As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 92
Natal com os Jacksons


Notas iniciais do capítulo

Oie meu povo, rsrsrsrs, então este cap não é lá grande coisa; é mais um cap de transição, okay?
Até lá embaixo:



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THALIA

Acenei novamente e ea emergiu arfando.

–Pare, por favor... eu não fiz nada, eu não fiz nada. Eu juro! Nãi fiz... – me ergui e bati em seu rosto. Trouxeram uma cadeira e cordas; presa ela ainda berrava por socorro e misericordia. Pense em diversas formas de tortura, as piores que imaginar. Descrê-las não é algo fácil e no fim faz parecer algo simples e indolor. No fim de tudo, sentei-me em seu colo e abracei-a pelo pescoço; muito cínica – Quer acabar logo com isso? É só pedir, meu bem. – ela chorava, sangue escorria de quase todo o seu corpo. Ela já tinha dedos quebrados, rosto arroxeado e hematomas por todo o corpo. Alguns homens queriam estuprá-la, mas não permiti; seria demais até para mim, embora uma parte mim gritasse permita! Permita e deixe desfrutar de uma última esperiência sexual antes de matá-la... – É só me pedir.

–Acabe logo com isso... Por, por favor... Não aguento mais isso... Nem sei o que fiz e... – ela gaguejava, e gemia; como estava sentada em seu colo pude sussurrar em seu ouvido uma resposta.

–Acha que não sei que dormiu com ele? Acha que não sei que você financiava seus empreendimentos? Não adianta se fingir de tonta, meu bem. Eu sei – rosnei baixinho, o ódio me corrompendo. Cortei sua garganta bem devagar prolongando a dor e a morte; ela voltou a implorar uma última vez como pode então atirei em sua testa. – Vamos embora – disse alto enquanto outros gritavam e corriam para a saída com diversas sacolas de dinheiro e jóias.

–Você é sensacional, garota.

–É a melhor!

–Essa é pra casar! – risadas e gritos ecoavam de todos. Era filhos, netos, sobrinhos da Guerra. Não havia como não amarem uma boa matança, uma boa dosse de sangue quente e rubro.

Carlos e Diego andavam sempre ao meu lado; Carlos saltava como os outros extasiado com a diversão. Meu corpo tremia, minhas mãos estavam escarlete com o sangue dela. Tão rubras... Era difícil não pensar em personagens de filmes de terror: meus olhos vidrados encarando o nada, o sangue da vítima torturada em minhas mãos...

Fui levada ao Olimpo no nascer do sol (não faço ideia de como não atraímos a atenção de nenhuma autoridade). Este estava vazio; todos os deuses com poucas exceções havia saido para suas próprias missões. Estávamos em pé de guerra e eles tinham muito o que fazer. Uma musa me olhou com medo e não posso censurá-la. Sentei-me em uma das “ruazinhas” e fiquei estática, imóvel, entorpecida ali. O sangue secara a muito tempo e em meu nariz o cheiro férrico me enjoava apenas agora. Demorou para eu notar que estava sendo obervada já que fitava minhas mãos com concentração... E desespero.

Era Ártemis. A deusa se aproximou e perguntou como foi. Disse que havia matado todos. Algo em minha voz afetou-a assim como a mim. Foi fria e maliciosa como se eu sentisse prazer naquilo.

–Como se sente?

–Horrível, fútil... – não consegui falar mais; eu tremia e meu estômago se revirava. Eu havia matado quatos noite passada? Havia me divertido vendo a morte de pessoas? Que tipo de monstro eu era?

–Venha; você precisa caçar...

–Não! Não vou aguentar matar mais nada...

–Sei como se sente, meu bem – ela acariciou meu rosto – Confie em mim.

De alguma, no intervalo em que pisquei os olhos estávamos no meio de uma mata verde, de árvores grandes. O ar era bem mais leve e me ajudou a me acalmar. Tirei a jaqueta e os saltos e as jóias. Descalça, sentia a maciez do musgo em meus pés... O cheiro que veio pelo ar era de sangue, sangue fresco e não era como aquele em minha mão. O movimento foi automático, havia algo ali. Corri sem me dar conta, usava as ávores para me impulsinar e deveria ter atingido uma velocidade média de, pelo menos, 75 km/h; óbvio que eu ainda usava meus truques relacionados ao ar, mas ainda sem consciencia. Ártemis corria ao meu lado e juntas sorríamos. Parei bruscamente contra uma árvore... Era um antilope. Minha sede de sangue falou mais alto e eu esqueci que tinha as mãos manchadas de sangue e a alma manchada por diversos assassinatos. Eu precisava matar, precisava de uma maneira inexplicável. Se eu me senti mal por isso? Sim, afinal eu era uma expécie de monstro. Os piores monstros vivem no coração dos humanos. Isso era verdade, isso era a minha realidade... Você não é humana!

Não importava o quanto eu refletia, eu precisava ver mais uma morte, mesmo que isso custasse minhas noites de sono logo mais. A deusa e eu pulamos ao mesmotempo contra o animal. Ele desviou, correu e nós corremos atrás; não sei de onde tireiforças para jogar-me contra ele e derruba-lo. Mas tínhamos o jantar das caçadoras. E eu um coração mais leve...

–Você nasceu para caçar, Thalia – a voz da deusa parecia saber o que dizer, o que eu pensava – Sua parte imortal nasceu para derramar sangue. Os grandes líderes sempre tem as mãos manchadas de sangue, meu bem. Você negou sua divindade por muito tempo, viveu como humana por tempo demais... Aceite que não é um monstro, mas sim uma líder.

