As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 11
Oficialmente detesto meus sonhos




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THALIA

Eu estava em quarto de uma menininha. Um quarto pequeno e muito organizado.  Os brinquedos estavam nas prateleiras e vários livros abertos e fechados jaziam sob a escrivaninha.

Estava muito escuro... Até abrirem a porta.

Um homem entrou no quarto puxando uma menina linda de aparentemente sete anos pelo braço.

Ambos, pai e filha, tinham cabelos louros. Os do pai eram lisos e os da garotinha eram totalmente cacheados como os de uma princesa, assim como as minhas pontas.

- Tinha monstros aqui! Eles queriam me matar! Por favor, papai... Acredite em mim!- Ela implorava ao pai com os belos olhos cinzentos cheios de lagrimas.

Tudo ficou claro para mim.

Aquela garotinha era uma semideusa.

- Não tinha não!- ele gritava. Estava claramente irritado, mas não acreditava nas próprias palavras. - Isso tudo é invenção da sua cabeça!

-Por favor, acredite em mim... Pelo menos dessa vez! – A menina já estava à beira do desespero.

- Você não vai sair do quarto enquanto não parar de assustar seus irmãos com essas histórias ridículas! – ele vai em direção à porta, mas se vira antes de fecha-la.

O que ele vê é triste!

A princesinha deixava as lagrimas correrem livremente por seu rosto. Com uma expressão de dor estampada na face.

O pai fecha a porta e a tranca.

Mas eu pude ver que ele deixou uma lagrima solitária cair. Deixando que ela caminhasse por seu rosto. Algo que a garota não pode ver.

A garotinha corre em direção à cama. Joga-se no colchão e agarra o travesseiro deixando as lagrimas caírem com força.

Não tenho muita certeza do que exatamente aconteceu, mas como por traz de uma neblina pude ver um rosto muito parecido com o da garotinha, os mesmos olhos cinzentos:

Por favor, cuide dela!

Então tudo mudou.

Eu já não estava mais no quarto da menina loira.

Eu estava em um palácio negro e sombrio. Cenas de morte eram gravadas nas paredes. O piso era de um bronze polido, que refletia perfeitamente bem a luz das chamas.

Havia saídas laterais. Todas as portas estavam guardadas por esqueletos vestidos com trajes militares.

No centro havia um trono ocupado.

-Ora... Ora. Se não é minha sobrinha predileta!- Hades disse com animação- Venha. Aproxime-se.

Eu não queria, nem conseguia, me mexer. Não sabia nem o porquê de estar onde estava.

Hades estudava meu rosto com dedicação.

- Você se parece muito com seu pai. – Havia desprezo em sua voz ao dizer estas palavras – Devo admitir que você seja uma menina muito linda. A primeira filha de Zeus será a que terá a morte mais terrível, a mais dolorosa. Muita injustiça, não acha? – Hades perguntou com um sorriso no rosto.

Eu não tinha palavras para descrever o que eu sentia. Pânico? Pavor? Medo? Talvez.

- Veja Thalia. Vou mandar alguns dos meus mascotes favoritos para acompanha-la. – Hades acenou com a mão e eu pude ver diversos monstros. Feras horríveis que deveriam estar trancafiadas no Tártaro. Não vou descrevelas.

Provavelmente meus olhos expressavam medo porque Hades gargalhou.

- Você não vai continuar viva por muito tempo. Entenda... Não é nada pessoal.

Ele queria que eu falasse.

Sentia isso.

Mas eu não tinha fala!

- Boa morte, querida sobrinha! – Hades novamente tinha desprezo na voz - Boa morte, Thalia, filha de Zeus!

Eu praticamente pulei do sofá.  

Estava coberta e aquecida. Mas não via sinal algum de Luke.

A casa vazia fazia com que minha respiração falha ecoasse por todos os cantos. As paredes acinzentadas deixavam o ambiente mais escuro. E escuridão me lembrava  Hades. Não era exatamente o tipo de lembrança que se queira reviver.

Eu sabia que tinha estado na presença de Hades. Sabia que realmente havia estado no Mundo Inferior. É oficial! Sonhos de semideuses são horríveis!

Minha respiração ainda estava descompassada.

Luke entrou rapidamente pela porta com algumas coisas nas mãos.

- Hei você acordou! – Disse ele com um sorriso no rosto, deixando as coisas que carregava em algum canto no chão.

Ele se aproximou de mim rapidamente e seu rosto se encheu de preocupação. Ele provavelmente deve ter notado minha respiração e meu olhar assustado. Ele se ajoelhou no chão de frente para mim. Colocou uma de suas mãos em minha testa para medir a minha temperatura.

- Thalia, você esta muito quente! O que aconteceu?

