Ninguém irá segurar Rachel Berry!

_ E então, filha? – perguntou meu pai Hiram me olhando.

_ Eu acho que ela vai Hiram. - disse papai abraçando meu pai, ambos me encarando.

_ Pois é pai, eu acho que tenho que ir. – falei tentando conter minha ansiedade.

_ Não quer pensar melhor? Talvez falar com Brody primeiro... – arriscou papai LeRoy e eu neguei.

_ Tenho dezesseis anos já. Ao fim desse tempo, já poderei entrar em NYADA e terei dinheiro para patrocinar meu próprio musical. Não tem nem o que pensar... Eu vou.


22 de janeiro de 2010

Santana P.O.V

Acordei sem um pingo de vontade de me levantar. Sorri ao ver Marley dormindo na minha cama, parecendo extremamente tranqüila. Combinamos que ela iria dormir ali para pegarmos o trem para Lima mais cedo hoje.

_ Marline? Marley e Eu? Acorda garota! – eu disse, jogando uma almofada nela.

_ Affe, fica quieta e me deixa dormir Pocahontas! - reclamou ela cobrindo o rosto com uma almofada.

_ A gente vai pra Lima hoje Marline, acorda logo e vai se vestir. – eu mandei, indo até o armário e colocando um short, com uma jaqueta preta e blusa azul – Não vou subir pra te chamar de novo! - falei saindo do quarto e descendo as escadas.

Marley é filha única, mas eu tenho quatro irmãos mais novos, o que às vezes é irritante. Mas eu amo meus irmãos. Tem as gêmeas de seis anos, Anita e Elisa. O menino de quatro anos, Rafael e minha maninha mais nova, de dois anos, Amelia.

_ Santie! – ouvi Anita gritar e vir correndo em minha direção.

_ Anie! Bom dia pequena! – gritei pegando a moreninha no colo – Cadê a Elie?

_ Tana! - gritou Amelia vindo correndo, e logo eu fazia um malabarismo com as duas no colo. Andei até a bancada, colocando a menor na cadeirinha e a outra no banquinho.

_ Affe Santana, eles tem nome sabia? Anie, Elie, Amie, Rafinha... Ainda bem que eles te chamam de Santie! - disse mamãe. Dava pra ver que ela tinha chorado, e tia Andy, ao lado dela, não parecia muito melhor.

_ Mama querida, eu também te amo muito viu? - eu disse indo até ela e a beijando – Você também, tia Andy. – completei, beijando-a também – Cadê o Rafa e a Elisa?

Tecnicamente eles eram meus meio-irmãos, principalmente por serem bem diferentes de mim. Nunca conheci meu pai e minha mãe casou de novo quando eu tinha dez anos, com um cara loiro dos olhos azuis. Nove meses depois, bum! As gêmeas, que nasceram moreninhas, mas de olhos verdes, como a avó paterna. Rafael veio dois anos depois, totalmente latino: moreno de cabelos pretos e olhos castanhos. A última foi Amelia, quatro anos mais tarde, loirinha dos olhos azuis. Tom, o marido da minha mãe, trabalha em outra cidade e viaja muito, então ela fica sobrecarregada com quatro crianças pra criar.

_ Aaaaaaahh – ouvi um grito e então Elisa entrou correndo na cozinha com Rafa atrás dela, com o que parecia ser uma minhoca de mentira na mão.



Brittany P.O.V

_ To triste que vou ter que deixar o Lord T mãe... – eu disse, pensando em todos os vícios que ele poderia envolver sem me ter por perto.

_ Prometo que não deixo ele fumar maconha ok? – garantiu minha mãe e eu sorri assentindo.

_ Agora entra naquele avião antes que eu tenha que te empurrar. – ela brincou enquanto enxugava uma lágrima. Meu pai segurava as dele. Eu não tenho irmãos, sou filha única desde sempre, então deve ser difícil para eles ver a única filha indo embora.

_ Eu amo muito vocês. – lembrei-lhes, entrando na fila para embarcar.

_ Boa Sorte Unicórnia! – eles gritaram alguns segundos antes de eu embarcar no avião.



Mercedes P.O.V

_ Bom dia família! – gritei esfuziante enquanto entrava na cozinha. Estava quase na hora de ir para o aeroporto e eu lembrava o caos que havia sido o dia que eu recebi a carta. Mas enfim minha mãe voltou do hospital e aceitou que era a oportunidade a minha vida.

_ Bom dia Mercedes! – disse meu pai, enquanto minha mãe parecia emburrada.

_ Bom dia Cedes. – disse Anna minha irmã, parecendo triste.

_ Bom dia Ann, tá tudo bem? - perguntei sentando ao lado dela.

_ Por que eu não posso ir com você Cedes? - perguntou ela, fazendo mamãe engasgar com um pouco de panquecas que ela estava provando.

_ Nada disso Anna Louise! Ficou maluca? Você só tem dez anos! - gritou papai, batendo nas costas de mamãe, que estava vermelha e tossia muito.

_ Pega leve mãe! - eu pedi rindo.



Kurt P.O.V

_ Ainda não me acostumei que o meu filho está indo embora! - disse papai enxugando uma lagrima. Estávamos na estação de trem e o meu estava para passar.

_ Calma pai, vai ficar tudo bem. Eu sei que você não fica sozinho aqui em Chicago desde que a mamãe morreu... Mas eu prometo ligar todos os dias até você se cansar de mim! - o tranqüilizei, fazendo-o soltar uma risada engasgada e me abraçar.

_ Eu nunca vou me cansar de você Kurt! Agora vá e acabe com eles! - ele disse sorrindo enquanto meu trem chegava e eu embarcava.



Blaine P.O.V

Meu pai estava com uma cara feia, como sempre quando era obrigado a ficar no mesmo espaço que eu. Não que eu me sinta mais confortável... Se for para ele não aceitar o que eu sou, eu quero distância!

_ Tchau Baine! - gritou minha irmãzinha de um aninho, Blair, do colo da minha mãe.

_ Tchau florzinha.- eu disse beijando seus cabelos loiros.

_ Tchau meu filho. Boa sorte. - desejou mamãe, me abraçando e esmagando a garotinha no meio, que riu.

_ Eu amo muito vocês! Não se esqueçam disso! - eu lembrei-as entrando no trem. Vi meu pai fazer uma careta e posso jurar que ele sussurrou “Já vai tarde” no ouvido de minha mãe.


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Notas finais do capítulo

N/C: E aqui estamos nos de novo com mais uma fic, só gostaria de dizer que eu e a Waal estávamos trabalhando nisso há um tempo e eu espero que gostem! Beijos... Aproveitem!
N/W: Olááááá amadeeenhos de tia Waal, tudo bem?
Bom, espero que gostem desse prólogo e gostem da fic. Não adianta perguntas os shippers que vão ter tantos que vocês vão ficar até perdidos HUAHUAHUAHUAHU
Bom, até segunda que vem e comentem hein?
Beeeijos fofas ;@
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