[...]

Nunca vi as estações, os dias passarem tão devagar. A caçada era mesma coisa; percorriamos o mundo sozinhas buscando novas meninas, treinavá-as todas para os combates, excercícios diárias eram feitos, assim aumentava nossos números e nossa força. A Caçada crescia como nunca antes. A deusa propriamente dita estava em preparativos contra a guerra. Cabia a mim tudo relacionado com as caçadoras. Sophia podia ser pequena e um filha de Afrodite, mas era mais velha na alma e sabia ser fria e até má. Clara, Acemira e todas as outras estavam prontas para morrerem (se fosse preciso) e para matar. Podíamos não concordar com todos os deuses, mas não havia uma dúvida ali; todas lutariam por Ártemis. A deusa da caça era nossa mãe e irmã, não havia motivos para abandoná-la.

E vi o cervo dourado... Vocês devem saber o que aconteceu nesse intevalo de tempo. Uma aventura entre os filhos dos Três Grandes narrada por Percy; se bem me lembro ela chamou-a de “ A espada de Hades”. Nossa aventurazinha no Mundo Inferior foi bem desagradável; não vou narrá-la, não vejo necessidade disso. Vou direto para quando Percy e eu voltamos para a fria NY, coberta de gelo e neve. Eu devia um hamburguer para ele então...

Paramos em uma loja de roupas e “compramos” dois casacos; eu os roubei com uma ajudazinha da Névoa, mas não importa. Não havia muitos lugares abertos, sendo bem franca, não havia praticamente nenhum. Mas era natal... Ficamos caminhando em silencio pela paisagem branca sem um caminho ou destino especifico. Encontramos uma lanchonete aberta e eu cumpri minha promessa.

–Você podia ir lá para casa. – ele falou de boca cheia.

–Por quê? – retruquei depois de quase acabar com o copo de refrigerante.

–Sei lá. Ninguém devia passar o natal sozinho e sabe, você é da família...

–Não sei, Percy...

–Está muito frio para você ir sabe onde sozinho. Você vai vir comigo!

Discutimos enquanto comíamos e enquanto andávamos recomeçou a nevar. Meus cabelos já estavam brancos como se eu tivesse caspar. Paramos em frente a um prédio ele puxou-me pela mão.

–Percy... – eu relutava, forçando-me na direção contrária.

–Vem logo! – ele puxava com força e eu resistia; ficamos nessa um tempão até ambos estarmos rindo e e gritando. Sally apareceu correndo.

–Mas o que está acontecendo?

PERCY

Era natal! Por que ela não podia deixar de ser tão teimosa nessa época? Graças aos deuses minha mãe apareceu e com toda a sua graça puxou minha prima para dentro. Fazia tempo desde que eu vira Thalia uma última vez e nela, minha prima contara de forma breve e sem detalhes de sua infancia. Como eu havia prometido contar mais sobre minha “irmã”, contei a minha mãe o quanto estava incomodado com o passado difícil dela. Até agora eu ainda consigo vê-la na praia parada e pálida, os olhos vidrados no homem que tanto a maltratou. Como eu queria poder socá-lo...

–Senhora Jackson, eu não quero incomodar... – Thalia tentava se soltar do aperto e voltar para as ruas, mas nós éramos dois contra uma.

–Não seja boba, querida. Ninguém deve passar o natal sozinho.

–Eu disse! – exclamei feito um bobo; corei depois.

–Está frio demais lá fora e...

–Eu gosto do frio, ele definitivamente não é um problema.

–Por favor, Thalia! – minha mãe olhava para ela com doçura – Passe o restante do dia conosco; que mal isso fará? – ela virou o rosto para mim.

–Fica, Lia. Vamos fingir ser normais por algumas horas.

Ela ficou, deixou-se ser levada por nós até nosso apartamento. Como ainda não era tarde, minha mãe nos colocou a ajudar na cozinha. Nos divertimos, nos sujamos, rimos. Assistimos aos filmes classicos de Natal e dormimos os dois no sofá. Disso me lembro com clareza. Quando acordei tinha um bilhete prateado na porta. Minha mãe chegou primeiro e sorriu ao entregá-lo a mim.

Obrigada por tudo Jacksons. Não me esquecerei desse dia nunca!

–Ela é uma menina tão triste... – Sally lamentou sozinha.

–Ela não mercia passar pelo que passou – retruquei.

–É verdade. – beijou-me os cabelos e me abraçou por trás; depois do que Thalia falara, eu passara a apreciar ainda mais cada carinho da minha mãe. Afinal, eu tinha muito sorte.

LUKE

A imagem era bem nítida. A menininha corria para longe e chamava-me a todo instante “Papai. Papai. Venha! Mais rápido!” corria atrá dela como se disso dependesse tudo, mas eu ria. O caminho se fez sentido quando era tarde demais; ela pulou no abismo que assombrava meus sonhos desde muito tempo atrás; e eu pulei no Tártaro atrás dela. Sua imagem diluindo e apenas os olhos azuis brilhando até escurecerem e se tornarem o azul que eu nunca esqueceria... A risada do titã ecoando dentro e fora de mim...


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Notas finais do capítulo

Luke apareceu!!!!!
Rsrsrsrsrs...
Lindas, lembram que eu falei que estava escrevendo novos Thaluke, então eu postei um deles; deem um olhada e me deem suas opiniões: http://fanfiction.com.br/historia/551932/Despedacada/

Bjss ;)