Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 34
Capítulo 34




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Hermione andou por uns dez minutos e chegou perto de uma clareira um pouco afastada do castelo. Ela viu vários comensais, a cobra, e Lord Voldemort. Para não ser vista se escondeu atrás de uma arvore, mas ao tentar passar pela raiz pisou em um galho seco fazendo um enorme ruído chamando a atenção de todos.

Um raio verde passou a dois centímetros de seu braço e ela soltou um gritinho saindo de trás da arvore e entrando no campo de vista dos Comensais.

– Quem foi o idiota? – perguntou – Quase me mataram!

– Karkaroff! – exclamou Voldemort – Peça desculpa a ela.

O homem deu um passo à frente e fez uma quase reverencia a Hermione.

– Desculpe mi lady. – sussurrou ele.

– Hermione! – exclamou Voldemort abrindo os braços – Sabia que viria a mim.

Hermione andou vacilante em direção a ele e deixou-se ser abraçada. Quando ele finalmente a soltou, ainda paralisada pelo medo ela permaneceu quieta ao lado dele.

– Agora só falta um. – sussurrou Bellatrix maliciosamente.

Hermione estremeceu com aquela voz horrível e a lembrança de ter sido torturada por ela e por Lúcio na mansão dos Malfoy invadiu sua mente. Ela estremeceu e se aproximou mais de Voldemort. Ele pareceu não notar.

Outro barulho de galho quebrado ecoou na clareira e Karkaroff lançou outra maldição da morte para o nada. Uma bonita mulher loira vestindo negro como todos os outros, saiu de trás de uma arvore.

– É a minha mulher seu idiota! – brandiu Lúcio.

– Karkaroff esta com a macaca hoje – sibilou Bella.

– Desculpe o atraso. Um pirralho me estuporou e me prendeu em um armário de vassouras. Só que o idiota esqueceu-se de pegar minha varinha.

Os outros comensais riram. Hermione olhou atentamente para Ciça, o que ela disse era mentira. Pelo menos, Hermione não a vira no castelo.

– Falando em varinhas... – disse Bella se virando para Hermione – Quer que eu pegue a dela Milorde?

– Não. – respondeu ele simplesmente pondo uma mão branca e horrível no ombro de Hermione – Ela ficara com sua varinha. Sei que não tentara nada.

Bellatrix deu os ombros franzindo a testa e voltou a sua posição antiga.

– Lúcio? – chamou Voldemort.

– Dois minutos.

– Pensei que ele viria – disse Voldemort com acidez – Esperava que ele viesse.

Todos ficaram em silencio, não se escutava nem suas respirações.

– Aparentemente... – continuou ele – Me enganei.

– Não se enganou – disse uma voz.

E Harry saiu de trás de uma arvore adentrando a clareira.

– Harry... – sussurrou Hermione em desaprovação.

– Hermione... – sussurrou ele.

– HARRY NÃO! – berrou outra voz forte.

Hermione só notara agora que Hagrid estava amarrado a mais grossa arvore próxima a clareira.

– QUIETO INÚTIL! – berrou Rowle e silenciou Hagrid com um feitiço.

– S-Senhor? – arriscou Hermione para Voldemort – Posso dar um abraço nele? É só um abraço. Por favor...

Voldemort hesitou um pouco, mas ao ver os olhos mareados de Hermione não resistiu.

– Seja rápida.

– O que...? Milorde! – esganiçou-se Bellatrix.

– Quieta Bella! – exclamou ele de volta - Vá minha querida.

Hermione não pensou duas vezes, correu para Harry o abraçando com força.

– O que faz aqui Hermione? – sibilou o moreno.

– O mesmo que você. Me entreguei. – sussurrou ela – Seu idiota! Porque Harry?

– É o único jeito.

– Eu te amo meu irmão...

– Eu te amo Hermione. – respondeu ele e a soltou.

Hermione limpou as lagrimas que caiam por seu rosto e voltou para o lado de Voldemort, ficando entre ele e Narcisa.

– Harry Potter... – disse Voldemort com a voz rouca e assustadora – O menino que sobreviveu... Veio morrer! Avada Kedavra!

Um raio verde rompeu de sua varinha acertando Harry em cheio no peito. Hermione soluçou, as lágrimas rompiam pro seus olhos sem piedade. Ciça a puxou abraçando-a e Voldemort caiu no chão.

– Mi lorde? – chamou Bellatrix.

Todos os comensais se juntaram fazendo um circulo ao redor dele.

– Agora chega! – exclamou ele – Saiam todos.

Os comensais se afastaram voltando a suas posições antigas menos Belatriz.

– Mi lorde? Deixe-me...

– Ele disse para sair! – brandiu Hermione se soltando de Ciça e estendendo a mão tremula para Voldemort.

Ele a pegou e se levantou.

– O garoto... Esta morto? – perguntou ele.

Ninguém respondeu.

– Você – ele apontou para Ciça - Examine-o. Diga-me se esta morto.

