Supremos Kings - A Saga escrita por MarryLeão


Capítulo 7
Desfecho


Notas iniciais do capítulo

Tentei transformar em palavras aquilo que eu posso ver na minha imaginação, fazer com que você possa sentir o que eu senti.



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—DEFENDA-SE! —Velox

Ela não conseguia mover as pernas, a tensão tomava conta de seu corpo. As imagens de um dos míseis sendo disparado em direção dela chegavam a sua cabeça como se toda aquela cena estivesse em câmera lenta, mesmo assim, ela não conseguia pensar em mais nada.

—AMANDA! —Velox desperta a garota.

Ela cai em si. Com os olhos arregalados, ela instintivamente ergue suas mãos criando uma barreira sólida a sua frente, entretanto, o míssil estava muito perto e explode no momento em que toca a barreira inacabada. O gelo é estilhaçado em vários pedaços. A força da explosão foi o suficiente para projetar a Amanda metros de distancia dali. Seu corpo desliza pelo chão até encontrar uma parede, ela levanta a cabeça para ver melhor a situação. O robô escaneava a área, a pouca fumaça era aliada da Amanda, pois ela parecia atrapalhar a visão dele. Amanda se levantou sem fazer movimentos bruscos, sem tirar os olhos do robô que estava à sua procura. Suas pernas tremiam um pouco, ela sentia um formigamento por seu corpo, principalmente nas extremidades, era como se ela sentisse cada célula sua.

Ela tentava pensar no que poderia fazer. Queria poder correr, mais o gelo tinha tirado essa alternativa.

A fumaça começava a se dissipar. Ela precisava agir rápido. Abaixou-se e tocou o chão com sua mão, ela tentava recobrir o chão com gelo até os pés do robô, com o intuito de prendê-lo, mesmo que por alguns instantes. Mas ela não estava conseguindo, e isso fazia o nervosismo tomar conta dela novamente. Amanda arquejou quando percebeu que o robô tinha localizado ela e apontou seus mísseis em sua direção.

Ela alternava o olhar do robô para sua mão, a garota percebeu que aquilo não iria dar certo. No mesmo instante em que o robô lança o míssil, ela se move, tenta deslizar, mesmo seus pés não indo na direção em que queria. Ela se encolheu com o barulho, sentiu a quentura em suas costas, e foi lançada um pouco mais distante dali, porém, dessa vez ela para de lado no solo, se apoiando em seu cotovelo, enquanto com a outra mão ela impedia seu tórax tocar o chão. Amanda se põe de pé mais uma vez, estica seus braços à sua frente. “Eu já consegui fazer isso, eu posso fazer mais uma vez, eu posso, eu posso e vou!” Amanda pensava frustrada consigo mesma.

–ARGH! —Amanda reprimiu um pouco de seu grito de frustração, tanto que suas cordas vocais vibravam fazendo assemelhar-se a um grunhido.

Um estrondo ecoa pelo galpão. Depois outro. O coração de Amanda parecia acompanhar a intensidade do barulho que os passos do robô faziam.

Como é que uma pessoa quer ajudar os outros com seus poderes, se nem ao menos consegue dominá-lo” Amanda começava ficar furiosa com aquela situação. No momento que ela vê o braço do robô se erguendo em sua direção, ela fica realmente irritada.

—SEU ROBÔ IDIOTA! —Acompanhando a intensidade de sua voz, um paredão de gelo começava se formar a partir da palma da mão de Amanda. Ela não pôde deixar de ficar surpresa, entretanto, ela não queria se desconcentrar naquele momento. Amanda tentava memorizar aquilo que estava sentindo: seu coração pulsava com vontade, seu corpo formigava, principalmente seus braços, era como se correntes elétricas estivessem circulando pela extremidade de seus braços. A barreira estava ficando mais espessa, quando ela escutou o míssil explodindo contra o gelo, as extremidades da barreira foram estilhaçadas, Amanda esconde o rosto para não ser atingido, sem recuar as mãos que fortaleciam cada vez mais a parede de gelo.

Ela não conseguia ouvir direito, como se ela estivesse em baixo d’água, mas pôde ver a sua barreira sendo destruída pelas mãos do gigante de aço. Assustada, tentou correr, acabou escorregando, porém dessa vez ela consegue se apoiar com suas mãos, machucando somente os joelhos. A garota ignora isso e fica em pé rapidamente. Deslizando os pés, ela tenta se afastar do robô. “Maldita hora que eu fui congelar o chão!” Amanda olha para trás, vê que o robô já destruíra toda a barreira e estava prestes a vir em sua perseguição, ela gira o corpo, ajuelha-se levando com vontade a palma de suas mãos ao chão. A superfície se cristalizava seguindo a direção que Amanda queria: o robô. Quando seus pés foram alcançados pelo gelo, o gigante de aço foi incapacitado de andar, o gelo espesso envolvia todo o seu pé e parte de sua perna, o suficiente para imobilizá-lo, pelo menos por alguns segundos.

Antes que ela pudesse comemorar, o gigante aponta seu braço novamente em sua direção. Amanda estava a ponto de tentar correr, entretanto percebeu que os mísseis que ficavam acoplados no braço dele haviam acabado. “Droga, o que é que ele vai fazer agora?” Ela mal acaba seu pensamento e vê o robô disparando a sua própria mão em direção dela. Sua mão havia desprendido de seu braço, sendo ligada por apenas um cabo de aço. A garota se joga para a direita, cai de bruços, ela pôde escutar o barulho da mão caindo exatamente onde ela se encontrava. Tenta ficar em pé o mais rápido possível.

A mão se movimenta assemelhando-se a uma aranha. Amanha assustada, arriscava-se deslizar mais depressa, só pôde sentir um peso muito grande caindo em suas costas, prendendo-se em seu tronco, a fazendo ir ao chão com violência. Quando percebeu que era a mão que a havia capturado, ela já estava sendo puxada em direção ao robô. Inutilmente ela tentava se libertar. A mão metálica começava a ser coberta pelo gelo, Amanda não conseguia controlar, mas isso não importava, ainda mais depois que ela viu no outro braço do robô uma espécie de serra elétrica que acompanhava as mesmas proporções do gigante. Foi quando ela percebeu que o gelo só piorava a situação, ele fazia com que a mão ficasse imobilizada.

Amanda estava quase perto do gigante de aço no momento em que teve a ideia de cobrir de gelo a sua própria mão fechada em punho, suas ações seguiam a velocidade de seus pensamentos. Usando toda a sua força ela investiu um golpe na mão que a agarrava. O gelo se despedaçou em várias bolinhas brancas, isso roubou sua atenção por alguns segundos, e quando ela voltou o olhar para o robô, este desferia um golpe em sua direção. Amanda sentiu seu corpo ficar rígido, e por instinto, fechou com força seus olhos.


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Notas finais do capítulo

O que eu fui capaz de passar para você com essa leitura?