Dos Dois Lados escrita por Lari Haner


Capítulo 14
Aniversário - Parte lV


Notas iniciais do capítulo

Oioi, desculpa demorar pra postar o capitulo, realmente eu não me dou bem com o computador, então acordei as 8h hoje pra escrever (me agradeçam por isso) sim pra mim é muito difícil acordar as 8h sendo que estou de férias... Mas ai está espero que gostem :3
Xoxoo



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Parte lV



O homem sinistro estava na minha frente, e eu estava com um medo indescritível.



–O quer de mim? -perguntei gritando, pois o pânico assumiu minha voz.



–Ora,ora... O que quero de você? Vamos pensar- a voz dele era grossa arrogante. - quero de você o que quero a todas as pessoas ver elas com dor e sofrimento. - Eu me arrepiei e levantei do chão.



–Por quê?- perguntei, pensei em correr, mas algo me dizia que não era muito eficiente correr de uma alma.



–Por que eu quero que elas passem o mesmo que eu passei- disse ele, e me deu um soco forte no estômago. Percebi que não tinha como tranquilizar ele, não era igual a senhora que fazia tudo por um motivo, ele agia sem pensar e via graça na dor dos outros. Era o pior tipo de pessoa, se é que pode usar esse termo. Subi as escadas tentando desviar os pensamentos, mas não pareceu funcionar.



–Acha mesmo que pode fugir de mim?- ele deu uma risada, ainda mais assustadora que seu sorriso



–Porque esta fazendo isso comigo?- perguntei encostando-se a parede.



–Porque eu quero, a não ser que você me de outra opção- ele respirou fundo e senti a pressão em sua voz- que tal o filho de Mayla Owen? -então jogou o porta canetas contra mim que se despedaçou na parede do meu quarto e por sorte consegui desviar



–Não, ele não, você tem que ter um motivo!!- ainda tinha esperanças em atingir quem sabe um ponto fraco. Psicologicamente, pois fisicamente...



–Tem razão, eu era um guerreiro, me casei e tive dois filhos, porem os perdi num incêndio. Causado pela outra vila, as quais nos vieram travando batalhas desde então. E tive que conviver com a perda pelo resto da vida. - por um momento ele pareceu triste, mas voltou a sua forma normal e me jogou a cadeira da escrivaninha, essa, acertou em cheio, eu gritei, pois ela me atingiu com tudo. –Eu não sei por que estou te contando isso- gritou ele.



–Eu também perdi as pessoas que eu mais amo, elas se foram, e eu tenho que conviver com essa... Coisa de enxergar os mortos, você não sabe o quanto dói-gritei.



–Não levante a voz comigo- ele me chutou. –Morra!!- então ele começou a me



bater. Eu tentei para-lo, mas nem toca-lo eu podia.



–Espere, deve ter outra saída, vamos fazer um acordo- eu tentei tudo naquela hora parecia ser inútil, mas... O homem abriu o mesmo sorriso qual me dava arrepios.



–Acordo, sim, um acordo!!- só o jeito que ele disse aquilo me fez me arrepender de ter falado isso.



–Diga o que quer-disse.



–Eu ainda não sei, não conheço muito bem seu ponto fraco, já tenho uma noção, mas é preciso estudar bem o inimigo. Até logo... Queridinha- e com esse “queridinha” ele sumiu, não é preciso ser muito inteligente para entender que esse acordo pode acabar com a minha vida, talvez até literalmente. Não sabia o que fazer, eu precisava contar a May, mas não queria preocupa-la mais ainda. Quando me deparei já estava ligando para May, chorando desesperadamente.



–Alô?- May atendeu



–May, o homem, ele apareceu, ele me bateu, falo de um acordo... – eu não consegui explicar ao certo, mas acho que ela havia entendido.



–Yla, não, não pode ser, você precisa de alguém com você, tenta livrar esses pensamentos, você pode vir aqui?



–Eu... Eu não sei, aconteceu mais coisa, meu tio não esta em casa... - disse a ela cessando as lágrimas.



–Meu marido vai te buscar ok?! – Ela disse, eu poderia ficar com medo, mas com certeza era melhor encarar o padrasto de Ty, do que ver o cavalheiro novamente.



–Tudo bem- disse e após nos despedirmos, fui me arrumar, estava doendo um pouco as pancadas, tomei um remédio para a dor, então o padrasto de Ty chegou. Eu entrei em seu carro e ele me olhou com uma cara de tipo: não-é-porque-eu-estou-te-dando-carona-que-você-pode-achar-que-eu-gosto-de-ti.



–Olá Sr. Wendt – disse entrando em seu carro.



–Oi- ele tentou parecer focado no transito, e assim se passou uns dez minutos até que ele começou a falar.



–Então quer dizer que você também enxerga as almas?



–Sim senhor.



–E o fato de você ter enganado o policial aquele dia era por que uma alma que os havia o atacado?