Contei a ele meu sonho com a garotinha loira e como Hades havia dito que eu não viveria muito. Tentei descrever algumas das criaturas que Hades havia mandado atrás de mim.

- Ele me quer morta, Luke! – completei deixando ele mais nervoso do que já estava.

Ele ficou de pé diante de mim, para logo em seguida me erguer do sofá.

Estávamos de frente um para o outro. Separados apenas por centímetros, como tantas vezes antes. Luke selou essa distancia com um beijo. Doce e terno. Calmo e totalmente apaixonado.

Separamos-nos.

- Eu não vou perder você para o Hades. Não mesmo. – Ele disse em tom sério.

Não pude deixar de sorrir.

- Você não vai me perder, Luke. – Foi a vez dele sorrir – Muito menos para o Hades. Mas não posso por sua vida em risco. – Eu já não sorria mais. – Não posso!

Afastei-me dele. Não aguentaria perde-lo. Ainda mais sabendo que a culpa por perdê-lo seria toda minha.

- Eu não vou deixa-la nunca! Mesmo que minha vida esteja em jogo. – Ele novamente se aproximou e ergueu meu rosto de modo que eu não podia desviar seu olhar do meu. - E se fosse o contrario? E se fosse a mim quem Hades queria? Eu faria o mesmo que você... – Com um sorriso no rosto completou – E eu sei que você faria o mesmo que eu.

Ficamos algum tempo em silencio.

- Que droga, Luke! Por que você tinha que me conhecer tão bem? – pergunto a ele ainda um pouco preocupada com a possibilidade de perdê-lo.

Ele teve a ousadia de sorrir. Puxou meu rosto para perto, para mais um beijo. Não consegui resistir a ele, mas consegui quebrar o beijo antes que eu perdesse completamente o controle.

- Então o que você trouxe? – Perguntei sorrindo ao ver a decepção estampada em seus olhos.

- Nosso café da manhã. – Ele respondeu

- Você andou roubando... De novo? – Era para soar como uma bronca mais eu tinha um sorriso no rosto.

- Talvez – Ele também sorriu

Ele pegou minha mão e me conduziu até as sacolas. Sentamos-nos no chão e abrimos as sacolas.

Tinha de tudo: Iogurtes, torradas, requeijão... Enfim, de tudo um pouco.

Comemos até estarmos totalmente satisfeitos.

Em outras palavras, até tudo o que Luke tinha trago sumir!

Fomos embora assim que terminamos de comer.

Passamos por vários policiais e por mais incrível que pareça nenhum deles estranhou dois jovens andando por ai, sozinhos no primeiro dia de primavera.

A manhã estava linda, o que era estranho já que nevara durante a noite.  O sol brilhava sob um céu azul e cheio de nuvens, tornando a manha não tão clara.

Por volta do meio dia estávamos indo em direção a uma autoestrada, quando tudo deu errado.

Andávamos sem presa. Até percebermos que não estávamos sozinhos.

Uma senhora gorda havia aparecido literalmente do nada. Ela passeava calmamente com seu cachorrinho, um chihuahua.

Luke e eu tentávamos desviar entrando em certas ruazinhas, mas ela sempre estava na nossa cola. E a cada segundo conseguia se aproximar mais.

Quando ela conseguiu o que nitidamente desejava, se aproximar de nós dois, disse com uma voz estranha:

- O que fazem sozinhos, crianças?

Eu havia aprendido a ser desconfiada de tudo e de todos. Mas ela definitivamente não era humana. Sentia nela uma vibração muito ruim, como se ela não tivesse o mínimo direito de estar onde estava.

Segurei a mão de Luke com mais força agora, e ele provavelmente entendeu o que eu iria fazer, mas chegamos a um acordo silencioso que se não funcionasse ele atacaria.

- O que você quer? – Perguntei rispidamente. Afinal ter uma atriz como “mãe” não era tão ruim e você ainda aprendiam uns truques. Mas minha verdadeira intenção era distraí-la até saber que monstro ela se transformaria – Não vê que estamos ocupados? – Levantei minha mão entrelaçada com a de Luke. Ele sorriu como se saboreasse a ideia deu ter ciúmes.

A senhora ficou pasma. Não pela minha ignorância. Mas pela minha aparência. Ela tinha me visto apenas por traz e de longe. Agora o choque em seu rosto era evidente.

- Eu pensei... Achei que... Ele... – Ela gaguejava bastante, mas ao falar ele, ela apontou diretamente para Luke. Aquilo me deixou extremamente confusa.

O chihuahua começou a rosnar para mim. Isso deve ter chamado à atenção da senhora, porque com a voz totalmente calma ela disse:

- Ora meu bem, não devia tratar uma pobre senhora solitária e indefesa dessa maneira!- Ela disse com uma cara de ofendida muito falsa. Mas ainda podia sentir o choque dentro dela ao olhar nos meus olhos.