Ciça andou até Harry e se abaixou tocando-o no peito por debaixo da blusa. Ela demorou mais do que o necessário para fazê-lo. Então, se levantou anunciando claramente.

– Esta morto!

Hermione sentiu as lagrimas voltarem a seus olhos e tampou a face com as mãos. Sentiu uma mão em sem ombro e abaixou as mãos para ver quem era, deu um pulo e três passos para trás. Era Lúcio Malfoy.

– Não quis assustá-la mi lady.

– O que foi? – perguntou ela.

– Vamos levar o corpo para o castelo! – exclamou Voldemort e se dirigiu a Hagrid – Você o carrega! Leve seu amiguinho Hagrid.

Bella apontou sua varinha para Hagrid e as cordas que o prendiam se soltaram e ele se levantou, pegou Harry no colo enquanto grandes lagrimas caiam de seus olhos.

Ele estava sendo forçado. Uma maldição Imperdoável pensou Hermione.

Hagrid abriu caminho pela arvores enquanto os Comensais os seguiam. Hermione ficou para trás indo por ultimo ao lado de Ciça.

– Vai ficar tudo bem querida – disse a mulher.

– Hermione! – berrou Voldemort lá na frente – Venha para o meu lado, querida.

Hermione abriu caminho pelos comensais e chegou a Voldemort, evitando olhar para Hagrid e para Harry. Ele passou o braço esquerdo por seus ombros a puxando para perto enquanto com a outra empunhava a varinha. Nargili flutuava ao seu lado, a proteção já desfeita.

Eles saíram da floresta e rumaram para o castelo. Parando em frente ao saguão de entrada. O barulho dos gigantes foi o suficiente para chamar a atenção de todos. Logo a maior parte das pessoas estava na porta.

– Olhem quem nós trouxemos! – disse Voldemort rindo e apontando para Harry – O salvador! O Eleito! Esta morto! Ponha-o no chão Hagrid!

Ele depositou Harry calmamente no chão.

– Harry! – berraram Gina, Ron e Luna juntos!

– Hermione! – gritou Draco empurrando todos para ver melhor.

Em seu rosto alarmado, viu-se uma nota de alivio por vê-la bem. Todos os outros agora começaram a gritar e a insultar os Comensais da Morte.

– SILENCIO! – berrou Voldemort e todos se calaram – Vocês estão vendo? Harry Potter esta morto! Era apenas um garoto!

– Ele o derrotou! – berrou Neville e os outros concordaram.

Ron então saiu correndo do grupo e investiu contra Voldemort, mas ele o bloqueou e o ruivo caiu no chão.

– E quem é esse? – perguntou Voldemort com um ar divertido.

– Ronald Weasley milorde – respondeu Bellatrix – O filho de Arthur Weasley.

– Ah. Claro, um traidor de sangue.

Voldemort apontou a varinha para Ron e ele ficou duro, depois apontou para uma janela de Hogwarts e de lá de dentro saiu uma bola de fogo, dentro da bola de fogo jazia o Chapéu Seletor.

– Não haverá mais seleção na escola de Hogwarts. – disse Voldemort – Não haverá mais Casas. Só Slytherin. Só existira uma casa! A do meu nobre antepassado. Agora, Ronald Weasley vai mostrar o que acontecerá com quem continuar se opondo a mim.

Voldemort depositou o chapéu sobre os cabelos vermelhos de Ron e com um aceno da Varinha das Varinhas ele pegou fogo.

– NÃO! – gritou Hermione.

Mas era tarde demais. Rony começou a se queimar.

Então, muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Groupe apareceu do nada gritando “HAGGER’ e os outros gigantes rugiram em desaprovação atacando-o. Depois vieram os cascos, milhares deles, e varias flechas voaram atingindo os Comensais. Era a contribuição dos centauros que atraiu a todos principalmente a Voldemort, eles atacaram. Ron encarou Hermione e piscou para ela.

Com um único movimento, o ruivo se livrou do feitiço do corpo preso e o chapéu caiu da sua cabeça. Ele então enfiou a mão lá dentro e tirou a espada de Godric Gryffindor. Ele jogou-a para Hermione que com um único golpe se soltou do aperto de Voldemort e arrancou a cabeça de Nargili.

– O que? – berrou ele.

E puxou Hermione pelo braço esquerdo. Draco desceu as escadas da entrada de Hogwarts em um salto e agarrou o braço direito de Hermione.

– Solte-a Malfoy! – berrou Voldemort largando sua varinha no chão e puxando-a com os dois braços.

– Solte você cara-de-cobra. – Draco também largou sua varinha no chão e puxou Hermione com as duas mãos.

– Ela é minha! – berrou Voldemort.

– Uma ova! – berrou Draco de volta – Ela é minha!

Hermione encarou Draco. Sues olhos cinza eram duas fendas. Seus músculos de todo o corpo estavam rígidos como pedra e seus cabelos loiros bagunçados.

