As Crônicas de Nárnia e a Rainha Do Futuro escrita por Rocker


Capítulo 11
Garotas não são as únicas que sonham


Notas iniciais do capítulo

Olá povooo!!
Tô muito feliz por conseguir postar mais um cap antes da hr!!
SANTO CARNAVAL õ/
Mas sexta eu posto tambem, viu?! u.u



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Garotas não são as únicas que sonham

“I'll understand you

Just give me the chance to

Love you more than you'll ever know

Even if it means I gotta let you go...

With or without me,

Baby you should be happy

If you're headed down another road

Don't you leave me with nowhere to go

Don't let me be the last to know, yeah

Don't let me be the last to know”


Last to Know

“I thought my love was bittersweet

Broken into pieces but now back on my feet

Thanking you for letting me through your galaxy

Pam-pa-rum-pam my heart beats for you

And I like to explore things

The way you make me feel, I could never explain

You make me, make me, make me, make me feel

That your love is really real”


Red Planet

Lena corria como nunca, a capa cinza voando ao seu redor, lembrando-a do sonho que tivera naquela noite. Só tinha um objetivo em mente: chegar a Edmundo o mais rápido possível e se jogar nos braços dele.

Seu coração acelerou fortemente, a respiração tornou-se mais irregular ainda e seu estômago deu um grande salto.

Enquanto corria pela relva que lhe lembrava a do sonho, com vários e vários metros de distância até o moreno, como se fosse um labirinto até que ela chegasse ao final tão desejado, ela finalmente percebeu.

Ela o amava.

Lena amava Edmundo. Demorou um pouco para perceber, mas ali estava a verdade que queria esconder desde que o conheceu.

Apressou o passo, se jogando para frente com a ajuda do vento, diminuindo a distância. Quando estava perto o suficiente para ver o imenso sorriso que ele tinha estampado no rosto, Lena fez algo que não imaginou que teria coragem fora dos sonhos.

Lena se jogou nos braços dele, enterrando o rosto em seu peitoral e segurando um soluço.

^-^

Edmundo a viu correndo em sua direção e sentiu seu coração bater mais rapidamente, como só batia quando ela estava presente. Pensou que ela apenas pararia a alguns metros e sorrisse. Mas não. Ela fez algo que ele jamais imaginaria.

Ela se jogou em seus braços, abraçando-o forte e enterrando o rosto em seu peitoral.

Apenas quando a ouviu tentando segurar um soluço, que conseguiu raciocinar novamente. Envolveu a cintura da garota e a abraçou forte, enterrando o rosto nos cabelos curtos e sedosos dela. Respirou profundamente o perfume de cerejeira que exalava dela e suspirou.

Lena se afastou dele delicadamente, tomando ciência do que fizera. Iria se afastar pelo menos uns bons dois metros, mas Edmundo não permitiu. Manteu seus braços a seu redor, deixando apenas que ela pudesse abaixar a cabeça envergonhada, com as bochechas rosadas pelo sangue que fluiu por ali.

Edmundo segurou o queixo dela delicadamente e o levantou, para que Lena pudesse olhar diretamente para seus olhos escuros. Lena podia ter certeza que tinham um brilho próprio, algo diferente de tudo que já viu. Algo... Apaixonado.

Sorriu.

Edmundo percebeu que era o sorriso mais lindo que já vira. Um sorriso angelical, admitiu mais tarde a Pedro, de volta a Inglaterra. Um sorriso do meu anjo.

- Oi. – disse Edmundo.

Lena riu suave e timidamente.

Com milhões de outras palavras em seu vocabulário que você poderia usar depois disso, criticou o menino mentalmente, você prefere dizer oi?! Parabéns, Edmundo, você é um idiota com certificado assinado!

- Oi. – respondeu Lena, desvencilhando do toque leve de Edmundo em seu queixo e abaixou a cabeça mais uma vez, novamente envergonhada.

- ED! – Lena ouviu Caspian gritar atrás de si e sentiu-se grata por isso: Edmundo tinha que a soltar para poder cumprimentá-lo.