-Você e eu sabemos perfeitamente bem que você não tem nada de indefesa.  – o maldito cachorro continuava a latir para mim.

Mas de repende senti uma pontada forte em meu peito.

...Aquilo não era um cachorro.

Ele irradiava a mesma energia que eu sentia naquela senhora.

- Por que não controla o seu filho? – Perguntei com a mesma voz imprudente.

 Luke já estava querendo atacar. Mas ele subitamente entendeu do que tudo aquilo se tratava. Ele colocou parte do seu corpo na minha frente.

Isso surpreendeu à senhora do mesmo jeito que minha aparência.

 - Mas... Como você... Eu nunca imaginaria... – Ela não sabia nem o que dizer.

- Chega! Diga agora o que exatamente te deixou tão surpresa assim que não consegue nem falar. Diga, por que esta desviando tanto os seus olhos dos meus?- Disse com a voz alta e potente.

Isso fez com que a senhora se encolhesse e de repente até o cachorro estava assustado.

- O que você, Equidna, faz aqui com a Quimera? Deveriam estar nas profundezas do Tártaro! – Eu queria as respostas. E ela as daria á mim.

Não aguentei esperar ela parar de gemer e se encolher. Tirei a latinha de spray do bolso e ela se transformou em uma lança que irradiava eletricidade. Luke entendeu rapidamente. Ele tirou seu corpo da minha frente e se postou ao meu lado com uma das mãos em minha cintura.  Coloquei a lança no pescoço de Equidna.

- Responda as minhas perguntas AGORA!

- Esta bem... Por favor, afaste essa lança. Por favor... – Afastei a lança colocando-a ao lado do meu corpo.

- Obrigada... Bom por onde começo... Certo, estou espantada com o fato de saber quem somos. Ninguém nunca descobriu assim de cara.

- Mas não foi só por isso. – Finalmente eu escuto a voz de Luke. Ele estava segurando a minha cintura e com a outra mão havia sacado a espada. Sua voz era firme e controlada, mas eu podia sentir o medo em sua voz.

- Sim, sim é verdade. Achei que fosse você o filho de Zeus.

- Por que achou isso? Por que achou que fosse eu? –Ele perguntou a ela.

- Porque Zeus nunca teve nenhuma filha. Eram sempre filhos homens. Entenda... Você – ela olhou diretamente para mim - é a primeira e única semideusa filha do deus dos céus que nasceu desde que ele começou a ter seus casos de amor com mortais.

Eu estava espantada com a noticia, mas Equidna desatou a falar para que tivesse o maximo de tempo de vida possível.

- E nunca, absolutamente nunca houve uma criança que se parecesse tanto com ele. Nem mesmo seus filhos entre os deuses! Até sua voz soa tão autoritária quanto à dele. Você, garotinha, chama muita atenção.

 Eu estava sem fala. Sem reação.

- Agora meu amor- ela se referia à Quimera – você pode pegar o jovem rapaz como um lanchinho. – Com um desprezo enorme na voz completou - A garota será entregue a Hades ainda com vida. Devia se sentir honrada Thalia. Hades não gosta muito de sujar as mãos com semideuses. Mas como já deve saber a senhorita é um caso especial em muitos sentidos!

O cachorro pulou dos braços de Equidna e começou a crescer.

Ela já estava alta de mais. Tinha cabeça de leão, com a juba ensanguentada, o corpo e os cascos de bode e uma serpente como cauda.

A Quimera rugiu e atacou.

Luke e eu nos separamos de modo que a Quimera teria de escolher entre mim e ele. Ela escolheu Luke. Provavelmente porque ele, ela podia matar.

A própria Equidna tentou me atacar, mas ela ainda estava apavorada com a minha semelhança com Zeus. Tive a impressão de que ela recuaria, mas minha sorte não é tão boa assim. Mas também não pude negar um sorriso travesso ao ver o desespero em seu rosto.

- Por que não recua logo de uma vez? Você não tem coragem! – Desafiei Equidna. Minha voz novamente sai firme e autoritária.

 Ela tremeu. Equidna não aguentaria por muito tempo.

- Não vai conseguir derrotar a mim. – ela sorriu confiante e pude ver sua língua bifurcada. – mais isso não importa porque no fim das contas o seu namoradinho não vai aguentar por muito tempo.

Aquilo mexeu comigo.

 -Veja Thalia – Seu sorriso era enorme – Ele não vai aguentar.

Eu me virei e vi uma cena que eu temia.

Luke lutava bravamente. Ele era ágil e rápido, mas isso não bastava.

Luke se desviava da serpente enquanto tentava atacar a cabeça de leão.

Virei-me antes que me distraísse ainda mais.

