Pov. Renesmee

Estava completamente entediada ficar aqui dentro desta casa. Aliás, nem estava afim de ligar meu notebook e então peguei meu celular, mandei um sms para minha amiga Katherine.

De: Renesmee Cullen

Para: Katherine Pierce

E aii bitch, o que tem para hoje?

Logo depois de minutos veio a resposta.

De: Katherine Pierce

Para: Renesmee Cullen

Nada amiga :s. Minha mãe está gripada e eu estou ajudando a cuidar dela. Mas na semana que vem as meninas marcaram de irmos ao cinema, topa?

Terminei de ler, bufei. O que teria de legal aqui perto? Respondi.

De: Renesmee Cullen

Para: Katherine Pierce

Ta bem amiga, melhoras para a tia Mary. E quanto ao cinema, irei conversar com a bruxa da minha tia e aii te mando sms com a resposta. Beijos, te amo bitch ♥

R.C.

Terminei de digitar a mensagem, rindo do final. Coloquei meu celular em cima do criado mudo. Affs! Ficar o dia inteiro trancada aqui é pior que a morte, ainda mais quando as tarefas e trabalhos já estão terminados.

Enfim, acabei por decidir sair para respirar um ar fresco. Calcei minhas sapatilhas e desci. Encontrei Georgina sentada no sofá lendo um livro qualquer.

– Tia Georgina, irei sair um pouco – disse e ela me olhou.

– E aonde vai? – perguntou ela.

– Tomar um ar fresco ou pensa que vou ficar mofando aqui dentro? – disse – Aliás, você me lembrou hoje de manhã que tem a minha guarda e não as minhas pernas.

– Renesmee, Renesmee sempre petulante e narizinho em pé. Igualzinho a sua mãe Isabella – disse ela e aquilo me fez engolir seco. Quem ela pensa que é para falar de minha mãe?

– Olha só Georgina, não irei ficar aqui ouvindo suas idiotices, irei tomar um ar fresco e ponto – disse e abri a porta, saindo. Respirei leve ao sentir a brisa levinha bater em meu rosto.

Comecei a andar em direção a um lugar pertinho de casa. Parecia ser um jardim grande e muito bonito.

Continuei caminhando, com os pensamentos longe. Talvez, só talvez tudo seria tão mais fácil se eu tivesse com os meus pais, Georgina não deveria ter feito o que fez e muito menos negar a visita deles. Como está minha mãe hoje? E meu pai? Será que eu tenho um irmãozinho ou uma irmãzinha? Vovó Esme me conta que meu pai é um homem lindo, alto, cabelos loiro bronze iguais aos meus, olhos verdes e ainda continua do mesmo jeito com seus plenos 32 anos de idade. Já minha mãe, vendo-a por foto, é linda como uma rainha e meiga.

Só percebi que chorava, quando senti grossas camadas salgadas escorrerem por minhas bochechas. Por que teve que ser assim? Parei minha caminhada quando avistei uma linda paisagem, que só em meus sonhos enxergo, a campina era florida e as árvores eram cheias de vida. Um perfume de rosas com frésias invadiam minhas narinas. Isso era bom!

– A paisagem aqui é linda, não é? – escutei uma voz grossa atrás de mim. Arrepiei no mesmo instante e ao me virar, fiquei totalmente chocada com tal beleza a minha frente. Ele é alto, moreno, olhos castanho-escuros, cabelos pretos e aquele sorriso....Deus!

– Si-sim, é – gaguejei. Deus, Renesmee gaguejar não é nada bom! – Pensei comigo.

– Meu nome é Jacob Black, mas tem a total permissão de me chamar de Jake – disse ele estendendo a mão.

– Sou Renesmee Cullen, porém todos me chamam de Nessie – disse apertando sua mão levemente.

– É um prazer te conhecer, Nessie – disse ele beijando a minha mão. Seu gesto era simples e delicado, além dele lógico – E o que te traz aqui?

– Bem, estava entediada em casa e queria respirar um pouco de ar – contei e ele sorriu – E você? Parece que vem aqui todo dia.

– Venho sim, mas é porque minha mãe gosta de vir aqui colher algumas rosas e outras flores e também adoro sentir a brisa daqui. É refrescante e apaixonante – disse ele.

– Sabe, eu descobri esse lugar hoje e estou começando a amar estar por aqui. Quero muito conhecer cada canto dessa campina – disse sorrindo, admirada com tanta beleza e pureza do lugar.

– Então vem, irei te mostrar um lugar daqui. Você vai amar mais ainda quando eu lhe contar a história dele – disse ele e começamos a caminhar.

Passamos por um dossel de lírios magníficos até chegar a um jardim repleto de rosas brancas. Logo depois paramos em frente a um cantinho, que por sinal parecia uma casinha de conto de fadas, na frente tinha um cercado e as plantas que tinha eram bem cuidadas.

– Céus! É perfeita. Mora alguém aqui? – perguntei admirada.

– Bem, atualmente ela está sem morador. Mas um casal passou parte da história de amor deles aqui – respondeu ele.

– Sério? – arregalei os olhos. Ele riu e olhou para mim.

– Sim, até pedido de casamento foi feito aqui – dizia ele – Irei te contar essa história quando viermos aqui mais vezes. Essa casinha é um lugar de refúgio, alegria e a vida aqui é maravilhosa.

– Deve ser mesmo – disse ainda olhando para a casinha. Escutei ao longe uma voz feminina chamar alguém.

– JAKE, VAMOS.

– É a minha mãe, temos que voltar para casa. Vem, vou te apresenta-la – disse ele e fomos em direção à mulher.

A mãe de Jake era uma mulher bonita, devia ter uns 40 anos e sua pele era bem cuidada. De rosto parecia o Jake em versão feminina.

– Mãe, quero que a senhora conheça uma pessoa – disse e ela me olhou – Essa é Renesmee, acabei de conhece-la.

– Olá meu bem, sou Sarah Black – disse ela – Mãe desse garotão lindo aqui.

– Mãe! – repreendeu Jake. Rimos.

– É, vocês são parecidos – disse – Sou Renesmee Cullen, senhora Black, mas pode me chamar de Nessie.

– Ooh sim, mas por favor me chame apenas de Sarah. Senhora está no céu – disse ela e sorri – Bem, agora precisamos. Até mais querida.

Sarah se afastou um pouco de nós. Jake e eu trocamos um olhar fulminante, juro que poderia ver sua alma através daquele par de pérolas negras.

– Antes de ir, quero te dar isso – disse ele me dando uma rosa vermelha e perfeita – Uma linda rosa vermelha para uma garota maravilhosa.

– Oh Jake, que lindo. Obrigada, mesmo – disse e cheirei a rosa. O perfume era gostoso e corei com o gesto.

– Tchau Nessie, até mais ver – despediu ele e me surpreendeu com um beijo estalado na bochecha. Fechei os olhos apreciando aquele momento, único talvez, maravilhoso.

Logo depois o vi se afastando, indo embora para casa. Toquei de leve o local do beijo, sorrindo e corada com o que acabou de acontecer.