–Sim senhor.



–Pode falar normal comigo, parece que você tem medo de mim- ele riu, mas foi uma gargalhada contagiante que quase me esqueci de que eu tinha sim medo dele.



–Er...é mais ou menos- disse por fim



–Mas por que tem medo de mim?- perguntou



–É que, bem aquele dia você não pareceu gostar muito de mim.



–Eu não sabia o que realmente havia acontecido, peço mil desculpas, não sabia a gravidade do assunto, e também... É que eu sou um pouco ciumento- ele disse até que eu compreendi o fato de ele ter me estranhado, mas o que eu tenho a ver com o fato dele ser ciumento?!



–Como assim ciumento?



–Ah, você e meu filho se parecem se gostar muito... você estão...



–Não, somos melhores amigos- eu o interrompi. E ele arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso.



–Eu também era melhor amigo da mãe de Ty, vamos dizer que essa coisa de alma nos une mais- ele falou, estacionando no hospital, interessante, pensei “rindo” em minha mente. Olhe realmente eu mudei minha concepção em relação ao padrasto de Ty. Ao chegarmos ao quarto May e Ty estavam conversando, rindo, como se todos esses problemas não fossem lá, tão ruins assim... Eu cumprimentei os dois, e o Sr. Matt chamou May pra falar com ele a sós. Ficamos eu e Ty no quarto.



–Já adotou a corrente?- ele sorriu, ao ver que eu estava usando sua corrente.



–Acho que já- respondi também sorrindo



–O que aconteceu lá?- ele perguntou então eu lhe contei toda a historia desde Lea até o senhor sinistro (o apelido que Ty deu a ele).



–Eu não sei, tenho medo do que ele possa fazer com você. –disse ele



–Eu também.



–Sabe essa história de almas, é difícil de acreditar, não podemos culpar Lea por isso, mas ela foi grossa com você. –Ele suspirou – Lea deve ser bipolar. –Então rimos juntos.



–Quando você vai estar melhor? –sinceramente, eu achava que logo, achava que tudo ia melhorar, ele não parecia assim tão ruim.



–Não da pra saber, acho que vou ter de faltar os últimos dias de aula, eu não queria isso.



–Você é doido, eu ficaria feliz em não ter que olhar pra cara daquele professor de física. – disse rindo, ele balançou a cabeça como se dissesse “você é impossível mesmo”. Meu telefone tocou. Eu atendi e era meu tio.



–Kayla onde você está?!?- a voz dele mostrou preocupação, será que a alma tinha atacado ele, não, não tem como, as almas só atacam que as conhece, ou ahhh, não sei.



–No hospital co... – ele não me deixou falar “com o Tyler”



–Você está no hospital? Meu deus o que houve?



–Calma, tio, meu amigo esta no hospital. Eu já vou indo, chego ai daqui a pouco ok?



–Depois precisamos conversar – então ele desligou, o que será que eu fiz?



Expliquei-me a Tyler, eu tinha que realmente ir, além do mais só faltava dois dias para as aulas terminarem, não podia faltar também. Eu me despedi dele e fui de metro mesmo, ao chegar em casa todas as luzes estavam acesas, o que será que havia acontecido. Meu estava lá, no meio da sala, sentado como se esperasse alguém:



–Kayla. Por que seu quarto esta uma bagunça? Por que a cadeira esta quebrada...



–Calmo tio, é que eu – e agora o que eu falo? – eu quebrei – será que servia?



–Eu pensei que um assassino tivesse entrado e levado você- tive vontade de dizer “quase isso”, mas disse:



–Calma, você esta assistindo filmes demais.



Depois fui me arrumar para dormir, não pude deixar de rezar para que Deus protegesse Ty, eu realmente não sei o que faria sem ele, lembro-me do telefonema que recebi, quando minha mãe morreu, não queria um desse falando sobre ele. Eu estava deitada, imaginando com seria bom se eu fosse uma adolescente comum como nunca fui, não tinha muitos amigos, pois ao perder meu pai, não quis fazer amizade com ninguém, apenas Ty e Lea conseguiram. O meu celular tocou.



–Alô?!- atendi



–Por acaso é Kayla Sullivian?



–Sim sou



–Eu quero falar sobre Tyler Owen – meu coração disparou, meu corpo ferveu, só esperava não ser do hospital.





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Notas finais do capítulo

Vamos rezar pro Ty, que não seja do hospital, afastem esse pensamento...
E aí? da onde vcs acham que é? (eu seeeei ashsuahuas)
Quero 5 reviews pra continuar okkay, ou sem historia pra vcs muhahaha sei que sou má...
Gente tenho algumas noticias pro proximo capitulo.... Só falta vcs descobrirem se elas são boas ou más hahahaha
Reviews ok ?!?
Beijos e abraços, meus, da Yla e do Ty :3 (as mina pira em abraços e beijos do Ty ashhuashusahusahuash)
Até as reviews :3