Mas ele não o fez. Apenas a segurou pela mão, entrelaçando os dedos como Lena fizera quando acabou a batalha no castelo de Cair Paravel. Edmundo a levou junto com ele, quando abraçou Caspian de lado.

- Caspian, quanto tempo!

- Pensei que nunca mais voltaria! – falou Caspian.

- É, eu também pensei. Mas pelo menos Lena foi lá nos buscar. – ele olhou de relance para a menina, que abaixou a cabeça e deu um sorrisinho tímido. Fez com que Edmundo sorrisse mais abertamente.

Lena pôde ver a sobrancelha erguida e a expressão de Caspian que dizia “Foi com ele que sonhou?!”.

- E os outros?! – perguntou Caspian, tentando não parecer tão desesperado para ver Susana.

Mas era claro que Edmundo perceberia.

- Quer ver todos os três ou apenas uma irmã em particular? – perguntou ironicamente.

- Eddie! – repreendeu Lena, sabendo muito bem como Caspian se sentia em relação a isso.

Rindo, Edmundo respondeu.

- Estão lá dentro! – apontou para as muralhas de pedra que envolvia a Mesa de Pedra. A entrada estava totalmente reconstruída.

- Ótimo, obrigado. – agradeceu Caspian, antes de correr até lá, com o exército em seu encalço, deixando do lado de fora apenas Lena, Edmundo e o fauno vigia. Mas este estava longe demais para interromper qualquer coisa.

Lena olhou-o um pouco confusa sobre o que aconteceria depois disso. Mas Edmundo a levou para se sentar em uma das grandes pedras que havia ali. Ele sentou à sua frente, ainda sem soltar sua mão.

- Fez um belo trabalho ali. – ele disse, indicando as muralhas com a cabeça.

- Como pode ter certeza de que fui eu? – perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Por favor, né?! Só você pra tirar toda aquela tralha dali!

Lena riu de leve. Então Edmundo se lembrou de algo. A adaga que guardara. Pegou-a do cinto e lhe estendeu.

- Prometi que guardaria isso até que a visse novamente.

Sorrindo, mas sentindo o rosto queimando – lembrou-se do recado dele, da parte que dizia que esperava ansiosamente para vê-la novamente –, pegou a adaga e a colocou de volta no cinto.

Edmundo se aproximou de Lena devagar, quando esta voltou sua atenção para ele, e tocou sua bochecha com lábios. Permaneceu ali por alguns segundos a mais que o necessário. Afastou-se apenas alguns centímetros e olhou nos olhos dela.

Lena sentia que ele a beijaria ali e agora, mas precisava mostrar algo a ele. Ela queria mostrar. Queria beijá-lo também, mas isso poderia esperar mais um pouquinho. Lena levantou-se, estendendo a mão para ele.

- Vem comigo, quero te mostrar uma coisa.

Ele sorriu. Aceitou a mão que ela lhe estendia e deixou-se ser guiado em direção à orla da floresta. Edmundo ficou receoso sobre irem muito longe, mas Lena parou em um local fácil de ver tudo à volta, inclusive o refúgio.

- O que viemos fazer aqui? – perguntou, enquanto a via se agachar e pegar um punhado de terra.

Lena não respondeu. Apenas jogou a terra na mão de Edmundo, que a olhou confuso. Lena fechou os dedos dele sobre a terra macia e suspendeu a sua por cima, sem tocá-la.

Edmundo estava prestes a perguntar o que era, quando Lena começou a girar a própria mão em movimentos circulares. Sentiu algo se agitar sobre sua mão e quando a abriu viu um redemoinho de terra crescendo.

Olhou espantado para Lena, mas seus olhos estavam totalmente castanhos, sem irís. Isso o assustou ainda mais, mas Lena o fitou com aqueles olhos cor de terra e sorriu, ainda com os movimentos circulares que formavam o redemoinho.

Olhou para o redemoinho formado em sua mão e sorriu.

O redemoinho se deformou, voltando a ser apenas uma pilha de terra sobre sua mão. Deixou cair no chão de novo e limpou a mão nas calças. Quando levantou o olhar novamente, Lena sorria – seus olhos já normais novamente.

