POV. Annabeth

– Muito bem, classe, estão dispensados.

Saio correndo pelos corredores: em busca da liberdade!

Mas que atendia pelo nome de almoço.

Eu já disse que eu sou uma pessoa maravilhosa? Graças a maravilhosidade que eu tenho, vocês não vão precisar ficar sabendo sobre as duas outras aulas que eu tive e que foram um porre. Só sobre o almoço.

Eu e minhas amigas (Rachel, Katie, Piper) nos sentávamos na mesa 10. Era até boa. Só que não.

– Oi, Annie! – diz Silena. Certo, ela era a menina mais popular, mas isso daqui não é um clichê. A Si é legal e fala com todo mundo. – Fiquei sabendo que resolveu ir em uma das minhas festas!

– Pois é, parece divertido. – não, não parecia. A minha opnião de que só ia ter gente bêbada e bebida ainda não mudara

– Charles também está animado. Bem, tenho Trigonometria, então... A gente se vê mais tarde! – ela diz indo embora.

Charles... Charles Beckendorf era o astro do time de basquete e, óbvio, namorado da Silena. Eles estavam juntos há mais de seis meses, quebrando todos os recordes da menina.

Chego ao refeitório e me sirvo de um sanduíche de sorvete e uma Coca Diet, que é quase o que eu peço sempre.

Vou até a mesa 10 e vejo que apenas Piper já tinha chegado. Ela estava com uma salada de batatas e um suco de abacaxi. Ela parecia bem concentrada nas batatas, então não me viu chegar.

– Piper? OI! - grito e ela se assusta, deixando o garfo de plástico cair no prato.

– Ah, oi, Annabeth.

– Muito concentrada nas batatas?

– Só no que elas representam...

– Certo. – falo como se isso não fosse estranho.

– Oie, gente! – diz Rachel–Katie mandou avisar que não irá comer conosco hoje... – ela diz misteriosa. Eu e Piper sabemos que ela estava apenas querendo que a gente perguntasse, então não o fizemos.

– Muito legal para ela – diz Piper.

– Pips, por que não saiu com a gente ontem? Eu liguei, mas só dava desligado!

– Ah, com ninguém. Esquece. – ela fala, mas se eu conheço Rachel (e eu conheço), ela não ia desistir tão fácil.

– Hoje a gente ´tá indo na minha casa se arrumar. Você quer ir? – pergunta Rachel.

– O.K, eu vou. – responde Piper

– Só não se atrase.

– Não se preocupe, eu não vou faltar nem me atrasar... – diz Piper, que parecia estar olhando algo do outro lado do refeitório. Segui o seu olhar e percebo que estava fulminando Reyna com o olhar, embora a outra não parecia perceber.

Por quê alguém ia olhar com raiva para a Reyna? Ela é tão legal. O jeito é perguntar.

– Ei, Pips, por quê você ´tá olhando assim para a...

– Nada! Nada, deixa, agora eu tenho que ir, tchau, Annie, tchau Rachel, a gente se vê depois! – ela fala se levantando.

–Mas você nem acabou a sua salada! – grita Rachel

– Perdi a fome! – grita Piper, agora já nas portas do refeitório.

– Que estranho. – comento. Rachel faz que sim com a cabeça e começa a atacar o seu cheseburguer.

– Eu não duvido que ela fez alguma merda. – diz Rachel.

– Eca! Como você fala essas coisas comendo? – pergunto, enjoada. Empurro meu prato de plástico para longe e me levanto – Perdi a fome. Depois a gente se vê, Rach.

– SIM, VÃO TODOS ME ABANDONAR, NÉ? – ela grita isso alto e o pessoal das outras mesas começam a encara-la – Certo, a gente vai no seu carro, certo, Annie?

– Certo. – falo.

Saio do refeitório e pego meu celular. Com toda a confusão do trabalho de História problemático eu tinha me esquecido de avisar a minha mãe que eu ia dormir na casa da Rachel depois da festa. Quer saber? Nem vou avisar sobre a festa, digo só que vou dormir na Rachel e pronto. Depois eu aviso as meninas a não falarem nada sobre a festa perto da minha mãe.

Com dois toques ela atende.

– Oi, Annie. O que foi? Estou ocupada.

– Só liguei para perguntar se posso ir da escola para a casa da Rachel e dormir lá... – normalmente minha mãe me deixa, já que ela acha que Rachel é uma boa influencia para mim (que inocente) e já que está sempre muito ocupada.

– Tá, Annie, pode. Mas seja educada e coma todos os legumes! – ela diz. De tanto falar isso antes de ir dormir na casa das minhas amigas, já virou bordão da minha figura materna.

– Certo mãe, prometo. Eu volto amanhã, O.K?

– Certo. Tenha uma boa sexta! Te amo.

– Também te amo. Tchau.

– Tchau.

E pronto desliguei. Simples assim. Decido que vou sair para procurar Piper, estava curiosa, ela estava tão estranha no refeitório.

Vou seguindo pelos corredores pensando:Se eu fosse uma vegetariana maluca, aonde eu iria?

Logo encontro uma pessoa: Jason Grace. Já falei sobre ele? Era loiro, alto, tinha olhos azuis, jogador de futebol e namorado da Reyna. Preciso dizer mais alguma coisa?

– Oi, você viu a Piper? – perguntamos ao mesmo tempo. Isso aí, PERGUNTAMOS. No plural. Isso significa que ele perguntou também. Que significa que ele também está procurando a Piper. Que significa que agora, provavelmente o teto está no chão e o chão está no teto.

– Não. – respondo desconfiada. – O que você quer com a Piper? – ele me olha, como se fosse estranho eu estar desconfiada.

– Estamos fazendo um trabalho juntos e eu queria dizer que já terminei minha parte. – ele responde – Bem, se vê-la, diga que eu estava querendo falar com ela, O.K? – ele sai pelo corredor apressado.

Bem, era obvio que ele estava mentindo. A Piper é um ano mais nova do que ele e Jason não é do tipo repetente e faz aniversario em Dezembro.

O que ele quer com a Piper?

TRIMMMM!

Certo, não deu para achar ela. Mas tudo bem, ela vai ter que me dar explicações quando nos encontrarmos. E acho que a Rachel também vai querer saber.

Dou de ombros e vou para a sala. Ficar pensando na Piper não vai me ajudar nos deveres de Geometria.