Equidna sorria triunfante. Achava que tinha me enfraquecido. Mas esse foi o seu engano. Seu erro fatal.

Ver Luke enfraquecido, lutando por sua vida e pela minha vida, abriu os meus olhos. Pude ver claramente como os deuses não se importam com vidas inocentes. Eles usam mortais, semideuses e monstros para conseguir o que desejam. São egoístas. São apenas cruéis... Especialmente com seus filhos.

Essa simples verdade me encheu de fúria. E a fúria me deu forças...

... Equidna atacou...  E se arrependeu do próprio golpe.

Ela tentou cortar meu pescoço com a espada. Não um corte fundo, mas o suficiente para eu perder muito sangue e ficar enfraquecida para lutar com Hades. Mas eu simplesmente me inclinei para traz e desvie o golpe.

Eu sentia o ar se tornar mais espesso a minha volta como um escudo. O ar me dava forças. Sentia-me forte como nunca havia me sentido antes. Raios estalavam a minha volta.

Equidna estava apavorada.

A expressão em meu rosto era suicida. E parecia que Equidna conhecia aquela expressão muito, muito bem.

... Eu ataquei aquele traste. Ela não era uma boa guerreira. Não conseguiu desviar.

 Cortei-lhe as mãos e o rosto fazendo icor dourado jorrar de suas feridas. Ela ia desaparecer, mas antes disso cortei-lhe o ombro... Então ela sumiu. Provavelmente havia voltado para o Tártaro.

Voltei-me para a Quimera e quase que o meu surto de energia acaba.

Luke estava caído no chão. A Quimera se posicionou para o ataque...

Eu havia subestimado aquele rapaz. Quando a Quimera atacou, Luke arremessou sua faca no olho da fera. Ela se desequilibrou e caiu no asfalto. Ela até podia estar cega, mas sua audição e seu faro estavam intactos; melhores até. Ela se levantou com uma fúria sem limites...

LUKE

Eu tinha certeza de que estava morto.

Durante toda a minha luta com a Quimera meu pensamento estava em Thalia.

Equidna havia entrado na luta, e por mais que eu soubesse que Thalia se sairia bem, Equidna era a mãe de todos os monstros e não jogaria limpo.

Eu havia lançado minha faca em uma tentativa desesperada de sobreviver e de poder ver Thalia. Mas quando a Quimera se levantou, estava ainda mais raivosa do que antes.

Algo surpreendente aconteceu.

Um raio caiu diretamente do céu até atingir aquele monstro. A Quimera se dissolveu em pó e eu pude ver o que tanto queria e mais temia.

Thalia olhava diretamente para o local onde antes havia existido um monstro. Ela estava extremamente pálida. A garota caiu de joelhos no chão e respirava pesadamente.

Corri em sua direção e me ajoelhei na sua frente. Acariciei seu rosto e a puxei para mais perto em um abraço. Thalia tremia.

- Consegue andar? – Perguntei a ela. Eu já sabia a resposta. Thalia mal conseguia respirar direito!

Com dificuldade, ela balançou a cabeça em sentido negativo.

Tomei-a em meus braços, como no dia em que nos conhecemos. É muito provável que isso tenha passado pela mente de Thalia, pois ela conseguiu sorrir fracamente.

Caminhei durante algumas horas, mas não foram muitas. O tempo para mim passou rápido demais. Thalia adormeceu em meus braços e aquela sensação era incrível para mim. Thalia confiava em mim e me transmitia uma paz muito grande. Andávamos sem rumo, sem destino. Paramos em uma rua sem saída. Um beco escuro.

Thalia já estava acordada e muito melhor. A cor já havia voltado para seu rosto. Eu a coloquei no chão lentamente. Tinha medo que ela desmaiasse e no fundo não queria me separar dela.

Na frente do beco havia um hotel de luxo por onde se via vários ricaços passando por ali. Mas o que realmente nos chamava atenção era o cheiro. Um cheiro convidativo de comida.

Vimos um jovem mais novo que eu e mais velho que Thalia, de aparentemente 13 anos com seu pai (provavelmente) chegando ao pequeno hotel de luxo.

Thalia e eu trocamos olhares cheios de significados. Mandei um olhar triste para Thalia dizendo que claramente não queria que ela fizesse o que planejava.

Ela puxou meu rosto para mais perto e me deu um simples selinho, sorriu e sussurrou em meu ouvido as palavras que eu mais precisava ouvir nesse momento.

- Eu amo você. E nada do que você veja será real.

Ela voltou a olhar em meus olhos, ainda chateados com o que veriam, mas não neguei um sorriso a ela. Thalia se virou e seguiu na direção do rapaz ruivo de olhos castanhos, riquinho e mimado de 13 anos.


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