Ele sorriu e, por uma fração de segundo, Lena fiquei imóvel. Então, de algum jeito, pegou a frente da camisa dele e o puxou para si. Os braços dele a envolveram, quase a levantando do chão, e logo ele estava beijando-a – ou ela o beijando, não tinha certeza e não fazia diferença. As línguas dançavam em um movimento sincronizado, dando a sensação de pertencerem um ao outro.

A sensação da boca dele na dela era elétrica; Lena agarrou os braços dele, puxando-o para mais perto, com força. A sensação do coração de Edmundo batendo através da camisa a deixou tonta. O coração de ninguém batia como o de Edmundo, e nem poderia.

Ele soltou-a e Lena arfou – tinha se esquecido de respirar. Edmundo pegou seu rosto com as mãos, traçando a curva das maças do seu rosto com os dedos. Lena perdeu-se totalmente naqueles lindos olhos castanhos. Ele se aproximou para que nossas bocas se tocassem. Pôde sentir que ele sorria.

E como não?! Edmundo sentia que acabara de ter o melhor momento de sua vida.

^-^

Edmundo não se sentia muito bem. Estava confuso e atormentado. Precisava pensar. Levantou-se de onde estava dormindo e olhou envolta. O refúgio da Mesa de Pedra.

Precisava ver novamente a Mesa, quebrada, então andou até a caverna que levava até lá. Viu o lobisomem e a bruxa e, por mais que ficasse apavorado em vê-los ali, sabia que era apenas um sonho. Então simplesmente os ignorou e parou em frente ao grande bloco de gelo onde havia uma mulher, hipnotizado.

Mas claro que ele não sabia que estava hipnotizado.

Então, o lobisomem e a bruxa pararam ao seu lado e o seguraram pelo braço. Mas quando perceberam que Edmundo não relutava, logo o soltaram e o lobisomem cortou a palma da mão de Edmundo.

- Dê-me seu sangue. – pediu a mulher presa no gelo, estendendo a mão para além dele.

- Sim. – respondeu contra sua vontade, mas com a voz seca.

Foi se aproximando da Feiticeira aos poucos, estendo-lhe a mão.

- EDDIE, NÃO! – alguém gritou atrás de si, mas ele nem se deu ao trabalho de se virar para olhá-la, mesmo que a voz doce e angelical lhe causasse várias reações. Coração a mil, estômago em queda livre, tontura por não abraçá-la.

Principalmente pelo coração que travava uma batalha contra as costelas.

- Não a ouça, Edmundo, querido! – falou a Feiticeira.

Logo o lobisomem e a bruxa a penderam pelos braços. Mas a menina continuou se debatendo, tentando se libertar do aperto forte. De repente, o menino se viu falando algo rude, algo que jamais falaria se tivesse consciência.

- Por quê? Por que não devo fazer? – perguntou cinicamente, virando ligeiramente a cabeça para encarar aqueles lindos olhos castanho-esverdeados.

- Por que... – ela começou, mas abaixou a cabeça, com o rosto levemente corado. – Por que eu te amo, Edmundo.

Então Edmundo, que estava prestes a tocar a mão ensanguentada na da Feiticeira, rapidamente abaixou o braço e se encaminhou para a menina que amava, que se libertou, mas antes que pudessem se abraçar, ela desmaiou em seus braços.

O lobisomem a matara.

^-^

- Eddie... – Edmundo acordou com uma voz doce sussurrando ao seu ouvido. Abriu os olhos e viu um brilho preocupado nos olhos de Lena. – Edmundo, tudo bem?

- Tudo bem. – respondeu, sentando-se e se espreguiçando.

- Que bom, pois temos muito que fazer.

- Tipo o que? – perguntou, não sabendo se queria ou não saber a resposta.

Lena lhe lançou um sorriso sapeca e vencedor.

- Treinar!


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Notas finais do capítulo

E aê?? Reviews??
Gostaria muito que quem lesse, comentasse, assim poderia saber o que acham!!
Postei uma outra fic de Nárnia, que baseia no primeiro filme:
http://fanfiction.com.br/historia/332188/Secret