– Minha!

Hermione soltou um grito fechando os olhos. Ela sentia que eles estavam lhe rasgando no meio.

– DRACO! – berrou ela – Solte!

– Nunca! – retrucou ele.

– Por favor – gemeu ela – Solte!

– Não.

Ela se virou para Voldemort.

– Me solte!

– Não!

– Por favor...

– Já te perdi uma vez! Não te perderei de novo Lizzie!

– Não sou a Lizzie! – gritou Hermione – Sou Hermione Granger! Não sou a Lizzie! Não sou sua! Por favor! Não tenho olhos de esmeralda!

Voldemort a encarou por um segundo, a compreensão caindo em seu rosto. Então, ele a soltou. Hermione foi de encontro a Draco e os dois caíram no chão se levantando em seguida.

Os centauros continuavam a atirar flechas e a fugir das pesadas dos gigantes.

Fugindo dos gigantes, todos agora estavam sendo empurrados para dentro do castelo indo em direção ao Salão Principal. Neste momento as portas da cozinha foram estouradas e uma enxurrada de elfos domésticos invadiu o saguão. A frente deles, com o medalhão falso de Slytherin pendurado no pescoço Monstro ao lado dele, Layla, com laçinhos cor-de-rosa presos as suas orelhas de morcego e usando um vestido de babadinhos.

Hermione e Draco foram quase os últimos a adentrarem o Salão Principal.

Os comensais estavam sendo abatidos pelos alunos enquanto no centro do salão Voldemort lutava com McGonagall, Slughorn e Kingsley.

Bellatrix também duelava a cinqüenta metros de seu mestre. Com três, Percy, Carlinhos e Gui. Ela lançou uma maldição da morte que ricocheteou em uma caçarola que um elfo segurava batendo com ela na cabeça de um comensal e passou a três centímetros da perna esquerda de Draco.

Foi o Maximo para Hermione. Ela correu em direção a Bellatrix e empurrou Percy tirando-o do meio do caminho.

– ELE NÃO SUA VACA! – berrou ela lançando um feitiço estuporante em Belatrix que o desviou facilmente. - SAIAM! – gritou para Carlinhos e Gui.

Os ruivos não discutiram. Nunca viram Hermione daquela forma. Nem parecia ela. Parece que Belatrix finalmente arrumara uma oponente a altura. As duas duelavam com uma rapidez extraordinária.

– NÃO! – gritou Hermione para Gina e Luna que se aproximaram para ajudá-la – ELA É MINHA!

Belatrix ria descaradamente enquanto revidava.

– O que será que vai acontecer com Draquinho quando eu te matar sangue-ruim?

– Você... Não... Vai... Matar... Mais... Ninguém! – retrucou Hermione – Isso é pelos meus pais! Pelos pais do Neville! Por Bichento! E... Por SIRIUS! AVADA KEDAVRA!

A maldição de Hermione atingiu Belatriz no meio do peito. Ela congelou e caiu para trás. Voldemort deu um grito de angustia lançando McGonagall, Kingsley e Slughorn para longe e se virando para ver quem matara Bellatrix já com a varinha me punho para atacar. Mas ao ver Hermione, hesitou.

Então, para a surpresa de todos Harry apareceu no meio do salão principal.

Hermione soltou um gritinho de felicidade, sendo acompanhada por todos. Draco, Ron, Gina e Luna se aproximaram do centro do Salão Principal onde o moreno estava.

– Agora ninguém mais deve se meter! – gritou Harry e o Salão todos caiu no mais profundo silencio. – Tem que ser assim! Tem que ser a gente!

Voldemort sibilou.

– Então é assim? – ele sorriu diabolicamente – “Os Escolhidos”, herdeiros de sei-lá-quem, juntos para derrotar o mal. Blá, blá, blá. AVADA KEDAVRA!

– Estupefaça! – berraram os seis Escolhidos.

E de cada varinha saiu um raio colorido. Da exata cor dos medalhões. Os Escolhidos ficaram em fila, Ron em uma ponta, Luna ao seu lado, Harry e Gina no meio, depois Draco e Hermione na outra ponta.

Voldemort gritou.

– Porque vocês vivem?

– Porque temos algo pelo qual vale a pena viver – respondeu Luna – O amor.

– Amor? – repetiu Voldemort pondo mais força em sua varinha – Quanta baboseira!

– Você já amou alguém na vida Voldemort! – disse Hermione procurando Madison pelo salão.

Não foi difícil achá-la. Era só procurar uma cabeleira vermelha. Madison encontrou o olhar de Hermione e se aproximou dela.

– Maddie! – berrou Blaise – Volte aqui! AGORA!

Mas a ruiva não lhe deu ouvidos. Caminhou até Hermione e depositou o diadema em seus cabelos.

O pingente de Floco de Neve e o verdadeiro diadema de Rowena Ravenclaw brilharam intensamente juntos. E uma luz estranha saiu de dentro dos dois.


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